Depois de um episódio tão elogiado há duas semanas atrás, Dollhouse volta a tratar de uma história independente, mostrando mais um dos potenciais da organização: a capacidade de transferir a essência de uma pessoa morta a um dos actives. Obviamente que a escolhida para receber essa impressão foi Echo, mas dessa vez longe daquele crescente caminho de auto-descobrimento das últimas semanas. Apesar de ter sido uma hora agradável e mais uma vez promover uma discussão tanto moral quanto social dos serviços da Dollhouse, o grande problema foi dar tanta importância a alguém que supostamente morre no primeiro minuto do episódio, e ainda investir no desenvolvimento de toda uma gama de personagens que seriam descartados no final. Ou alguém esperava que Echo estivesse condenada a viver pra sempre com aquela família?Não me lembro de ter comentado aqui especificamente das atuações de Dushku (fora um ou outro elogio), mas em "Haunted" fica provado como ela foi a pior escolha possível para o papel de Echo, como todo mundo temia desde o começo. Falta nela uma certa dinâmica, que não convence sendo Margaret, e muito menos quando finge não ser. E isso acaba atrapalhando a própria série, que sofre quando tenta explorar outros caminhos (como nesse episódio) e não pode confiar na sua própria atriz principal. Afinal, o único desenvolvimento na trama principal foi Paul Ballard finalmente conseguir provar para alguém a existência da Dollhouse, enquanto faz uso intenso das capacidades de Mellie. Por essas e outras, agora me resta poucas esperanças de que a série seja renovada, principalmente depois de todo o empasse da Fox em exibir o décimo terceiro episódio produzido -- que viria exclusivamente em DVD ou passaria até eventualmente no Brasil (por conta de syndication). A única certeza que tenho é que essa atriz Dichen Lachman é a grande revelação da série, sempre sendo destaque na pele da active Sierra, e que dessa vez retrata perfeitamente uma adorável amiga programada para aliviar a solidão do irritante Topher.
e.fuzii
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