quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

[BONES] The Man in the Cell 2x12

Bones de volta finalmente! Ainda nem comecou, mas jah estou por aqui iniciando meu comentario. Admito que nao estou mto empolgada com essa reestreia, porque no episodio de hoje eles vao voltar a tocar na historia do Ebbs. Maldito e mala do Ebbs. Esse personagem fez duas aparicoes na primeira temporada, e ele eh chato para caramba, e nao sei porque insistem nele. Na sua primeira aparicao, uma advogada pede ajuda a Booth, que ele faca mais investigacoes no caso que condenou Ebbs a pena de morte, porque ela desconfia que ele eh inocente. Problema eh, foi Booth que colocou o cara na cadeia. Mas o peso na consciencia fala mais alto, e Booth e Brennan investigam o caso. Acabam achando furos na investigacao inicial, e outro suspeito no crime - o assassinato de uma guria - aparece. Entao fica a duvida sobre a inocencia dele. Mas ao final do episodio, ele consegue se livrar da cadeira eletrica - ou injecao, whatever - a tempo. Mas nao por inocencia, e sim porque Brennan e Booth descobrem outros corpos de outras gurias assassinadas por ele. Ebbs volta em outro episodio, no final da primeira ou comeco da segunda temporada. Honestamente? Nao lembro do episodio. Como jah disse, odeio Ebbs, e estaria feliz se nunca mais precisasse olhar na cara desse personagem chato. Mas enfim, os roteiristas querem trazer ele de volta, entao vou ter que engulir. E tentar nao detonar o episodio. Que eu ainda nem assisti. E comeca em 9 minutos.

(Sim, estou empolgada)

A penitenciaria onde Ebbs estava preso pega fogo numa rebeliao. Logo Bones e Booth estao lah, e o corpo na cela parece ser de Ebbs. Sera? Brennan descarta rapidinho que nao eh o Ebbs. No primeiro episodio que ele aparece, na primeira temporada, Bones quebra o pulso dele. Ao examinar o corpo carbonificado, Bones ve que a fratura no pulso eh muito recente para ser o pulso que ela quebrou. Alem disso, acham uma tatuagem - de bombeiro. Ebbs matou o bombeiro que veio ajuda-lo, e agora estah a solta.


Uuuuh Os Squints apareceram no jornal! Estao Zack, Angela e Hodgins empolgados comentando sobre a materia escrita sobre eles. (Adoro os Squints - Angela e Hodgins so cuteeee - ele eh mais baixo que ela, me identifiquei).
Booth e brennan conversam com a "ex wife" de ebbs (que aparece na segunda vez que trazem ele para a serie). Mas ela alega que nao estah em contato com ele a 6 meses. Alias, casamento mais estranho dos dois. Ela conheceu ele depois que ele jah estava na cadeia. Mas acabou se separando dele depois que descobriu que ele usava ele.
Cam e Booth continuam numa boa o "namoro" deles. E ele estah preocupado com a seguranca dela, pede para se cuidar. Cena ateh meiga, tao meiga que fico me perguntando como os roteiristas vao fazer essa historia mudar para ele ficar com Bones.

"Ebbs makes me sick" Angela (me too...)

Uhhh Dr Brennan conseguiu uma arma! E algumas boas quotes na cena. Ela mostra a arma que conseguiu - no shopping - a Booth e diz que ela eh enorme, maior que a dele. "It's not the size that matters, is how we use it" Booth. Enfim, cena engracadinha - jah tava na hora de colocarem uma arma na mao dela de novo mesmo. "This is America, get used to it" Brennan
No meio da discussao, Ebbs liga. "I've got a IQ of 180 and they got me dressed as a pumpkin"
Ele quer q Bones saiba que tudo que acontecer a seguir serah culpa dela.
Eles rastreiam a ligacao, e quando chegam ao telefone publico que ele usou, tem um pequeno pacote para eles, e dentro um fragmento de osso. Ao analisa-lo, encontram temperos cozinhados junto com o osso. Ebbs estah querendo jogar com eles. Nisso, ouvem Angela gritar - e ao chegar ao escritorio de Bones, uma caixa com um coracao dentro. E a materia de jornal em que eles apareceram - com todas as linhas riscadas com excecao de "Angela is the heart of the operation..." Ebbs quer chegar a Bones por seus amigos.
Sobre o fragmento do osso, Hodgins diz que eles sao comuns a restaurantes indianos, e o ultimo endereco da ex de Ebbs era perto de um restaurante indiano. Quando chegam ao apartamento - que estah vazio - a nao ser por uma geladeira - com a cabeca da ex dele dentro. Na autopsia, descobrem que ela estava viva quando cortaram sua cabeca. Cam acha na orelha um token de um parque que o filho de Booth costuma ir. Eles correm para lah, e nao encontram a crianca.... Ateh que Bones avista ele com um sorvete - comprado por ninguem menos do que Ebbs. E Booth liga para Cam - ela estah preocupada e quer seguir o protocolo e nao abrir o cranio da vitima ateh terminar a autopsia superficial. Booth diz que ela tem que ignorar os protocolos e abrir a cabeca e ver o que tem dentro. Ao fazer isso, um poh escapa da cabeca e atinge Cam. Eh um tipo de veneno e Cam comeca a ter ataques epilepticos.



Cam estah em perigo de vida a nao ser que eles descubram qual o veneno usado. Os Squints tentam, mas nao conseguem achar nada nas particulas do veneno. Ebbs liga, mais jogos. "the body knows what the head cant say" eh a dica. Bones diz a ele que eles tem a mae dele em custodia, e isso deixa ele realmente perturbado, e ele faz mais ameacas.
Ainda investigando, Zack diz a Booth que as pistas de Ebbs sao muito simples, soh jogos de palavras. Quando Booth acha seu filho, Parker, ele estava com um guardanapo que dizia "my name is parker. ask me how i can solve this case", e Zack sugere que eles facam uma busca cruzada para ver o que acham relacionado a Parker - nao necessariamente o filho de Booth. Acabam achando uma casa de couro de dois irmaos chamados Parker, numa rua chamada Parker, numa cidade chamada Parker.
Quando chegam lah, acham o resto do corpo da ex de Ebbs. E tem um pacote com o veneno em cima da barriga dela... assim como uma bomba acionada por pressao. O besta do Zack corre e tira o veneno, mas acaba tendo que colocar a mao dele no lugar para substituir a pressao. Obviamente eles nao podem ficar assim para sempre. Entao tiram a mao e pulam...

Quando o episodio volta dos comerciais, uma reporter de televisao na tela, quase me mata do coracao. Dr Zack Addy is dead, and Booth is in critical condition.... Aaaaaaahhh Momento que meu coracao parou. Naaaao matem o Zack! Eh meu personagem preferidooo! Quando termina a cena do noticiario, mostra o escritorio de Brennan... Ufa, respira fundo, poe coracao de volta nos eixos - Zack is ok! So is Booth... Mas eles queriam
Hodgins consegue descobrir o que eh o veneno, e o hospital consegue salvar Cam. E eu achando que iam matar a Cam nesse episodio, afinal tem que por um ponto final nesse romance, que agora estah ainda mais fofo. Mas Booth cheio de sentimento de culpa, obviamente.


