sábado, 16 de maio de 2009

[CRIMINAL MINDS] 4x24 "Amplification"




Episódio mediano, bacaninha, mas longe de ser inédito. Explico.

Um unsub que tem acesso a uma arma biológica, de destruição em massa, e passa a atingir inocentes. Seus primeiros ataques são apenas um ensaio, testes que antecedem o verdadeiro ataque, e que a BAU tem a missão de impedir (well, até Benson e Stabler já estiveram nessa, mas...) .

Nessa tarefa, contam com o apoio de grande estrutura do Departamento de Defesa. A sede do BAU fica repleta de militares uniformizados e, juntos, chegam a um professor que já fez parte do Departamento de Defesa, e que se encaixa no perfil. É numa visita a seu laboratório que nosso Reid é infectado pela cepa de antraz que Prof Nichols havia criado, com uma virulência nunca antes vista.

Mas o professor estava morto lá, há dias. O verdadeiro unsub era alguém com problemas de rejeição (rejeitado por namorada, ao emprego que tanto queria lá no Departamento de Defesa) e que se aproximou do professor para se valer dos conhecimentos técnicos dele.

A partir daí, com a ajuda da Big Brother Garcia, logo chegam a ele, e o prendem com a ajuda do General que intervém, fazendo o jogo sugerido por Hotch para que o unsub acreditasse que seu trabalho seria reconhecido.





O unsub sendo preso.

O próprio Reid descobre a cura, no inalador do professor. Assim, salva não só a si próprio como também às vítimas anteriores que ainda não haviam morrido. Mas, antes da descoberta e durante a agonia de estar diante da morte, pede à Garcia que grave uma mensagem para sua mãe. Comovente, o que nem é mais novidade. Ele fala que todos os dias da sua vida são vividos com orgulho de ser filho dela (O que mais uma mãe sonharia um dia ouvir?). E transfere a nós o seu nó na garganta.


Reid sempre me comove.


Para quem já disse ou já leu tantas vezes que ‘não é possível!, nada é capaz de fazer Hotch sorrir!!', o episódio mostrou que não é bem assim. Filho faz milagres com a gente. Ele sorri durante todo o telefonema (depois da Haley passar o telefone ao Jack!) e mostra um lindo sorriso na foto em seu escritório, ao lado do menino.




Olha lá o sorriso largo!


Ao longo do episódio, questiona-se, em vários momentos, a regra do sigilo absoluto para não causar pânico na população. JJ fica dividida entre seu dever profissional e seu instinto de proteção materno. Prentiss tem dramas de consciência, ao mentir para uma mãe que quer saber se seus filhos estão em risco, mas já se diz acostumada a isso. Rossi diz que quem tem um trabalho como o deles guarda inúmeros segredos, e que saber dos segredos só faria a população se sentir mais vulnerável ainda.

Aqui não dá mais para ficar quieta e fingir que está tudo certo com o roteiro. A cópia deslavada de cenas do filme ‘Melhor é impossível’, no 4x22, já foram constrangedoramente medíocres (eu sei, já disse isso). Mas agora foi demais! Pretensiosos ao extremo, ousam sugerir um clima de Arquivo X, que só passa relativamente impune porque grande parte do público é muito jovem e não teve a chance de viver as maravilhas da série.


O fato é que, além das insinuações de que o governo guarda segredos da população, detém armas químicas e biológicas lá em Fort Detrick que ninguém nem desconfia (para não falar nos experimentos com humanos!), que o exército está por trás de tudo etc, eles também copiaram cenas!
Mais uma vez, vimos a cópia exata e descarada de uma cena antológica ser introduzida na série. Não consegui uma imagem muito boa, mas asseguro que a cena toda é idêntica (e, com as diferenças de tecnologia de cada época, ela apareceu mais de uma vez no Arquivo X!): entram no tal ‘depósito’ no Pentágono/Departamento de Defesa para guardar um item; lemos o nome e vemos que aquilo será guardado a sete chaves; aí a câmera abre e vemos que o lugar é enorme e que, como aquele item, há milhares de outros mantidos em segredo.
Humildade, por favor, roteiristas!





Criminal Minds, em 2009.




Arquivo X, em 1993.

(Vou procurar algum trecho no youtube que mostre bem a cena e posto aqui depois.)


Semana que vem, teremos o finale e aí as coisas com certeza esquentarão. Finale é (quase!) sempre finale e parece que haverá a volta de um unsub bem bacana (quem leu spoilers já sabe qual!). Vamos com fé.
Célia Kfouri.

7 comentários:

Gabriela Spinola disse...

O episódio foi bacana, sim. Poderia ter sido MUITO melhor, claro, mas foi melhor que "Roadkill". Também não gostei do tom meio Arquivo X que deram ao episódio, mas a série de Mulder e Scully é referência eterna na cultura pop.

