(por Celia Kfouri)
Não sei se é porque estou curiosa e ansiosa pelo desenrolar do caso Foyet, mas o fato é que achei esse episódio apenas mais um. Nada de muito bom nem muito ruim, mas muito dedicado a preparar o caminho, a manter o clima, a alimentar as questões que envolvem o embate que se aproxima de Foyet vs Hotch (e toda a BAU).
Hotch assistindo ao video de Jack que a equipe de segurança gravou foi uma cena muito melancólica. E saber que eles estão meio nômades deve causar mais aflição ainda.
A conversa e os conselhos do ‘decano’ Rossi foram muitíssimo bem colocados (“você tem família!”), e espero que Hotch realmente dê ouvidos e não se torne (à imagem de Rossi) “um solitário, se perguntando por que deixou que a coisa mais pura de sua vida escapasse”.
Adorei a conversa dos dois.
Quanto à trama da semana, adorei ver a parceria Reid//Garcia do outro lado da webcam. Que dupla!
Reid foi tão útil ao lado de Garcia quanto costuma ser com a equipe, in the field. Se é que nao foi ainda mais.
Outra peculiaridade é a investigação sobre fatos que ocorreram na cidade natal de Rossi, na qual ele tem muitos fantasmas, ou esqueletos no armário e, de início, resiste a ir. Lá conheceremos um amigo de infância dele, que é um tipo de chefe do crime organizado local, e saberemos também que Rossi teve um grande amor de infância, que os rumos da vida profissional adulta acabaram fazendo com que ele deixasse para trás (daí os conselhos dados a Hotch).
A equipe se depara com um caso envolvendo crimes muito violentos praticados contra pessoas que haviam praticado crimes contra crianças. A assinatura grotesca era alguma forma de mutilação post mortem. Usando as rotinas de investigação a que estamos já familiarizados, descobrem tratar-se de um assassino de aluguel, agindo a mando de um juiz frustrado com a falta de eficácia do sistema jurídico (bah!). Pequena forçada de barra, para que pudéssemos conhecer o passado de Rossi, foi fazer com que a tragédia pessoal que disparou o comportamento criminoso do juiz fosse a morte da mulher (convenientemente, o tal grande amor de Rossi).
Não posso deixar de dizer, porém, que o episódio não foi apenas morno. Eu me incomodei com o que considerei uma falha, um erro da equipe. Eles demoraram a prever que a próxima vítima do juiz seria o homem que deu causa ao acidente com sua mulher. Se a motivação de tudo era ela, se ele estava numa sequência de crime, é óbvio qual ela seria. E foi a demora da equipe que permitiu que ele fosse assassinado. Preciso puxar pela memória, mas assim de pronto, não me lembro de outro erro tão gritante da BAU.
Que demora!!
O fato é que a lealdade dentro das organizações criminosas é muito forte, e o capanga irlandês fez justiça contra o mercenário, deixando de lado o perdão pregado por Lincoln na frase final.
Bom, vamos ao próximo, um após o outro. Eu quero saber de Foyet!
(Fotos: reprodução)
Celia Kfouri.
2 comentários:
Eu achei o episódio [Criminal Minds) 5x03 "Reckoner" bem abaixo da média.Ademais, parabéns pelo comentário.
Concordo, Lee. Fraco mesmo.
Vamos esperar o próximo, que tem um título que faz pensar: 'Hopeless'. Contatnto que nós nao fiquemos 'sem esperança' também.
:)
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