segunda-feira, 20 de julho de 2009

[Breaking Bad] Segunda Temporada

Esse texto estava programado para entrar aqui no CeS na semana passada, mas por conta de atrasos e as indicações ao Emmy, acabou sendo adiado. Sem problemas, porque com a bem-vinda indicação há alguns dias, esse parece ser o momento providencial pra discutir a sua segunda temporada e até convencer algumas pessoas a também acompanharem a série.
Breaking Bad foi a segunda investida do canal a cabo AMC na produção de séries próprias, após o sucesso de crítica de Mad Men. É também a primeira série produzida por Vince Gilligan, que já se destacava como um dos mais competentes roteiristas de Arquivo X. A estreia da série no começo de 2008 acabou infelizmente coincidindo com a greve dos roteiristas e fez com que sua primeira temporada fosse abreviada para apenas 7 episódios. Num primeiro momento, logo que assisti ao piloto da série, confesso que não fiquei convencido de seu potencial. Achava que Walter White tinha tudo para ser aquele clássico anti-herói, que era chutado de tudo quanto era lado e tinha assim todas as desculpas do mundo pra ser moralmente incorreto. Sua decisão de seguir um caminho tortuoso e produzir metanfetaminas para garantir o sustento da família, lembrava também a condição de Nancy em Weeds, só que com o agravante de acompanharmos um drama com uma hora de duração. Não que o episódio fosse ruim, pois tecnicamente já mostrava qualidades, principalmente na direção, na fotografia e a atuação de Bryan Cranston, que acabou lhe rendendo o Emmy no ano passado. Mas centrado a todo momento em Walter me fazia acreditar que não poderia levar a sério o resto do drama da família. Mal sabia eu que apesar dos personagens coadjuvantes serem a parte mais fraca da primeira temporada, a importância dada a Walt nesses poucos episódios era o maior mérito da série. Além disso, considerar Breaking Bad um simples drama chega a ser um insulto, já que envolve inúmeras situações irônicas durante seu desenvolvimento. A própria premissa já é a maior das ironias: Walter descobre que está sendo consumido por um câncer terminal nos pulmões sem nunca ter fumado.

A partir daí, vendo sua mulher grávida (de forma não-planejada) e seu filho com dificuldades motoras por conta de um problema cerebral, Walter acaba tentado a cair no caminho aparentemente mais fácil pra deixar uma herança a sua família e se une a um de seus ex-alunos, Jesse Pinkman. Apesar de sempre deixar claro que é algo passageiro, Walter também vai sendo tragado aos poucos pra dentro desse mundo, tanto na constante cobrança do mercado quanto na sua condição psicológica. Ele que sempre buscou seguir o caminho mais seguro enquanto lecionava química no colégio, vai se desviando aos poucos e procurando sempre dar um "jeitinho" em cada nova situação. A própria comparação com o efeito das drogas parece óbvio, e apesar dele já ter sido obrigado a matar uma pessoa quando tem sua vida ameaçada, no final da primeira temporada Walt e Jesse encontram-se envolvidos na situação mais crítica enquanto assistem ao psicótico Tuco espancar um de seus capangas por um erro insignificante.
Mesmo que eventualmente eles conseguissem se livrar disso, a segunda temporada carrega ainda com mais competência essa tensão constante da série. Além da proximidade dos personagens, exibindo sua condição psicológica a todo momento, o que gera um efeito até claustrofóbico em muitas sequências é saber que para tudo há consequências. Aqui, fazendo um paralelo com as aulas de química de Walter, serve aquela velha máxima de que na natureza nada se cria, nada se perde e tudo se transforma. Afinal, seria muito simples que qualquer pessoa que cruzasse o caminho fora-da-lei de Walter fosse simplesmente apagada da história como acontece em muitas outras séries, mas em Breaking Bad além de retaliações e o perigo constante, o que sobra de mais doloroso é a culpa. Isso fica ainda mais claro em Jesse, que apesar de toda a pose sempre mostra-se no fundo um cara sensível ao revés. Seja na morte de um de seus amigos ou quando tem de cuidar do filho de um casal de dependentes, a imaturidade de Jesse não permite que ele tenha a frieza que Walt demonstra ter. E quem vira o monstro nessa história toda acaba sendo ele, que já está longe de ser aquele pobre coitado do começo da série.

Mesmo cada vez desviando mais desse caminho "do bem", lembrado constantemente por seu cunhado Hank, uma ironia praticamente reverte outra: seu tratamento acaba dando resultado e seu prognóstico é de melhoras. Seria para se agradecer aos céus? Voltar para sua atividade normal como professor? Ele considera essa opção, enquanto para se manter ativo conserta a fundação de sua casa (em uma das deliciosas metáforas da série), mas volta a abraçar a produção de drogas assim que tem seu território ameaçado. E não podemos ser hipócritas em dizer que não é um caminho mais interessante (ou alguém gostaria de vê-lo impotente na sua casa daquele jeito?), tornando nós mesmo os mais cúmplices de sua decisão. Nesse meio tempo os coadjuvantes também tiveram uma participação bem maior na trama e ganharam contornos fascinantes: Skyler nunca chega a deixar explícita sua relação com o chefe, mas acoberta suas falcatruas, e Hank mostra-se instável enquanto lida com criminosos de verdade, além de sua produção de cerveja na própria garagem. A adição do humor cínico do advogado Saul Goodman, retratado por Bob Odenkirk, também foi muito bem-vinda tanto servindo de ferramenta para tirar a dupla de errascadas como exibindo a frieza que Walter parece estar se direcionando -- e seu bordão "I know this guy..." é sempre hilário.
Ainda ao longo da temporada, tivemos alguns pequenos indícios (os já famosos flashforwards) do que Walter estaria destinado. As imagens não eram claras além de indicarem algum tipo de incidente na residência dos White, o que levava muita gente a imaginar que seria algum acerto de contas. Até respeito quem tenha se decepcionado com o "truque" final, mas juro que não consigo entender. Pra mim aquilo realmente simboliza a essência da série, com um acidente sobre a cabeça de Walter após ter sido abandonado por sua família, mostrando uma verdadeira reação em cadeia e ironicamente desencadeada por ele mesmo. É um situação que parece bizarra à primeira vista, mas que se encaixa no tom da série e não deixa de fazer sentido tanto para quem acredita numa justiça divina como para seguidores da lei de Murphy.
No final, provavelmente Walter White nunca encontrou-se tão no fundo do poço, sem família e desenganando Jesse, e só mesmo essa complexidade do personagem e a atuação de Cranston para nos manter ainda interessados no desenrolar dessa história. Confesso que Vince Gilligan e sua equipe me surpreenderam com uma das decisões mais corajosas que já vi, na sequência em que Walter opta em assistir a então namorada de seu parceiro engasgando com o próprio vômito até morrer, simplesmente pra mais uma vez limpar seu caminho. Há de se destacar que quando a cena foi escrita e gravada, provavelmente não daria pra imaginar a simpatia que Walt ainda despertaria no público, a ponto de aceitar uma cena assim tão degradante. Fora isso, que tipo de empresas se interessaria em vincular seu nome com um monstro desses? Mas ponto para a AMC e a produção do programa em apostar e sair bem-sucedida, com um então personagem solitário sentado sobre sua fortuna, buscando uma nova razão para viver. Afinal querendo ou não, o fato é que as causas da crueldade humana sempre instigaram mais as pessoas que as razões para a bondade, como já questionou o célebre Alex DeLarge em "Laranja Mecânica". Resta saber quanto tempo demorará para a culpa morder todo esse seu orgulho e Walter tentar reconquistar, com esforço redobrado, toda a confiança perdida.

