sábado, 26 de setembro de 2009

[Glee] 1x04 Preggers

All the Single Ladies!

Se toda a exposição dessa música da Beyonce durante mais de um ano já não fosse o suficiente, nesse episódio ainda tivemos de escutá-la por pelo menos umas 5 vezes. Bom, não que isso me faça assistir de novo, mas já adianto que é um dos melhores videoclipes já feitos em todos os tempos (not!), antes de ser interrompido por alguém. Mas longe dos problemas que tanto me irritaram na semana passada, dessa vez Glee apresenta uma estrutura que lembrou bastante Friday Night Lights, não só pelo futebol ter sido tema central, mas também pelo fato do colégio estar situado numa cidade do interior dos EUA. Essa crise que vive Finn e principalmente Quinn, esperando pela grande oportunidade de mudar-se pra uma cidade maior, é o que move a maioria desses adolescentes em busca de seu sonho americano. É uma história que não pode ser de jeito nenhum evitada, mas que aqui ganha um tratamento interessante: apesar de prematuramente já assumir o filho como seu, Finn pode ter um dilema pela frente caso o pai seja mesmo Puck. Fora isso, Quinn acaba sendo assediada pela esposa de Will, que vê nela a chance "perfeita" de conseguir o bebê que precisa. E por mais que não faça o menor sentido que esse plano dê certo sem que ninguém perceba, fiquei com a impressão de que Terri é vítima mesmo de sua própria imaturidade e inocência, seja por não saber lidar com o seu casamento em ruínas como por ouvir os péssimos conselhos de sua irmã.

Porém, o episódio concentrou-se mesmo nos conflitos de Kurt com seu pai, que mesmo previsíveis são também difíceis de serem evitados. O que Glee talvez consiga sair-se muito bem é por fazer essa espécie de paródia adolescente, com todos os seus personagens representando esteriótipos de si mesmos. Ou o que mais seria Quinn vestida o tempo todo com seu uniforme de cheerleader? No caso de Kurt, é um alívio que esse arco tenha encerrado-se num mesmo episódio, inclusive sem nem forçar muito o drama. Já a partida de futebol no final foi mais um típico caso que exige um tanto de boa vontade do espectador. Além de violar todas as regras possíveis do esporte, sair dançando talvez não fosse a estratégia coletiva mais indicada para vencer. Resta apenas desapegar e se divertir mesmo.

Uma das discussões que mais leio desde a estreia é se Glee não poderia ficar mais redonda se tivesse apenas meia-hora de duração. Mas acho pouco tempo, principalmente se considerar os números musicais. Mesmo nesse episódio, que além de alguns ensaios é basicamente só "Single Ladies", o roteiro é bem competente em não deixar as tramas soltas, facilitando assim para a audiência. Veja, por exemplo, o tanto de vezes que Rachel entra e sai do Glee Club nessa uma hora. Além disso, uma menor duração provavelmente significaria sacrificar ainda mais as cenas de Sue Sylvester, que valem quase pela metade da graça da série. E não é preciso ser nenhum gênio pra perceber que Glee teria muito mais a perder do a ganhar desse jeito.


e.fuzii
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