sábado, 26 de julho de 2008

[Filme] Arquivo X - Eu quero acreditar

Vai em forma de desabafo, mais do qualquer coisa. Este blog cobriu, desde os rumores até as filmagens. Fizemos um especial sobre a importância de Arquivo X. Enfim, depositamos expectativas e, queríamos acreditar...


Eu quis acreditar. Mais uma vez dei uma chance aquele senhor chamado Chris Carter. Mesmo depois dele ter sacaneado a série de todas as formas possíveis, de tentar continuar sem Mulder, de fazer as execráveis 8a e 9a temporadas.

Eu quis acreditar que Fight The Future era uma incursão equivocada de XF nos cinemas, que não tinha muito mérito, mas que pelo menos, era uma tentativa.

Eu quis acreditar que a decisão de fazer um filme para fãs iria mudar toda essa imagem.

Pois é, eu acreditei. E baseado nesta crença, fé, lembranças da minha adolescência, eu fui ao cinema ver velhos conhecidos.



Não deu. Não senti nenhuma conexão com o filme, não me emocionei, existiu apenas lampejos de emoção quando vi Skinner, um breve sorriso quando vi Chris Carter sentadinho num banco, fazendo uma aparição a la Hithcock. Mas não tenho como defender um filme ruim até a medula...óssea ( me desculpem o trocadilho infame).


Saí do cinema com a convicção de que, pasmen, Fight The Future (o começo do fim de XF) era melhor. E que nem como episódio este filme serviu. Não é uma pálida sombra do que foi Arquivo X. Nos fazer rever aqueles episódios-referência foi uma forma de ver como Chris Carter perdeu a mão. E este é um caminho sem volta.

Bom, eu acreditei. Mas não me convenci.

A trama é pífia, a escalação do elenco é questionável, Amanda Peet e Xzibit estão lá para que? E a trama paralela é absurdamente desnecessária.

De repente, o problema está comigo. Todos envelhecemos, todos. Não consigo mais ver XF do mesmo modo..

**Fiquem até o final dos créditos, Chris Carter faz uma brincadeirinha. Mulder e Scully vão para a ilha de Lost :)

Danielle M

quinta-feira, 24 de julho de 2008

[Extra]Especial Arquivo X - última parte

Amanhã acaba a espera. Depois de seis anos de exibição do último episódio, Arquivo X "Eu Quero Acreditar" estréia no Brasil.

Já li algumas críticas e as pessoas dizem, invariavelmente isso: "Como filme, XF é um excelente episódio". Ora, se for isso mesmo, perfeito. Já tinha comentado aqui sobre Chris Carter ter feito a opção clara e velada de fazer um filme para os fãs de XF. Então seremos agradados, coisa que o primeiro não conseguiu.

Para terminar este especial, deixo as impressões de uma comentarista muito bacana aqui do Ces, Celia.


Arquivo X foi, durante muito tempo, meu hobby, meu vício, minha mania, minha ‘esquisitice’.

Conheci e comecei a acompanhar a série quando ela já estava na quarta temporada e tive de correr atrás do prejuízo para me atualizar e assistir às temporadas anteriores. Um amigo meu me emprestou todas as fitas (é, vhs!) em que ele gravava semanalmente (tinha morado nos EUA) os episódios (era uma caixa enorme!) e eu virei madrugadas destrinchando aquilo tudo.

Li os episódios que eram publicados em pocket book, descobri pessoas que já eram fãs para trocar idéias, e assim foi até o fim da série.

Do alto da minha arrogância, eu não imaginava que pudesse haver algo tão bom na TV americana. Não havia esse culto às séries como hoje. Depois de conhecer Arquivo X, minha postura mudou. Mas acho que as séries em si mudaram. Costumo dizer que Arquivo X e Seinfeld (que eu acho genial) são os pais de todos (tenho que mencionar Friends apesar de não ter curtido tanto). Todas as sitcoms de sucesso nos anos posteriores pegaram carona em Seinfeld; foram estimuladas pelo sucesso dele; foram viabilizadas pelas portas que foram abertas. Com Arquivo X, mais ainda. Toda essa horda de agentes do FBI que povoam a televisão são cria de Mulder e Scully. Todas as séries de investigação, ação, mistério, suspense, terror, envolvendo criminosos, paranormais, psicopatas, alienígenas, conspirações brotaram da semente que Chris Carter plantou. Até essa onda de shippers que hoje tanto me irrita!

