Boa noite leitores. Foi com dificuldade que eu consegui me recompor depois de ficar em estado de choque com essa premiere. Primeiro, quero logo frisar que achei o vazamento dos quatro primeiros episódios lamentável. Estava todo ansioso para o dia 14, quando deparo com um release “pre air” por aí, aí logo pensei em coisas horríveis. Nessa hora eu pensei em toda a equipe, em todo o investimento milionário, nas suadas 14 horas diárias de trabalho de Keifer & cia, no stress do Jon Cassar, na angústia de ver uma premiere estragada. Estragada? Bom, está cedo pra dizer. O que deve ser lembrado é que aconteceu exatamente isso com Heroes: série nova, o episódio piloto vazara antes de ir ao ar e advinhem: quando de fato chegou o dia, a série já contava com vários fãs. Será a mesma jogada? Só sei que isso tudo aconteceu porque há um DVD, contendo os quatro primeiros episódios, que a FOX lançará nas lojas logo após a exbição na rede para os fanáticos comprarem (pensem na entrada de caixa nessa largada de temporada...). O vazamento pode ter sido facilitado.
Tá, chega de detalhes irrelevantes. Vamos à série e às impressões.
Me esclareçam por que, mas fiquei muito mais ansioso ao esperar pela quinta temporada do que pela sexta. O final da quarta foi o mais intrigante. Cheguei até a pensar que eu estava enjoando de 24. Portanto, não posso ter achado o primeiro episódio tão bom quanto o primeiro da temporada passada, que rendeu o Emmy de melhor direção para Jon Cassar. Vale lembrar que eu não vi nenhum spoiler durante todo esse tempo, não vi trailer algum antes do primeiro episódio (na verdade eu acabei de ver o trailer oficial enquanto escrevia a linha anterior), e procurei manter minha mente ocupada com outras coisas nesses sete meses. Apesar de condizente com o prequel desta temporada, coisa que não aconteceu no da temporada passada, esses quatro primeiros episódios não parecem ter sido influenciados pelos eventos do prequel de forma alguma. Vamos torcer para que respostas da China apareçam nos próximos episódios, e que nessa hora aconteça o acerto de contas entre Jack e Cheng Zhi, que começou logo às 6:10AM com aquela troca de olhares. Aí tem coisa.
Agora vamos falar sobre a CTU: não poderia estar melhor! Chloe mais bonita a cada temporada que passa, Milo, o nerd da primeira temporada de volta, em trajes mais executivos esbanjando antipatia para com Morris O'Brien, que está mais hilário do que no 5x23 e 24; um novo reforço em beleza com a personagem Nadia, interpretada por Marisol Nichols e um Bill mais furioso que nunca. Fisicamente o ambiente não parece ter mudado muito; ele está com o mesmo “look/feel” da quarta temporada. Ainda bem, eu gosto assim.
Então vamos para uma falhazinha, bem pequena mas que é do tipo de 24: não respeitar o nascer do Sol. Às 6:10 AM, hora em que Jack desce do avião, está escuro, e logo às 6:23, depois do intervalo, já está um lindo Sol como se já fosse 8 horas. Ah, detalhe: viram as condições nas quais o Jack desembarcou, né? Mal falava. Mal se mexia, estava psicologicamente abalado (sério??). Mas mesmo assim bateu o record da segunda temporada (2x01) e não só fez a barba, como também o cabelo.... em nove minutos. Isso é de tirar o tesão. E então a falha-mor, que, a não ser que as coisas mudem nos próximos episódios, poderá concorrer ao posto de maior de todos os tempos: as circunstâncias da volta de Jack. Claro, os roteiristas precisariam de um motivo para justificar a soltura da prisão chinesa. A causa do momento é justificável, mas a idéia em si é muito pobre: um conflito pessoal do Jack, que ele nem mais se lembrava, de um irmãozinho de um terrorista que fora... interrogado por Jack na década de oitenta.. Pra fechar o que há de ruim pra falar, vejam o poder de fogo do terror da vez né. Explosões em pontos esparsos do país. Haja recursos humanos, materiais e know-how pra isso. Estou começando a sentir pena do Marwan.
