Por Danielle M
Não sei se vocês gostam de balé, eu gosto, fiz inclusive durante anos numa escolinha, aquela coisa de menininha. Para aspirar viver de balé é preciso dedicação e disciplina fora do normal. A verdade é que este é um mundinho bem cruel e masoquista! Parte dele é retratado no filme.
Natalie Portman sempre me "chama" ao cinema. E eu fui. Ao contrário de algumas críticas que fuzilaram a fragilidade de Miss Portman, acredito que desta vez essa característica intrínseca da atriz é mais do que necessária. Nina é tão frágil, mas tão frágil, que sabemos que ela irá partir em mil pedaços. O interessante é acompanhar como isto irá acontecer. E disso trata-se Black Swan. Nina perdendo a lucidez, com a consciência disso - paradoxal, sei bem - e, porque não?- até com certo prazer. Terror psicológico simples.
Filme adulto, sem ganchos e reviravoltas mirabolantes. Tudo se desenha na nossa frente sem grandes surpresas, mas o impacto, aquela sensação desagradável persiste o tempo todo e perdura após o término do filme. E ele pertence única e exclusivamente a Portman. Denso , mas acessível. E acho que tem que ser muito intelectualzinho de quinta criticar Black Swan por causa disso.
Ainda tem o plus de ver Winona Ryder como a ex primeira bailarina, assumindo uma decadência que confunde-se com a própria carreira da atriz.
Quanto a Mila Kunis, bom, a gente realmente acredita que a moça possa roubar o papel e a sanidade de Nina.
Ser louco é ser livre, minha gente? Pode até ser um conceito caro aos Sartrianos, mas na verdade ser louco é padecer em praça pública, taí Nina que não me deixa mentir!
Comparando aos outros concorrentes, acho Black Swan infinitamente melhor do que o superestimado The Social Network. Se é para ganhar filme careta no Oscar, que o rei gago faça as honras, Colin Firth vale!
Foto: Reprodução.
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