Vale a pena conferir também a entrevista que Vince Gilligan deu ao blog do Alan Sepinwall após o final da segunda temporada.

e.fuzii

sexta-feira, 17 de julho de 2009

[Emmy 2009] Comentando as indicações

Comentando com um pouco de atraso, o Emmy confirmou mais uma vez o favoritismo de Mad Men (16 indicações) e 30 Rock (22 indicações, quebrando seu próprio recorde), e mostrou mais uma vez que, apesar das preferências óbvias, sempre há espaço para surpresas - justas ou não, depende de cada um.

Sobre meus palpites e acertos, basta dar uma conferida nos posts abaixo. Até que não fui tão mal, errando em coisas que aparentemente seriam certeiras (Boston Legal, Jeremy Piven) ou duvidando da paixão do Emmy por certas coisas (Dexter e House), ou mesmo acreditando demais em favoritos pessoais (In Treatment, Mary McDonnell). Ao menos previ certo que True Blood e Anna Paquin seriam ignorados, já que me pareceram excentricidades do Globo de Ouro.

De modo geral...


O QUE GOSTEI


- Flight of the Conchords & Jemaine Clement: Que a série tinha alguma chance de indicação, eu não duvidava, e foi merecidíssimo. Agora, a indicação de Jemaine foi realmente incrível. Como eles conseguiram se decidir por um dos protagonistas da série, eu não sei. Mas se Jemaine foi a sexta escolha dos votantes, Bret McKenzie deve ter sido o sétimo ou oitavo, no máximo. Lamento muito por David Duchovny. Mas não culpe o Jemaine. Culpe o Charlie Sheen.


-Elisabeth Moss: Também lamento muito por January Jones, que é maravilhosa em Mad Men. Mas sabíamos da dificuldade de incluir as duas atrizes da série na categoria. E o trabalho de Moss talvez tenha sido um pouquinho mais intenso. É um pouco mais difícil também: toda a carga dramática que envolve a personagem de Jones é forte não apenas por conta de sua atuação, mas do impecável trabalho de figurino, maquiagem, cenografia e direção que compõe suas cenas. Moss tem muito menos disso. E aquela sequência final da temporada, entre ela e Vincent Kartheiser, é magnífica o suficiente para até mesmo lhe dar o prêmio.


- Aaron Paul e Hope Davis como coadjuvantes: Dois trabalhos que pensei que ficariam de fora. No caso de Paul, por ser um jovem ator que na disputa entre gigantes poderia facilmente perder a briga; já Hope Davis, achei que perderia a vaga para a colega de série Alison Pill. Afinal, jovem com câncer é prato cheio pra faturar prêmios. Melhor assim. Davis dá a melhor atuação entre as mulheres de In Treatment.


- A ausência de Jeremy Piven: Piven parece ter se tornado antipático pra muita gente. Que bom. Com How I Met Your Mother indicada para melhor série cômica, Neil Patrick Harris finalmente poderá ganhar o emmy que lhe é de direito desde que começou a série.


- Os coadjuvantes de 30 Rock: Enfim o reconhecimento para Jack MacBrayer, Tracy Morgan e Jane Krakowski. Indicações merecidas para todos.



O QUE NÃO GOSTEI



- Simon Baker: Provavelmente a surpresa mais desagradável do ano. Não vi The Mentalist. E não gostei. Com tantos nomes fortes na disputa, a escolha foi um tanto infeliz. Capaz até de ganhar.


- John Mahoney e Christina Hendricks: Já que Mad Men dominou a competição, por que uma das muitas indicações da série não foi para Hendricks? Essa mulher é uma deusa. E já que o elenco de In Treatment é o aspecto que todos gostam de dar indicações, porque diabos John Mahoney ficou de fora? O fato de William Shatner e Christian Clemenson viverem personagens essencialmente cômicos soa ainda mais ofensiva a exclusão de Mahoney.


- A categoria de atores convidados de drama: Como assim nenhuma indicação para Mad Men ou Breaking Bad? E Mark Moses?!


- As categorias de roteiro: Ok, Mad Men é genial. Mas dominar a categoria com quatro indicações é ignorar muita coisa boa de outras séries geniais. O mesmo vale para a categoria de comédia, que é ainda mais grave, já que 30 Rock não esteve tão genial assim (eu ficaria com "Apollo, Apollo" e "Reunion") e só The Office deve ter tido metade de sua temporada superior a "Mamma Mia" ou "Kidney Now". Que tal limitar a no máximo 3 indicações por série nestas categorias?


- Amy Ryan: Acho que não indicar Ryan por seu papel em The Office deve ter sido ainda mais absurdo que ignorar Mahoney... inexplicável.


- Battlestar Galactica & Friday Night Lights: grandes séries esquecidas. Pior ainda para BSG, que não terá mais chances de reconhecimento e se despede com uma indicação para o season finale de melhor direção. Globo de Ouro, cadê você?


A entrega dos prêmios será no dia 20 de Setembro. Até lá, publicaremos nossas apostas para os vencedores.