Como tenho Arquivo X num lugar de muito especial da minha memória afetiva, é difícil eu dizer porque gostava tanto. Minha vontade é dizer que gostava tanto porque era muito boa!

A trama era absolutamente inovadora. As primeiras cinco ou seis temporadas levaram com maestria o desenvolvimento da conspiração. Os atores formavam um par que era quase uma metáfora do yin-yang. Muito bem pensado um par tão antagônico que conseguia ter tanto respeito pelo outro. Acho que o amor entre Mulder e Scully (sim, eles se amavam e muito, independentemente da tensão sexual que pairava no ar – amor de amigo, antes de qualquer coisa) foi sempre tratado em alto nível pelos produtores. Hoje, os pares românticos são, quando muito, ordinários.

Os personagens recorrentes eram ótimos também. Me digam se alguma série conseguiu criar co-adjuvantes à altura dos Lone Gunmen (que também deram cria e inspiraram todos os nerds esquisitos e geniais que apareceram). Os vilões também estariam entre qualquer top ten, se não fosse pelo fato de que a geração que maciçamente hoje assiste e comenta séries não assistiu Arquivo X, mal sabe do que se trata! Isso é uma grande pena. Não dá pra avaliar de verdade a dimensão da conspiração Dharma/Hanso/Widmore (Lost) etc sem parâmetro anterior. Como eu posso me encantar com a relação Elliot Stabler/Olívia Benson se não conheci Mulder e Scully (L&O – SVU)? Spencer Reid (CM) deve ser sobrinho de um dos Lone Gunmen!

Sei que já escrevi mais do que deveria a esse respeito mas me empolguei. O Resumo da Ópera, para mim, é: Arquivo X é questão de cultura geral pra quem diz que gosta de séries de tv. ‘Disciplina obrigatória’ na formação do espectador!

Pra ser um pouco mais objetiva, indo pela memória e sem re-assitir a nada, alguns dos momentos Arquivo X que se destacaram para mim.

O episódio ‘Paper Hearts’ (4x08) me valeu mais do que muitas sessões de terapia. Mexeu muito comigo ver Mulder descobrir em seus sonhos o desfecho de um crime que ele não havia conseguido esclarecer totalmente. Na verdade, ele já tinha as informações necessárias mas não se dava conta (pela sua dificuldade diante da questão da abdução da sua irmã). Então, aos poucos, seu inconsciente começou a lhe guiar mostrando a ele tudo o que ele já tinha e não percebia. No sonho ele percorre os caminhos da verdade. É Scully que o relembra de uma frase dele mesmo: ‘Um sonho é a resposta para uma pergunta que ainda não sabemos formular’. A verdade estava dentre dele e não ‘lá fora’.


O episódio ‘Tithonus’ (6x09) contou a história de Alfred Fellig, um fotógrafo de 150 anos de idade que, por ter enganado a morte uma vez, foi esquecido por ela. Ela veio busca-lo uma vez e ele a enganou. Ela não voltou. Ele busca desesperadamente olhar nos olhos da morte para que ela finalmente o leve. Ele fotografa pessoas no momento em que estão morrendo na esperança de ir no lugar delas. Acaba por conseguir morrer ao salvar a vida de Scully, pegando carona na morte que tinha vindo busca-la. Na época, fiquei muito impressionada com a escuridão do personagem. E há quem diga que Scully ficou com o estigma da imortalidade desde então.

‘Irresistible’ (2x13) e ‘Orison’ (7x07) contam a história de Donnie Pfaster, um fetichista chegado em ruivas que ficou obcecado pela Scully. O interessante desse episódio, para mim, foi vê-la tão perturbada com a situação. E também a música ‘Don’t look any further’ – a ‘música da Scully’ – que foi tão bem utilizada no episódio.

Não vou entrar em detalhes sobre a mitologia, até porque eu acabaria escrevendo mais umas seis páginas! Mas o fato é que ela foi revolucionária. Quem hoje rói as unhas com Lost...

Tudo bem que perderam a mão depois de alguns anos mas eu suportei tudo, estoicamente, até o fim! E até fiquei feliz com fim do seriado. É realmente difícil manter a organização ao contar uma história cuja narrativa leva tantos anos e que tem que lidar com imprevistos do tipo ‘ator principal debandando’.

