sexta-feira, 27 de junho de 2008

[FastNews] - The Tudors no Emmy Awards?

Ok, eu prometo a vocês que farei os comentários dos episódios 2x02 a 2x10 de The Tudors, numa semana inteirinha e seguidos. Mas quando eu tiver o mínimo de vida e tempo pra respirar!

Por enquanto, vai a notícia: The Tudors está nas 10 séries de drama finalistas com chances para concorrer ao Emmy. É mole?


Olha só os dois comemorando... tsc tsc


Serão 5 selecionadas entre:

• Justiça sem Limites
• Damages
• Dexter
• Friday Night Lights
• Grey’s Anatomy
• House
• Lost
• Mad Men
• The Tudors
• The Wire


Ok, acho difícil (meu palpite é Lost, House, Grey's, Dexter e Friday Night Lights), mas, e vocês? O que acham?

Henricão emplaca?

Comentem aí.


(e aguardem meus posts... eu juro que eles virão, mesmo!)


:D





(fonte: TeleSéries)

por Tatah, a desparecida without a trace

quinta-feira, 26 de junho de 2008

[9mm] 1x03 Eu Sou Mais Forte

Que beleza de título, não?
Apesar do título de desenho animado, acho que esse foi o episódio que conseguiu sair-se melhor até agora. Dessa vez os investigadores estão atrás de um lutador de vale-tudo que agrediu e matou um rapaz pobre (ou um pobre rapaz) após sairem bêbados de uma balada. E a filha de Luísa ainda estava junto da turma e presencia toda a agressão. Isso até seria motivo para eu reclamar da conveniência do roteiro mais uma vez, mas na verdade acho que esse fato é exatamente o que carrega a parte mais dramática e interessante do caso. Claro que a primeira cena, justamente mostrando o crime acontecendo (numa ânsia de querer chocar mais uma vez) foi equivocada porque tirou a surpresa da revelação da menina, mas por outro lado já colocou o espectador no lugar mais confortável possível, sempre a favor dos investigadores. Além disso, como o rapaz já estava condenado desde o início do episódio, tudo que acompanhamos foi um processo bastante conturbado, levando em consideração palavras balbuciadas pela vítima antes de entrar em coma e o retrato-falado do outro rapaz agredido, que contava com um dom incrível para desenhos.

Entretanto, o grande destaque foi a discussão de como a justiça acaba emperrando quando a lei mistura-se com motivos particulares. Seja no caso de testemunhas não fazerem sua denúncia por medo de retaliação como também influências políticas na corporação. Ainda que para a advogada/mãe do playboy só faltasse o traje de Hera Venenosa para explicar tanta vilania e trejeitos, seu papel mostra o quão impotente a polícia pode ser diante de alguns casos. As duas bombas que explodiram justamente ao mesmo tempo, Tavares usando um carro apreendido e as suspeitas em cima de Horácio, também tiveram destaque por deixaram o departamento desacreditado. Às vezes parece que tudo vai terminar com o departamento se desfazendo para a próxima temporada (o que soaria como um piloto de quase 4 horas).

Ainda nessa discussão, acho bastante verdadeiro que diante de tudo isso, os policiais tenham o desejo de fazer justiça com as próprias mãos. Foi o que aconteceu com 3P, no final, mais uma vez sendo derrotado pelo playboy lutador. No entanto, minha única ressalva é que não consigo acreditar nas motivações de Horácio para ser desse jeito. A situação com sua família (que nunca entendi se é mulher, ex-mulher, irmã ou sei lá eu) é uma das coisas mais chatas que já vi na televisão. Fora isso, para um policial chamado de "velha guarda" é de se imaginar que já esteja cansado de saber como o sistema funciona. Essas suas ações, tanto o assassinato do dono de prostíbulo como a tortura no outro playboy para ele confessar, parecem fora de tom por ele nunca ter sido denunciado antes e por nem estar muito preocupado com isso. Para alguém iniciante até dá para entender, mas esse caso sim é conveniência que chega a ser inaceitável...



e.fuzii

quarta-feira, 25 de junho de 2008

CSI: Miami e NY

Olá! Voltei!

Nada como passar um tempo sem internet em casa. Enquanto não voltamos às atividades online, dá tempo de lembrar de quando não dependíamos da internet quase como dos pulmões. Exagero? Já ficou sem internet? Depois de "filosofar" um pouco, a internet volta e voi lá. "Bye, bye" para tudo o que pensamos antes, sentimos "nosso ego digital" respirar novamente. =p

Não bastasse quase enlouquecer por causa da internet, ainda estou em época de provas finais na faculdade. Tá, né? Já disse por que sumi, agora vamos ao que interessa: CSI.

