domingo, 31 de janeiro de 2010

[Dollhouse] Series Finale "Epitaph Two: Return"


por Anita Boeira

E acabou-se o que era doce. De acordo com spoilers lidos antes do episódio, Whedon prometia resolver todos os mistérios e perguntas de Dollhouse nesse finale, mesmo que as respostas não fossem exatamente o que a gente gostaria de ouvir.

Pausa.

Quem aqui é fã do Whedon? Se voce é, já está acostumado com a "tendência" dele em "matar" personagens queridos no final de suas séries (Não vi Buffy ou Angel, mas nas minhas queridas series Firefly e Dr. Horrible eu perdi alguns dos meus personagens favoritos, e sinceramente? Sempre fico um pouco puta com o Whedon por causa disso). Mas mesmo com essa tendência macabra de torturar o espectador, o Joss sempre nos emociona no final.

Voltando a Dollhouse.

"Epitaph Two" foi a sequência de "Epitaph One", episódio extra do DVD da primeira temporada que não foi exibido na televisão americana (e obviamente a FOX nao fez o favor de passar o episódio antes de passar sua continuação, way to go FOX!). Em Epitaph One, conhecemos novos personagens, que em 2019, estao fugindo do desastre que o mundo virou com as invenções da Rossum. Mag, Zone, uma guriazinha de 10 anos, seu pai, e mais um companheiro e uma companheira que eu esqueci os nomes (faz tempo que assisti Epitaph One, esqueci o nome dos que morreram hehe). Resumidamente, esses 5 malucos evitam o "tech" (tecnologia) a todo custo, e resolvem ir se esconder no subsolo para fugir dos "açougueiros" (os assassinos criados pela Rossum com as invenções de Topher que possibilitavam fazer "imprints" nas pessoas a distância). Nessa, eles acabam encontrando a Dollhouse de LA abandonada. O pai da guriazinha está desmemoriado, então eles resolvem colocar o cara na cadeira e por um bando de memórias deixadas para trás para entenderem o que era esse local. Nisso, através do pai, ficamos sabendo de pedaços de coisas que aconteceram com os personagens da Dollhouse. E enquanto isso, entre eles, há um assassino (e claro que todos suspeitamos do pavio curto do Zone). Quando o grupo está resumido a Mag, Zone e a guriazinha (e nesse ponto a gente já sabe que é a guriazinha que está assassinando gente), eles encontram Whisky/Dr. Sanders que diz saber o caminho para "Safe Haven". E o caminho para Safe Haven começa ao colocarem a guriazinha na cadeira para implantarem nela as memórias de Caroline. E Caroline então os guia para Safe Haven.

E é assim que termina Epitaph One e comeca Epitaph Two.

Mag, Zone e Mini Caroline estão a caminho de Safe Haven, mas são atacados. Acabam indo parar presos numa cela dentro de um galpão. Nesse local, está Harding, antigo chefe da Dollhouse de Washington que criou tanto problema para Adelle na segunda temporada. Harding está gordíssimo (num corpo de outra pessoa, é claro) e pede que seus subordinados tragam os novos "ternos" (corpos de homens jovens e em forma) para ele escolher o que vai "vestir" agora. Entre as opções está Paul Ballard. E Echo está na cela, e juntos eles matam a torto e a direito o pessoal da Rossum, e escapam com Mag, Zone e Mini Caroline.

Echo os leva para Safe Haven, que nada mais eh do que uma fazenda no Arizona, onde eles tem uma vacina para impedir que o pessoal receba imprints, e por lá todo mundo vive feliz e em paz... por hora. A razão pela qual Paul e Echo estavam no galpão da Rossum era para salvar Topher, que estava preso lá, e totalmente traumatizado pois eles assassinavam uma pessoa por dia na frente dele enquanto ele não completasse mais uma invenção para o Harding e cia.