Hélio.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

[Emmy 2009] Previsões - Melhor Série

Chegamos, então, às minhas previsões finais para os indicados a melhor série do ano. E pra quem quiser acompanhar, o canal E! transmite amanhã ao vivo o anúncio dos indicados ao Emmy 2009 às 9h30.


MELHOR SÉRIE - DRAMA

Confesso que nesta categoria não sei o que esperar do Emmy. Entre as indicadas do ano passado (Mad Men, Boston Legal, Damages, Lost, House e Dexter), a única que realmente seria surpresa se não retornasse é Mad Men, que teve um segundo ano ainda mais forte que o primeiro e é a favorita para vencer mais uma vez. As outras cinco me parecem ter mesmas chances, podendo muito bem serem substituídas por alguma das muitas séries que também seriam do agrado do Emmy.

Acho que Damages foi bem inferior à primeira temporada e não seria a primeira vez que uma série caiu nas graças do Emmy pelo seu primeiro ano, mas não se sustentou no ano seguinte. Lost é um bom exemplo disto, que até venceu por sua primeira temporada e só retornou pelo seu quarto ano. A diferença é que Damages seguiu a fórmula de sucesso, o que parece não incomodar os votantes – ou Boston Legal não receberia tantas indicações.
House também sofreu de boas idéias nesta quinta temporada, mas a arrancada final pode ficar na memória (o episódio “Simple Explanation” deverá receber indicações de direção e/ou roteiro). Novamente mais do mesmo (House delirando pela enésima vez?), mas de uma série que eles amam.

Sobre Dexter não posso dizer muito, já que desisti da série após o segundo episódio desta terceira temporada. Mas com a adição de Jimmy Smits (um eterno queridinho do Emmy), visibilidade certamente teve. Minha impressão é que faz tanto tempo que a série foi exibida (e amigos de bom gosto me garantem que a temporada não foi boa), que me custa acreditar que terá uma nova indicação.

Lost, por outro lado, foi um sucesso de crítica, mesmo com as viagens no tempo que podem ter afastado alguns fãs. Mas tudo foi tão bem construído, tão pouco confuso, que acredito em mais uma indicação pra série.

Já Boston Legal, teve sua última temporada exibida, e os amantes de David E. Kelley certamente vão querer homenageá-lo pela última vez. O que acaba complicando para duas outras séries que se encerraram e que, ao contrário de Boston Legal, foram enormes sucessos de crítica: The Shield e Battlestar Galactica. A primeira tem o exemplo de The Wire que igualmente elogiada e de mesmo gênero, chegou ao final ano passado sem a indicação que muitos esperavam. Já Battlestar Galactica surgiu dois anos atrás nas categorias de roteiro e direção, e Mary McDonnell ficando entre as finalistas de sua categoria um ano depois. A série é cultuada, muitas vezes citada em outras séries de sucesso (The Office, The Big Bang Theory e, recentemente, Salma Hayek vestiu a camisa da ficção em 30 Rock) e, como grande fã, fico naquela torcida e esperança irracional, acreditando que será desta vez.

Outra série com boas chances, obviamente, é 24 Horas, que retornou este ano após a ausência em 2008, por conta da greve dos roteiristas. A série foi indicada pelas cinco primeiras temporadas (vencendo pela última), não sendo indicada pela sexta porque foi uma temporada indefensável. Não são poucas pessoas que gostaram muito da nova temporada (que é realmente divertida), então não se deve subestimar Jack Bauer. Ainda sobre séries indicadas no passado, Grey´s Anatomy volta a ter chances, graças às tramas que envolveram Katherine Heigl que levaram às lágrimas os fãs da série. Eu, que desisti desta no meio da segunda temporada, espero que seja ignorada.

Sucessos de crítica, In Treatment e Breaking Bad tem qualidades suficientes para entrar em qualquer top de melhores do ano. Mas a série da HBO pode perder votos por conta do número de episódios (35, no total) que diminui sua visibilidade. É mais provável que se mantenha nas categorias de interpretação. Quanto a Breaking Bad, com apenas sete episódios da primeira temporada em um canal só conhecido por Mad Men (AMC), foi capaz de receber indicação de diretor (pelo piloto da série) e uma inesperada vitória de melhor ator para Bryan Cranston. O que esperar, então, de uma segunda temporada completa (13 episódios), em que absolutamente TUDO é melhor e mais sensacional?

Como se já não fossem muitos candidatos pra poucas vagas, não podemos esquecer que Friday Night Lights esteve perto de uma indicação, mesmo tendo uma problemática segunda temporada. Como melhorou bastante neste terceiro ano, não dá pra ignorar.
E entre as novidades, muito se fala em True Blood, mas acho que sua indicação ao Globo de Ouro foi uma excentricidade daquele grupo. É certo que os nomes HBO e Alan Ball aumentam a probabilidade de qualquer série ser indicada a um Emmy, mas se a toda poderosa emissora (que ano passado não concorreu na categoria, única vez que isso aconteceu nos últimos dez anos) não ficar de fora novamente, é mais fácil uma indicação por In Treatment ou Big Love, do que por uma série com vampiros e sexo, que não deve ser sucesso na ala mais conservadora. Claro que possibilidade existe, assim como Fringe, repetindo o total nonsense de dois anos atrás, quando Heroes foi indicada. E, ainda HBO, que tal uma indicação vinda do nada para The Nº 1 Ladies Detective Agency?

Meu voto:
Breaking Bad
Battlestar Galactica
Mad Men
In Treatment
Lost
Friday Night Lights

Vai dar:
Mad Men
Breaking Bad
Lost
Boston Legal
24 Horas
Damages

Outras possibilidades: Grey´s Anatomy, Friday Night Lights, Big Love, Dexter, In Treatment, House, Battlestar Galactica.


MELHOR SÉRIE - COMÉDIA

A categoria de comédia também tem as séries que ninguém aposta que ficarão de fora: 30 Rock, The Office, Entourage e Two and a Half Men provavelmente repetirão o feito dos últimos anos. Com Curb Your Enthusiasm não sendo elegível e as ex-queridinhas Ugly Betty e Desperate Housewives não impressionando muita gente, as duas vagas restantes ficam em aberto para algumas boas possibilidades (embora Ugly Betty ainda tenha o fator popularidade a seu lado).

