quarta-feira, 10 de novembro de 2010

[FNL] 5x02 On the Ouside Looking In

Nada como uma semana para que minhas preocupações logo fossem dissipadas. No episódio anterior, meu principal receio era que a equipe dos Lions pudesse ser repentinamente transformada em favorita ao título na sua temporada final. Mesmo que os jogadores acumulassem maior experiência e grande parte deles atingisse o limite de idade da categoria, seria difícil acreditar numa condição muito diferente da pífia performance na temporada de estreia. Mas apesar disso, os próprios jogadores acreditam em seu potencial, esperando por uma boa colocação no ranking de equipes divulgado pela imprensa. Chega até ser doloroso acompanhar essa ansiedade dando lugar à revolta assim que descobrem que sequer figuram a lista. Coach Taylor desde o começo segue cauteloso, provavelmente já esperando pelo pior. Mas diante de um quadro tão adverso, contando ainda com uma punição absurda a Luke por um lance perigoso na partida de estreia, ele se vê obrigado a fazer uso dessas perseguições para motivar seus jogadores. Com apenas 5 letras escritas na lousa ("State"), Coach Taylor mexe com o orgulho de sua equipe durante a preleção, mostrando que só terão chance de vencer esse campeonato através da superação de todos.

Essa sensação de desprezo e a procura pelo seu devido reconhecimento expressa pelo título do episódio, além de estar ligada às dificuldades enfrentadas pelos Lions, também serviu para unir grande parte dos personagens, sentindo-se como intrusos em um novo ambiente. Billy tenta ganhar literalmente no grito o respeito dos jogadores, Becky vive dividida entre a desconfiança e as cobranças no lar dos Riggins, Julie tenta adaptar-se a sua nova vida universitária, enquanto Tami encara a total falta de interesse do corpo docente em East Dillon. Conhecemos também a novata Epic, que até então só tomava conta dos boatos, mas agora junto de Hastings tem de procurar por um espaço para se firmar na própria série. Ainda parece cedo para dar qualquer parecer, mas se existe algo que não se pode questionar em Friday Night Lights é a capacidade de lidar com tantas tramas e personagens simultaneamente.

Ainda não ficou claro o que levou Jess a deixar o comando da torcida dos Lions, embora desconfie que seja a maior responsabilidade deixada pelas viagens de seu pai. Neste episódio, ela começa a descobrir o que terá de enfrentar se quiser manter o namoro com Vince. Esse assédio aos jogadores pode até ser tratado com frequência pela série, mas ainda fico curioso para saber como Jess vai lidar com isso, especialmente por sempre ter rejeitado essa cultura do futebol que herdou de seu pai. Situação parecida vive Julie, que mesmo longe de Dillon ironicamente chama a atenção de um dos tutores por seu conhecimento em futebol. Ainda não quero tirar conclusões precipitadas, mas só espero que esse desvio de Dillon (da mesma forma que Saracen no início da temporada passada) não sirva para mostrar mais um de seus relacionamento com um homem mais velho.
Em meio a tantos tormentos, o único alívio pareceu vir da pequena trama de Vince, recebendo diversas cartas de universidades interessadas em seu talento. A comemoração ao lado de sua mãe, tanto aspirando por um futuro melhor quanto pela colocação em um emprego, foram bem emocionantes, dando oportunidade a Michael B Jordan brilhar mais uma vez. Porém, não acredito que todo esse otimismo irá permanecer por muito tempo, até porque as propostas ainda não tem qualquer validade. Além disso, quem acompanhou a série até aqui já está cansado de saber que nenhuma decisão em Dillon pode ser tomada tão fácil assim, não sem envolver grandes hesitações e dilemas.

Fotos: Reprodução.

e.fuzii
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