Em Safe Haven estão Priya/Sierra e seu filho (do Victor/Tony?) e Adelle Dewitt, além de Echo e Paul e outros figurantes. Quando eles trazem Topher, ele diz que está prestes a inventar uma máquina que seria capaz de restaurar as memórias originais de todas as pessoas do planeta, mas para isso, ele precisava de equipamento que eles só tinham na Dollhouse de LA. E mais um problema: todo mundo teria suas memórias restauradas para o tempo antes de receberem os primeiros imprints, o que significaria nunca lembrar de nada que aconteceu. E Echo, Paul e Priya/Sierra e alguns outros nao poderiam ficar sem essas memorias. Alias, Priya/Sierra iria esquecer que T. era filho dela... Mas Topher diz que a solução para isso seria eles ficarem um ano no subsolo, e a nova invenção dele não iria os atingir.


Então de volta a LA. Claro que Zone não fica muito feliz, acabaram de fugir de lá, nem terminaram de comer a sopa e já tem de voltar? Oh well, C'est la vie. Nisso, um baita caminhão para na porta, e lá está Victor/Tony no melhor estilo Mad Max, são conhecidos como "Tech Heads", e tem um aparelhinho na cabeça com conector USB para colocarem e tirarem memórias da cabeça deles quando quisessem. Freak Show.

E todo mundo embarca na caçamba do caminhão e se armam no caminho para LA. Chegando lá, um monte de zumbis, quer dizer, açougueiros, os espera, e eles tem que lutar para chegarem na entrada da Dollhouse. Quando estão muito perto de conseguir, Mag é atingida na perna e não consegue caminhar. Paul, rapidamente vai ajudá-la, mas acaba recebendo um tiro e morre. Outra pessoa vem resgatar Mag, e Echo age como se nada tivesse acontecido e eles fogem para a Dollhouse deixando o corpo de Paul lá fora. E Echo agindo como se nada tivesse acontecido.


Quando eles chegam a Dollhouse, surpresa! Está exatamente como antigamente, com Dolls caminhando pela casa tranquilamente. Alpha está por lá, disse que veio para ajudar a limpar a bagunça. Ele fica surpreso por não ver Paul, mas Echo continua sem demonstrar qualquer emoção.

Priya/Sierra e Victor/Tony estão constantemente brigando um com o outro, pela escolha que ele fez de ser um "Tech Head" e que por isso ela não queria que ele chegasse perto do T. (eu sei que é pra gente ficar na dúvida se o guri é filho do Victor/Tony, mas sério mesmo? Claro que o guri é dele).

E por causa disso, Priya/Sierra começa a reclamar de Victor/Tony para Echo, reclamando que ele não faz nada por ela e etc. E é nessa hora que Echo explode, e diz para Priya o quão óbvio é que Tony a ama, mas que ela não quer enxergar e fica reclamando. Mas Echo começa a ficar cada vez mais violenta e destrutiva, e de repente a conversa não é mais sobre Priya e Tony, mas sobre Paul. Ela finalmente está encarando sua morte, e não é nada fácil. Ela sempre se sentiu sozinha desde que Paul "perdeu" a parte da memória que gostava dela, e nunca mais pode dizer que o amava, porque Paul não poderia retribuir esse sentimento. E aí ele morre, e ela está ainda mais solitária.

Topher termina o aparelho. Ele vai então para o último andar do prédio, o antigo escritório de Adelle para acionar a "bomba". Ele sabe que vai morrer quando o aparelho explodir, mas é o unico jeito. Adelle se oferece para ir com ele, mas Topher diz que ela tem que ficar e consertar o mundo. Então ela e Zone levam as Dolls de volta à superfície, enquanto Echo, Priya, Tony, T. e Mag ficam no subsolo. (Mag nao tem imprints, mas está numa cadeira de rodas graças aos tiros que levou, e vai ficar por lá um tempo para se recuperar). Priya apresenta Tony e T. oficialmente como pai e filho. Alpha deixa a Dollhouse antes da bomba explodir, porque quer ter certeza do que vai acontecer com ele, se a bomba vai mesmo funcionar.