Uma delas é a animação Family Guy, que esteve entre as finalistas no ano passado e tenta um feito histórico: ser a primeira série animada, desde Os Flinstones há 48 anos, a figurar na categoria principal. Sendo popular (e muito engraçada), não seria surpresa.

Mas em termos de popularidade, How I Met Your Mother e The Big Bang Theory tem uma base de fãs muito forte, além dos adorados Neil Patrick Harris e Jim Parsons. O que pesa contra elas: nos últimos três anos, apenas uma sitcom (aquelas com gargalhadas ao fundo) foi indicada, e esta foi Two and a Half Men.

Duas séries canceladas buscam pela segunda e última vez um reconhecimento que quase tiveram ano passado (ambas finalistas na categoria): Pushing Daisies e Flight of the Conchords. A primeira pode ter sido mais vista, mas sua segunda temporada não parece ter empolgado e trazido o ar de novidade que o primeiro ano trouxe. Já a comédia da HBO, surpreendeu com indicações nas categorias de roteiro e direção (este ano, inexplicavelmente não colocaram na competição o episódio dirigido por Michel Gondry, “Unnatural Love”). Fato é que Flight of the Conchords esteve mais engraçada na segunda temporada, embora poucos números musicais tenham sido memoráveis. É uma série cultuada, mas infelizmente não muito vista.

Embora Weeds teve na quarta temporada seu ponto mais baixo até aqui, posso imaginar os votantes gostando e se divertindo com ela o suficiente para considerá-la. Certamente entre as 10 finalistas, talvez tenha problemas com uma ala conservadora do Emmy. A série colega de emissora que pode roubar um pouco de seus votos não deverá ser Californication, mas a novata United States of Tara, série que não consegui ver toda, mas nunca se sabe qual será a próxima excentricidade desse grupo. Me parece ser a única série nova com chances reais de indicação, já que outras candidatas como Better Off Ted e Party Down tiveram poucos episódios, e imagino que terão melhor chance no futuro.

Por último, não se pode ignorar Chuck, que teve uma campanha incrível dos fãs para não ser cancelada, o que colocou a série em evidência. Não duvido que tenha conseguido alguns admiradores entre os votantes. Como qualquer coisa pode acontecer aqui, não descarto a possibilidade. Mas acho que terá mais chances com a terceira temporada.

Meu voto:
The Office
How I Met Your Mother
30 Rock
Flight of the Conchords
Party Down
Family Guy

Vai dar:
30 Rock
The Office
Entourage
Two and a Half Men
Weeds
How I Met Your Mother

Outras possibilidades: Family Guy, Ugly Betty, United States of Tara, The Big Bang Theory, Flight of the Conchords.

terça-feira, 14 de julho de 2009

[Emmy 2009] Previsões - Atores Principais

Agora seguimos com as previsões para as categorias principais de atuação. E amanhã não perca a última parte, prevendo quem serão os prováveis indicados como melhor série do ano no anúncio da Academia de Artes e Ciências Televisivas, a ser realizado nesta quinta-feira (dia 16).


MELHOR ATOR – DRAMA

Bryan Cranston, Gabriel Byrne, Jon Hamm, Hugh Laurie, James Spader e Michael C. Hall. A categoria ano passado foi tão difícil, que houve um empate ficando seis indicados quando ainda eram cinco vagas. E os seis continuam fortes candidatos este ano. Mas Kiefer Sutherland está de volta, após um ano sem 24 Horas. O ator foi indicado por todas as seis temporadas da série (ganhando uma vez) e é difícil pensar na categoria sem o ator, que pode até mesmo ter duas indicações este ano como Jack Bauer – a outra vinda pelo telefilme “24: Redenção”.

Como se não bastasse, muitos podem ficar tentados a lembrar pela última vez de Michael Chiklis (The Shield), duas vezes indicados e uma vitória pelo papel. Correndo por fora, há ainda os esnobados Kyle Chandler (Friday Night Lights) e Denis Leary (Rescue Me), que ano passado quase chegaram lá.

Com tanta concorrência, parece mesmo impossível vermos Edward James Olmos (Battlestar Galactica) finalmente indicado, o que é uma lástima, considerando não só a força dramática do Almirante Adama nesta última temporada, mas porque Olmos sempre foi negligenciado em prol de algumas grandes atuações, mas que já encheram por não trazer nenhuma novidade (Laurie, Spader, Hall).
Meu voto:
Gabriel Byrne, por In Treatment (1)
Bryan Cranston, por Breaking Bad (2)
Edward James Olmos, por Battlestar Galactica (3)
Kyle Chandler, por Friday Night Lights (4)
Jon Hamm, por Mad Men (5)
Hugh Laurie, por House (6)

Vai dar:
Bryan Cranston, por Breaking Bad (2)
Gabriel Byrne, por In Treatment (1)
Jon Hamm, por Mad Men (5)
Hugh Laurie, por House (6)
Kiefer Sutherland, por 24 Horas (7)
James Spader, por Boston Legal (8)

Outras possibilidades: Michael C. Hall (Dexter), Michael Chiklis (The Shield), Denis Leary (Rescue Me), Kyle Chandler (Friday Night Lights) e Bill Paxton (Big Love).


MELHOR ATRIZ – DRAMA

Da mesma forma aqui, fica difícil imaginar a ausência de qualquer uma das indicadas do ano passado: Glenn Close, Sally Field, Kyra Sedgwick, Mariska Hargitay e Holly Hunter. Mas há pelo menos outros quatro nomes fortes, não só para ocupar a sexta vaga, mas para roubar o espaço de mais alguém.

Primeiro, há as duas mulheres de Mad Men. January Jones e Elisabeth Moss não foram lembradas pelo primeiro ano da série (Jones tentava na categoria de coadjuvante) e muita gente acha que foi uma tremenda injustiça. Jones tem arcos dramáticos mais consistentes durante toda a temporada, então ela tem mais chances. Mas há aquela fantástica sequência final de Moss na temporada, que não duvido lhe dará alguns votos.

Depois, há Mary McDonnell (Battlestar Galactica), que chegou perto de uma indicação ano passado e tem agora uma última oportunidade. Há uns quatro ou cinco momentos extremamente fortes de McDonnell nestes episódios finais, e só mesmo o fato de nem todos assistirem à série é que a impede de ser lembrada. Resta torcer para que o elogiado fim da série ecoe entre os votantes.

