Em 91, quando a Globo começou a passar esse seriado, juro que tentei assisti-lo, não consegui, tentei outras vezes e nunca chegava ao fim, até que agora, num ato de revolta por essa incapacidade, resolvi comprar o box da primeira e o da segunda temporada. O resultado disso... Nem imagino!!
Talvez eu venha a comentar episódio por episódio, talvez eu faça um apanhadão por temporada (foram duas, com um total de 30 episódios), talvez eu não faça nada disso, realmente não sei, só sei que por mais de 15 anos tenho essa série engasgada e agora chegou a hora de resolver esse problema, criar coragem e assisti-la até o fim!!
Título original: "Twin Peaks "
Duração:30 episódios em 2 temporadas de 1990 a 1991, EUA
Companhias produtoras: Paramount Pictures
Criação: David Lynch e Mark Frost
Produção: Aaron Spelling
Emissora no Brasil: Rede Globo
Site: http://www.twinpeaks.org/
Elenco Principal:
Kyle MacLachlan - Dale Cooper, agente do FBI
Michael Ontkean - Sheriff Harry S. Truman
Mädchen Amick - Shelly Johnson
Dana Ashbrook - Bobby Briggs
Piper Laurie - Catherine Packard Martell
Richard Beymer - Benjamin Horne
Lara Flynn Boyle - Donna Hayward
Ray Wise - Leland Palmer
Sherilyn Fenn - Audrey Horne
Warren Frost - Dr. Will Hayward
Peggy Lipton - Norma Jennings
James Marshall - James Hurley
Jack Nance - Pete Martell
Kimmy Robertson - Lucy Moran
Joan Chen - Jocelyn 'Josie' Packard
Everett McGill .... Big Ed Hurley
Harry Goaz - Deputy Andy Brennan
Michael Horse - Deputy Tommy 'Hawk' Hill
Wendy Robie - Nadine Hurley
Sheryl Lee - Laura Palmer/Madeleine Ferguson
Russ Tamblyn - Dr. Lawrence Jacoby
Elenco Secundário:
·.· Teresa Banks (Pamela Gidley) ·.· Annie Blackburn (Heather Graham) ·.· Bob (Frank Silva) ·.· Bookhouse Boys ·.· Andy Brennan (Harry Goaz) ·.· Garland Briggs (Don S. Davis) ·.· Denise/Dennis Bryson (David Duchovny) ·.· Gordon Cole (David Lynch) ·.· Chester Desmond (Chris Isaak) ·.· Windom Earle (Kenneth Welsh) ·.· Thomas Eckhardt (David Warner) ·.· Maddy Ferguson (Sheryl Lee) ·.· The Giant (Carel Struycken) ·.· Eileen Hayward (Mary Jo Deschanel) ·.· Gersten Hayward (Alicia Witt) ·.· Harriet Hayward (Jessica Wallenfels) ·.· Tommy "Hawk" Hill (Michael Horse) ·.· Jerry Horne (David Patrick Kelly) ·.· Nadine Hurley (Wendy Robie) ·.· Lawrence Jacoby (Russ Tamblyn) ·.· Phillip Jeffries (David Bowie) ·.· Hank Jennings (Chris Mulkey) ·.· Leo Johnson (Eric Da Re) ·.· Lil the Dancer (Kimberly Ann Cole) ·.· The Log Lady (Catherine E. Coulson) ·.· Man from Another Place (Michael J. Anderson) ·.· Evelyn Marsh (Annette McCarthy) ·.· Mike (Al Strobel) ·.· Lucy Moran (Kimmy Robertson) ·.· Mike Nelson (Gary Hershberger) ·.· Blackie O'Reilly (Victoria Catlin) ·.· Andrew Packard (Dan O'Herlihy) ·.· Sarah Palmer (Grace Zabriskie) ·.· Ronette Pulaski (Phoebe Augustine) ·.· Renault brothers ·.· Albert Rosenfield (Miguel Ferrer) ·.· Harold Smith (Lenny Von Dohlen) ·.· Sam Stanley (Kiefer Sutherland) ·.· Dick Tremayne (Ian Buchanan)
DEU NO ESTADÃO:
A última chance para Twin Peaks
Sai finalmente a segunda temporada da série que sofreu boicotes quando exibida na tevê
(Por: Lauro Lisboa Garcia )
A série cult Twin Peaks, de David Lynch, fez história na tevê americana no início dos anos 90, mas do estrondoso sucesso
inicial passou a sofrer uma série de boicotes. Foi cancelada pela rede americana ABC em 1991, mutilada pela Globo, quando exibida pela primeira vez no Brasil. Em DVD, a segunda temporada só saiu há pouco pela Paramount, simultaneamente nos Estados Unidos e no Brasil, seis anos depois da primeira.
