Previously on Mad Men: só queria fazer uma observação inútil. Essa música que toca durante a recapitulação dos episódios anteriores é muito bacana e funciona em qualquer situação. Prestem bem atenção. Já começo a relembrar fatos do meu passado usando esse ritmo de fundo.

Com isso, o momento mais perturbador do episódio é quando Don exige que Sal incline-se para o cliente, literalmente falando, para manter a conta da Lucky Strike. Afinal, é o que ele faria se tivesse de salvar a empresa e a cliente fosse do sexo feminino. Nesse caso, Harry mostra mais uma vez toda sua enorme incompetência, achando que tudo seria esquecido no dia seguinte e jogando Sal na fogueira. Além dele, cada vez vejo menos espaço pra Kinsey, que já teve importância -- e poderia ter nesse episódio se aparecesse sua namorada -- mas serve agora apenas como um motivo para alguns personagens não falarem sozinhos. O que chama mais atenção, no entanto, é a forma como Don age ameaçando Sal, usando na hora certa (como Bert Cooper) a carta que guardava na manga. Em apenas duas palavras "You people!", ele carrega toda a homofobia da época, enquanto mostra seu descontentamento em ter de fazer tudo sozinho na Sterling Cooper. E que bela hora de discutir, ainda que sutilmente, a homofobia quando a América começa a ferver com as lutas pelos Direitos Civis. Por conta disso quem acabou tendo um destaque importante foi Carla, a empregada da casa dos Draper, que mostra toda sua desconfiança com a relação entre Betty e Henry, além de tentar ser a mais discreta possível enquanto ouve as notícias no rádio. Mas mesmo que se esforcem e tentem mantê-la apenas em seus trajes como figurante, talvez seja tarde demais para conseguir diminuir sua participação daqui pra frente.

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O Kinsey sumir cada vez mais está me incomodando. Ele é um dos meus preferidos! E agora sim pode falar que o casamento dos Draper é um fracasso.
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