Segundo você, "Roadkill" foium episódio sobre a culpa - de Garcia até o unsub. Esse, em certa forma, também foi.

JJ simplesmente não consegue deixar de ser mala - ok, ela tem um filho. Ok, ela se preocupa com seu filho. Ok, ela é uma agente federal. Ela deveria tentar não misturar as coisas para não detonar tudo de vez, como quase fez em "Cold Comfort".

Hotch... Bem, ele é Hotch. Quase nunca sorri, não se comove fácil (a última vez que o vi envolvido com um caso foi em "Psychodrama", na 2ª temporada). Mas entnde o que seus colegas de trabalho passam, e geralmente é um ombro amigo para se apoiar (não chorar, geralmente essa é a JJ).

Já Prentiss demonstra, novamente, sua disposição a favor de Reid. Primeiro, ela leva uma surra do Dylan McKay para impedir que ele o matasse, e agora se mostra disposta a furar o protocolo para ajudá-lo. É bem notável o crescimento da personagem desde a 2ª temporada, quando não arriscaria nada por ninguém da equipe nem pagando. Acho que aquela paulada do Eddie Cibrian (*suspiros*) fez um ótimo efeito.

O melhor foi o Reid para Morgan: "I'm about to get naked. Is that really something you want to see?"

Anônimo disse...

De fato, quando fala com o Jack o Hotch sorri, mas em outros momentos ele é sempre sério. Uma pena, porque ele é lindo!!!

Quantos essas comparações com Arquivo-X eu não sei porque eu não assisti, então eu não sei praticamente nada, só o que me contam.

Essa parte do general ter feito o que foi combinado com o Hotch, eu não sabia. Eu não entendo muito de inglês e por isso, não entendi que eles tinham combinado. Pensei que ele tinha se intrometido no trabalho do Hotch.

Valeu e até o próximo episódio que é nossa Season Finale. Esperamos que seja ótimaaaa!

Celia Kfouri disse...

Gabriela,

A frase foi ótima, mesmo! Imagina a cena!!

E a Prentiss realmente ocupou um espaço muito maior na série do que dava a entender no início.

Quanto à culpa, você tem razão. Só reforça minha idéia de que algum roteirista com sentimentos de culpa anda 'contaminando' as tramas.

Jackie,

Hotch convenceu o general a fazer isso porque o perfil dizia que o unsub precisava da aprovação de alguém do Dep de Defesa, que o havia rejeitado várias vezes. Depois que tudo dá certo, o general diz que hesitou mas que, no final, estava feliz por ter confiado nos profilers.

Detalhe: no começo do episódio, os militares desdenham dos perfis da BAU porque no caso anterior (real) de atentados om antraz, o cientista Hatfill (do Dep de Defesa) foi injustamente acusado. Parece que o FBI o considerou suspeito e depois o excluiu, mas com base em provas sircunstanciais que haviam oferecido, a justiça insistiu na suspeita e ele foi injustamente acusado. O general diz que só vai aceitar que tracem o perfil porque está obedecendo ordens superiores, porque ele é contra. Resumindo, no final do episódio, o general dá o braço a torcer.

Quanto ao Arquivo X, a 'cópia' é gritante. (vergonha alheia!)

Anônimo disse...

Ahh, eu fico emocionada quando mencionam Arquivo X, até Lost vai se render! Tem mais que homenagear a série que mudou a TV americana :P


Quanto a CM, vi apenas 2 episódios, nunca cheguei a ter uma "conexão". Vi na época do mandy patinkin

ECs disse...

Na boa, vocês preferem resenhar Criminal Minds ao Season Finale de House?

Lee disse...

Bom, como não sou culto o suficiente sequer para entender inglês,só hoje pude assistir ao episódio 24 de CM.Gostei, foi bem movimentado, teve correria, expectativas...enfim gostei.Nada que se compare aos melhores epis ao longo das temporadas, mas uma aventura mediana, despretenciosa, e por isso mesmo, ao meu ver...eficiênte.Tem pessoas que querem ver unsubs tremendamente violentos e crueis, como a minha amiga Jackie, que certa vez disse que queria ver o unsub fritando os intestinos da vítima...huáhuá...algumas pessoas preferem os pscopatas "tradicionais" que o cinema e as séries transformaram em modelo.
Mas, o fato é que a quantidade(e principalmente, variedade) de "Coisa Ruím" e malfeitores seriais de toda ordem é muito grande, e a produção e roteiristas, certamente optaram por democratizar via revezamento o tipo de serial killer da semana(como dizem nos USA).
Mas, estou ansiosissímo pela season finale. Me parece que vai ser bom.

Celia Kfouri disse...

ECs,

Falando por mim, não é questão de preferir. Um não exclui o outro. Assisti e resenhei o episódio de CM, e delirei com 'aquele que não tem nome' em Lost. Grande season finale!