Entre as séries novas, Anna Paquin (True Blood) chamou a atenção depois de uma inesperada indicação ao Globo de Ouro. É bom lembrar que o mesmo ocorreu anos atrás com Sarah Michelle Gellar (Buffy), feito que nunca se repetiu no Emmy. A favor de Paquin, é uma atriz mais famosa, vencedora do Oscar, inclusive. Ainda entre as novidades da HBO, se houver alguma paixão por The Nº 1 Ladies Detective Agency, Jill Scott pode surpreender.

Ou seja, com tanta concorrência, atrizes que chegaram perto ano passado, como Patricia Arquette (Medium) e Jeanne Tripplehorn (Big Love) devem ficar um pouco mais longe agora.
Meu voto:
Mary McDonnell, por Battlestar Galactica (1)
Elisabeth Moss, por Mad Men (2)
January Jones, por Mad Men (3)
Glenn Close, por Damages (4)
E fico por aqui, porque realmente não dá pra votar em Anna Paquin e Eliza Dushku (Dollhouse), que são outras candidatas que vi este ano.

Vai dar:
Glenn Close, por Damages (4)
Sally Field, por Brothers and Sisters (5)
Kyra Segdwick, por The Closer (6)
Mariska Hargitay, por Lei e Ordem: SVU (7)
January Jones, por Mad Men (3)
Mary McDonnell, por Battlestar Galactica (1)

Outras possibilidades: Holly Hunter (Saving Grace), Elisabeth Moss (Mad Men), Anna Paquin (True Blood) e Patricia Arquette (Medium).


MELHOR ATOR – COMÉDIA

Alguns bons nomes disputam duas vagas nesta categoria. Sim, porque as outras quatro já tem donos: Steve Carell, Alec Baldwin, Charlie Sheen e Tony Shalhoub. Eu sempre acho que vão ignorar o Shalhoub, mas com seis indicações, vencendo três vezes, eu desisto. Jim Parsons é o nome mais provável para uma das vagas. Mesmo a série não tendo nada de genial, é inegável que ele é um dos homens mais engraçados do ano.

Algumas séries novas trazem ótimos protagonistas, mas por conta de temporadas curtas, talvez os votantes prefiram esperar para dar algum reconhecimento. É o caso de Danny McBride (Eastbound & Down), Ken Marino e Adam Scott (ambos por Party Down). Marino, aliás, tem até alguma chance se os episódios “Investors Dinner” e “Sin Say Shun Awards After Party” forem vistos por muita gente.

A sexta vaga, então, deve ser disputada por Lee Pace (Pushing Daisies) e David Duchovny (Californication). O primeiro foi indicado ano passado, muito por conta do sucesso que a série fez num primeiro momento. Hoje, já cancelada, talvez Pace não tenha tanta sorte. Já Duchovny, muita gente acha que foi injustiçado por não ter sido indicado ano passado, mesmo tendo vencido o Globo de Ouro.

Por último, não dá pra esquecer de Zachary Levi (“Chuck Versus The Seduction” tem que ser o seu episódio), que pode ser indicado caso a campanha Save Chuck tenha ecoado nos votantes.
Meu voto:
Steve Carell, por The Office (1)
Jim Parsons, por The Big Bang Theory (2)
David Duchovny, por Californication (3)
Alec Baldwin, por 30 Rock (4)
Jemaine Clement, por Flight of the Conchords (5)
Bret McKenzie, por Flight of the Conchords (6)

Vai dar:
Alec Baldwin, por 30 Rock (4)
Steve Carell, por The Office (1)
Tony Shalhoub, por Monk (7)
Jim Parsons, por The Big Bang Theory (2)
Charlie Sheen, por Two and a Half Men (8)
David Duchovny, por Californication (3)

Outras possibilidades: Lee Pace (Pushing Daisies), Zachary Levi (Chuck) e Zach Braff (Scrubs).


MELHOR ATRIZ – COMÉDIA

Toni Collette será a grande novidade desta categoria. Afinal, em United States of Tara, ela tem em mãos o sonho de qualquer ator: viver vários personagens, todos bem diferentes entre si, e que o telespectador irá saber de quem se trata com um simples gesto ou olhar da interpretação. E não importa que a série seja chata, Collette pode até mesmo tirar o prêmio que, aparentemente, é de Tina Fey.

De resto, Julia Louis-Dreyfus, Mary-Louise Parker, America Ferrera e Christina Applegate devem permanecer na categoria, independente do fato de que suas séries tenham caído em qualidade e/ou audiência (e, no caso de Applegate, encerrada). Se houver alguma substituição, o mais provável seria Amy Poehler, que os votantes adoram. Mas quantas pessoas realmente se empolgaram com Parks and Recreation?

E é verdade que nunca se deve subestimar as donas de casa desesperadas, mas escolher entre uma das quatro deve ser tão chato, que talvez seja melhor deixar pra lá.
Meu voto:
Mary-Louise Parker, por Weeds (1)
Tina Fey, por 30 Rock (2)
Sem mais. Realmente não me importo com esta categoria e mesmo as duas acima não me empolgaram: Weeds está fraquíssima e nunca achei Fey particularmente engraçada, e a admiro mais por todo o resto. Já Ferrera e Collette, acho chatas, enquanto Yvonne Strahovski é tudo, menos engraçada em Chuck.

Vai dar:
Tina Fey, por 30 Rock (2)
Toni Collette, por United States of Tara (3)
Mary Louise Parker, por Weeds (1)
America Ferrera, por Ugly Betty (4)
Christina Applegate, por Samantha Who? (5)
Julia Louis-Dreyfus, por The New Adventures of Old Christine (6)

Outras possibilidades: Amy Poehler (Parks and Recreation), Anna Friel (Pushing Daisies), uma das atrizes de Desperate Housewives.

Hélio.

domingo, 12 de julho de 2009

[Emmy 2009] Previsões - Atores Coadjuvantes

MELHOR ATOR COADJUVANTE - DRAMA

Categorias de coadjuvante, especialmente as de drama, são difíceis de prever, porque sempre há uma surpresa e sempre um nome forte acaba ficando de fora. Além do mais, algumas das séries prediletas do Emmy (Mad Men, Lost, Grey's Anatomy, Boston Legal) possuem mais de um grande candidato e bate aquela dúvida: teremos mais do mesmo ou finalmente aquele ator que sempre mereceu finalmente vai ser reconhecido?