Brennan volta para casa e vai tomar uma ducha... E lah estah Ebbs no armario... E Booth. Que se toca de uma das clues que Ebbs deixou na cabeca de sua ex - um poh de construcao (O apartamento do lado de Bones estah em reforma). Mas Brennan tambem se ligou da dica, e sabia que Ebbs estaria lah, e estava preparada com sua big gun. Entao Ebbs estah sem saida. Corre para a sacada e tenta se jogar, mas Booth consegue agarrar o pulso dele bem na hora. Mas nao consegue salva-lo. Soh que antes de cair, Ebbs ainda faz mais um de seus jogos, dizendo que Booth tem a chance de deixar ele morrer finalmente, depois de tudo que ele fez.

Enfim, quando eu finalmente comeco a gostar do personagem - e eu odiava ele vou ser sincera, mas nesse episodio ele foi o maximo - and hot. Matam ele! Eu mereco.

Next week, Booth vai ter um break down e ser afastado. Terapia nele. E Brennan tem um novo parceiro.. Hmmmmm

Espero que eu tenha cabo semana que vem. Jah que estou de mudanca ;) Next post from the new home!!

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

[Heroes] 1x13 - "The Fix"

Mais um episódio de transição em que nada de muito interessante parece acontecer, mas que continua apresentando elementos que deverão ser usados para o clímax da temporada. De fato, “The Fix” pode dar a impressão de ser um episódio de “enrolação”, já que as principais informações que esperávamos (e vistas no preview) vieram todas nos minutos finais.


O título do episódio refere-se a possibilidade de “consertar” os heroes. Mohinder diz que teoricamente é possível uma alteração genética que poderia eliminar o superpoder do indivíduo e isso certamente poderá ser usado pelos roteiristas em temporadas futuras. Eu prefiro não tentar entender o papo pseudo-científico da série, que certamente não vai fazer sentido (o mapeamento genético que levou Papa Suresh a saber os nomes dos heroes, por exemplo), mas pelo que entendi, Mohinder diz que a famosa lista possui 36 nomes, o que seria bem estranho, já que na tela vista em “Homecoming” há um número bem maior de heroes. Só na imagem abaixo são 32 nomes.




Acho interessante como usam o verbo “to fix” (neste episódio, Nathan, Peter e Niki, pelo que me lembro), pois é exatamente como Sylar percebe o funcionamento dos poderes, como algo mecânico e que pode ser consertado, idéia que foi negada em “Godsend”, quando insinuou-se que os poderes dos heroes seriam uma dádiva divina. Mas não sei se cabe ou mesmo se a série pretende discutir este aspecto com mais profundidade do que as narrações que abrem e encerram os episódios.


Voltando aos personagens, a relação entre Peter e Claude me lembrou imediatamente o filme “Ghost”, quando Patrick Swayze é o único que vê o fantasma que vaga pelo metrô e que será seu professor, ensinando-o suas novas habilidades (alguém me ajude... não há uma cena exatamente igual com o fantasma espantado que Swayze consegue vê-lo?). Ou seja, não foi algo muito interessante. Ainda assim inesperada esta participação do personagem e muito bem vinda. Primeiro, porque Peter precisa de alguém para ajudá-lo a utilizar seu poder (finalmente explicado por Mohinder, mas a essa altura todo mundo já sabia). Segundo, porque a série precisa de bons atores urgentemente e Eccleston parece atender essa necessidade.


Claude ensinará Peter a usar seus poderes. Eccleston ensinará Ventimiglia a atuar?



Esta questão de bons atores continua me irritando em “Heroes”. As seqüências com Mohinder e Nathan e, mais adiante, Peter são dolorosas de se ver. Por que atores tão ruins, Deus meu?!


Mohinder: "Sou ruim, mas to na moda!"


Por outro lado, Hiro continua nos proporcionando os momentos mais divertidos. O GULP! não só foi hilário, mas mais uma referência explícita às histórias em quadrinhos, fonte máxima de inspiração da série. Masi Oka faz um trabalho extraordinário, embora o personagem tenha sofrido com os maiores equívocos do roteiro: Afinal, por que Hiro não consegue utilizar seus poderes? Não há uma justificativa coerente para isso, apenas é conveniente para a trama avançar. Fazer com que Hiro saia em busca de uma espada porque ela lhe fará ter seus poderes de volta é, no mínimo, ridículo. De qualquer forma, estou ansioso para saber qual o papel de seu pai na trama.




Outra situação não muito interessante é a do segmento D.L./Micah/Niki. Não creio que muita gente esteja interessada no drama de D.L. em conviver com o filho, sem a mãe. Até porque todos sabem que esta é uma situação que logo mudará, já que muito em breve Jessica fugirá da prisão. Serviu apenas para que Micah revelasse seu segredo ao pai e isso já veio no final do episódio. Infelizmente o questionamento de Jessica no episódio anterior (“Quem precisa de Deus quando se tem a mim?”) não levou a nada, pois ela sequer apareceu neste episódio. Porque não quis ou Niki está conseguindo um maior controle de seu corpo?


Enquanto isso, a esposa de Matt não parece estar muito espantada com a revelação de seu marido. O casamento parece estar voltando aos trilhos, mas quanto tempo uma relação pode durar quando um deles pode ler pensamentos? Com Matt suspenso da polícia, poderá agir livremente à caça de Sylar. Mas na visão de Peter, Matt não aparece fardado?


O segmento em Texas, com Claire, seu pai, Sylar, etc., sem dúvida foi o ponto alto do episódio. A investigação de Claire a levou diretamente a sua mãe e que grata surpresa descobrir que esta será interpretada por Jessalyn Gilsig (a Gina de “Nip/Tuck”), mais uma ótima aquisição da série. Espero que ela tenha trocado “Nip/Tuck” por “Heroes” (sorte dela) e faça parte do elenco principal. Seu poder (pirotecnia) foi mostrado com graça e sutileza e não é preciso ser gênio para imaginar o que aconteceu no incêndio que a deu como morta.


Jessalyn Gilsig, como a mãe de Claire: isso não é um isqueiro.


Não imagino que Bennet tenha desconfiado de Claire e o Haitiano apenas por ter visto o objeto pendurado na janela (quem não lembrou de Fox Mulder e Deep Throat?), mas na verdade o que poderia acontecer se ele descobrisse? Basta o Haitiano deletar sua memória e fim de papo. Seja como for, Bennet terá problemas mais sérios para resolver já que está totalmente indefeso e diante de Sylar. Não imagino que ele morra, já que tem um papel fundamental na história, mas certamente algo de empolgante acontecerá a seguir.


Adivinha quem voltou?


Episódio com pouca relevância, à exceção dos seus minutos finais. Nota: 7,00.


No próximo episódio: Claire visita sua mãe biológica, enquanto a mãe adotiva é visitada por Sylar... e quem será seu pai biológico?


Hélio.




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----------------------------------UM ADENDO----------------------------------


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Salve salve Hélio, me perdoe a intromissão, maaaaaaaaas eu sou um fã incondicional de SCI-FI e tinha que vir aqui fazer esse registro, quero dizer que acabei de ver o episódio e fiz das palavras do Hiro, mais especificamente do "GULP", as minhas palavras, quando vi que ele é filho do "Sr. Zulu" de Jornada nas Estrelas (série clássica)!!!!!!!
Tinha que vir registrar isso!!


PRONTO!
Registro feito...
Ribas

[ROME] 2x01 Passover

Sim, sim sim eu sei que demorei a começar a escrever sobre Roma, eu sei que já está no episódio 2x03(ou p/quem prefere, episódio 15), maaaaaaaas garanto que mesmo com atrasos (devido a minha nova mania de rever seriados e desenhos antigões), vcs terão toda saga dessa nova temporada!