Mas é como eu já disse, pra mim é mais ou menos assim: Arquivo X está para as séries de TV como Machado de Assis para literatura brasileira, 2001 para os filmes de ficção científica, Andrew Lloyd Weber para os musicais, ‘O bem amado’ para a telenovela brasileira.

Como posso falar que adoro ficção científica, que sou fã do gênero, se nunca assisti a 2001 ‘porque é muito antigo’ e nunca me dei a trabalho de alugar o dvd?


Celia

segunda-feira, 14 de julho de 2008

[Extra] Arquivo X Especial




Falta pouco, bem pouco, dia 25 de julho está aí. Enquanto o longa não chega, mais uma parte do especial cpm pessoas legais escrevendo sobre X Files. Desculpem a demora, viagens e contratempos.
Agora Ribas, fundador do Ces, profundo conhecedor da mítica de Mulder e Scully, deixa as suas idéias para a gente. Legal que o Ribas se ateve também ao começo da internet no Brasil (doméstica, né gente) e a sua relação com o sucesso da série.

Dias atras, este comentarista, idoso e aposentado, recebeu uma mistica missão, escrever algo tentando falar a respeito da "importância de X-Files na história da cultura ocidental", pois bem, abstraindo os vários pontos de L.E.R. que insistem em se fazer presentes, não se importando com os defeitos visuais e de saúde que acompanham a idade avançada, voltei a me sentir um jovem mancebo e comecei a pensar...

Sobre o que poderia escrever, como poderia enfocar o tema?? Será que valeria nota?? Será que seria reprovado??? Escrever sobre as minhas férias seria tão mais fácil...

Dúvidas... Dúvidas... Maaaaaaaaaaas, eis que começaram a surgir idéias, pensei em falar das várias teorias de conspiração que ligam os seriados e desenhos, com necessidades reais do Mega Império Norte Americano (que o Comentarista Hélio, amante incondicional do Canadá e do México, prefere chamar de Império Estadunidense), teorias reais estas que tem como principal e mais clássico exemplo, o desenho do Marinheiro Popeye (que teria sido criado em uma época em que a agricultura dos EUA, estava com um super excesso de safra de espinafre e precisava arrumar um jeito de passar aquilo p/frente...), e não fugindo do tema, teria em X-Files, mais um exemplo paradigmático dessas armas de propaganda estadunidenses (afinal, é fato, estudado pelos "Pistoleiros Solitários", que era muito melhor, durante as descobertas "sem querer" de armas secretas, durante o período da guerra fria, criar uma nuvem de poeira UFOLOGA, e toda uma atmosfera de mistério, do que assumir a existência de tais armas, e para isso, se tornava muito interessante, estratégicamente importante até, alimentar, de todas as formas possíveis -leia-se aqui os filmes, seriados...-, o assunto)...

Estava realmente pronto p/escrever algo a respeito, porém o tempo tem corrido mais do que este pobre aposentado, então só para não passar em branco, durante este místico especial, gostaria só de contar/lembrar/citar, que séculos atras, muito antes de toda essa mania por seriados, blogs, informações, downloads, orkut, facebook e bla bla bla (da qual o CES foi um dos propulsores mundiais), alias, muito antes da internet rápida e muito antes até de uma internet discada com velocidade pelo menos batutinha, a internet brasileira (logo ocidental), dentro de um de seus primeiros provedores de conteúdo (ZAZ que depois virou Terra), mais específicamente, dentro dos grupos de salas de Chat, mais especificamente ainda, dentro do Grupo de salas, nomeado "CULT", tinhamos uma sala (a única no gênero, com tal especificidade) para bate papos sobre tchan tchan tchan tchaaaaaaaan "Arquivo X", nela, a partir das 0h00 (qdo o pulso telefonico se tornava único), dezenas de pessoas surgiam, para comentar o episódio que havia passado (pasmem) na Record hehhehe

Dava 0h01, e começava a surgir várias Scullys, Mulders, Cancerosos e um $KINNER (esse que vos fala, ops! Escreve) ficavamos normalmente até as 6h00 (quando o pulso único acabava), proseando, jogando (faziamos quizes), combinando encontros reais (poucos deram certo), combinando trocas de episódios (em VHS hehehe), analisando detalhes super hiper detalhados dos episódios e, de vez em quando, surgia algum Spoiller (que não tinha esse nome ainda), bons tempos, deu saudade agora!!