CSI:Miami

6x21 Down to the Wire
Um detetive particular que consegue usar a SWAT para eliminar um alvo? Kurt Rossi também consegue tirar Calleigh do caso e questionar as evidências que ela e Eric coletaram e analisaram. Ela por causa do vídeo no site SolveCrimesWithCalleigh.com, em que ela pega uma lista de passos a seguir para coletar e documentar evidências. A lista não é dela, é de Eric, o que ambos mantém em segredo. Mas não é por causa da lista que Kurt consegue pôr Eric para escanteio, é com a gravação de uma sessão do csi com uma psicóloga em que ele diz ainda estar se recuperando.

Um cara paranóico que acha que está sendo traído, um sócio espertinho e um detetive particular com métodos... ahm... nada convencionais. No final, Kurt Rossi caiu devido a sua auto-confiança, afinal quem vai se preocupar com um gravador wireless que mais parece um enfeite sobre a mesa quando o cara que vem pagar de espertinho tem um transmissor convencional embaixo da camisa?

6x22 Going Ballistic
Shannon Higgins, a legista que deveria substituir Alexx Woods, mal teve tempo de se apresentar e foi vítima de um tiro na cabeça. Até que Kurt Long me prove o contrário, seu personagem - Dr. Thomas Wellner - é quem deveria ter morrido, para ser substituído por Shannon.

Calleigh refaz seus testes de proficiência antes de voltar ao trabalho, não muito depois disso sua distração causa um acidente no laboratório e quase arruina as evidências de um caso. Espero ver mais a respeito disso na próxima temporada.

Manny Ortega e Brad Grower são duas das vítimas desse episódio. No entanto, a vítima que realmente importa é Lt. Horatio Cane. Ron Saris e Horatio já trocaram indiretas algumas vezes, mas no final desse episódio as ameaças foram claras: "você estará morto até o dia dos pais". (Horatio para Ron)

Tudo o que temos nos minutos finais é Horatio atingido por um tiro que ninguém sabe de onde partiu, as ameaças de Juan Ortega e a possibilidade de Ron, Julia ou Kyle ter disparado.

Não faço parte do grupo que quer que Horatio morra e não acredito que Caruso saia da série, embora isso seja uma possibilidade. Essa não é uma 'série maluca' como Heroes em que o impossível pode acontecer e pronto; aconteça o que acontecer, tem que haver uma explicação para isso. Mas, sinceramente, queria ver os produtores lidar com a substituição do 'csi chefe'; e, se essa experiência tem que ser feita, que seja com CSI:Miami. Porque Grissom e Mac Taylor tem um 'status' com os fãs muito melhor que Horatio.

CSI:NY

Por falar em Mac Taylor, o passado do detetive de NY é explorado e o csi se torna refém do irmão de um ex-amigo de infância em "The Thing About Heroes". O apartamento de Stella pega fogo enquanto ela dorme tranqüilamente até acordar em meio às chamas em "Right Next Door". E lidar com um religioso fanático que se torna um serial killer por não entender Levítico 27.29 ('L2729': a marca no pescoço de suas vítimas).

Exceto pelo final dado a história da assassina high-tech que leva os csis a uma caçada no Second Life, que (ok, eu me rendo) destoou um pouquinho . Como finalizar a temporada depois de tantos episódios excelentes? Mac Taylor é, again, a 'bola da vez'.

4x21 Hostage
Joe (Elias Koteas) mantém como reféns várias pessoas em um banco; uma de suas exigências é que um csi examine o corpo que está no cofre. Mac aceita entrar em troca da liberação de um dos reféns. Joe diz que não matou ninguém, que só atirou para cima duas vezes e insiste que Mac deve provar isso.

Com ele e a vítima presos no banco, Mac tinha que a todo momento explicar o porquê do que estava fazendo; mesmo mandar as fotos do local para os outros csis se tornara difícil. Joe também não pára de atender o celular e, aparentemente, receber instruções e dar explicações sobre o que está acontecendo.

Mac conclui que houve outro assalto, antes de Joe chegar ao banco. Com uma arma apontada para sua cabeça, Joe implora por sua vida e de sua família, dizendo que também é uma vítima. No final, o que parece ser Mac saindo para ir resgatar a família de Joe, transforma-se no seqüestro do detetive.