Vamos lá?
VAMOOOOOOOOOOS!!!

Nesse ínício de temporada, o episódio começa extamente onde o anterior havia terminado, ou seja, em 15 de Março, de 44 a.C. depois do assassinato de Caio Júlio César (ou p/quem é mais tradicional Gaius Julius Caesar), em uma reunião do Senado, assassinato este, articulado principalmente por Marcus Junius Brutus e Gaius Longinus Cassius (pessoas de sua confiança).

Diante de tal acontecimento, somos levados para duas vias,

Em uma das vias, somos levados para a exitosa fuga de Marco Antonio,diante dos lacaios dos senadores que tentam matá-lo na sua saída do Senado, e posterior ida à casa de Atia de Juli, onde, com sua ajuda e as idéias de Gaius Otaviano (agora reconheido por testamento como filho legítimo de Julio Cesar), articulam um plano para reverter a situação. Plano este que começa a surtir efeito, durante o enterro de Cesar, mais especificamente após o discursso de Marco Antonio (colocado abaixo)


"Amigos, romanos, cidadãos dêm-me seus ouvidos. Vim para enterrar Cezar, não para louvá-lo.O bem que se faz é enterrado com os nossos ossos, que seja assim com Cezar.O nobre Brutus disse a vocês que Cezar era ambicioso. E se é verdade que era, a falta era muito grave, e Cezar pagou por ela com a vida, aqui, pelas mãos de Brutus e dos outros. Pois Brutus é um homem honrado, e assim são todos eles, todos homens honrados. Venho para falar no funeral de Cezar. Ele era meu amigo, fiel e justo comigo. Mas Brutus diz que ele era ambicioso. E Brutus é um homem honrado. Ele trouxe muitos prisioneiros para Roma que, para serem libertados, encheram os cofres de Roma. Isto parecia uma atitude ambiciosa de Cezar?

Quando os pobres sofriam Cezar chorava. Ora a ambição torna as pessoas duras e sem compaixão. Entretanto, Brutus diz que Cezar era ambicioso. E Brutus é um homem honrado.

Vocês todos viram que na festa do Lupercal, eu, por três vezes, ofereci-lhe uma coroa real, a qual ele por três vezes recusou. Isto era ambição? Mas Brutus diz que ele era ambicioso, e Brutus, todos sabemos, é um homem honrado. Eu não falo aqui para discordar do que Brutus falou. Mas eu tenho que falar daquilo que eu sei. Vocês todos já o amaram e tinham razões para amá-lo. Qual a razão que os impede agora de homenageá-lo na morte?

Ontem, a palavra de Cezar seria capaz de enfrentar o mundo, agora, jaz aqui morta. Ah! Se eu estivesse disposto a levar os seus corações e mentes para o motim e a violência, eu falaria mal de Brutus e de Cassius, os quais, como sabem, são homens honrados. Não vou falar mal deles. Prefiro falar mal do morto. Prefiro falar mal de mim e de vocês do que destes homens honrados.

Mas, eis aqui, um pergaminho com o selo de Cezar. Eu o achei no seu armário. É o seu testamento. Quando os pobres lerem o seu testamento (porque, perdoem-me, eu não pretendo lê-lo), e eles se arrojarão para beijar os ferimentos de Cezar, e molhar seus lenços no seu sagrado sangue.
Tenham paciência amigos, mas eu não devo lê-lo. Vocês não são de madeira ou de ferro, e sim humanos. E, sendo humanos, ao ouvir o testamento de Cezar vão se inflamar, ficarão furiosos. É melhor que vocês não saibam que são os herdeiros de Cezar! Pois se souberem... o que vai acontecer? Então vocês vão me obrigar a ler o testamento de Cezar? Então façam um círculo em volta do corpo e deixem-me mostrar-lhes Cézar morto, aquele que escreveu este testamento.

Cidadãos. Se vocês têm lágrimas, preparem-se para soltá-las. Vocês todos conhecem este manto. Vejam, foi neste lugar que a faca de Cassius penetrou. Através deste outro rasgão, Brutus, tão querido de Cezar, enfiou a sua faca, e, quando ele arrancou a sua maldita arma do ferimento, vejam como o sangue de Cezar escorreu.
E Brutus, como vocês sabem, era o anjo de Cezar. Oh! Deuses, como Cezar o amava. O golpe de Brutus foi, de todos o mais brutal e o mais perverso. Pois, quando o nobre Cezar viu que Brutus o apunhalava, a ingratidão, mais que a força do braço traidor, parou seu coração. Oh! Que queda brutal meus concidadãos. Então eu e vocês e todos nós também tombamos, enquanto esta sanguinária traição florescia sobre nós.

Sim, agora vocês choram. Percebo que sentem um pouco de piedade por ele. Boas almas. Choram ao ver o manto do nosso Cezar despedaçado. Bons amigos, queridos amigos, não quero estimular a revolta de vocês. Aqueles que praticaram este ato são honrados. Quais queixas e interesses particulares os levaram a fazer o que fizeram, não sei. Mas são sábios e honrados e tenho certeza que apresentarão a vocês as suas razões. Eu não vim para roubar seus corações. Eu não sou um bom orador como Brutus. Sou um homem simples e direto, que amo os meus amigos.

Aqui está o testamento, com o selo de Cezar. A cada cidadão ele deixou 75 dracmas. Mais, para vocês ele deixou seus bens. Seus sítios neste lado do Tibre, com suas árvores, seu pomar, para vocês e para os herdeiros de vocês e para sempre. Este era Cezar. Quando aparecerá outro como ele?"



Enquanto todo esse plano e seus resultados, nos são mostrados, temos uma segunda via sendo construída, essa diretamente ligada aos nossos heróis ficcionais Lucius Vorenus e Titos Pullo...

Nesta segunda via, que tem um início também linkado na temporada passada, mais precisamente em em momentos depois do ocorrido no último episódio da temp 1, quando Lucius, após ter sido informado da traição de sua esposa(atitude esta tomada para afastar Lucius de Cesar e facilitar o assassinato do imperador), vai para sua casa e encontra sua esposa que, ao saber da razão de sua chegada, se suicida.
Diante dessas cenas passamos a tomar conhecimento das desventuras de Lucius, que diante do suicídio de sua mulher e posterior chegada de seus filhos, a quem os amaldiçoa (por terem escondido a traição), saí pelas ruas da cidade totalmente alterado, chegando até a ser assaltado por estranhos e ficar desmaiado em uma sarjeta.

Nesta via, também vemos Pullo, tomando conhecimento da morte de Cesar e voltando a Roma, onde encontra Lucius e ajuda o amigo, tanto psicológicamente como fisicamente, diante do fato de Lucius estar incomodado por ter amaldiçoado seus filhos (que sumiram).

Descobrimos também que seus filhos não sumiram simplesmente, mas sim, foram raptados pelo "lider mafioso de roma", e esta informação só chega a Lucius, praticamente, no final do episódio, momento em que, ele e Pullo vão à casa do "mafioso" e ao ouvirem deste que as filhas de Lucius, haviam sido sequestradas, estupradas, assassinadas e jogadas em um rio, em função de uma dívida de Lucius para com o "mafioso", Lucius completamente transtornado, corta a cabeça do algoz e vai embora p/casa com ela(a cabeça) na mão...

