Finalmente!! Foram duas semanas de muita ansiedade, que demoraram muito a passar desde a premiere. Para aqueles que não aguentam bem a espera, a Fox liberou em seu DVD com os 4 primerios episódios um snippet do quinto, que eu fiz questão de não assistir, ou ficaria ainda mais sedento. Consegui esperar e me surpreender com este fantástico episódio 5 hoje, agorinha.
Eu achei que este episódio seria mais tranquilo, tendo em vista a premiere, que apesar de mais calma do que a da quinta temporada, foi bastante tensa. Não no sentido de possuir cenas de ação que perigam ejetar o coração pela boca, mas uma bombástica revelação seguida da armação de múltiplas situações que serão desencadeadas nos episódios seguintes. Tal revelação é a de que Graham, o grande orquestrador dos eventos do quinto dia, é na verdade irmão do Jack! Irmãos que não mais se falavam há tempos, portanto muitos sentimentos estão adormecidos dentro deles. A começar pela mulher do Graham, uma lindíssima morena, que olhou torto para o Jack. Depois pelo comentário preocupante de Graham ao falar com seu secretário bisbilhoteiro: “Jack tem o hábito de desenterrar coisas que deveriam cair no esquecimento.” Preocupante para nós porque não sabemos exatamente do que se trata, e preocupante para o próprio Graham porque uma dessas coisas pode ser a própria participação dele nos fatos da temporada passada, que Jack chegou perto de descobrir. E depois de algo como isto:
é que Graham deveria ficar ainda mais preocupado – Jack não dá a mínima pro irmão, apesar de tê-lo feito com um pouco de remorso:
É questão de tempo para termos nosso Jack íntegro como antes! :D
Outra coisa fantástica é que descobrimos que o Jack tem pelo menos dois irmãos! O sujeito bisbilhoteiro que interceptava a ligação de Jack para seu tio(?) Sam pronunciou “our brother” e “the old man” para Graham. O pai de Jack, que devemos conhecer em breve, é um homem de negócios e faz contratos ultrassecretos assim como fazia Henderson. Será que Jack será enganado mais uma vez e tentarão tirar sua vida como antes? Tá claro que Graham quer Jack morto, já o papai Bauer ainda temos que conhecer.
No layer da Casa Branca, apesar do inevitável medo devido às circunstâncias, Wayne está segurando bem as pontas, agindo racionalmente inclusive na hora de peitar o almirante conservador. Nesse conflito vemos o que parece ser um repeteco do conflito administrativo da segunda temporada, em que Mike Novick e o então vice-presidente Jim Prescott defendiam ferrenhamente uma retaliação imediata ao ataque nuclear. É Wayne seguindo os passos do irmão! Mas como eu já disse, não há “repetecos” de nenhuma espécie em 24, e o desdobramento da presente situação terá resultados diferentes dos da segunda temporada, podem crer.
A falha: não vi falhas que merecem atenção neste episódio.
Agora, algumas coisas que passaram pela minha cabeça:
24 difere da maioria das séries por ser estritamente sequencial, em que não há temporadas melhores que outras, e todas fazem parte da história, sem possibilidade de exclusão. Portanto, não poderia deixar de existir um link com a primeira, que aparentemente ficou no passado remoto, ainda que até agora não possamos encontrar uma ligação direta. Mas temos que Graham, obviamente, já participava da vida do Jack, ainda que pouco, ao ser mencionado o nome da Teri. Temos também um presidente que segue a doutrina do irmão. Os links com a segunda temporada são bem mais claros. Com a terceira não vi nada diretamente relacionado ainda, mas com a quarta há a semelhança das ameaças (árabes) e a pequena possibilidade de Fayed ser um discípulo de Marwan. Como? Lembrem-se do episódio 4x19 em que Marwan falava à câmera: “[...] este ataque será seguido por outro e mais outro...”. E finalmente, talvez esta temporada explique os fatos obscuros da quinta: o que Graham sabe e o que ele realmente fez naquele dia e no tempo que o precedeu.