Mais do mesmo, com certeza, no que diz respeito a Michael Emmerson (Lost) e William Shatner (Boston Legal). O primeiro nunca ganhou, o que realmente impressiona. O segundo, já ganhou e foi indicado por todas as temporadas da série. Não seria na última que Shatner passaria em branco.

Outras três vagas também parecem ter nomes certos: John Mahoney (In Treatment) é nome não só provável entre os indicados, mas com boas chances de vitória. O fato de nunca ter vencido por “Frasier” (uma comédia) só ajuda esse estupendo trabalho dramático; William Hurt (Damages) também deve estar lá, porque a série foi uma queridinha do Emmy ano passado (vencendo nesta categoria, inclusive) e porque Hurt, grande ator vencedor de Oscar, nunca sequer foi indicado a um Emmy; Já Justin Chambers (Grey's Anatomy) parece ter caído nas graças dos fãs este ano, com participação importante em tudo que envolveu Katherine Heigl, que teve os plots mais comentados da temporada.

A última vaga estaria em aberto, embora seja difícil negar aqui mais uma indicação a Mad Men. O problema é que se John Slattery, que foi indicado ano passado, está ainda melhor nesta temporada, Vincent Kartheiser não deixou por menos com a complexidade de sua atuação no episódio “Flight 1”. Os votantes ainda lembrarão do ator ao rever o último episódio da temporada, quando Kartheiser protagoniza aquela fantástica sequência, já ao fim, com Elisabeth Moss.

Ainda não seria surpresa a indicação de Aaron Paul, caso Breaking Bad seja reconhecida com mais indicações este ano; algum reconhecimento para a última temporada de The Shield, com Walton Goggins disparado no favoritismo; ou alguma outra indicação para Lost: infelizmente inventaram que Jeremy Davies tem uma grande atuação, o que eclipsaria uma possível indicação para Josh Holloway, que realmente brilhou este ano (mais do que de costume). E ainda há possibilidade dos votantes admirarem por demais alguma nova série. Se for o caso, Nelsan Ellis (True Blood) seria uma interessante surpresa e John Noble (Fringe) uma bizarra.
Meu voto:
John Mahoney, por In Treatment (1)
Michael Hogan, por Battlestar Galactica (2)
Vincent Kartheiser, por Mad Men (3)
John Slattery, por Mad Men (4)
Aaron Paul, por Breaking Bad (5)
James Callis, por Battlestar Galactica (6)

Vai dar:
John Mahoney, por In Treatment (1)
William Hurt, por Damages (7)
Justin Chambers, por Grey's Anatomy (8)
Michael Emmerson, por Lost (9)
William Shatner, por Boston Legal (10)
John Slattery, por Mad Men (4)

Outras possibilidades: Vincent Kartheiser (Mad Men), Aaron Paul (Breaking Bad), Jeremy Davies (Lost), Walton Goggins (The Shield) e Max Von Sidow (The Tudors).


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE - DRAMA

Se a categoria masculina está bem disputada, esta aqui parece quase impossível resumir a seis atuações indicadas. In Treatment certamente estará presente com mais de uma atriz e pode até mesmo incluir os três grandes nomes, a vencedora do ano passado Diane Wiest, Alison Pill e Hope Davis. Se acrescentarmos os três nomes de Grey's Anatomy (Sandra Oh, Chandra Wilson e Katherine Heigl), a categoria já estaria completa sem grandes surpresas.

Mas há outras indicadas óbvias, como Rachel Griffith (Brothers and Sisters) e Candice Bergen (Boston Legal); atrizes que quase entraram no ano passado, como Christina Hendricks (Mad Men), Rose Byrne (na verdade, protagonista de Damages) e Sharon Gless (Burn Notice); e novos nomes, como Marcia Gay Harden (Damages) e Cherry Jones (24), dependendo do amor que os votantes nutriram pelas novas temporadas.

Há ainda Anna Gun (Breaking Bad) e Connie Britton (Friday Night Lights), que dependem muito de múltiplas indicações pra suas séries; CCH Pounder em mais um (e último) reconhecimento por The Shield; as mulheres de Big Love; Lisa Edelstein tendo grandes momentos em House; e, se alguma nova série emplacar, Katey Sagal, indicada várias vezes pela eterna Mrs. Bundy, poderia ser uma agradabilíssima surpresa, por Sons of Anarchy: Sagal e um skate protagonizaram uma das grandes sequências do ano, e se o episódio certo foi enviado (Ak-51), suas chances não seriam nada desprezíveis.
Meu voto:
Connie Britton, por Friday Night Lights (1)
Hope Davis, por In Treatment (2)
Christina Hendricks, por Mad Men (4)
Dianne Wiest, por In Treatment (7)
Anna Gunn, por Breaking Bad (3)
Katey Sagal, por Sons of Anarchy (5)

Vai dar:
Katherine Heigl, por Grey's Anatomy (6)
Diane Wiest, por In Treatment (7)
Alison Pil, por In Treatment (8)
Rachel Griffith, por Brothers and Sisters (9)
Marcia Gay Harden, por Damages (10)
Cherry Jones, por 24 Horas (11)

Outras milhares de possibilidades: Chandra Wilson e Sandra Oh (Grey's Anatomy), Candice Bergen (Boston Legal), Rose Byrne (Damages), Elizabeth Mitchell (Lost), Anna Gunn (Breaking Bad), Christina Hendricks (Mad Men), Amanda Seyfried (Big Love) e CCH Pounder (The Shield).


MELHOR ATOR COADJUVANTE - COMÉDIA

Metade das vagas nesta categoria já tem donos: Jeremy Piven (Entourage), Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother) e Jon Cryer (Two and a Half Men) são certezas. Rainn Wilson (The Office) é quase isto, se o colega de série John Krasinski não estivesse tão próximo de sua primeira indicação: afinal, os votantes do Emmy resistirão à última cena de Krasinski na temporada? Como o Emmy poderia ter uma categoria de ator coadjuvante só composta pelo elenco de The Office, uma dobradinha Wilson/Krasinski não é tão difícil. É algo que recentemente ocorre com Entourage, com Kevin Dillon ficando com a quinta vaga da categoria nos últimos dois anos.