Muitas outras coisas, muitos outros detalhes acontecem, muitos dados históricos fieis a epoca, muitos lances da religião e crenças da epoca, muitos... muitas... tantos, que, como disse lá na comunidade, ao fim do episódio, fiquei uns bons segundos olhando p/tela escura totalmente abobalhado com tudo que vi!

Quem nunca viu "Rome" aconselho a assistir a primeira temporada, assistam sem preconceitos e resistam aos primeiros episódios, meio complexos e com muita informação, assistam meio que em maratona p/poder chegar logo nessa maravilhosa segunda temporada!!

Em breve estarei de volta com o segundo episódio que já assisti e tb me deixou olhando a televisão feito bobo (mais!!) no final...

Aguardem!!
Pois ROME voltou, e voltou com tudo!!!

[24] 6x06 - 11 A.M. - 12 P.M.

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Bom dia galerinha. Mais uma semana passa e mais um episódio da mais magnífica série vai ao ar. E vocês, fiéis freqüentadores do CeS não podem ficar esperando.
Este episódio foi de transição, mais tranquilo que os tivemos até agora. E é comum isso: se forem olhar para todas as temporadas passadas, verão que ou o ep. 5, ou o 6 foram desse tipo: pouca coisa tensa aconteceu, mas as que aconteceram serão pontes importantes para os próximos episódios, que prometem. Na verdade, se teve algo tenso, foi justamente a espera para ver o pai de Jack em cena, que demorou meses desde o lançamento do primeiro spoiler sobre isso. O ator James Cromwell é mais alto ainda que eu pensava, nossa! Aos 66, o “pai da filha do general” (duh) está bem em forma. Eu queria que fosse o próprio Donald Sutherland, por que não, né? Mas vai entender. O James ficou adequado.

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É nestes episódios de transição que vemos evoluções dos personagens. À medida do possível, estão todos sendo desenvolvidos, com destaque para Karen, que participou do bate-boca mais longo de toda a história de 24 neste episódio 6x06, e, aceitando a proposta sórdida de Tom Lennox, prova que o até agora curto casamento com Bill está um fogo: uma concessão dessa não poderia representar amor maior. Seria essa uma tentativa de inserir um novo casal administrativo, assim como eram Tony e Michelle? Eu particularmente acho um erro se o que eles estão pretendendo é fazer uma substituição. Não há padrões repetidos em 24, mesmo que isso pareça controverso. O bom é que Karen tá voltando pra CTU e vamos ver se o casal vai comandar tão bem quanto no final da quinta temporada! Wayne, por sua vez, deu mais uma demonstração que não é um mané como alguns estavam prematuramente julgando: ele está firme em suas colocações. Walid: poxa, que enrascada em que o meteram hein... ter que aprender a ser trombadinha de uma hora para outra... mas vale destacar a atuação de Harry Lennix, que na minha opinião está representando bem o personagem.

Dentro da CTU: Bill dá mais um indício que é o melhor chefe que a agência já teve. Apesar de razoáveis as reclamações do Milo, Bill teve que confrontar com o cenário da hora, que era a dificuldade com a perda de recursos humanos com a invenção bizarra de Tom Lennox, o cadastramento de todos os funcionários americanos de origem estrangeira. Até agora não dá pra saber se é politicagem ou mero medo infundado do terror. Agora viram que um affair pode estar pintando entre Nadia e Milo, né? Talvez Milo vire o jogo, pois até agora ele só parece estar sendo deixado de lado no ambiente da CTU. Já Chloe e Morris andam muito parados pelo que deveriam fazer, vamos esperar. Chloe era mais ativa nas temporadas passadas, até mesmo na terceira.

E quanto ao layer principal, esse episódio deixa um pouco confuso. Não sabemos o que é verdade e o que é mentira dentre as coisas que Graem falou enquanto estava com medo do saco. Ao que as coisas indicam até agora, o patriarca Bauer é mais um testa-de-ferro para os negócios sujos que Graem estava arquitetando. Falta encontrar a ligação precisa com o layer do terror: Fayed apareceu pouco, parece estar só esperando os elementos para construir a bomba enquanto o dia passa, achei que ele tinha um plano B. E Darren McCarty só ganhará mesmo uma bala na cabeça depois do negócio, pra chutar grosseiramente :P. O que incomoda é o Phillip ter saído sem celular no episódio passado...

Então, é dificil especular coisas depois de um episódio desse tipo. É esperar o sétimo!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

[Veronica Mars] Ponto de Partida

Oi, estou de volta com o ponto de partida da série. Essa semana ainda vou comentar o episódio da semana passada na CW, e o dessa semana no SBT (sim, o SBT está passando a primeira temporada de Veronica Mars às madrugadas, depois do Jornal do SBT). Mas, voltando ao assunto do post. Afinal, do que se trata Veronica Mars?



Veronica Mars, ou, como é conhecida no SBT, A Jovem Espiã

Veronica Mars, criada por Rob Thomas, é sobre uma adolescente que no seu tempo livre, é detetive. À primeira vista, muitos pensam que é mais uma série para adolescente sem sentido, afinal, onde já se viu uma adolescente detetive? Mas isso é somente o ponto de partida para uma trama madura e inteligente, desenvolvida com humor sarcástico e clima noir (levando a série a ser classificada como "teen noir").


A trama de Veronica Mars se passa em Neptune, cidade fictícia na California (e vocês já devem ter notado, Mars, Neptune... um simbolismo muito interessante), e onde há uma divisão muito grande entre ricos e pobres, e isso reflete na escola local. Veronica (Kristen Bell), filha do xerife local, no entando, consegue se enturmar com os 09ers (chamados assim porque o CEP do bairro onde os milionários de Neptune moram é 90909) quando começa a namorar Duncan Kane (Teddy Dunn), irmão de sua melhor amiga Lilly Kane (Amanda Seyfried). Com o assassinato de Lilly, a vida de Veronica muda totalmente.


BFF (Best Friends Forever - Melhores Amigas Para Sempre)


Keith Mars (Enrico Colantoni), pai de Veronica, perde o cargo, depois de acusar Jake Kane (Kyle Secor), pai de Lilly, por estar envolvido na morte da filha e ser desmoralizado quando o verdadeiro assassino é encontrado. Sem credibilidade, e sem emprego, Keith ainda perde a mulher, que o abandona. E da mesma forma, Veronica é abandonada por todos. De garota popular, Veronica perde todos os amigos, inclusive o namorado, que havia terminado o namoro dias antes do crime acontecer. E para completar, Veronica é estuprada em uma festa dada pelos 09ers meses depois do assassinato de Lilly, e é ridicularizada pelo novo xerife quando faz a denúncia.


Veronica contra o mundo

O único apoio de Veronica é Keith. Veronica, então, passa a ajudar o pai, que começa a trabalhar como detetive particular, depois da escola. Porém, Veronica sempre acreditou que o pai estava certo sobre o envolvimento dos Kane na morte de Lilly, e entre um caso e outro, tenta descobrir a verdade sobre o crime.


O pai do ano!


E é nesse ponto que a série começa, com Veronica sem mãe, namorado, amigos, repudiada na escola, mas determinada a encontrar o verdadeiro assassino de Lilly.










sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

[Heroes] 1x12 - "Godsend"

Após um mês e meio da exibição de “Fallout”, Heroes retorna com este “Godsend”, que parece ser um episódio de preparação de terreno. É como se fosse um início de temporada, em que nada de muito empolgante ou revelador acontece, mas é essencial para avançar na trama, com detalhes que acrescentam mais dúvidas e interesse ao que está por vir.


