Bom dia! Alguém se lembra de mim? Não? Normal, eu sou aquele que outrora comentou a série 24 Horas, se você já não me conhece mais: Leonardo, 22, brasiliense, etc, prazer foi meu!
Vamos dar uma recapitulada: a sexta temporada de 24 terminou no dia 21/5 deste ano, há precisos 66 dias. Onde estive durante esse tempo? Pensando nesta temporada, é claro, e a cada dia que eu refletia sobre ela eu me desanimava mais. Em resumo: foi broxante para os padrões de 24, por falta de uma palavra mais adequada. Foi ruim? Não. 24 nunca será ruim, isso eu garanto. O plot foi bom, houve nexo com as temporadas passadas e havia, de fato, uma seqüência de fatos bem interessante. Além do que houve um dos melhores episódios da série em minha opinião, o 6x07. Conforme disse Howard Gordon, essa foi uma temporada muito desafiadora para os roteiristas criarem, eles trabalharam duro. Não acho que eles tenham tido culpa pela temporada que deixou a desejar, pois como eu já falei repetidas vezes em comentários passados, esta temporada pagou o preço da carnificina feita na quinta temporada. Apesar de morna, a seqüência de episódios 5-16 (exatamente a metade da temporada) foi intrigante, com a trama de Gredenko e os remanescentes da conspiração da quinta temporada. Aproveitaram a temporada de 2006 para criar um gancho conspiratório nesta, mas o erro foi tocar, pela terceira vez, no tema das bombas atômicas. Ficou clichê. No episódio 6x03, quando o Assad identifica a lista de componentes em árabe para a construção da bomba no notebook, logo desanimei. A parte positiva é que se tratou de um novo tipo, as bombas portáteis, trazendo juntamente um conflito com o lado Russo, e o grande diferencial: desta vez, uma bomba explodiu mesmo. Foi tenso, fiquei paralisado no final do episódio 4. Pena que os episódios subseqüentes não mantiveram a adrenalina. Por isso eu pensava que todo episódio fosse “de transição”, na verdade, pode-se contar nos dedos de uma mão os que não foram: 1, 4, 7, 17, 20. Até o próprio 24 foi, deixando a atmosfera de imprevisibilidade para a sétima temporada.
A season finale foi melhor do que a média da temporada, mas ainda assim não tão promissora quanto os episódios acima citados. Foi lento o desenrolar daquela troca de Josh pelo componente, a subtrama de Lisa e Bishop não deu mais frutos, Noah e Tom permanecem unidos no trabalho e na ideologia, como dois dos melhores personagens desta temporada, que pena que aparentemente não ficarão para a próxima temporada. Jack, como sempre, aparecendo menos do que deveria; a importância dada a ele em termos de tempo em cena foi menor do que qualquer fã gostaria de ver e não valeu, em minha opinião, os 555 mil dólares por episódio que Keifer está ganhando por esta e as duas próximas temporadas. No entanto, as coisas melhoraram no finalzinho: a conversa entre Jack e Heller. O último é um personagem que não tem muita simpatia de muitos espectadores mas mesmo assim é dotado de uma aura; apareceu mais na quarta temporada, sumiu durante o meio desta, voltou no final, sumiu novamente, apareceu na quinta temporada para provocar uma péssima impressão, traindo Jack, mas felizmente não morreu. Agora, na sexta, aparece de surpresa, permitindo o acerto de muitas contas com o Jack, já que ele esteve ausente nos dois espaços intertemporadas – da quarta para a quinta e desta para a sexta. O encontro foi forte por isso. Vemos Jack resolvendo, ainda que apenas durante este pequeno espaço de tempo, os seus conflitos pessoais, algo que não víamos desde a primeira temporada. Outro conflito pessoal de Jack resolvido em meio à crise do momento foi a relação com seu pai. Deu pra ver que até mesmo no episódio 24 os roteiristas não deixaram de lado o fardo emocional que Jack vinha manifestando desde a primeira hora. Evidente que, ao longo do dia, coisas mais fortes lhe chamaram a atenção, então a ação dominou seu comportamento, mas Jack já estava visivelmente mudado. Ficou humanamente atônito no episódio 5, logo após a bomba, emocionou-se ao torturar seu maligno irmão Graem no 7, enfureceu-se com a falsa notícia da morte de Audrey no 14, prometendo caçar um por um dos algozes, reconfortou-a como nunca no 20, ofereceu ombro amigo para Marilyn no 22, e, segurando a raiva e o dedo no gatilho, resolveu poupar o pai para levá-lo à justiça no 24, coisa que infelizmente não aconteceu. Pena que, para completar os conflitos emocionais do Jack, Kim não estava por perto.
Uma cena fantástica: Bill e Jack lado a lado em campo, em missão perigosíssima, com direito a escapada triunfal pendurado no cabo do helicóptero.
Uma falha dentre as muitas: a queda de Chloe no final do 23 não deu muita emoção.
Este fim de temporada não deixa quase nenhum gancho para o futuro. Chloe e Morris terão um bebê, Doyle ficou cego, Bill e Karen se aposentaram, Milo morreu, de Nádia nada se sabe, Wayne tem destino incerto e a CTU deve acabar. Sim, você já deve ter ouvido falar disso. São os rumores, que apontam fortemente para uma sétima temporada fora de LA e sem cenas na CTU. Mas, sobre essas coisas, pretendo discutir com mais calma em um próximo comentário, vou ficando por aqui porque janeiro já tá próximo! :) Fique com esta imagem do final do episódio 24, em que Jack contempla o mundo que lhe espera.
Um comentário:
Verdade. Mas vamos combinar: foi ruim comparada com as outras, né?
Postar um comentário