por Alison do Vale
Apesar de meio morno o episódio foi bem bacana. Muito divertido e leve, trouxe mais detalhes sobre a trama dessa temporada. Com o anúncio da fusão entre os dois hospitais, Mercy West e Seattle Grace no capítulo passado, começou a corrida pra permanecer ou não com o emprego. Tanto médicos quanto enfermeiros, todos [ou quase todos] estão desesperados com a possibilidade de demissão.
A exceção à regra - estes que conseguem manter a calma - ou se consideram bons demais pra serem mandados embora [como o caso de Sloan] ou são como a Meredith, hilária, que diz estar acostumada a lidar com essas ocasiões e que fica tranquila durante as crises pois teve uma infância atribulada.
Pro restante resta tentar provar que merece ficar. É aí que cada um busca um modo de permanecer, seja provando sua importância ou competência ou se aproveitando de alguma oportunidade.
O título do episódio se refere a uma música do Michael Jackson que fala, basicamente sobre paranoia. E, nos velhos moldes da série, um paciente esquizofrênico com mania de perseguição faz o paralelo com o sentimento dos médicos. A paúra e a sensação de que seu nome pode entrar a qualquer momento na lista de demissões do Dr. Webber - que ficou "entocado" em sua sala o tempo todo - só aumentava a loucura.
Foi assim que a necessidade de mostrar serviço marcou a volta precoce de Izzie ao trabalho. Fora a peruca bizarra ela aparenta estar bem. Claro que necessita de cuidados e os remédios serão pra sempre necessários mas não acho que o câncer dela terá tanto protagonismo pelo menos tão cedo na série.
Também pudemos ver o desespero de Cristina em se fazer útil numa área diferente da cardiologia... diferente MESMO. E como não há ninguém mais "desajeitada" com crianças do que Yang, os momentos dela na pediatria com a Arizona foram impagáveis.
Sem falar no modo peculiar de Lexie resolver as coisas. A Mini Grey é aquela personagem que ainda precisa se definir; muitas vezes é insegura, mas em outros momentos ela assume a responsabilidade e toma iniciativas e acaba fazendo lambança.
No fim das contas o elenco já vai dando uma enxugada com alguns internos desimportantes e parte das enfermeiras [incluindo Olivia, aquela da sífilis] sendo despedidos mas nada muito alarmante. O grupo principal continua intacto por enquanto mas o medo da degola irá continuar enquanto houver a possibilidade de novas rodadas de demissões.
Se "menos é mais" como dizem, não se aprofundar tanto e fazer um episódio mais raso também funciona. Nem só de drama vive a série. Também dá pra agradar sendo descontraído, exatamente como na cena final no campo de beisebol.
• Achei um barato o Karev-Babá. Sério... muito legal a maneira como ele está cuidando da Stevens, todo zeloso. A mudança de comportamento e temperamento de Alex, se me permitem a comparação, me lembra um pouco a que passou Sawyer em LOST: de sacana-bad-boy a moço-de-família-maridão.
• Também gostei da oficialização do relacionamento entre Calíope e Arizona. Assim como o casal, as duas atrizes tem uma química incrível e as cenas das duas, mesmo curtas, são ótimas.
• Pra fechar destaco a covardia do Chief. Além de absurda essa coisa de mandar "e-mail demissional" é de uma indelicadeza sem tamanho, ainda mais no caso de funcionários que estiveram "na casa" por vários anos. Como não podia deixar de ser, Derek fez questão de cumprimentar cada um dos que deixavam o hospital assumindo a postura de consolador [ele não é Shepherd à toa =P].
Imagens: reprodução
[Alison do Vale]
twitter: @menino_magro
2 comentários:
Vou falar a verdade. Tô achando esse começo de Grey's beeem fraquinho... acho que a Shonda se dedicou totalmente a Private Practice, porque aquilo sim foi season premiere! Engatou total a história, vendeu bem e resolveu o que tava em aberto no finale...
Grey's, em comparação, foi tão... nhé. xD
Espero q melhore logo, senão vou começar a deixar pra ver "se de termpo" e tal...
Foi bom, morno realmente.
Mas o primeiro episódio assim como Private Practice foi bem impactante.
Na minha opinião está caminhando bem, mas precisa começar a animar mais um pouco!
Belo comentário.
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