O episódio tem início duas semanas depois dos eventos vistos em “Fallout”: Peter continua em coma após a visão que teve de que seria o responsável pela explosão em New York; ao contrário do que poderia parecer, Sylar continua mantido preso por Bennet; Niki/Jessica também continuam presas, mas temidas pelos guardas; Hiro e Ando chegam a New York à procura da espada samurai; Matt passa seus dias investigando Mr. Bennet; Claire mantêm encontros com o Haitiano; Isaac parece estar livre das drogas; e Mohinder... bom, Mohinder continua o mesmo inútil de sempre.


Peter permanece como o personagem mais enigmático da série, e este episódio só aumentou o mistério em torno dele. As visões continuaram durante o coma e o único acréscimo de informação na seqüência em que ele supostamente explode New York é o seu irmão Nathan pedindo para ajudá-lo e que estará com ele. E se Nathan agarrar Peter e disparar para o céu (tal como ele fez ao fugir de Bennet), evitando a explosão da cidade? Seria um sacrifício heróico de um personagem que não pretende ser um herói, mas tem demonstrado preocupação e amor pelo irmão. Os produtores da série estão anunciando que um protagonista irá morrer e essa opção não seria inviável. E se Ted não se machuca ao irradiar suas mãos, Peter também não iria se ferir com a explosão e poderia sobreviver à queda absorvendo o poder da Claire (que está no local da explosão, como todos os outros heroes). Enfim, é apenas uma suposição que sequer explica porque salvar a cheerleader é salvar o mundo.



Nathan seria capaz de se sacrificar para salvar New York?


Seja como for, demonstrou-se mais uma vez a capacidade premonitória do personagem, ao sonhar com o batedor de carteiras com o poder da invisibilidade. O mais novo personagem se chama Claude e, ao que tudo indica, é capaz de tornar invisível também tudo o que toca. O que não se explica é como o Peter conseguiu enxergá-lo. Será que Claude não consegue ficar invisível para aqueles que têm superpoderes ou seria mais uma capacidade sobrenatural de Peter? Espero que um dia as explicações surjam e sejam coerentes para explicar como funciona o dom de Peter.



Claude: o homem invisível.


E falando em dom, o título do episódio refere-se ao significado do símbolo da organização do Mr. Bennet, que também está cravado na espada de samurai encontrada por Hiro. Atribuir os poderes dos heroes a um dom enviado por Deus traz um interessante aspecto religioso à série, aspecto este também citado pelo Haitiano. Seria a organização,para a qual Mr. Bennet trabalha, uma seita religiosa? Até o momento não aparenta ser, mas daria margem para muita coisa.


Hiro descobre que a espada que ele tenta desesperadamente roubar (por que, afinal, ele tem dificuldades em usar seu poder?) é na verdade uma réplica e que a peça original está em posse de Linderman. Aí está um personagem que é citado constantemente na série, mas que ainda não deu o ar de sua graça. Neste episódio fica claro que Linderman é fundamental na trama. Ele não só pretende chantagear Nathan para obter ganhos políticos, mas também cobrará favores de D.L., além de colecionar os quadros pintados por Isaac e possuir a espada que Hiro tanto almeja. É bom lembrar também que Bennet teve fácil acesso ao quarto de hotel em que Nathan e Niki dormiram juntos, o que traz uma possível ligação entre ele e Linderman. Mas qual seria essa ligação? Talvez Linderman seja o chefe da Organização que tenta recrutar os heroes, já que sabemos que Bennet recebe ordens superiores.



Hiro, Ando e a espada enviada por Deus.


Niki/Jessica também foram bem exploradas pelo episódio. Gostei da primeira seqüência em que mostra a personagem na prisão duas semanas depois de se entregar e os guardas com medo de se aproximarem dela, sendo que um deles estava com os olhos roxos e nariz quebrado. A forma como ambas brigam para dominar o corpo é um belo trabalho de atuação da atriz Ali Larter. Só fiquei com dúvida no momento em que Niki/Jessica se defendem do guarda, quebrando o cacetete: quem fez aquilo foi Jessica ou Niki? A cena comprova que a personagem tem superforça, mas as duas personalidades teriam esse dom? E por que Jessica, com seu poder, ainda não fugiu da prisão? Seja como for, isso acontecerá em breve, como mostra aquele belo final “Para que Deus se você tem a mim?”, mais uma vez tocando no elemento “Deus” na série.



Quem é esta da foto acima: Jessica ou Niki?


Do lado negativo, “Heroes” ainda traz algumas falhas bobas. Me incomoda, por exemplo, que Matt ainda não tenha percebido que o Haitiano seja o responsável para que ele não consiga ler os pensamentos de Bennet. Da mesma forma me parece forçado e inverossímil que sua parceira do FBI duvide de seu poder, depois de várias demonstrações. Também é estranho que Niki/Jessica estejam numa prisão comum e que os guardas não tomaram resoluções mais drásticas diante de uma mulher com habilidades sobrenaturais. Enfim, são detalhes, mas que não chegam a comprometer o todo. Espero também que expliquem como Bennet deteve Sylar, após a morte de Eden. Se Sylar foi capaz de não ser afetado pelo poder de persuasão da Eden (provavelmente por já saber como sua mente funciona), ele também seria capaz de "driblar" o bloqueio do Haitiano. Ou não? Ou o Bennet conseguiu de outra forma? É algo que eu gostaria muito de saber.


Episódio bom, com ritmo lento e sem pressa, trazendo elementos que preparam o terreno para o clímax futuro. Nota: 8,0.


No próximo episódio: Peter tenta se aliar a Claude; Micah revela alguns de seus segredos para D.L.; Ted conhece uma nova heroe; e Claire recebe uma inesperada chamada telefônica.



Hélio

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

[EXTRA] Sundance

Ok, Quarta feira e Bones nao foi ao ar hoje, como prometido pela fox mais de um mes atras. Ao inves disso estou aqui assistindo ao especial de DUAS horas de American Idol e pensando - essas pessoas nao tem amigos nao? Alguem para dizer para eles que papel ridiculo eles estao fazendo? Enfim. Nao comento American Idol. E aparentemente nem Bones hoje, gracas a sempre confiavel FOX. Mas ao menos tenho algo interessante para falar a respeito.

Sundance.

Eh um privilegio poder estar presente a um dos maiores festivais de cinema. E mais incrivel que esse festival de cinema acontece numa cidade como Salt Lake City, mais retrogada impossivel. Ao mesmo tempo faz algum sentido. Alguem jah olhou as fotos dessa cidade? Parece um cenario de filme. Alias, foi cenario de varios filmes. Ateh o bairro aqui que eu moro, Sugarhouse. onde gravavam cenas de Everwood.

Mas obviamente eh dificil conseguir ingressos. Impossivel se voce deixa para compra-los na ultima hora - como eu e minha amiga fizemos. Mas os curtas e os legendados sempre tem ingresso. Fui a um screening de curtas documentarios, e alguns foram realmente brilhantes, outros... Eh. Mas enfim, adoro criticar, nao eh mesmo?