Protestos de fãs não faltaram nas comunidades virtuais por conta desse longo atraso. Muita gente não comprou a primeira temporada na incerteza de ter acesso à continuação. E agora corre atrás, já que foi retirada de circulação nos EUA antes de sair a segunda. Ou seja, se uma não vendeu muito, que dirá a outra isolada. Seria a última chance de emplacar algum sucesso, tendo em vista uma parcela de público nostálgico. Isto porque, com as inúmeras ofertas de TV a cabo hoje, Twin Peaks parece ultrapassado, embora ainda tenha bons atrativos.
Todo mundo que se interessa pelo assunto sabe quem é o assassino de Laura Palmer (Sheryl Lee) - personagem em torno de cuja morte violenta se sustenta a trama - desde que um infeliz repórter brasileiro fez o favor de revelar no jornal. A audiência já não era satisfatória para a Globo, que depois disso editou diversos episódios e eliminou outros inteiros, tornando o desfecho incompreensível. A Record voltou a exibir a série na íntegra em 1993, mas aí o interesse do público já era mínimo.
Mesmo com a revelação do assassino, as seqüências que levam à revelação de sua identidade, a descoberta pelo agente do FBI Dale Cooper (Kyle MacLachlan numa de suas melhores atuações), através da visão do gigante, e a prisão do criminoso, entre os episódios 14 e 16 da segunda temporada, ainda causam certa impressão. Com doses equilibradas de suspense, humor negro, sensualidade, violência e a sensacional trilha sonora composta e regida por Angelo Badalamenti, a história não termina aí. Ainda há outros 13 episódios em que entram novas personagens, ocorrem mais crimes e outros mistérios intrigam Cooper em torno de Bob, a entidade apavorante que está por trás do assassinato de Laura Palmer (e outras mortes e distúrbios em Twin Peaks), 'se alimenta de medo e prazeres' e 'exige um hospedeiro humano' para isso.
Para entender melhor o andamento da trama é preciso rever pelo menos o último episódio da primeira temporada - que termina com o agente Cooper levando dois tiros no peito em seu quarto de hotel -, já que nos seis DVDs da segunda não há nenhum resumo dos capítulos anteriores. Nos extras, há entrevistas com atores e os diretores. O primeiro episódio é longo, bastante arrastado, aliás, e daí para a frente, quem se dispuser a enfrentar a maratona até o desfecho bizarro pode se cansar, já que esta temporada não é tão boa quanto a primeira. As cenas que envolvem o policial Andy, um idiota apaixonado pela secretária perua, supostamente seriam engraçadas, mas são irritantes de tão patéticas.
Este é um dos exemplos de elementos que não funcionariam num seriado atual, além do ritmo lento. Revelar um segredo é o de menos, já que hoje com a velocidade da internet nada se esconde mais e ninguém precisa esperar durante meses até a exibição na tevê aberta brasileira. Saber, por exemplo, que Paulo morre em Lost não estraga a surpresa, até porque a personagem de Rodrigo Santoro não faz a menor diferença na série.
Hoje pode parecer datado, mas na época Twin Peaks rompeu com a caretice na tevê americana, em que reinavam Dallas e afins, explicitando que 'de perto ninguém é normal'. Imagine como uma cidadezinha de 51.201 habitantes pode concentrar habitantes com tanto podre a esconder. A série talvez não tenha tido tanto poder de influência, mas muitos elementos na novela de Lynch podem ser identificados em diversas séries atuais.
O careta agente Cooper (que não tem um fio de cabelo fora do lugar), com suas manias e técnicas de investigação pouco convencionais, pode ser um precursor de Monk. A cidade de Twin Peaks, em que todo mundo carrega alguma culpa ou esconde algum segredo, ecoa na Wisteria Lane, a rua de Desperate Housewives que abriga criminosos praticantes ou potenciais em abundância. Elos psíquicos e sobrenaturais na apuração de fatos que decifrarão crimes e mistérios estão espalhados por Psych, Medium, Lost. As letras que aparecem debaixo das unhas das vítimas assassinadas são mensagens cifradas como os números de Lost, etc... Por outro lado, com os métodos e a tecnologia atuais usados nas investigações, Twin Peaks está a milhas de seriados policiais como os ótimos C.S.I. e Law and Order - Special Victims Unit, em que os crimes são solucionados a cada noite num único e eletrizante episódio.