Horatio e Mac Taylor em perigo. E em CSI (:Las Vegas), morre o csi Warrick Brown (dizem os spoilers de "For Gedda", ainda não pude assitir). Pára tudo! Até Don Flack (CSI:NY) já se deparou com uma HK47 em "Snow Day" (3x24). Quando é que Gil Grissom vai encarar, no mínimo, uma .38 semi-automática 'bem na frente do nariz'?

Tatiane
tatiane@comentariosemserie.com

segunda-feira, 23 de junho de 2008

[Extra] Especial Arquivo X .O que pensam os que assistiram a série.

Há 6 anos atrás era exibido o derradeiro episódio de X Files, chegou até a nona temporada. Era absurdo, desvirtuava toda a mitologia criada ao longo dos anos e, principalmente, mostrava a relação concretizada entre Mulder e Scully. Um pecado. Beirando o imperdoável. Anos se passaram e os boatos de um novo Arquivo X ganharam força, até porque a primeira incursão ao cinema da série foi desastrosa em minha opinião, ali já mostrava o começo do fim, o cansaço e desgaste eram evidentes. E o filme ainda errou ao tentar abranger todo o público. Para os fãs era repetitivo. Para quem nunca viu era cifrado.

Mas como todos os fãs interessados já sabem, dia 25 de julho chega a versão mais Monster Of The Week, ou seja, assustador-bizarro-paranormal. Sempre foram meus episódios favoritos essa linha longe da mitologia. Olha que o nome da seqüencia é para fã mesmo: I Want To Believe.

A lista divulgada por Chris Carter dos episódios referência ao filme é bem interessante, tem muita coisa boa, revi tudo. Se for neste clima, está garantido o divertimento.

Hoje começo um prometido especial sobre Arquivo X. Entrevistei pessoas legais e pedi que relembrassem de alguns momentos da série e apontasse a sua importância para a cultura ocidental (Rá). Apesar da brincadeira, Lost só foi possível graças ao pioneirismo de Arquivo X. Mitologia é um termo que começou com ela.

O primeiro entrevistado é Antônio Pedro, o AP da comunidade Lost Brasil. Grande fã da série, ele fez apontamentos interessantes:

Arquivo X foi a primeira série de TV que conheci onde havia um elo de ligação entre determinados episódios, no caso, uma conspiração para esconder atividades alienígenas no planeta Terra, dela participando autoridades do alto escalão de diversos governos.

Isso era totalmente novo. Ao contrário de outros programas, onde a cada semana um assunto é desenvolvido e encerrado, Arquivo X se propunha a te amarrar por várias temporadas a esta trama recorrente, então batizada de "mitologia".

Muito mais do que saber quem matou Laura Palmer, apenas para citar outra série que foi um marco na TV, em Arquivo X queríamos descobrir a dimensão dessa conspiração, seus objetivos e sua influência no passado de um dos protagonistas.

Sem falar que, eventualmente éramos presenteados com episódios isolados sensacionais, alguns de grande valor humano, como em "O Repouso Final de Clyde Bruckman", que valeu um Emmy ao ator Peter Boyle, outros de insuperável humor trash, como em "A fraude".







Por fim, Arquivo X também nos mostrou como os interesses econômicos podem destruir uma boa série, estendendo - a muito além do ideal, a ponto de tornar impossível, ao final de nove temporadas, compreender exatamente o que estávamos assistindo.

Acha exagero? Me diga então, após assistir ao último episódio, o que diabos está lá fora.





Referências aos episódios citados:


3.04 -O Repouso Final de Clyde Bruckman (Clyde´s Bruckman Final Repose) -Um vendedor de seguros com poderes psíquicos consegue prever a morte de pessoas. Mulder e Scully pedem ajuda a este vidente para agarrar um assassino serial e ele prevê a morte dos dois agentes no final do caso. Além do Emmy ao Peter Boyle, como AP lembrou, também ganhou por roteiro.

2.20 - A Fraude (Humbug)- Mulder e Scully são chamados para investigar uma série de assassinatos que parecem ocorrer a cada 28 anos. Os crimes acontecem numa cidade estranha, onde os habitantes, a maioria deformados e considerados aberrações, trabalham num circo. Primeiro episódio cômico da série.

9.19 e 20 - A Verdade (The Truth) - E a mitologia se encerra. Bizarro e decepcionante.



Amanhã teremos mais opiniões. Ribas e depois, Célia . Aguardem!

