sexta-feira, 3 de novembro de 2006

[LOST] - 3x05 - "The Cost of Living"

Antes de qualquer comentário, quero dizer que nunca me senti tão satisfeito em me manter longe de spoileres, e notícias sobre os problemas pessoais do elenco de Lost, como agora. Finalmente fui pego de surpresa com a morte de um personagem!

Sim, eu realmente não esperava por esta. Foi um verdadeiro baque quando me dei conta de que a coisa era séria mesmo, e de que jamais o veríamos entre os vivos novamente.

Acho que antes de começar, vale fazer uma recapitulação das mortes de personagens do elenco principal:
  • Boone: eu diria que a dele chocou mais por ser a primeira grande perda, do que pela importância que ele tinha dentro da história. Seu maior feito foi encontrar a escotilha junto com Locke;

  • Shannon: brilhou mesmo só no finalzinho de sua participação, e não deixou tantas saudades como deveria, além do fato do impacto de sua morte ter sido prejudicado por muitas especulações que já apontavam para o seu destinho final, tirando toda a "graça" que ela teria;

  • Ana Lucia e Libby: duas mortes polêmicas. Da primeira muitos dizem ter ocorrido tarde demais, devido à falta de estima dos fãs da série, e de propósito dentro da história. Já da segunda reclamam de ter sido cedo demais. Critica-se a falta de um maior aprofundamento em seu passado, e em sua relação com o Hurley. Sua morte até o momento não teve seu real impacto explorado, através de uma análise de seus efeitos sobre seu par romântico, que ainda não demonstrou ter sofrido qualquer grande afetação provocada pela perda de seu meteórico interesse amoroso.

Em comparação às anteriores, eu diria que a mais recente perda foi de longe a melhor executada. Não falo apenas da derradeira cena em que o ato é consumado, mas especialmente da competência demonstrada pela dupla de roteiristas do episódio, que soube fechar muito bem todas as pontas soltas existentes na história do falecido, sem soar forçado e corrido o seu último flashback, como aconteceu no caso da Shannon, por exemplo.

Dentre os que já deixaram definitivamente a história, certamente foi o que maior importância teve dentro da trama. Renovou nosso interesse por um personagem muito querido pelos fãs, que aos poucos foi alterando seu modo de agir; esclareceu vários mistérios, como o do avião nigeriano, e o cadáver vestido de padre, apresentados na primeira temporada; e de quebra, em seu último episódio, ainda nos ajudou a entender um pouco mais sobre a natureza e o objetivo do "Monstro de Fumaça" (ou Cerberus System, para os mais atentos às dicas da temporada passada), carinhosamente apelidado de Lostzilla.

Sim, o Mr. Eko vai deixar saudades. Uma pena que perderemos sua dupla com Locke, que era tão rica, e freqüentemente apresentava passagens inspiradas e marcantes. Mas acho que ele cumpriu sua função, e deixou sua marca em Lost, que no final é o que importa.


"Onde será que eu esqueci o meu olho?"

Falando dos outros pormenores do episódio, gostei muito de ver o sujeito com o tapa-olho na imagem que captaram de outra estação da Dharma. Isto aponta para o provável dono daquele olho de vidro que estava dentro do baú que o pessoal da traseira encontrou na estação abandonada do outro lado da ilha (2x01 - "The other 48 days"). Mal vejo a hora em que toparem com aquele sujeito por lá!


Descanse em paz, Colleen

Interessante o funeral viking que os Outros fizeram para a Colleen. Não sei dizer ainda se é alguma dica importante sobre eles, ou só uma curiosidade a mais sobre seus costumes.


Que mudança?

Também gostei muito do quanto se tornou mais intrigante o joguinho de verdades e mentiras executado pela dupla Ben e Juliet neste episódio. Esta última rendeu uma das melhores cenas do episódio. Achei genial a idéia do vídeo com os cartazes correndo em paralelo com a dissimulação muito bem interpretada pela bela Elizabeth Mitchell.


Cadáver movido a fumaça negra?!

Voltando ao Lostzilla, que merece um parágrafo a parte, acho que desta vez ficou mais do que evidente sua capacidade de resgatar e projetar memórias culposas daqueles com os quais estabelece contato. Na temporada anterior vimos sua maneira peculiar de ler a mente do Mr. Eko, desta vez fomos confrontados com a possibilidade de ele ser a fonte de boa parte das aparições misteriosas da ilha, especialmente no que diz respeito a pessoas mortas. Se ele foi o responsável pelo sumiço do corpo do Dr. Christian Shephard, o pai do Jack, assim como aparentemente fez com o do Yemi, só o tempo dirá.


O derradeiro ataque

Também fiquei contente em finalmente revelarem o que o Locke viu quando encarou o monstro pela primeira vez (1x03 - "Walkabout"), e de demonstrarem de que forma o "fumação" provavelmente jogou o piloto do avião no alto daquela árvore, lá no primeiro episódio da série.

Ainda me pergunto se ele não tem alguma relação com os Outros, pois o que ele aparentemente faz é justamente eliminar os que ele julga "maus", e deixar vivos os considerados "bons".

Vale lembrar que, ao contrário do Eko, Locke, até então, não parece ter nenhuma grande falta em seu passado. Será por isto que ele foi agraciado com uma bela visão? Será que no final da primeira temporada, quando tentava capturar Locke, o monstro o fazia para os Outros? Será que foi isto que o Ben quis dizer quando falou que foi até a escotilha para levá-lo consigo? Ele estaria cumprindo a tarefa que inicialmente pertencia ao "Monstro de Fumaça"? Aguardemos os próximos episódios.

2 comentários:

Um Mero Espectador disse...

Eu ainda não vi esse episódio... muitos(as) sabem que não ando muito ocntente com a trama, maaaaaaaaaaaaaaaaaaas curti o comentários, alias, curti tanto que vou tratar de ver ainda hoje!!

Essas mortes viu...

Chego a pensar na possibilidade do JJ matar todos os sobreviventes até final do seriado, assim ele nao precisaria explicar nada...

Alias, seria até interessante, morrem todos, corta p/a "vila" e no céu um novo avião caindo...

Caraca, adorei(odiaria esse final, mas adorei ter pensado nisso heheheh) !!!!

Anônimo disse...

Eu sei que os produtores já negaram mas, esse negócio de gente morta aparecer por causa do Lostzilla nos leva diretamente de volta ao livro prey e à famosa teoria dos nanorobos!

Pra quem não sabe a fumaça preta de nanorobos fazia exatamente a mesma coisa através da reflexão de luz, mas antes ela tinha que assimilar o corpo de quem ela iria imitar...

Enfim, os produtores negaram a teoria e continuam tirando idéias do livro...