Essa lembrança, penso eu, é um forte exemplo da importância de X-Files na história da cultura ocidental, pois praticamente no início da internet comercial tupiniquim, no início das salas de bate papo (pós bbs e pós irc) tivemos uma primeira sala típica de seriados de tv, e essa sala era de "ARQUIVO X" !!!

Vida Longa e própera!! (Ops, isso é outro seriado, maaaaaaaaaaaaaaaaaaaas não confiem em ninguem e busquem a verdade lá fora, que já estará valendo!!)

Ultreya
Ribas

quarta-feira, 9 de julho de 2008

[9mm] 1x04 Nós é Polícia

Depois de assistir ao último episódio de 9mm: São Paulo, a pergunta que fica é: seria possível tirar suas conclusões de uma série em apenas 4 episódios? Eu acredito que sim, mas acho que neste caso não seria justo. Isso porque é bastante difícil transitar em tão pouco tempo na fina camada que separa a complexidade das personagens e as resoluções das investigações. Se no episódio anterior tivemos de engolir diversos absurdos para a história andar, dessa vez Eduardo presenciou um "milagre" para ter o caso solucionado. Depois de ganhar mais uma chance de um dos chefões do crime -- mas que obviamente deve ter fama de bonzinho -- Eduardo recebeu de mão beijada a investigação resolvida e créditos com o chefe da polícia. Mas é a partir daí que a história ficaria interessante, com o delegado tendo de dançar conforme as regras do crime organizado também. Paciência, quem sabe na próxima temporada. O confronto com o outro delegado ainda continua rendendo boas cenas, como ao fazer referência a Jack Bauer e o tempo limite de 24 horas.

No entanto, a grande sacada do episódio foi o confronto final de Luísa com Horácio, que continuava sob investigação após a morte do dono das casas de prostituição, ainda no primeiro episódio. Concluindo esse arco que ecoou por toda a temporada, Horácio termina conseguindo encobrir todas as suas pistas e ainda ameaçando a investigadora. Embora ainda não faça o menor sentido esse afilhado problemático só servir para achar a arma do investigador em sua casa, essa discussão sobre o quanto os policiais podem colocar a sua vida pessoal em perigo continua sendo interessante. O único porém é que o tempo é curto para conseguir desenvolver alguma personalidade, deixando os personagens rasos demais e beirando até caricaturas. Mesmo levando em consideração ser também um produto para exportação, essas dificuldades que os policiais passam todos os dias já são tão divulgadas atualmente que as histórias de 3P e Tavares tem pouco a acrescentar.
Além disso, é estranho como tantas lacunas fiquem em aberto entre um episódio e outro. Seja a overdose da filha de Luísa ou a separação de Eduardo da filha do deputado, falta uma linearidade para deixar a história melhor explicada. E não são apenas sutilezas do roteiro, tanto é que leva-se tempo para entender durante a boa cena do jantar que Eduardo não estava mais junto da namorada. Tudo isso me leva a concluir que embora tenham grande idéias, a produção não consegue dar um bom desenvolvimento. É de se aplaudir a iniciativa de produzir uma série com ares e temática brasileira, mas 9mm ainda precisa de alguns ajustes para sua próxima temporada, principalmente dando um enfoque maior em alguns personagens, conduzindo assim melhor a história.



e.fuzii

sexta-feira, 4 de julho de 2008

[CRIMINAL MINDS] CRIMINAL MINDS - vem aí um spin off??


Michael Ausiello anuncia uma provável nova série, derivada de Criminal Minds, como as derivadas de Law & Order e de CSI. Será??

Humm.... não me cheira bem. A equipe da BAU atua no país todo, apenas cuidando de crimes em série. Como ensejar uma nova série? Só se fosse para criar uma nova equipe, mas que faria o mesmo trabalho: traçar perfis de criminosos em série. Ou será que há aí uma possibilidade outra, que não estou antevendo?

O que acham?

E o que acham de séries que dão origem a novas séries? As derivadas costumam superar as originais? Não posso opinar porque não acompanho todas, mas é o que dizem.




Célia.