quinta-feira, 22 de outubro de 2009

[Fringe] 02x05 Dream Logic

por Alison do Vale

Uma coisa que me chateia em Fringe é uma certa inconsistência. Como já acontecera na temporada de estreia, o ritmo novamente é quebrado de forma muito brusca. Na temporada passada ao menos podíamos justificar com os hiatos que interrompiam a sequência. Dessa vez não há desculpa: o episódio foi mesmo fraco.

Serviu mais como homenagem póstuma ao agente Francis do que qualquer outra coisa.
Olivia se sente absolutamente resignada e inclusive seu coque torto denota seu abatimento. Também pesa o fato de ter sido ela a dar cabo da vida do amigo. Tá, não era ele... mas visualmente era, o que torna a coisa ainda mais confusa pra loira. É inegável que a proximidade entre os 2 era grande, fazendo com que eu pensasse que eles viveriam até, quem sabe, um affair ou algo que valha, já que Peter parecia mais interessado na irmã da agente.
Diante de todo esse turbilhão de novas situações em sua vida vale mais uma sessãozinha terápica com o Yoda do Boliche, Sam Weiss. Vale dizer que achei bem esdrúxula a forma de dizer a Dunham que ela irá ficar bem com o lance dos cartões de gente vestida de vermelho.

Acontece que tudo se torna mais desinteressante quando o grande enredo fica de lado. Antes a intenção por trás das investigações dos casos bizarros era mostrar a possível ligação entre os casos e uma conspiração maior encabeçada pela Massive Dynamics. O que acontece agora é uma confusão entre quem está do lado de quem. Aí as histórias isoladas como a do cientista viciado em sonhos acrescenta pouco ou nada pra trama principal. Que há casos que se encaixam no Padrão mas que não pertencem a nenhuma Organização do Mal nós já sabemos - vimos isso com o pai do menino-escorpião. É hora de se aprofundar na história que realmente importa. Tem uma guerra vindo aí, oras.

Pra não dizer que foi absolutamente dispensável, a cena final reascendeu as esperanças mostrando uma situação que abriu meus olhos para algo que não tinha me atinado ainda: assim como há 2 Williams Bell, há também 2 Walters. E quando digo que isso passou despercebido por mim, digo que não tinha me tocado que o Walter da outra dimensão perdeu seu filho já que ele agora está na nossa dimensão. O pesadelo de Peter pareceu ser exatamente o momento do "sequestro". Seria absurdo pensar que o Eu-paralelo do Dr. Bishop poderia tentar alguma manobra pra reaver o filho perdido tal qual sua versão desse lado?

Apesar de me incomodar bastante, não me preocupa o fato de não ter gostado desse capítulo. Tenho fé no futuro que a série tomará, pois mesmo com esse episódio sendo ruim, a estrutura de Fringe é sustentada pelos vários episódios acima da média e é por eles que me baseio e espero que sejam eles a povoar os comentários aqui.

No final das contas we're gonna be fine.

Imagens: reprodução

[Alison do Vale]
twitter: @menino_magro

2 comentários:

Thomas N Ferreira disse...

Foi o típico episódio "caso da semana", sem relações com a trama que realmente nos interessa.

Fiquei meio contrariado com um episódio tranquilo como esse após o 2x04, mas, como você mesmo disse, são AQUELES episódios que nos fazem pirar nessa série, então, nada podemos fazer além de esperar um episódio melhor pra próxima semana.

Continuo com a mesma opinião que tinha semana passada sobre a existência de "mais de um": Eles podem coexistir, contanto que cada um esteja no seu universo. Acredito que quando Walter raptou o Peter "alternativo" e o trouxe para o seu mundo, o que lá estava (cadáver) deixou de existir. É nisso que vou acreditar até que a série me mostre que estou errado.

Quanto ao Walter alternativo, talvez ele ainda exista, talvez não. Quem sabe?

Leco Leite disse...

Pois é, Alison. Para mim, o "líder" dos "terroristas" no outro universo é a versão Bishop que teve o filho "sequestrado"...

Isso daria uma coisa muito maluca, mas muito interessante!!

Eu acho que será esse o caminho...

Abraço!