Danielle M

sábado, 21 de junho de 2008

[9mm] 1x02 O Estreito Caminho da Lei

Primeiro, preciso esclarecer que assisti a esse episódio no site da Raposa e pareceu ser a versão final, mas se teve alguma diferença para a versão da televisão já aviso que a culpa não é minha. A iniciativa de colocar na internet logo depois da exibição é bastante bem-vinda, principalmente levando em conta os ridículos horários de reprise do canal.

Mas vamos logo ao ponto-chave dessa análise: melhorou? Não. Tenho de dizer que os roteiristas tem algumas idéias inspiradas para alguns casos. Nesse episódio mesmo, os garotos tendo de vender os dvds roubados a alguma quadrilha maior foi um deles. No entanto, o maior problema continua sendo a própria investigação do departamento de homicídios. Parece estranho e deveras forçado que o tal de Tavares tenha ligações tão fortes assim com o crime organizado (como já foi mostrado no episódio anterior) e chegue ao ponto de pedir favores. Um dos principais motivos para isso é que os próprios bandidos entram e saem de cena como personagens caricatos e praticamente descartáveis. Estou finalmente acompanhando "The Wire" e é impossível não fazer comparações. Não temos em "9mm" alguém importante, forte e que consiga até de alguma forma nos convencer da impotência da polícia desamparada.

Como o próprio título do episódio já avisa, a discussão aqui é exatamente essa, como podemos ver na história do delegado Eduardo. Embora trabalhador e acima de tudo honesto, o delegado é levado cada vez mais para um lado obscuro quando presta favores ao seu sogro, um influente político. Essa dependência se bem explorada é interessante justamente levando em conta os outros colegas do distrito. Aliás, a cena em que ele discute com o outro delegado na lanchonete é umas das poucas que conseguem ser bem escritas e acima de tudo bem atuadas. Mas o grande deslize vem no final, quando Eduardo parece ler uma carta durante a entrevista em que coloca toda a culpa desses "estreitos caminhos" numa imprensa considerada fascista por ele. Com repórteres tão idiotas em cena chego até a estranhar uma denúncia como essa...

Nessa semana descobri numa coluna de um grande jornal daqui de São Paulo (deveras tendenciosa, por sinal) que o cinematógrafo apelidou a irritante câmera que não pára de mexer e dar zooms de "Dogma Freak". Só para se ter uma idéia do nível da produção de 9mm. Continua sendo um enorme problema essa vontade de querer transformar em relevância tudo aquilo que não deveria ter. Como a cena em que Horácio responde transtornado sobre a denúncia de ter entrado em contato com o chefe da rede de prostituição, no episódio anterior. Era desnecessário ele agir daquela forma, ainda mais por dar motivos ainda maiores para Luísa desconfiar. Tavares também teve reação parecida quando negociava com Abacate e repentinamente levantou e quase jogou a mesa longe. Além dos dois personagens terem uma imensa diferença de idade, o que nunca poderia fazê-los amigos de infância, essa reaçnao não convenceria ninguém a colaborar. Tavares também protagoniza uma seqüência ridícula ao render Abacate segurando sua arma na horizontal. Pistoleiro numa risível cena de invasão policial.

Fora isso, tivemos a história clichê em que a filha de Luísa está envolvida e a vida ainda mais clichê do policial Horácio. Chega a ser engraçado ele encarando o filho na casa de sua ex-mulher, tocando uma música monótona ao fundo. Lembrou-me um daqueles comerciais da Fundação para Uma Vida Melhor. Só faltou mesmo um slogan no final da cena. O pior é que essas histórias paralelas ainda diminuem o ritmo do episódio, parecendo confusas e até inúteis. Entendo que os roteiristas tem um plano maior para amarrar a temporada, mas acho que isso precisa logo ser explorado. Se é o desejo de justiça de Horácio confrontando a "honestidade" de Eduardo e a perseverança de Luísa, que coloquem logo essas cartas na mesa e não percam o tempo da série e do telespectador.



e.fuzii

[Fast News] CQC nos States, Charlie de Lost na bancada

Reprodução


Fonte UOL e Hollywood Reporter

Dominic Monaghan, o Charlie de Lost já foi desta para melhor, depois de participar de uma das triologias mais bacanas do cinema, namorar uma gatona, pertencer ao Cast de Lost e morrer dignamente, ele poderia achar que já conquistou tudo na vida?

Na verdade, o rapaz tem mais um desafio...e daqueles. O CQC (Caiga quien Caiga, na Espanha e Custe o Que Custar, no Brasil) exportou a idéia para a América e Dominic será um dos apresentadores. Sobre o programa, que já tem o piloto gravado, ele disse: É um show bastante diferente do que costumamos ver por aqui, tem um humor mais escrachado. Mas, uma vez que você se acostuma, você percebe que lida com problemas realmente sérios.