Se os votantes quiserem variar um pouco, há os esnobados de sempre: Justin Kirk (Weeds), John C. McGinley (Scrubs), Michael Urie (Ugly Betty) e os coadjuvantes de 30 Rock que já mereciam o mesmo reconhecimento dado aos protagonistas e convidados da série. Tracy Morgan leva vantagem, mas Jack McBrayer seria uma escolha interessante também. Infelizmente parece não haver espaço para os dois.

Caso haja interesse por alguma série nova, há muita gente boa como Jonathan Slavin (Better Off Ted), Andrew Daly e Steven Little (Eastbound & Down), e Ryan Hansen e Martin Starr (Party Down). Todos nomes que dificilmente serão lembrados, mas já mostraram que são possibilidades no futuro, caso suas séries sigam melhorando.

Já Chi McBride (Pushing Daisies) e Rhys Darby (Flight Of the Conchords) correm por fora, com uma última chance para reconhecimento por seus trabalhos, já que suas séries não retornarão para uma nova temporada (embora Flight of the Conchords não tenha sido oficialmente cancelada, as chances de retorno são mínimas).
Meu voto:
Neil Patrick Harris, por How I Met Your Mother (1)
Rhys Darby, por Flight of the Conchords (2)
Ed Helms, por The Office (3)
Jack McBrayer, por 30 Rock (4)
Justin Kirk, por Weeds (5)
Michael Urie, por Ugly Betty (6)
(lembrando que dois dos meus favoritos do ano não submeteram seus nomes para a disputa: Jason Segel por How I Met Your Mother e Adam Baldwin por Chuck)

Vai dar:
Jeremy Piven, por Entourage (7)
Neil Patrick Harris, por How I Met Your Mother (1)
Jon Cryer, por Two and a Half Men (8)
Rainn Wilson, por The Office (9)
John Krasinski, por The Office (11)
Tracy Morgan, por 30 Rock (10)

Outras possibilidades: Kevin Dillon (Entourage), Jack McBrayer (30 Rock) e John Corbett (United States of Tara).


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE - COMÉDIA

Nos dois últimos anos, as vencedoras desta categoria foram Jean Smart (Samantha Who?) e Jaime Pressly (My Name is Earl), o que de certa forma surpreendeu, até pela falta de expressividade de suas séries, que este ano acabaram sendo canceladas. Ambas tentam concorrer pela última vez a uma vaga, assim como Kristin Chenoweth (Pushing Daisies). Resta saber o quanto os votantes pensarão se tratar de um último reconhecimento ou se já foi o suficiente.

Holland Taylor (Two and a Half Men) e Vanessa Williams (Ugly Betty) parecem nomes mais certos, como foram nos anos anteriores e Amy Poehler (Saturday Night Live) pode perder votos, seja pela não tão frequente participação no show este ano, seja pela possibilidade de ser indicada como protagonista por Parks and Recreation. Uma dupla indicação não parece provável com sua nova série tendo recepção tão morna da crítica.

Duas concorrentes que estão sempre próximas da indicação, Elizabeth Perkins (Weeds) e Jenna Fischer (The Office), na minha opinião estão em lados opostos, com uma vivendo seu pior momento (Perkins) e a outra em seu melhor (Fischer). Quero acreditar que Fischer não só seja indicada, como vença aqui. Torcida parecida vai para Jane Krakowski (30 Rock), que nesta temporada viveu um homem afro-americano, uma variação de Janis Joplin e passou todo um episódio sob efeito de drogas. Assim como na categoria masculina, é hora de reconhecimento pra série aqui também.

Quanto às novidades deste ano, muito se fala em Rosemarie DeWitt (United States of Tara), que muita gente acha que foi esnobada este ano pelo Oscar (O Casamento de Rachel). Já Portia de Rossi talvez seja lembrada no futuro, caso Better Off Ted continue crescendo, mas não será o caso agora.
Meu voto:
Jenna Fischer, por The Office (1)
Jane Krakowski, por 30 Rock (2)
Jane Lynch, por Party Down (3)
Alyson Hannigan, por How I Met Your Mother (4)
Kristen Schaal, por Flight of the Conchords (5)
Becki Newton, por Ugly Betty (6)

Vai dar:
Holland Taylor, por Two and a Half Men (7)
Vanessa Williams, por Ugly Betty (8)
Jean Smart, por Samantha Who? (9)
Jenna Fischer, por The Office (1)
Kristin Chenoweth, por Pushing Daisies (10)
Jane Krakowski, por 30 Rock (2)

Outras possibilidades: Rosemarie DeWitt (United States of Tara), Conchata Ferrel (Two and a Half Men), Nicollette Sheridan (Desperate Housewives) e Tracey Ullman (State of the Union).

Ainda nesta semana, teremos a conclusão de minhas previsões para as categorias principais de atuação na terça-feira e finalmente para as melhores séries do ano na quarta-feira. Aguarde.

Hélio.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

[Emmy 2009] Previsões - Atores Convidados

Os indicados ao Emmy saem no próximo dia 16 e de hoje até o anúncio, vou publicar alguns comentários e previsões para as principais categorias. Certamente não é tarefa fácil prever o que os votantes pensam ser o melhor do ano, seja pelas preferências peculiares do grupo (Boston Legal, anyone?), seja pela enorme quantidade de séries que disputam por uma vaga: 76 séries dramáticas e 52 séries cômicas. Mas vou dar meu pitaco, falando de minhas preferências e o que pode dar na semana que vem, baseando-me na repercussão de alguns atores e séries.

Começamos pelas categorias de atores convidados. Das mais difíceis de se prever porque atores convidados podem estar concorrendo a uma indicação por uma presença de 3 minutos em cena, ou por uma participação longa que dura vários episódios. Nas categorias dramáticas, sempre há espaço para os pacientes de séries médicas como House, Grey´s Anatomy, Nip/Tuck ou E.R., ou vítimas de crimes de séries como a franquia Lei e Ordem, enquanto nas categorias cômicas, 30 Rock domina completamente.


MELHOR ATOR CONVIDADO – DRAMA

Se Mad Men é a favorita de todos, Robert Morse, já indicado pelo papel de Cooper ano passado, não ficaria de fora. Mas tem no colega de série, Mark Moses, seu principal rival. Até porque Duck teve muito mais espaço e Moses aproveitou cada momento. Minha série predileta do ano, Breaking Bad, também traz alguns bons nomes, como o veteraníssimo John de Lancie ou Mark Margolis (que faz o assustador Tio, sem emitir uma palavra), mas se a série caiu nas graças dos votantes este ano, Bob Odenkirk teria sua indicação garantida, simplesmente porque Saul Goodman foi o personagem mais incrível criado para esta memorável temporada.