A aparição de Graham poderá servir de âncora para a dos Logans, Martha e Charles, já que várias fontes afirmaram que eles devem voltar neste sexto dia. Glenn Morshower, o ator que interpreta Aaron Pierce, por sua vez, disse em vídeo do site oficial que “por enquanto ainda não há nada para mim nesta temporada” mas eu acho que algo terá. Ele é o único personagem vivo que apareceu em todas as temporadas, além do Jack.
Sandra Palmer é uma bomba-relógio: só aceita as coisas totalmente erradas que acontecem em volta dela. Como ela é louquinha, vai acabar causando um estrago grande para o irmão.
Está havendo, no universo de 24, uma crescente força do terror. Para entender isso, vamos a um “wrap-up” do que aconteceu até agora: na primeira temporada, talvez os vilões nem devessem ser chamados de “terroristas”, afinal só queriam uma pessoa morta. No entanto, um frenesi público poderia ter ocorrido na primeira temporada, se a tentativa à vida de David Palmer tivesse se consumado: como mencionado no primeiro episódio, se o primeiro candidato à presidência negro dos EUA fosse morto, haveria uma onda de desconfiança sobre a existência de grupos de ódio bem armados instalados no país e que poderiam intimidar qualquer investida que partisse de um negro, desbalanceando, assim, a sociedade civil. No entanto, o que ficou marcado para a população de LA depois do primeiro dia foi apenas que o senador sofreu duas tentativas de assassinato. Já na segunda, de fato ficaram sabendo que uma bomba explodiu no deserto, mas como não feriu quase ninguém, boas palavras reconfortantes do Palmer acalmaram os ânimos, ninguém ficou sabendo que o país chegou a estar a três minutos de iniciar uma guerra, a explosão do prédio da CTU deve ter sido vista como um fato isolado e a queda de David no meio de todo mundo pode ter sido interpretada como algo relacionado à saúde. Na terceira, sobe o medo: apesar de ter sido somente um ataque bem sucedido, o virus pegou em cheio 800 pessoas no hotel, gerando pânico localizado e muito horror. Na quarta, o medo gerado é ainda maior com o sequestro do Secretário Heller, colocando na cabeça de todos que ninguém é invulnerável. Aumenta-se o clima tenso entre americanos e imigrantes árabes mas os outros ataques do dia podem ter passado, relativamente, desapercebidos: a fusão da usina de San Gabriel pode ter sido interpretada como uma falha técnica, a notícia da queda do Air Force One não foi a público associada à palavra “míssil” e o “MÍSSIL” foi destruído sem danos maiores. Logan não mostrou sua cara de medinho para o público. A quinta é que deu mais medo em todos: a começar pela inexplicável morte do já ex-presidente Palmer, sessenta pessoas feitas reféns no aeroporto por terroristas que protestavam contra um tratado entre americanos e russos, um gás “neurotóxico” (nome dado pela Globo) que mata crianças num shopping, um violento ataque impossível de ser abafado contra a Limousine do presidente russo, apesar da explosão do centro de distribuição de gás poder ter sido recebida como um acidente para quem estava de fora. Lei marcial declada. O avião pousando na estrada poderia ser um procedimento de emergência, já a renúncia presumida do presidente foi no mínimo estranha para ter acontecido justamente num dia-marco de sua presidência. Agora, a população já está sensibilizada. Mas a sexta temporada já começa com mais tensão explícita do que todas as anteriores somadas: ataques repetidos que já duram onze semanas, para hoje ter a atração principal: uma bomba atômica em plena LA. Resultado: frenesi e horror em Los Angeles, coisa que não havia acontecido antes. Conclusão: isso não poderá ser esquecido nas temporadas futuras, pois medo não é uma coisa que se perde tão facil assim. Quero ver se no primeiro “boom” da temporada que vem o povo vai sair pelas ruas se trombando.
Tenham uma boa semana!
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
[24] 6x05 - 10 A.M. - 11 A.M.
às 8:48 AM
Marcadores: [Série], Série - 24 hrs
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Um comentário:
Episódio excelente!!!!
E as fontes que falavam que Graham e Jack eram irmãos estavam certos!!!
Que familía tem o Jack!!!!
Agora fico ansioso para ver Papai Bauer em cena!!!
E será que Jack tem um filho? Ao que parece?
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