Acho que ele tem um ar cool, descolado e é bem articulado, características mais do que necessárias para fazer parte do CQC. Que dê tudo certo e o Youtube que nos aguarde.

Para dar um gostinho, aqui está parte do piloto, pequena parte mesmo e com imagem bem ruim, já que foi gravado clandestinamente.



Para ver a versão nacional do CQC, sintonize na Band às segundas feiras, 22 horas.

Danielle M

sábado, 14 de junho de 2008

[LOST] Conclusões da 4ª Temporada

Com o término de mais uma temporada de Lost, os nossos parceiros do TeoriasLost montaram um questionário para ser respondido por alguns blogs que fizeram a cobertura da série durante todo esse ano. Muitas idéias interessantes foram levantadas e, como sempre digo, são as divergências de pontos de vista que fazem de Lost uma das séries mais fascinantes da atualidade. Lá no TeoriasLost você pode ler todas as opiniões, vou apenas reproduzir a seguir as minhas respostas ao questionário:

TeoriasLost - No geral, qual a sua avaliação dessa 4ª temporada!? Foi a melhor de todas!?
Acho que a temporada não passou de razoável. Obviamente não posso deixar de reconhecer as dificuldades de manter o suspense enquanto o arco deixado pelo final da temporada passada (a aproximação do cargueiro à Ilha e o futuro desolador do encontro entre Jack e Kate) era fechado. Mas, infelizmente, a temporada foi bastante irregular pelo destino de tantos personagens, se não previsíveis, parecessem bastante prováveis. Fora isso, muitos deles acabaram deixados de lado e poucos tiveram oportunidades para serem desenvolvidos enquanto os roteiristas tentavam amarrar as pontas. Outra coisa que chegou a me irritar é a arbitrariedade com que muitas das decisões tomadas pela Ilha, poupando ou matando alguns personagens, eram convenientes para os roteiristas. Se aquele paralelo da série com o jogo de War/Risk proposto em um dos episódios pode ser usado, diria que os roteiristas tem até controle sobre os dados. E isso, para mim, soa como trapaça.

TL - Qual a maior revelação para vc nessa temporada!?
Com certeza foi a revelação de que Locke era o morto no caixão. Mas considerando o contexto geral da série, achei interessante a revelação de que o tempo na Ilha e fora dela corre simultaneamente. Ao menos, ao que parece, atravessando pelo "caminho" seguro.

TL - Qual o momento mais surpreendente!?
O que mais me surpreendeu positivamente foram os Oceanic Six resgatados pelo barco da Penny. Depois de até estabelecer comunicação durante a temporada, o casal Desmond e Penny não tinha muito para onde evoluir separados. Portanto, além de inesperado, foi o momento "certo" para o reencontro dos dois.
Negativamente, tenho de dizer que foi a morte estúpida de Danielle Rousseau. Ainda não consigo acreditar que fizeram uma queima de arquivo dessas...


TL - Qual personagem se destacou mais nessa temporada!?
Não há como escolher outro: Benjamin Linus. Ele que por tanto tempo vinha sendo retratado como calculista e até desumano, ganhou traços fascinantes durante a temporada, seja por sua obsessão por Annie ou sua tristeza até tornar-se vingança pela morte de Alex. Tudo isso contribuiu para sua decisão final: passar o bastão para John Locke, aconselhar maior frieza em suas decisões e abandonar para sempre a Ilha.

TL - Qual caminho vc acredita que a 5ª temporada vai tomar!?
Estou bastante ansioso pela próxima temporada, porque novas possibilitadas devem ser exploradas. Os personagens que restaram na Ilha terão uma nova dinâmica, tanto por não contarem com um líder como por não saberem que os Oceanic 6 conseguiram escapar. O desatar do triângulo amoroso também tem muito a acrescentar a Jack, Sawyer e Kate. Acompanharemos também a ascensão e queda de John Locke, descobrindo alguns dos mistérios sobre a origem dos Outros. Já fora da Ilha, o mais intrigante será como Ben irá lidar com a impossiblidade de retornar à Ilha e seu plano para unir os Oceanic 6 no mesmo ideal. Ou seja, tem tudo para ser uma temporada excelente.