E na cena final, Echo encontra um pacotinho na cadeira, provavelmente deixado por Alpha -- que no episódio "Love Supreme" fez uma cópia do cérebro original de Paul. Echo não sabe do que se trata o hard drive, mas mesmo assim o coloca na cadeira e se deita. É Paul, e ele e Echo podem finalmente ficar juntos. Só na cabeça dela, é verdade, mas agora ela finalmente não estará sozinha.

The End.





E ae? Eu me emocionei um pouco. A cena de Echo perdendo o controle, Topher todo amalucado, ver o Alpha de novo mas agindo como uma pessoa decente, Paul levando um tiro - okay, não me importava muito com o Paul não.

Foi um final de temporada que na minha opinião não resolveu muitas das perguntas não. Mas foi um final de temporada ao estilo Whedon, e foi emocionante ao mesmo tempo que revoltante. Não resolveu pergunta nenhuma para mim, mas mesmo assim foi um final satisfatório. Agora vou esperar os DVDs sairem para adicionar à minha coleção. Dollhouse teve seus trancos ao longo do caminho, mas o balanço geral é de uma série excelente, com uma boa trama. O único defeito dela é ter sido uma série da Fox. E todo mundo sabe o quanto a Fox respeita seus seriados.

A partir de agora continuo por aqui só falando de Bones mesmo. Aliás, outra série da Fox. Sim, eu gosto de me torturar. Nas férias de Bones vou ver se conto pra vocês sobre Firefly. Enquanto isso, comprem (ou baixem) os episodios de Firefly e divirtam-se enquanto esperamos Dollhouse em DVD.


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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

[Spartacus: Blood and Sand] S01E01 - The Red Serpent

por Rafael S


Desde que o primeiro trailer de Spartacus: Blood and Sand foi lançado na Internet meses atrás, ele chamou muita atenção. Obviamente, a primeira impressão remetia imediatamente ao filme 300, tanto pelo sua temática quanto pelo seu visual estilizado. E assim, o hype da série foi crescendo, inclusive para mim, embora não soubesse o que esperar de uma produção do canal Starz. Os dois primeiros episódios vazaram no início de janeiro, mas em qualidade porca, e possivelmente não finalizados, então resolvi esperar pela estreia oficial, que aconteceu no dia 22 de janeiro. Então afinal, do que se trata Spartacus: Blood and Sand?

A série segue a trajetória de um guerreiro trácio cujo nome nunca é revelado (interpretado pelo desconhecido ator australiano Andy Whitfield). Sua aldeia vivia em constante medo de ataque dos dácios, guerreiros bárbaros especializados em saques, mortes, estupros e destruição. Então, uma promessa de salvação chega dos trácios através do comandante legionário Legatus Claudius Glaber (Craig Parker, de Legend of the Seeker), que propõe uma parceria do povo com a República Romana para acabar com essas invasões bárbaras de uma vez por todas. Intimidados por uma proposta desse calibre dos romanos, restou aos trácios aceitarem e partirem para sangrentas batalhas com os dácios. Embora houvesse uma clara animosidade entre romanos e trácios, tudo corria normalmente até Glaber ser seduzido por Ilithyia (Viva Bianca), sua mulher e filha do senador romano Albinius. Ambiciosa, ela deseja ver a ascensão do seu marido, e o convenceu a desistir de enfrentar os dácios (um confronto sem grande importância) e partir para a guerra contra Mithridates e seu exército grego, que tentavam invadir o território romano pelo leste. Assim, contaminado pela mulher, Glaber e seus legionários decidem abandonar os trácios a sua própria sorte, mas não sem antes ser humilhado pelo guerreiro sem nome e ser (literalmente) jogado na lama. Correndo contra o tempo, o guerreiro não consegue salvar sua aldeia das invasão dácia, mas chega a tempo de salvar Sura (Erin Cummings, de Bitch Slap), sua amada esposa. Mas essa alegria dura pouco, pois logo em seguida, Glaber encontra o casal e os separa, mandando-a para a escravidão e o enviando para ser alvo nas famosas arenas de gladiadores da cidade de Cápua.