TRILHA SONORA MERGULHA EM MELANCOLIA
PARCERIA IDEAL: Um dos trunfos insuperáveis da série Twin Peaks é a música hipnótica e penetrante de Angelo Badalamenti. Na sombria seqüência em que o agente Cooper - ao lado do xerife Harry Truman (Michael Ontkean) e da Senhora do Tronco (Catherine E. Coulso) - tem a visão do gigante que lhe revela o assassino de Laura Palmer, num bar, a cantora Julee Cruise está no palco, interpretando as tristíssimas The Word Spins e Rockin' Back inside My Heart. Ao mesmo tempo, Donna Hayward (Lara Flyn Boyle), em outra mesa comentando o suicídio de Harold Smith (Lenny von Dohlen) com James Hurley (James Marshall), aproveita a letra de uma das canções para declarar seu amor por ele. E chora, vista de longe por Bobby Briggs (Dana Ashbrook), rival de James, que estampa uma fisionomia de desesperado. As canções, que não estão na trilha de Twin Peaks, mas no CD Floating into the Night, de Julee Cruise, contribuem indelevelmente para a densidade da cena. Nos filmes de David Lynch, como Blue Velvet, ocorre o mesmo. Parceria ideal como Danny Elfman em relação a Tim Burton, Badalamenti é o que melhor traduz os delírios de Lynch em sons e melodias. A trilha de Twin Peaks (que na época foi lançada no Brasil em LP) combina elementos de jazz, blues e música ambiente de estética sensual anos 50. A voz de Julee, que se lançou no citado álbum produzido por Lynch e Badalamenti, com canções de ambos, é o complemento ideal para a melancolia sepulcral de suas composições.
CURIOSAS CURIOSIDADES QUE ME DEIXARAM CURIOSO:
(Todas colhidas na net)
>>>>>>> A rede norte-americana ABC exibiu o piloto da série em 8 de abril de 1990. Sua intenção era testar a resposta do público ao programa. Twin Peaks acabou se tornando o piloto de série de televisão mais visto nos Estados Unidos.
>>>>>>> A história sobre o assassinato de Laura Palmer foi criada por Mark Frost e pelo diretor David Lynch, reponsável pelo filme Cidade dos Sonhos.
>>>>>>> Para elucidar as inúmeras lacunas da série, David Lynch dirigiu o longa-metragem Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (Twin Peaks - Fire Walk With Me). Mais bizarro que a própria série, o filme enfoca os acontecimentos da semana anterior ao fatídico dia do assassinato de Laura Palmer. Para quem não acompanhou a série, recomenda-se assistir ao filme após os 30 episódios televisivos.
>>>>>>> A série teve 30 episódios, exibidos em duas temporadas. Cada episódio correspondia a um dia na cidade de Twin Peaks. Ou seja, após dois anos, havia se passado apenas 1 mês na vida dos personagens.
>>>>>>> Seu título original era Northwest Passage (Passagem Noroeste).
>>>>>>> A Hallmark se recusou a publicar um calendário com os personagens da série porque uma das atrizes havia aparecido nua na revista masculina Playboy.Os atores tiveram que aprender suas falas de trás para frente para fazer os efeitos vocais estranhos usados em algumas das cenas. Depois, as gravações eram colocadas no filme de trás para frente,
>>>>>>> O xerife de Twin Peaks tem o mesmo nome de um ex-presidente dos EUA: Harry S. Truman.
>>>>>>> O número da ficha do personagem Hank Jennings na prisão era 24601, o mesmo do protagonista do livro do francês Victor Hugo, Les Miserables.
>>>>>>> Em outubro de 92, foi criado nos EUA um fanzine chamado Wrapped In Plastic, que em português significa ''embrulhada em plástico'' (condição em que Laura Palmer foi encontrada morta, no piloto da série). O zine aborda assuntos relacionados à minissérie Twin Peaks, dando referência também aos recentes trabalhos de David Lynch, Mark Frost e os demais atores da série, como entrevistas, fotos da série e do filme, críticas e curiosidades.
>>>>>>> Nos EUA, no dia da emissão do último episódio da primeira temporada, houveram vários pacientes hospitalizados que solicitaram trocar a data de suas operações para poder assistir esse último episódio.
>>>>>>> A Familia Real Espanhola solicitou à Tele5 que lhes mandassem um video com esse ultimo episódio, por não terem podido assistir no dia da exibição.
>>>>>>> O primeiro episódio foi visto nos EUA por mais de 50 milhões de telespectadores.
>>>>>>> Tal e qual o falar do anão, inverterei a ordem, colocando a placa de "Bem Vindos", no fim...
Até a Próxima!
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