Aproveitando esse post, vou compartilhar algumas outras opiniões sobre o final da temporada. Como você pode ouvir no podcast do TeoriasLost, a Dani também achou risível a cena de Ben empurrando a roda de burro para mover a Ilha (mas como eu disse, poderia ter sido ainda pior). Fora isso, já vacinada por Arquivo X, ela levantou a questão de que toda vez que se responde algo, gera algumas frustrações. E essa foi a razão para ela preferir o final da temporada anterior.
Mais ou menos na mesma linha, nosso colega Allan (comentarista oficial de House e Prison Break aqui no blog) mostrou-se bastante decepcionado com essa conclusão chegando a cogitar desistir da série. Além da decepção com algumas dessas respostas, cada vez mais pendendo para um aspecto "fantástico", a grande preocupação dele é que comparando os personagens em seu começo e atualmente, eles parecem ter perdido muito em complexidade. Como puderam perceber durante todo esse ano, essa é uma de minhas maiores preocupações também. Infelizmente, durante todo o processo de fechar arcos na temporada, poucas personagens tiveram chances para serem desenvolvidas. Além disso, comparando com uma de nossas séries favoritas, Battlestar Galactica, Allan percebe que a dinâmica das personagens em Lost sofre por ser muitas vezes forçada e pouco convincente. Que o diga a transformação de Sawyer durante essa temporada...
E já que também estamos falando de Battlestar Galactica, a Mo Ryan, do Chicago Tribune, estabeleceu uma divertida comparação entre as duas séries. Para quem conhece ambas, dê uma lida.
Allan também chamou atenção para o fato de eu ter sido "bonzinho" com o final de Lost. Reconheço que mudei mesmo a minha postura após a volta da greve dos roteiristas. Nesse meio tempo, me deparei com algo que tinha escrito na comunidade do CeS a mais de um ano atrás (e não lembrava, claro, por conta da minha péssima memória), logo após o bombástico final da terceira temporada:

"Se realmente decidirem mudar o formato que conhecemos de Lost, teríamos duas opções:
a) acontecimentos ainda na Ilha, com flash-forwards.
b) acontecimentos no presente, com flashbacks da Ilha.
Não acho nenhuma das duas opções válidas. A primeira porque tiraria grande foco do desenvolvimento dos personagens, em troca de desenvolver o
plot, e a segunda porque descaracterizaria a ambientação do seriado e ainda provocaria uma quebra na estrutura narrativa da Ilha, que já estamos acostumados."

Lendo essa minha opinião da época, percebi que não adiantava tentar combater esse caminho traçado pelos roteiristas. Reconheço que Lost precisava de algum tipo de mudança e essa nova estrutura com os flashforwards garantiram alguns episódios excelentes, mas para qualquer mudança sempre paga-se um preço. Portanto, decidi relaxar e esperar que o suspense fosse mantido pelo menos até que todas as pontas fossem fechadas.
Ainda sobre essa questão, Myles McNutt escreveu um excelente texto em seu blog, analisando o quanto saber por antecedência pode ter arruinado essa temporada de Lost. Baseando-se na discussão levantada por Ken Tucker (da EW) sobre spoilers na TV, Myles constata que muitas das revelações durante a temporada eram minimizadas justamente por sabermos o que iria acontecer depois. Entretanto, discordo que todo esse risco tenha sido válido, principalmente em relação ao resgate dos Oceanic Six, momento que poderia ser um dos mais emocionantes de toda a série e acabou ofuscado por já sabermos o destino infeliz daqueles personagens fora da Ilha.

O conhecido colunista da EW, Doc Jensen, completamente fanático pela série, escreveu um texto levantando 4 perguntas sobre o final da temporada. Talvez a mais intrigante seja a possibilidade do urso polar encontrado por Charlotte na Tunísia ter sido teleportado para lá justamente ao mover a Ilha. Não posso negar que é interessante, mas espero que isso ainda seja desenvolvido e não fique apenas em mero detalhe (especulativo ainda) como aconteceu com o diário do Black Rock, adquirido por Widmore.

Outro artigo interessante foi escrito por Oscar Dahl do site BuddyTV tentando prever a estrutura dos episódios na próxima temporada. Com suas duas linhas de tempo concorrentes e com provavelmente dois anos de diferença, a dúvida é definir qual seria o "presente" a partir de agora. Embora o final da temporada desse a impressão que teríamos o foco na tentativa de Jack e Ben levarem os Oceanic Six de volta à Ilha, Oscar sugere 5 opções de estrutura:
1) Três linhas de tempo ocorrendo no mesmo episódio, sendo que um dos personagens teria um flashback ou flashforward convencional.
2) Os acontecimentos da Ilha seriam adiantados para igualar-se com o final da quarta temporada. Daí teríamos flashbacks convencionais para contar o que deu errado enquanto Locke era o líder dos Outros.
3) A Ilha continuaria sendo o presente após ter sido movida. Enquanto isso, os flashforwards contariam a saga dos Oceanic Six.
4) Episódios alternados entre os Oceanic Six e a Ilha. Os flashbacks e flashforwards continuariam focando um dos personagens.
5) A temporada começaria com os Oceanic Six já voltando para a Ilha. A partir daí, os flashbacks contariam como tudo aconteceu.