A categoria, no entanto, tem muito mais nomes fortes que devem marcar presença. Afinal, como ignorar um nome de peso como Jon Voight (24 Horas)? E Jimmy Smits (Dexter) que coleciona 11 indicações ao Emmy? E que tal os veteranos de E.R. que voltaram para encerrar 15 anos de série? A concorrência é tanta, que nem haverá espaço para o merecido vencedor do ano passado, Glynn Turman. Que, convenhamos, desta vez não merece mesmo.
Meu voto:
Mark Moses, por Mad Men (1)
Richard Hatch, por Battlestar Galactica (2)
Bob Odenkirk, por Breaking Bad (4)
Scott Porter, por Friday Night Lights (3)
Jon Voight, por 24 Horas (5)

Vai dar:
Jon Voight, por 24 Horas (5)
Jimmy Smits, por Dexter (8)
Ernest Borgnine, por ER (6)
Michael J. Fox, por Rescue Me (7)
Mark Moses, por Mad Men (1)

Outras possibilidades: Ted Danson (Damages), Robert Morse (Mad Men), George Clooney, (ER).


MELHOR ATRIZ CONVIDADA – DRAMA

Sem a menor idéia do que pode acontecer nessa categoria, tenho poucas favoritas, como Lucy Lawless (que apesar da ausência na parte final de Battlestar Galactica, tenta vaga com episódio do ano passado, Revelations), Krysten Ritter (Breaking Bad) e, claro, Anne Dudek, tão boa que a equipe de House ainda arranja formas de trazê-la pra série, provavelmente lamentando a infeliz decisão de não colocá-la no time do bom doutor.

Meus palpites aqui são meros chutes que devem abranger uma longa lista de atrizes que tentam indicações por papéis em Lei e Ordem SVU, grandes mulheres do cinema de todas as idades (Tippi Hedren, Susan Sarandon, Sigourney Weaver, Christina Ricci), vencedoras e indicadas de edições anteriores (Melissa George, Drea de Matteo, Sharon Gless, CCH Pounder)... Bem complicado.
Meu voto:
Lucy Lawless, por Battlestar Galactica (1)
Krysten Ritter, por Breaking Bad (2)
Anne Dudek, por House (3)
Kate Vernon, por Battlestar Galactica (4)
Drea de Matteo, por Sons of Anarchy (5)

Vai dar:
Melinda McGraw, por Mad Men (6)
Brenda Blethyn, por Lei e Ordem SVU (7)
Ellen Burstyn, por Lei e Ordem SVU (8)
Julianna Margulies, por ER (9)
Anna Dudek, por House (3)

Outras possibilidades: Susan Sarandon (ER), Mary McDonnel (Grey´s Anatomy), Melissa George (Grey´s Anatomy), Lizzy Caplan (True Blood), Drea de Matteo (Sons of Anarchy)


MELHOR ATOR CONVIDADO – COMÉDIA

É óbvio que 30 Rock terá uns três indicados em cada categoria, no mínimo. O problema é saber quais deles estarão concorrendo. Alan Alda e Steve Martin certamente são os nomes mais fortes, mesmo não sendo os mais engraçados (e como fã absoluto de Alda, até me dói dizer isto). Há ainda Jon Hamm, Peter Dinklage e Roger Bart, que acabam ofuscando os merecedores que já estão lá desde o início da série: Dean Winters, como Dennis e, claro, Chris Parnell como o Dr. Spaceman.

Já nas outras séries concorrentes, há nomes de peso como Chevy Chase (Chuck), Albert Brooks (Weeds), Seinfeld (Head Case) e Will Ferrell (Eastbound & Down). Sem esquecer também da super elogiada participação de Justin Timberlake em Saturday Night Live ou as dezenas de grandes nomes que fizeram participação em Entourage.
Meu voto:
Jon Hamm, por 30 Rock (1)
Callum Keith Rennie, por Californication (2)
Dean Winters, por 30 Rock (4)
Alan Alda, por 30 Rock (5)
Will Ferrell, por Eastbound and Down (3)

Vai dar:
Alan Alda, por 30 Rock (5)
Jon Hamm, por 30 Rock (1)
Steve Martin, por 30 Rock (7)
Justin Timberlake, por Saturday Nigh Live (6)
Albert Brooks, por Weeds (8)

Outras possibilidades: Roger Bart (30 Rock), Glynn Turman (Scrubs), Will Arnett (30 Rock) e Callum Keith Rennie (Californication).


MELHOR ATRIZ CONVIDADA – COMÉDIA

Com tantas concorrentes por 30 Rock, justamente a protagonista e toda-poderosa da série acaba sendo a favorita da categoria. Afinal, Tina Fey encarnando Sarah Palin foi uma das coisas mais comentadas do ano. Uma pena, porque acaba tirando as chances de Amy Ryan, que brilhou em The Office como nenhuma outra atriz este ano.

As participações em 30 Rock são tantas que é difícil saber quem ficará de fora, não tendo uma ou duas grandes favoritas como na categoria masculina. Acredito que Elaine Stritch continuará com sua vaga garantida (esta temporada teve até momentos dramáticos) e me parece que a longa e lamentável atuação de Salma Hayek tomará a vaga de pequenas e hilárias participações, como a de Patti Lupone, por exemplo. E qual das mulheres super populares ficará com uma vaga: Oprah ou Aniston?
Meu voto:
Amy Ryan, por The Office (1)
Tina Fey, por Saturday Night Live (2)
Elaine Stritch, por 30 Rock (3)
Christine Baranski, por The Big Bang Theory (4)
Patti Lupone, por 30 Rock (5)

Vai dar:
Tina Fey, por Saturday Night Live (2)
Amy Ryan, por The Office (1)
Elaine Stritch, por 30 Rock (3)
Salma Hayek, por 30 Rock (6)
Oprah Winfrey, por 30 Rock (7)

Outras possibilidades: Jennifer Aniston (30 Rock), Kathryn Joosten (Desperate Housewives), Megan Mullaly (30 Rock)

Ainda nesse final de semana, teremos as previsões para as categorias de atores coadjuvantes aqui no CeS. Até lá.

Hélio.