sexta-feira, 17 de abril de 2009

[CRIMINAL MINDS] 4x20 "Conflicted"






Episódio bacana, que trouxe um unsub perturbado mesmo; definitivamente uma criminal mind!

Um unsub assassino/estuprador em série já é quase rotina na série, mas vítimas do sexo masculino, nem tanto. Essas vítimas são machos ‘alfa’, e só podem ter sido atraídos por uma mulher; mas também foram vítimas de violência sexual. Esse paradoxo exclui a possibilidade de um único unsub e a BAU começa a procurar por uma dupla, com uma mulher dominante, a servir de isca, e um parceiro submisso, que mata por influência dela.

Identificam em Adam – o funcionário do hotel que descobrira o corpo – um possível suspeito, e sua relação com sua chefe/protetora faz com que ela se torne suspeita de ser a parceira nos crimes. Depois de muito quebrarem a cabeça, com direito até a uso do polígrafo − o que sempre rende uma boa cena, como a que vimos nesse episódio, − a equipe morre na praia. As suspeitas não se confirmam.

Mas, mais uma vez foram guiados pela perspicácia do Reid, que ‘saca’ o que realmente está a ocorrer. Realmente, os olhos são a janela da alma; um olhar diz mais que mil palavras. E é com base no olhar de Adam que ele desvenda o que está por trás desses crimes: os unsubs são realmente dois, mas ambos ‘habitam’ em Adam. Ele sofre de ‘transtorno dissociativo de identidade’ (antigamente chamado de transtorno de múltiplas personalidades) e comete os crimes em parceria com seu ‘alter’, uma mulher chamada Amanda, agressiva e dominante.



Adam / Amanda, conflicted.


O tema é sempre fascinante, apesar de toda a mística que gira em torno do assunto, e de tantos psiquiatras que duvidam que esse transtorno realmente exista. Um livro relativamente recente (Switching Time, de Richard Baer), que recebeu muito espaço na mídia americana, conta a história de um psiquiatra e seu empenho no longo caminho de ‘reagrupar’ as 17 outras personalidades de sua paciente. Ela havia sido vítima de todo tipo de abuso e violência familiar, e criou esses ‘alters’ como mecanismo de defesa, e ‘dividir com outros’ tanta dor. Em linhas mais simples, o unsub de semana tem muito em comum. Tenho certeza que o caso serviu de inspiração.

Não parei para relembrar com calma, mas não me ocorre outro caso desse transtorno na série, fora o já clássico Tobias Henkel. Foi um link e tanto com aquele episódio duplo memorável. Eu adoro o Reid e adoro a empatia e identificação que ele se permite ter, mesmo com os mais pervertidos. Elephant’s Memory, messe sentido, também foi genial.

A obstinação dele para ‘salvar’ Adam é comovente e se encaixa perfeitamente em tudo aquilo que já sabemos e conhecemos a seu respeito. Que forma mais incomum de demonstrar gratidão. Só mesmo vinda de Reid. Só ele para continuar dando valor ao que Tobias Hankel fez por ele, apesar de todos os horrores que sofreu. Tobias Hankel salvou sua vida. E só mesmo Reid para continuar enxergando Tobias Hankel como uma vítima. Só ele para se engajar no tratamento de Adam/Amanda para conseguir, enfim, salvar a primeira grande vítima dessa trama − o próprio unsub, Adam.

Quando será que veremos − se é que veremos − Reid fazer Amanda ceder lugar a Adam?? Eu quero ver isso!!

Tão difícil ser assim, não é Morgan?? Tão difícil ser como Reid, e se comprometer. Tão fácil dizer ‘às vezes não podemos salvar a todos’... ‘você tem que aceitar isso’. Ai, Rambo... você não sabe do que um Spencer é capaz!



Que papinho, Morgan!

Atéo 4x21!

Célia Kfouri.


PS. Desculpem a demora para comentar. Mas saibam que foi muito bom saber que vocês sentiram falta. Gostei muito das mensagens que recebi.
Pelo menos ficamos com assunto para essa semana, já que o 4x21 só será semana que vem.

2 comentários:

Gabriela Spinola disse...

Jackson Rathbone fantástico!!! Episódio para toda fangirl de Crepúsculo meter o rabinho entre as pernas da próxima vez que postar alguma foto do Robert Pattinson no orkut.

Achei inportante, e interessante, a correlação que Reid fez entre Adam e Tobias Hankel, sobre a importância que ambos tiveram na formação de quem ele é hoje. O verdadeiro Tobias Hankel era aquele que tentou salvá-lo, ams acabou sucumbindo as suas outras personalidades. Isso, aliás, é um paradoxo explorado à exaustão em várias séries, incluindo a própria Criminal Minds.

Assim como Hankel tornou Reid quem é (nessa 4ª temporada), Matt Benton fez de Emily Prentiss uma pessoa exageradamente fria, impulsiva e fechada. Carl Buford modificou Morgan do mesmo modo, tirando-lhe a inocência infantil que possuia aos 10 anos de idade. Não é a toa que Reid, Morgan e Prentiss são os personagens mais bem construídos da série...

É como em Matrix, quando Oráculo diz a Neo para tomar cuidado com o vaso. "Que vaso?", ele pergunta, virando-se. Nisso, ele quebra o tal vaso. É como em Lost, que eu acredito piamente que a trama teria um rumo bem diferente (e talvez bem melhor) se Charlie não tivesse aceitado o seu destino e morrido afogado. Se ele soubesse, não faria.

Anônimo disse...

De fato mais um episódio em Reid deu ar da sua graça... melhor da sua genialidade. Adoro ele!!!

Reid as vezes se identifica com os unsubs... as vezes penso que ele tenha medo de se tornar um, sei lá...rs.

Um livro relativamente recente (Switching Time, de Richard Baer), que recebeu muito espaço na mídia americana, conta a história de um psiquiatra e seu empenho no longo caminho de ‘reagrupar’ as 17 outras personalidades de sua paciente. Não sabia deste livro, mas achei curioso pela descrição que fez dele.

Eu sou muito interessada sobre esses assuntos de personalidade etc... E sobre existir personalidades diferente dentro de uma mesma pessoa, eu creio que possa haver mesma, mas no fundo só existe uma lutando para libertar.

Bons comentários e até o próximo episódio!

Até mais, Jackie.