segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

[Filme] Atividade Paranormal

Por Danielle M


Taí um filme badalado. Ficou semanas no TT do Twitter. Vi vários trailers, alguns com reação da platéia, sempre em pânico. Enfim, considerado um dos mais assustadores.

Olha, nem era pra tanto. Sou uma grande fã do terror, mesmo. Sempre gosto dos filmes do gênero. Acho que eles valem o total divertimento, até porque são absolutamente despretensiosos. Não têm uma carcaça intelectual ou coisa parecida, bom, até a chegada de o AntiCristo :P

Mas acho que jogaram confete demais em Atividade Paranormal. Eu gostei sim e muito. Levei sustos até. Dei gritinhos, pulei da cadeira, agarrei o braço do meu namorado, todo aquele ritual de filme de terror. Mas não é nem de longe um dos filmes mais assustadores. Só pra vocês terem idéia, fui ao banheiro sozinha de madrugada sem maiores tormentos :P

Os efeitos são basicamente sonoros. E achei isso incrível, até porque quem nunca acordou no meio da noite com ruídos? Aliás, essa premissa do filme é interessante. Partir do princípio que a maioria dos fenômenos paranormais são "criados" com a nossa piração com barulhos, vultos, sombras inexplicáveis, essas histórias que muitos de nós temos para contar. O roteiro tem todo o mérito, porque os atores, mesmo amadores e amigos do diretor, conseguem segurar bem as cenas. Até pela noção de documentário. Ver cenas como "reais" é de arrepiar mesmo. A idéia é simples e poderosa. Não é o que estamos vendo, mas o que está por vir. O intangível.

Ao pesquisar sobre o filme, além do baixo orçamento, visível em cada frame, sem demérito algum, diga-se. Soube que Mr. Spielberg gostou, resolveu apadrinhar e com isso facilitar a distribuição nos cinemas, mas antes pediu algumas mudanças, como pequenas alterações na edição de imagens, alterando a ordem dos acontecimentos e, o principal, a mudança do final. O que assistimos no cinema não é o original. Coloco mais abaixo a versão do diretor. São finais que mudam a perspectiva do filme.

No original do diretor, o paranormal fica em segundo plano, assim a resolução passa a ter um caráter de surto da personagem Katie, uma assassina que têm delírios. Ok, tem uma pequena alusão quando podemos ver uma luz que acende e logo após se apaga no fim do corredor, antes da entrada da polícia. Há creditos, como um filme normal. Acredito que seria mais plausível e considero bacana, apesar de ser enooooorme.



Já no final spielberguiano, o paranormal é o grande foco, Katie realmente tinha uma conexão com o tal demônio, podendo, inclusive, a audiência especular sobre quando isso aconteceu de fato, ou seja, a mocinha já poderia estar possuída há muitos anos atrás, sendo a responsável, por obra do demo, pelo incêndio em sua casa. Na derradeira cena, após jogar o corpo de Micah - e aí é baita susto em geral no cinema - ela transfigura-se na câmera, numa fração de segundos vira a menina possuída e pesquisada na internet por Micah e na fração seguinte, o demônio propriamente dito. Neste final, não há créditos, apenas uma lacônica informação de que o paradeiro de Katie jamais fora encontrado, deixando margem, ai meu sais, para uma sequencia já ventilada pelo povo nos Twitters da vida. Final Spielberg abaixo:



Esperamos que não! Blair 2 taí pra provar que sequencias de filmes de terror não dão certo, salvo A Morte do Demônio e Hellraiser, cuja continuações foram melhores que os antecessores.

Conselho? Se for esperando o supra sumo do terror, melhor não ir. Mas se quiser diversão e alguns sustos, aí é garantia.


/@danna_

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