Então Jack chega, depois de uma longa viagem algemado, achando que seria só o fim, mas não. Teve mais tortura psicológica seguida de mais tortura física. O que as tramas pessoais não fazem, né! Salvo pelo gongo, digo, celular dos 'henchmen' mais uma vez da mesma forma que foi no 2x20, Jack faz uma homenagem a Hannibal Lecter. Fantástica cena. Depois dessa situação de perigo, ele parece recobrar a consciência, e consegue tomar decisões racionais. Conseguiu pegar a testemunha chave, um misterioso personagem árabe, Assad, antes de receber bombardeios na cabeça. É aqui que as intrigas pessoais se agravam: Curtis reconhece o sujeito que está se redimindo de uma operação que ocorrera 15 anos antes do presente fato, e as lembranças não são nada boas. Jack já está incrivelmente melhor que no episódio 1. Atua até como reconciliador, mesmo sem muito sucesso.
Nos layers paralelos, temos Sandra Palmer, uma advogada que defende os direitos dos árabes nos Estados Unidos. Até agora tô gostando da personagem dela. Seu namorado deverá abrir mais um layer: ele, que entende árabe, escutou conversas suspeitas igualzinho Kate Warner fizera no episódio 2x09 ao bisbilhotar o diálogo de Syed Ali. Já tô vendo muita semelhança com a segunda temporada... apesar de que esta é a terceira em que temos árabes no time do terror. Será essa repetição o início do fim? Cedo pra dizer, mas eu acho que não. Infelizmente 24 não é mais tão surpreendente quanto já foi, até porque muitos temas já foram abordados; mais de 10 países já foram cutucados durante alusões a domicílio de terroristas; já se usaram armas biológicas, atômicas, químicas, convencionais... acho que só falta mesmo a bomba suja e de nêutrons (essa vai destruir!!). Mas eu acho que não é o começo do fim porque, na verdade, em 24 pouca coisa se repete. Há quem diga que há o clichê de alguém infiltrado na CTU, mas não há duplicata de nenhum tipo.
Espere! Não terminei! Esqueçam o que eu falei antes, digo “infelizmente 24 não é mais tão surpreendente”... retiro o que disse. O episódio 4 veio para...para............. é isso, fiquei estático, sem palavras, sem ações quando vi os acontecimentos dos últimos 5 minutos. Este episódio vai ficar na memória como um dos que mais me surpreendeu. Algo semelhante em impacto a gente teve no 5x12 seguido de algo muito pior, no 5x13, mas aqui eles tiveram a manha de fazer as duas coisas catastróficas num só episódio. Nunca imaginei que uma bomba atômica iria detonar em região não-desértica matando tanta gente. Agora, parece que já temos nossa “bomba suja”: conforme dito pela Karen, a radiação de uma bomba daquelas atinge um raio de dezenas de quilômetros e pode fazer na ordem de cem mil vítimas. Dessa vez, algo radioativo deverá, mesmo, contaminar o ambiente de 24, não vai ser como na quarta temporada em que apenas uma usina de uma ilha que cedeu. Pelo impacto visto por Jack, é bom que ele mesmo corra para não ser afetado pela radiação. Será que já foi? Será que Jack está com os dias contados? Nossa, quanto ponto de interrogação, essa premiere deixou mais perguntas do que respostas, como era de se esperar. E graças à minha prolixidade, não consegui abordar tudo o que pretendia. Mas hei de rever esses episódios e me situar melhor, isso tudo é muito para a minha cabecinha. Até lá galera!
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
[24] Premiere da Sexta Temporada
às 3:53 AM
Marcadores: [Série], Série - 24 hrs
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Um comentário:
O final da quarta hora foi sensacional! Tanta coisa acontecendo Jack atirando em Curtis, Jack desistindo, e de repente, como se uma força maior (chamada roteiristas, hahaha) dissesse q o pior ainda estava por vir, acontece a explosão nuclear em LA., uma ousadia da série!
Eu li num comentário no orkut alguém dizendo que esses 4 episódios são uma mini-temporada, e eu concordo, tem uma trama completa, e ainda deixa o gancho para o que será o "motor" dessa 6a temporada.
E mais uma falha, o Ahmed ficou 7 minutos com o Scott e n atirou nele? Ah, tá certo... ¬¬
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