Jan 20th - Doc Spot - Broadway Theather
- Master of reality
- El cerco
- God Provides
- To whom it may concern
- Freeheld



O documentario que realmente valeu a pena assistir foi o Freeheld. Que inclusive tem um site, e infelizmente eles nao fazem screenings pela net - bummer, mas mesmo assim vale a pena ir lah e conhecer a historia. A diretora - Cynthia Wade - ficou apos o filme para responder as perguntas dos especatores. A historia do filme eh sobre uma policial com cancer de pulmao, lutando para conseguir passar a sua pensao a sua parceira. O filme mostra a relacao das duas, e as audiencias no tribunal de Nova Jersey, e a luta para que os direitos dela fossem respeitados. Eu sai do cinema as lagrimas. Assim, nariz vermelho e correndo para o banheiro. Choro de "acabei de terminar com meu namorado e meu gato morreu". Nao era a unica. Mas o objetivo do filme nao era esse. Era contar uma historia. Que alias, foi brilhantemente contado pela diretora, que filmou tudo em 10 semanas - as ultimas 10 semanas de vida de Lauren. A edicao foi perfeita. Em nenhum momento do filme voce sequer tem ideia de como ele vai terminar. Afinal, eh um documentario, e essas mulheres estao lutando num county conservador para conseguir direitos de pensao para sua parceira, eh obvio que nao vao conseguir. Mesmo com a pressao da midia, cada encontro eh mais perturbador. Nao, nao e nao. A resposta eh sempre nao. Enquanto isso a gente ve Lauren enfraquecendo, e morrendo aos poucos. E sempre preocupada com o que ela mais se importa no mundo: Stacie. Mas uma ligacao do governador, nos ultimos dias de Lauren, e uma convocacao de emergencia. E ela consegue que Stacie receba sua pensao. Ok, pode chorar.

Sobre os outros, Master of Reality, fantastico e assustador. Voce nao consegue parar de assistir por causa da morbidez. Um garoto, 19 anos, que filma tudo que acontece na sua vida. E umas das suas paixoes eh wrestling. E ele faz competicoes entre os amigos de luta livre. Ateh que no final do documentario mostra o oponente do garoto batendo a cabeca dele contra uma lampada. No comeco do documentario o diretor ateh tenta mostrar o garoto como um garoto normal, qualquer. Mas... NAAAH. God Provides foi perda de tempo. Tipico documentario que nao prende a sua atencao, nao emociona, nao se identifica.... Sobre o que que era mesmo? Ah, New Orleans. Eh, sem originalidade tambem. El cerco era um espanhol, mostrando a pesca de atum que acontece a centenas de anos da mesma maneira. Apesar de eu achar cruel com os peixes, o documentario eh muito bem feito em ser atemporal. E to whom it may concern foi divertido. Uma mulher que se filma tirando retratos dela mesma em tudo que eh lugar. E intercala com filmagens de protestos. Enfim, achamos que ia ter um ponto no final, mas nada. Well...



Jan 22th
O cheiro do Ralo

Mas segunda feira eu estava muito empolgada para ir ver o screening de um filme brasileiro no festival! Foi relativamente facil de conseguir os ingressos, mas mesmo assim o cinema estava lotado. O filme eh.... Obscuro. Enfim, eu normalmente nao sou muito chegada num filme nacional, entao fico me perguntando se foi o nacionalismo tomando conta, ou o filme realmente era bom. Olha, acho que mesmo se eu tivesse assistido no Brasil - ou melhor, se meu ex me convencesse a ir assistir, jah que ele eh o entusiasta de filmes nao hollywoodianos - eu teria gostado. Eh perturbador, mas ao mesmo tempo divertido. Lourenco trabalha numa loja de penhores, comprando as coisas inuteis que as pessoas vem lhe vender. Ele eh frio, ele nao se importa com ninguem. E ele eh obcecado com a bunda da balconista de um buteco - que acho eu eh perto de onde ele trabalha. E o cheiro do ralo, que estah entupido e cheio de bosta. Mas quem cheira a merda eh o ralo ou o lourenco? Hehehe... enfim. O filme eh bom. Diretor, Produtor e Atriz Principal estavam lah para perguntas e respostas depois do filme. Nao quero ser arrogante, o ingles deles me deixou incomodada. Eu sabia o que ele queria dizer, e ficava com vontade de levantar e ir lah ajudar. Argh. Infelizmente nao parei para dar um oi e tirar uma foto. Ou eu perdia o ultimo onibus para casa. E taxi eh caro. Nao vou deixar spoilers dessa vez. Nao vou, e sabe porque? Primeiro o filme eh maluco e eu tentar explicar nao vou conseguir. E segundo, eu recomendo. Recomendo que vao e se perturbem e assistam por si mesmos.
(E tem esse link tambem, falando da vinda deles ao Sundance, com diario da viagem e talz. http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/01/22/287507403.asp)

Enquanto isso, Sundance nao acaba por aqui nao. Tenho ingressos para um filme frances no sabado, e amanha vou dar uma volta em Park City e ver o que rola por lah - onde o festival realmente acontece. (Uh, chique, sou correspondente internacional do CES!)

E semana que vem, Bones.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

[EXTRA] Top 10 das Melhores Séries de 2006 !!! (Promessa é dívida)

Pois é, aqui no CES, promessa é dívida e portanto, cá está a relação Top 10 de alguns dos princípais críticos estrangeiros, quem quiser comparar com as listagens de 2005, basta ir aos arquivos do blog, em 19 de novembro de 2006. Já adianto que tiveram mudanças bem batutas!


SEGUEM AS LISTAS DE 2006:











terça-feira, 23 de janeiro de 2007

[24] 6x05 - 10 A.M. - 11 A.M.

Photobucket - Video and Image Hosting

Finalmente!! Foram duas semanas de muita ansiedade, que demoraram muito a passar desde a premiere. Para aqueles que não aguentam bem a espera, a Fox liberou em seu DVD com os 4 primerios episódios um snippet do quinto, que eu fiz questão de não assistir, ou ficaria ainda mais sedento. Consegui esperar e me surpreender com este fantástico episódio 5 hoje, agorinha.

Photobucket - Video and Image Hosting

Eu achei que este episódio seria mais tranquilo, tendo em vista a premiere, que apesar de mais calma do que a da quinta temporada, foi bastante tensa. Não no sentido de possuir cenas de ação que perigam ejetar o coração pela boca, mas uma bombástica revelação seguida da armação de múltiplas situações que serão desencadeadas nos episódios seguintes. Tal revelação é a de que Graham, o grande orquestrador dos eventos do quinto dia, é na verdade irmão do Jack! Irmãos que não mais se falavam há tempos, portanto muitos sentimentos estão adormecidos dentro deles. A começar pela mulher do Graham, uma lindíssima morena, que olhou torto para o Jack. Depois pelo comentário preocupante de Graham ao falar com seu secretário bisbilhoteiro: “Jack tem o hábito de desenterrar coisas que deveriam cair no esquecimento.” Preocupante para nós porque não sabemos exatamente do que se trata, e preocupante para o próprio Graham porque uma dessas coisas pode ser a própria participação dele nos fatos da temporada passada, que Jack chegou perto de descobrir. E depois de algo como isto:

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é que Graham deveria ficar ainda mais preocupado – Jack não dá a mínima pro irmão, apesar de tê-lo feito com um pouco de remorso:

Photobucket - Video and Image Hosting

É questão de tempo para termos nosso Jack íntegro como antes! :D

Outra coisa fantástica é que descobrimos que o Jack tem pelo menos dois irmãos! O sujeito bisbilhoteiro que interceptava a ligação de Jack para seu tio(?) Sam pronunciou “our brother” e “the old man” para Graham. O pai de Jack, que devemos conhecer em breve, é um homem de negócios e faz contratos ultrassecretos assim como fazia Henderson. Será que Jack será enganado mais uma vez e tentarão tirar sua vida como antes? Tá claro que Graham quer Jack morto, já o papai Bauer ainda temos que conhecer.

