
Nem precisava ser vidente para esperar que esse conflito entre Coach Taylor e J.D. fosse levado para dentro de campo na grande final. O problema é como a atitude de denunciar Joe McCoy -- seguindo um conselho do vice-diretor -- foi repentina e estúpida. Que Tami tivesse perguntado para a Sra. McCoy no episódio anterior sobre tomar alguma atitude, mas assim de repente pareceu uma forma do técnico ter de reparar seu erro durante todo o episódio. Ainda mais porque Joe é um dos padrinhos do time e com certeza fariam de tudo para encobrir o caso, como já vimos em outras situações. Também senti falta da opinião de outras pessoas, principalmente Buddy Garrity, que com certeza trariam mais profundidade para esse conflito. É óbvio que isso será resolvido no episódio final, quando terão de decidir entre manter o jogador promessa ou a competência do técnico, mas só espero que essa escolha não seja assim tão carregada de maniqueísmos.
Já que o episódio conseguiu até ser retrospectivo, era bem difícil imaginar no começo da série que Landry (que até então aparecia apenas como convidado) e Tyra ganhariam tanto espaço na trama a ponto do relacionamento dos dois ser um dos mais importantes nesse final. É verdade que foi ridícula a forma como colocaram os dois no carro para ir até Austin -- numa condição até parecida do primeiro State em Dallas --, tanto "Lance" ganhando uma vaga no Special Team, quanto Tyra sendo obrigada a dirigir poque ele ainda se sentia "ilegalmente bêbado". Mas Landry ainda tem pais, não? Ainda assim, foi na conversa dos dois a caminho de Austin que Tyra conseguiu finalmente fazer sua dissertação, servindo até de preparação para o jogo e como conclusão para tantos fatos de Dillon.
Play of the Week: Aqui não vale apenas um elogio para a personagem, mas também para Adrianne Palicki, que cresceu enormemente como atriz durante toda a série. Através da pergunta certeira de Landry, ela começa a listar cada um dos eventos que acompanhou em Dillon depois do terrível acidente em Jason Streets, numa retrospectiva de tirar o fôlego. Até cheguei a pensar que Landry havia escrito a tal dissertação, mas isso seria injusto demais para uma personagem que tentou, caiu e levantou por tantas vezes durante a série e agora, assumindo um tom otimista e corajoso, busca possibilidades de crescer ainda mais.

"Last game, Seven!"
Na última partida da série, tensão e emoção não faltaram. Todas as cenas foram muito bem cuidadas, desde uma aproximação maior da câmera em algumas jogadas até a trilha sonora acompanhando o angustiante chute final do adversário. A situação foi bastante parecida com a do primeiro State, com os Panthers sendo atropelados pela equipe considerada favorita ainda no primeiro período. Mas dessa vez o time não tinha Smash para reverter o placar e no intervalo Coach Taylor não vê outra possibilidade além de substituir J.D. Uma tremenda sacanagem porque embora ainda ache que essa decisão vai virar contra o técnico (já que J.D. é o queridinho da imprensa), ele praticamente queimou o garoto colocando toda a culpa em suas costas. Mesmo com um certo descontrole, sua reclamação de que a linha ofensiva não bloqueava direito fazia sentido, já que J.D. tomava constantes sacks dos adversários.
Já no segundo período, marcando pontos das formas mais variadas possíveis e impossíveis, os Panthers tomaram a frente mas sem conseguir administrar o tempo de partida. Mais uma falha técnica, que permitiu o último field goal para um jogador que não costumava errar. Foi a derrota dos Panthers, que como toda a série, nunca foi favorita mas sempre mostrou competência. E não há forma melhor de terminar essa jornada do que Coach Taylor reunindo todo o elenco no vestiário e dizendo que eles devem se sentir orgulhosos. Eles são verdadeiros vencedores, mesmo que pouca gente reconheça isso.
e.fuzii
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ResponderExcluirAqui voce encotra jogos, temas, programas, aplicativos e muito mais.