Primeiro, tenho de confessar que sempre fui fascinado pela idéia de começar uma temporada com um novo acidente de avião. No entanto, acho que essa quinta opção seria uma reedição daquilo que vimos nessa última temporada, com o roteiro tentando amarrar as duas pontas. Com exceção da primeira possibilidade, que é a mais provável, acho que nenhuma delas seria interessante, principalmente por distanciarem-se demais da estrutura que já estamos acostumados na série.
Acho difícil, por exemplo, que deixem de lado os dois personagens principais da série, Jack e Kate. Por isso, sou da opinião de que o presente deveria ser mesmo o final dessa temporada, com os Oceanic Six tentando se reunir e voltar à Ilha. Então, numa primeira etapa, com no máximo 6 episódios, o foco estaria todo voltado para o mundo exterior, tanto com flashbacks dos Oceanic Six como de John Locke morto (porque já dizia a velha música que as lembranças nunca morrem), revelando o que aconteceu com a Ilha. Só depois do retorno é que os outros personagens contariam suas histórias. Embora sacrificasse um pouco alguns personagens nesse começo, acho que essa seria a forma menos confusa e com um pouco mais de dinâmica.

Já em relação às personagens, parece ganhar força o boato de que Daniel Dae Kim continuaria como ator regular na próxima temporada. Ou seja, Jin serviria outra vez para nos enganar (como aconteceu no seu ridículo flashback) e apareceria são e salvo na Ilha. Se isso realmente vier a se confirmar, só tenho a lamentar...



Assim chegamos a mais um final de temporada. Durante esse meio de ano ainda teremos a cobertura do Emmy, que deve ter Michael Emmerson e o roteiro de "The Constant" concorrendo ao prêmio. Ou pelo menos assim espero. Agradeço a todos que acompanharam os comentários até aqui e até o ano que vem, com mais um tanto de mistérios e (por que não?) respostas...



e.fuzii

terça-feira, 10 de junho de 2008

[9mm] 1x01 Aqui se faz, Aqui se paga

Depois de um extensa campanha publicitária nas ruas de São Paulo, com direito a pessoas algemadas em avenidas movimentadas e perseguições simuladas nos parques da cidade, estreou hoje a primeira série da Fox produzida inteiramente no Brasil, "9mm - São Paulo". Usando recursos da Ancine, essa primeira temporada (se é que podemos chamar assim) é uma minissérie em quatro capítulos mostrando o cotidiano da Divisão de Homicídios na capital paulista.
Distanciando-se das séries forenses mais conhecidas, como a franquia "C.S.I.", "9mm" foca mais na reviravolta das investigações e nos próprios personagens envolvidos, sejam policiais ou bandidos. Nesse primeiro episódio, a equipe do delegado Eduardo depara-se com o assassinato de uma semi-famosa (leia-se: ex-participante de reality show) envolvida numa rede de prostituição. Enquanto isso, uma garota é encontrada com a suspeita de ter sido violentada pelo pai, que coincidentemente também é acusado de matar sua esposa no dia anterior.

A série é gravada em alta definição (o que não quer dizer muito coisa, já que a Fox não tem um canal para disponibilizar esse tipo de conteúdo no país) e usa do recurso batido de câmera na mão para aproximar o espectador de toda a ação. Porém, na prática o efeito é exatamente o contrário: o espectador acaba irritado pelo constante balanço da câmera e o número incontável de zooms nas cenas de diálogo. A edição também conta com momentos estranhos, tanto na montagem das cenas como nos próprios cortes.
Um dos destaques da série é o experiente investigador Horácio, interpretado por Norival Rizzo, que cercado de dilemas confere um lado mais humano à série. Depois de resolver o caso da forma mais política possível, a decisão de Horácio por fazer justiça com as próprias mãos (de onde vem o título do episódio) é exatamente aquilo que a série deveria distanciar-se: forçar um rótulo de anti-herói. Dentre os outros personagens, temos o delegado Eduardo, que transita entre o policial correto e arrogante, e a investigadora Luisa, que como mãe solteira carrega toda disciplina para dentro da delegacia e para sua casa.
Entretanto, o grande problema é a mão pesada que a maioria das cenas é dirigida. Na ânsia por chocar, a todo momento temos alguém gritando ou mesmo tentando se sobressair. Num dos detalhes da casa de Luisa, por exemplo, além da quebra de ritmo na investigação, ainda somos bombardeados por uma linguagem chula e que tenta numa simples discussão resumir todo o conflito de anos da policial com seu ex-marido. Em outra cena, é Eduardo quem precisa mostrar o quanto é destemido em encarar aqueles que julga como "bundões". Sem contar o chefe da rede de prostituição, que mostra-se tão acima da lei, inatingível em sua mansão ao melhor estilo Miami, mas no final acaba sendo alvo fácil do Horácio.