No layer da Casa Branca, apesar do inevitável medo devido às circunstâncias, Wayne está segurando bem as pontas, agindo racionalmente inclusive na hora de peitar o almirante conservador. Nesse conflito vemos o que parece ser um repeteco do conflito administrativo da segunda temporada, em que Mike Novick e o então vice-presidente Jim Prescott defendiam ferrenhamente uma retaliação imediata ao ataque nuclear. É Wayne seguindo os passos do irmão! Mas como eu já disse, não há “repetecos” de nenhuma espécie em 24, e o desdobramento da presente situação terá resultados diferentes dos da segunda temporada, podem crer.

A falha: não vi falhas que merecem atenção neste episódio.

Agora, algumas coisas que passaram pela minha cabeça:

24 difere da maioria das séries por ser estritamente sequencial, em que não há temporadas melhores que outras, e todas fazem parte da história, sem possibilidade de exclusão. Portanto, não poderia deixar de existir um link com a primeira, que aparentemente ficou no passado remoto, ainda que até agora não possamos encontrar uma ligação direta. Mas temos que Graham, obviamente, já participava da vida do Jack, ainda que pouco, ao ser mencionado o nome da Teri. Temos também um presidente que segue a doutrina do irmão. Os links com a segunda temporada são bem mais claros. Com a terceira não vi nada diretamente relacionado ainda, mas com a quarta há a semelhança das ameaças (árabes) e a pequena possibilidade de Fayed ser um discípulo de Marwan. Como? Lembrem-se do episódio 4x19 em que Marwan falava à câmera: “[...] este ataque será seguido por outro e mais outro...”. E finalmente, talvez esta temporada explique os fatos obscuros da quinta: o que Graham sabe e o que ele realmente fez naquele dia e no tempo que o precedeu.

A aparição de Graham poderá servir de âncora para a dos Logans, Martha e Charles, já que várias fontes afirmaram que eles devem voltar neste sexto dia. Glenn Morshower, o ator que interpreta Aaron Pierce, por sua vez, disse em vídeo do site oficial que “por enquanto ainda não há nada para mim nesta temporada” mas eu acho que algo terá. Ele é o único personagem vivo que apareceu em todas as temporadas, além do Jack.

Sandra Palmer é uma bomba-relógio: só aceita as coisas totalmente erradas que acontecem em volta dela. Como ela é louquinha, vai acabar causando um estrago grande para o irmão.

Está havendo, no universo de 24, uma crescente força do terror. Para entender isso, vamos a um “wrap-up” do que aconteceu até agora: na primeira temporada, talvez os vilões nem devessem ser chamados de “terroristas”, afinal só queriam uma pessoa morta. No entanto, um frenesi público poderia ter ocorrido na primeira temporada, se a tentativa à vida de David Palmer tivesse se consumado: como mencionado no primeiro episódio, se o primeiro candidato à presidência negro dos EUA fosse morto, haveria uma onda de desconfiança sobre a existência de grupos de ódio bem armados instalados no país e que poderiam intimidar qualquer investida que partisse de um negro, desbalanceando, assim, a sociedade civil. No entanto, o que ficou marcado para a população de LA depois do primeiro dia foi apenas que o senador sofreu duas tentativas de assassinato. Já na segunda, de fato ficaram sabendo que uma bomba explodiu no deserto, mas como não feriu quase ninguém, boas palavras reconfortantes do Palmer acalmaram os ânimos, ninguém ficou sabendo que o país chegou a estar a três minutos de iniciar uma guerra, a explosão do prédio da CTU deve ter sido vista como um fato isolado e a queda de David no meio de todo mundo pode ter sido interpretada como algo relacionado à saúde. Na terceira, sobe o medo: apesar de ter sido somente um ataque bem sucedido, o virus pegou em cheio 800 pessoas no hotel, gerando pânico localizado e muito horror. Na quarta, o medo gerado é ainda maior com o sequestro do Secretário Heller, colocando na cabeça de todos que ninguém é invulnerável. Aumenta-se o clima tenso entre americanos e imigrantes árabes mas os outros ataques do dia podem ter passado, relativamente, desapercebidos: a fusão da usina de San Gabriel pode ter sido interpretada como uma falha técnica, a notícia da queda do Air Force One não foi a público associada à palavra “míssil” e o “MÍSSIL” foi destruído sem danos maiores. Logan não mostrou sua cara de medinho para o público. A quinta é que deu mais medo em todos: a começar pela inexplicável morte do já ex-presidente Palmer, sessenta pessoas feitas reféns no aeroporto por terroristas que protestavam contra um tratado entre americanos e russos, um gás “neurotóxico” (nome dado pela Globo) que mata crianças num shopping, um violento ataque impossível de ser abafado contra a Limousine do presidente russo, apesar da explosão do centro de distribuição de gás poder ter sido recebida como um acidente para quem estava de fora. Lei marcial declada. O avião pousando na estrada poderia ser um procedimento de emergência, já a renúncia presumida do presidente foi no mínimo estranha para ter acontecido justamente num dia-marco de sua presidência. Agora, a população já está sensibilizada. Mas a sexta temporada já começa com mais tensão explícita do que todas as anteriores somadas: ataques repetidos que já duram onze semanas, para hoje ter a atração principal: uma bomba atômica em plena LA. Resultado: frenesi e horror em Los Angeles, coisa que não havia acontecido antes. Conclusão: isso não poderá ser esquecido nas temporadas futuras, pois medo não é uma coisa que se perde tão facil assim. Quero ver se no primeiro “boom” da temporada que vem o povo vai sair pelas ruas se trombando.

Tenham uma boa semana!

[EXTRA] Novo projeto do CES 2007

A partir de hoje, ainda não sabemos com que regularidade, nós do blog iniciaremos mais um novo projeto que é o de comentar séries e desenhos antigos, beeeeeeem antigos, sempre com a data de postagem fictícia o mais semelhante possível(pois o blogger só volta até 1970) da data de exibição original do episódio...

Portanto, não se assustem com as datas "estranhas" que começarão a surgir no setor de "arquivos do blog".

Espero que vocês, leitores e leitoras, curtam e conheçam tais "novidades" e/ou matem a saudade de momentos mágicos de suas infâncias!


Ultreya!

[24 na Globo] Dublagem...

Photobucket - Video and Image Hosting
Tava contando os dias para chegar hoje, dia 22/1. Neste exato momento o epiosódio 5x16 está sendo transmitido pela Globo. Esperei ele porque foi o episódio que eu escolhi para fazer meus experimentos com codificações de vídeo, então eu vi o 'previously' dele umas 40 vezes já. Aí comparei com a... bosta que acaba de ir à Globo.

