(por Marcelle)
Uma das minhas maiores curiosidades é saber o que acontecerá no futuro, onde estarei daqui há alguns anos... E se algo acontecesse e subitamente as pessoas pudessem saber o que acontecerá com elas em alguns meses? É isso que acontece em FlashForward. Um evento mundial faz com que as pessoas fiquem inconscientes por 2 minutos e 17 segundos, vendo o que acontecerá com elas em seis meses, e o piloto mostra as primeiras reações ao evento.
Buscar uma explicação, tentar entender se o que viram é real ou um sonho, e os primeiros passos para entender o que causou o apagão mundial, tudo isso é mostrado no piloto da série de forma efetiva em criar curiosidade e expectativa para o próximo episódio. O piloto sendo exibido em um episódio deixa a trama acelerada, evitando algumas cenas entediantes, e é objetivo ao apresentar os personagens e suas motivações.
Abraçar o futuro, ou tentar evitá-lo? O que fazer quando o que é visto é o que você mais deseja, como acontece com Aaron, que vê a filha viva, ou o que você mais teme, como acontece com Mark, que se vê envolvido com bebida, ou Olivia, que se vê com outro homem? E o que fazer quando não há visão? Esse é um dos principais questionamentos do segundo episódio, White to Play, assim como o desenvolvimento das investigações.
O segundo episódio mostra um questionamento entre razões pessoais e razões gerais ao lidar com as visões. Enquanto pessoalmente Mark quer evitar o futuro e o fim do seu casamento, no que se refere ao trabalho, ele encara suas visões como fato, pois isso traz pistas que o ajudam a descobrir o que há por trás do apagão. Outra trama bem desenvolvida é o questionamento de Demetri, parceiro de Mark, que não teve visão do futuro, e descobre que estará morto. Paralelamente, a trama se desdobra com a descoberta de pessoas que não desmaiaram, deixando claro que foi um acontecimento planejado, mas com qual intuito? Ser um aviso, como Mark diz para sua filha, ou uma prova de que os personagens não têm controle sobre o que fazem, pois tudo está planejado?
Uma série como FlashForward obviamente é comparada à Lost. As duas tratam de eventos intrigantes e como esclarecê-los, além de como esses acontecimentos afetam os personagens, e, assim como Lost mostra o passado dos personagens, FlashForward tem o recurso de mostrar o que os personagens viram. FlashForward, no entanto, tem uma agilidade que só é vista em Lost nas temporadas mais recentes, além de um mistério tão forte qanto o que está por trás do vôo 815 e a ilha: o que cada um viu, e o que há por trás do apagão coletivo. FlashForward certamente merece ser vista.
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Fotos: www.tvguide.com
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
[FlashForward] 1x01 - Piloto e 1x02 - White to Play
às 11:42 AM
Marcadores: [Série], Série - FlashForward
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2 comentários:
Acho que FlashForward é promissor. Muito mais do que tantas outras serializadas que tentaram passar-se por novo Lost. O único problema é a insegurança que essa produção passa, e esse segundo episódio foi prova disso. Perde-se tempo enorme revendo todos os flashes dos personagens principais pra poder atrair mais espectadores. Aliás, é um problema na maioria das séries ultimamente.
Fora isso, tem o fator drama familiar, que quanto mais é exposto, mais me afasta do casal. Okay, a própria premissa da série já vem dizendo que é possível haver mudanças (senão, não vejo muitos motivos pra existir a série), então espero que saibam conduzir direito a relação dos dois, sem prender-se muito a isso.
Tem gente que não bota fé nos roteiristas, mas realmente se eles conseguiram afundar essa série, é total culpa deles. Assunto e personagens é o que não falta. Bom, vamos ver o que nos reserva o próximo episódio.
Não acho que seja problema a gente saber do final da história... muito mais do que saber a gag do final é admirar e viver o processo.
Muito melhor vai ser o desespero e drama de cada um notando que seu futuro vai se realizar por mais que se lute contra do que aquela solução hollywoodiana clichezona de que "COM FÉ TODOS MUDAMOS O QUE É RUIM E O FINAL SERÁ MELHOR"...
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