[Criminal Minds) 5x02 "Haunted"

(Celia Kfouri)


Passaram-se trinta e quatro dias desde que Foyet atacou Hotch, e já é hora de o líder da equipe retomar suas atividades. É o que assistimos nesse episódio: o retorno de Hotch, os reflexos na BAU, e um unsub com problemas mentais.

O título do episódio (“Haunted” algo como “Assombrado”) brinca de forma inteligente com os dois personagens centrais do episódio (Hotch e o unsub), ambos assombrados por violências e torturas sofridas.

O unsub da semana não é dos que mais me interessam, mas me comoveu. Quando menino, órfão de mãe, foi criado pelo pai, assassino em série de meninos, que o usava como isca para atrair suas vítimas e o obrigava a participar de seus crimes bárbaros. Adulto, tornou-se nosso unsub, que quer apenas lembra-se de seu passado e de suas origens e, nessa busca, acabou por descobrir sua origem macabra.







Os dois momentos do unsub.


Hotch, o outro assombrado, está obviamente afetado pelo que ocorreu (perversamente, não parei de imaginar seu abdômen cheio de cicatrizes!). É mais do que justificável, mas a questão que se coloca é se ele deveria voltar ao trabalho nesse momento. Morgan e Rossi divergem, os outros mal se manifestam; na prática tudo dá certo, mas fiquei com a sensação de que a sorte ajudou. Ele está mais impulsivo e menos diplomático; abertamente criticou Garcia e questionou decisões dos demais; e, na cena final, não dá para ter certeza sobre o que ocorreu dentro da casa (detalhe muito interessante, em minha opinião!).

O fato é que ele está obcecado com Foyet, e os arquivos e fotos que Prentiss vê na casa de Hotch confirmam isso. O lado positivo são reflexões como a incoerência de haver um sobrevivente do Reaper (deveriam ter suspeitado de Foyet!). O lado negativo é a insegurança, a intranquilidade, o estranhamento dos membros da equipe, e o que isso pode acarretar.




Aquele que assombra Hotch.

Morgan chega a temer que Hotch ponha sua vida em risco deliberadamente porque, uma vez morto, Foyet não mais pode torturá-lo e, assim, ‘perde o jogo’. Acho exagero do Morgan; acho que o receio concreto é de que ele comprometa investigações e ponha a vida de pessoas em risco (não necessariamente a sua), mas estou frequentemente errada nas minhas conjecturas.

Não se sabe aonde isso tudo vai nos levar, e temos ainda vários episódios para compreender.

Vamos com calma então, semana após semana, e eu sigo confiante de que esse embate Hotch/Foyet pode render alguns dos momentos mais tensos da série.

Dois destaques:

- Alguém precisa avisar a Prentiss que, se ela está se fazendo de babá do Hotch para se aproximar dele com outras intenções, está no caminho errado. Não torço por eles, mas ela terá que ser muito ‘pró-ativa’ se quiser fazer acontecer. E talvez seja um tanto anti-ético valer-se desse momento de tanto desequilíbrio dele.

Assim não, Prentiss.


- ADOREI o diálogo entre Reid e Garcia, sobre o fato de que Hotch nunca pisca os olhos (traço típico dos machos-alfa). Ela imagina se ele teria encarado Foyet, olhado dentro de seus olhos a cada facada (aff!!), e se já está recuperado. Reid diz que não sabe, e que ele próprio não estaria; afinal, ele pisca bastante. Reid, sabemos que você tem mil qualidades, mas não tem nada de macho-alfa. Nada.


Até o 5x03.







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