Pra quem não sabe, em 2005 aconteceu um desentendimento entre FOX e Tatá Guarnieri, o dublador do Jack que o interpretou até a terceira temporada. Com ele, a dublagem de 24 foi exemplar. Até passei a dar mais atenção à dublagem, a intensidade era bem semelhante ao episódio com voz original. E o Tatá era a escolha perfeita para o papel de Jack, assista às três temporadas em DVD e então você verá como é boa. Mas a FOX, num "procedimento-padrão", incluiu o trabalho de dublagem dentro dos boxes de DVD que foram às lojas sem pagar adicionais por isso. O que??? Sim, a lei prevê que o dublador tem direito de receber para cada vez que sua voz for usada. É porque ninguém, na verdade, vai atrás disso, mas ele foi. E fez certo, mas não deu certo. A FOX simplesmente o substituiu e colocou outro no lugar, numa falta de ética sem precedentes. Até onde eu sei, processos estão rolando.

Por isso, desde a quarta temporada, que foi exibida na Globo em 2006, a dublagem como um todo piorou: Tatá Guarnieri foi substituído por Márcio Simões, outro bom dublador, que tem no currículum o papel de grandes atores negros como Samuel L. Jackson, Denzel Washington e Wesley Snipes) mas que não combina nem um pouco com Jack Bauer. Outros dubladores solidarizaram e também saíram. Aí eu, apenas por curiosidade, resolvi ver o 'previously on 24' do episódio 5x16 na Globo... e quase tive um troço. Nunca vi dublagem mais malfeita, Deus do céu. Parece que estavam dublando uma seriezinha dominical da FOX, tipo "Apesar de Tudo", que tem aquelas familinhas retardadas que todo episódio recebem uma visita igualmente retardada. A conclusão que eu cheguei é que parece que os dubladores não assistiram ao episódio antes, a entonação das vozes não está nada condizente com as circunstâncias e o entusiasmo não segue o das vozes originais. E os nomes dos personagens são grosseiramente abrasileirados. O que fizeram, hein? O orçamento tá apertado esse ano?
Isso é lamentável. A melhor das séries pode acabar ganhando ainda mais antipatia, dessa vez dos que a conheceram pela Globo, como eu. Só que eu conheci na primeira temporada, quando a dublagem era maravilhosa. Entrei no clima da série. Agora, os que acompanharem pela Globo perderão um grande elemento da série, que são os gritos do Jack, como Drop the weapon! Nada contra o Márcio Simões, mas o sotaque carioca tá forte demais, não? Tatá é quem sabia fazer direito.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

[FILME] Pequena Miss Sunshine

Uma das maiores bilheterias do cinema americano independente deste ano e um dos filmes mais aclamados pela crítica norte-americana é este “Pequena Miss Sunshine”, que ganhou neste fim-de-semana o prêmio do Sindicato dos Produtores (PGA) de Melhor Filme de 2006, consolidando-se como um dos favoritos ao Oscar deste ano. Talvez seja o motivo para eu estar escrevendo sobre o filme, às vésperas do anúncio dos indicados aos prêmios da Academia, já que não gostei e acho lamentável (tal como “Crash” ano passado) que uma obra como esta seja reconhecida como algo original e sensível.






É a história de Olive Hoover, garota de 7 anos de idade, barrigudinha e com enormes óculos de grau, que sonha em participar de uma importante competição regional para escolher uma miss mirim, a pequena Miss Sunshine do título. Treinando uma apresentação musical com seu avô viciado em heroína, Olive será levada a essa competição por sua família que, além de seu avô, inclui seu pai Richard, que tenta, com fracasso, vender um programa de auto-ajuda (Nove passos para ser um vencedor), sua mãe, a sempre prestativa Sheryl, seu irmão mais velho Dwayne, que não emite uma única palavra há 9 meses, um voto de silêncio para ser enviado às Forças Aéreas (além de ter uma enorme imagem de Nietzsche em seu quarto – “I Hate Everyone... EVERYONE.”) e, por fim, seu tio Frank, irmão de Sheryl, acadêmico que leciona Proust, homossexual, e recém saído de uma clínica psiquiátrica, pois acabara de tentar cometer suicídio devido a uma desilusão amorosa (além de ter perdido emprego, apartamento e um importante prêmio de sua categoria). Esse grupo de desajustados terá dois dias para levar Olive ao local da competição, viajando em uma kombi, num road-movie em que todos aprenderão importantes lições de vida, culminando em um dos finais mais constrangedores do ano.






De fato, o sucesso de “Pequena Miss Sunshine” não é tão surpreendente. Superficialmente, o filme apresenta características que facilmente podem cativar público e crítica: uma história de “busca pelos seus sonhos”, um roteiro pontuado por momentos de surpresa e emoção, diálogos cômicos e um elenco excelente, em especial a jovem Abigail Breslin, que no papel de Olive cativa qualquer pessoa, e Steve Carell, provando que tem talento para além da comédia. Mas o filme traz a visão tacanha e limitada de seus realizadores do que é ser humano. Eu poderia descartar “Miss Sunshine” como um entretenimento razoável e às vezes divertido, mas sendo tomado por muitos como um filme sério, humano e até mesmo como obra-prima (!!), me vi na necessidade de analisá-lo com mais criticismo, pois é mesmo preocupante que algo do tipo seja tomado como boa arte.





Como todo filme de personagens, desde seu início já temos uma noção de como eles serão tratados pelos seus autores. No caso de “Sunshine”, os personagens são tratados com carinho, mas um carinho preconceituoso a todo momento, pois são vistos com um “olhar de cima”, de alguém que parece amar seus personagens, mas que os vê como diferentes, losers que precisam encontrar o seu lugar. Não ajuda o fato de que aquelas pessoas são vistas no filme como personagens de uma nota só: não há um único papel no filme que seja complexo, que tenha mais de uma camada, que seja realmente desafiador.


O filme também traz aquele ranço típico que o americano tem com sexo, trazendo algumas piadas horríveis, como a seqüência em que um policial não percebe um cadáver, pois se encanta com algumas revistas pornográficas. É o tipo de coisa que cabe perfeitamente num “American Pie”, mas em um filme tido como humano e “artístico”? É realmente engraçado o fato de o avô falar palavrões e de sexo o tempo todo (“Fuck a lotta women, kid!”)?






Mas “Pequena Miss Sunshine” chega ao fundo do poço mesmo com o embaraçoso final, quando Olive se apresenta no concurso de Miss. Ali o filme se define como vazio e preconceituoso, quando a garota começa a dançar a música “Super Freak”. O título da música parece ser conveniente com a visão que os autores do filme têm de seus personagens que, ao fim da apresentação, estarão todos no palco dançando pateticamente e celebrando sua condição de loser. A mensagem não é bem “Seja você mesmo”, mas sim “Se você é um perdedor, viva bem com isso e dane-se o resto”. É uma afronta vazia ao sistema, coisa de quem deve ter sofrido pacas no colégio quando adolescente e resolveu exorcizar seu passado escrevendo um roteiro capenga de humanidade e complexidade, eliminando toda sutileza e riqueza das relações humanas.






No fundo, “Pequena Miss Sunshine” compartilha da idéia do personagem Richard (Greg Kinnear), que diz que na vida existem dois tipos de pessoas, os vencedores e os perdedores. A diferença é que o filme toma partido dos perdedores. E a vida está longe de ser tão simples assim, indo muito mais além do que essa definição superficial do que é ser humano. Filme e personagem, pelo visto, não são tão diferentes assim. E é uma pena que essa visão torta das coisas seja agraciada com prêmios.


Hélio