por Alison do Vale
O segundo episódio da temporada não foi tão bom quanto a premiere. Não que não esperássemos; é que estamos tão mergulhados na mitologia que "fugir dela" trazendo o freak da semana é quase decepcionante mas nem por isso Night of Desirable Objects deixa de agradar.
Fato é que, como sugere o nome do episódio, em meio a tantos eventos bizarros o momento é de desejar algo diferente. A alusão à isca de pesca apenas vem ilustrar o que os membros da divisão Fringe vem fazendo há tempos: lançado ao "mar de aberrações" suas varas na esperança de encontrar uma solução, um motivo, algo que realmente explique todo esse emaranhado.
O monstro da vez era um garoto que sequer devia ter nascido pois sua mãe havia sido acometida por Lúpus. Então o paralelo, mesmo que distante entre a paternidade-quase-insana de Walter com o pai do menino-escorpião que fez o que pode pra salvar a vida de seu filho é bastante válida.
É evidente também nesse capítulo que o envolvimento com o Padrão as vezes fica em segundo plano. O que se vê é que as possibilidades tecnológicas e científicas são inúmeras e o que predomina é a ignorância do restante da população e uma conspiração que visa encobrir essa verdade. Até mesmo cientistas anônimos e sem pretensões terroristas fazendo experimentos loucos mas [em suas mentes doentias] em prol de algo positivo.
Olivia agora precisa resolver os casos num House Style. É... de bengala e tudo. Mas o que ela perdeu em mobilidade devido ao acidente ganhou em percepção. Por algum motivo ainda desconhecido, aparentemente sua viagem interdimensional proporcionou a ela uma espécie de superaudição ou hipersensibilidade fazendo com que o simples roçar-de-pernas de uma mosca cause um forte zunido em seus ouvidos. Se ela pode aprimorar esse novo talento nós não sabemos. É aí que entra Sam Weiss que indicado por Nina Sharp começa uma relação Mestre/Padawan com a agente Dunham, no melhor estilo Star Wars. Ele conhece bem os sintomas causados por esse deslocamento pro 'outro mundo' e como também ajudou a vice-presidente da Massive Dynamic me faz acreditar que tanto ele quanto Sharp também tiveram experiências semelhantes a de Olivia.
Essa nova habilidade ajudou Dunham a solucionar o caso; não sem a ajuda de Peter que está cada vez mais engajado e participativo. Seu personagem além de ganhar importância nessa temporada ganhou também maturidade, tanto na resolução dos mistérios quanto no relacionamento com seu pai. Como espero que uma das grandes revelações, já nessa temporada, seja relacionada ao passado do Bishop filho, essa ligação mais estreita entre os dois é essencial para selar a paz no futuro.
Enquanto isso o Bad Charlie está definitivamente infiltrado e sua nova missão agora implica em tentar tirar toda e qualquer informação de que Olivia se lembre e mesmo desajeitado com o corpo novo o metamorfo continua enganando bem a agente.
Agora os Pê-Ésses:
• além de muito emocionante, a cena em que Walter declara à Olivia que não saberia o que fazer caso ela morresse de fato, nos deixa uma pergunta importante: esse pesar todo é somente sentimento de culpa por se sentir causador de tudo isso pelo qual Dunham está passando ou ainda há mais coisas escondidas no cérebro genial do velho cientista? Eu aposto forte na segunda opção. Não nos esqueçamos de um dos momentos no final da temporada passada em que o Observador "vem buscá-lo" vai saber por que.
• por falar em Observador, quando saberemos mais sobre o careca? Dizem que ele aparece em todo episódio... nesse eu procurei mas não encontrei em lugar nenhum. =S
• e quem estaria por trás das mensagens da máquina de escrever? Quem [ou o que] passa as informações continua sendo um mistério.
Imagens: reprodução
[Alison do Vale]
twitter: @menino_magro
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