Se a idéia era mesmo inovar e ousar, começaram da forma errada. Com tantos clichês, cenas de ação mal executadas e diálogos sofríveis (sério, como pode um rapaz favelado usar a expressão "a essa altura"?) a distância que separa uma série como essa de um folhetim é praticamente nula. E pensar que já cogitaram a brilhante idéia de estabelecer cotas para produções nacionais na televisão paga...

9mm - São Paulo
Fox, terças às 22h.
Reprises: quintas às 4h e sextas às 1h.
Imagem: Divulgação



e.fuzii

sábado, 7 de junho de 2008

[Lost] Podcast Season Finale There´s No Place Like Home

Olá! depois de algum tempinho devido a constantes problemas de agenda, conseguimos reunir o pessoal de blog e comunidade Teorias Lost e, junto a mim, representando o Ces, gravamos mais um podcast.

Claro que brincamos muito, há muita especulação, discordâncias e tudo aquilo que faz um podcast ser divertido. Espero que gostem e até 2009!

Para baixar e ouvir: 4Shared

Para apenas ouvir: boomp3.com

Danielle M

[Filme] Sex And The City

O meu episódio favorito de Sex, está na season première da 2a temporada, "Take Me Out To the Ball Game". Quando Carrie, após o término com Big, tenta seguir adiante. E diz uma de minhas falas favoritas : "Quando se termina um relacionamento, alguns lugares, cheiros e até mesmo algumas horas do dia passam a ser proibidas".

Carrie nunca esteve tão linda, tão frágil e tão profunda neste episódio.



Acabo de voltar do cinema onde assisti um filme que espero a pelo menos 4 anos. Talvez este seja o problema. Ninguém permanece do mesmo jeito após este tempo.

Eu me diverti, emocionei em algumas cenas, fiquei enternecida, dei pequenos gritinhos histéricos, quase bati palmas, mas algo se perdeu. Sex não é a mesma coisa, o cinema, a duração do filme, tudo isso transformou Sex numa sucessão de clichês. Numa loja gigante onde grifes desfilam. Antes, a cada Manolo Blahnik que aparecesse, Prada, Dolce & Gabbana, tinha uma situação, um momento de compartilhamento com o público: Não posso ter este sapato ou vestido, apenas o desejo, mas entendo o que Carrie fala. O mote eram as relações. E não a vil matéria.

Todo o anti-feminismo, o narcisismo e o super consumismo em que a série foi acusada ao longo dos anos estão lá. E no fim, isto que fica do filme. Os personagens masculinos são coadjuvantes de luxo. Nem mesmo Big, cujo ator, Chris Noth, que tem a sua participação nos créditos da mesma forma que aparecia na série, "And Chris Noth", nos fazendo ficar tontas a espera de mais um episódio entre Carrie e Big, conseguiu aparecer.

Claro que vou comprar o dvd e, provavelmente, vou rever o filme no cinema. Mas algumas coisas ficam melhores em 30 minutos a cada semana, ou no meu pack com 6 temporadas. Sex nasceu para ser série, pq nem como livro funcionou tão bem...


Danielle M

terça-feira, 3 de junho de 2008

[Extra] Arquivo X vem aí ...

Está chegando a hora:) Xcers, uni-vos! Ainda esta semana faremos um especial Arquivo X!


Danielle M

domingo, 1 de junho de 2008

[Extra] Mais um. Versão maior da coletiva dos Six, em Lost

No 4.12 - There´s No Place Like Home, há a cena da coletiva do Six com a imprensa, a ABC exibiu antes da season finale, uma versão com alguns takes a mais. Interessante o fato de Jack citar como "sobreviventes" Boone, Libby e Charlie!



Danielle M