Na cidade, conhecemos outros personagens da série, como o senador Albinius, que organiza os combates, e o casal Batiatus (John Hannah, da trilogia de filmes A Múmia) e Lucretia (Lucy Lawless, a eterna Xena). Os dois buscam o poder e a influência, e a chegada do guerreiro trácio é justamente a oportunidade que eles esperavam para sua ascensão social - e é justamente Batiatus que lhe dá o nome de Spartacus, ao vê-lo derrotar todos seus oponentes em sua primeira batalha na arena.

Como falei no primeiro parágrafo, é impossível não traçar paralelos entre a série e o filme 300. O relacionamento entre Spartacus e Sura lembra demais o de Leônidas e Gorgo - o jeito como se amam, a dor (e dúvida) da separação antes de uma batalha. As batalhas utilizam o tempo tudo recurso de aceleração/desaceleração para cadenciar as cenas, assim como o filme. E é claro, o aspecto mais evidente que liga os dois, o uso de bastante chroma-key para compor os cenários. Exceto em ambientes fechados, em todo momento você percebe o uso da técnica - dando um aspecto fake proposital, mas que cria imagens bem marcantes e belas, como a linda transição do Spartacus colocando seu capacete e saindo dos campos floridos da Trácia para o cinzento e gelado campo de batalha (imagem acima).

A Starz parece ter dado carta branca para os produtores, afinal é uma série com temática bastante adulta. A começar pela sua duração um pouco maior que o normal (aproximadamente 55 minutos, mais ou menos como séries da HBO), esse piloto conseguiu desenvolver bastante a história - e espero que essa duração maior continue nos próximos capítulos. A série também impressiona pelo nível de violência: o sangue jorra a todo momento pela tela. Em uma mistura de sangue falso e sangue digital, vemos só nesse episódio decapitações, desmembramentos, barrigas abertas, crânios perfurados. Em um dos momentos mais impressionantes, Spartacus corta a perna de um gladiador, e antes mesmo dele cair no chão, faz um movimento e arranca a outra perna (!!!). E por último vale destacar a grande quantidade de pele mostrada pela série. A nudez é abundante (sem trocadilhos), com cenas de sexo bem arrojadas para uma série e nudez frontal. E não pensem que isso acontece só com o elenco secundário/figurantes, os atores principais também se mostraram como vieram ao mundo. Decisões bastante arriscadas, afinal violência e nudez afastam muitas parcelas de espectadores, mas que na minha opinião foram acertadíssimas, contribuindo para um aspecto bem cru para a série.



Um episódio é pouco para julgar a qualidade do elenco, mas me interessou bastante o casal Batiatus e Lucretia. Pelo nível dos atores, é de se esperar muitas intrigas palacianas. Já Andy Whitfield, embora sempre barbudo, cabeludo e sujo, conseguiu me passar uma extrema empatia em momentos de calmaria, mas quando se banhava de sangue, se transformava em raiva pura. Só não me agradou tanto Craig Parker - seu Glaber seguiu muito a cartilha de vilão vingativo que não quer sujar as mãos, espero que o personagem ganhe mais profundidade e outras motivações nos próximos capítulos.



E essa foi a polêmica estreia de Spartacus: Blood and Sand. Muito torceram o nariz para a falta de originalidade, mas como fã de 300, consegui relevar tudo isso e curtir muito a série. Está longe de ser excelente, mas se mostrou bem promissora e atrevida nessa series premiere, com grande potencial de cativar um público bastante fiel. Spartacus é promessa de muito sangue, pele e intrigas.

Fotos: Reprodução



Rafael S
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[FNL] 4x10 I Can't

por e.fuzii
Pronto, agora sim. Porque é diante de um episódio tão consistente e coerente como esse que podemos garantir que qualquer deslize de Friday Night Lights é facilmente compensado no final. Apesar de ainda faltar algum grande momento em campo, a situação paralela de abandono envolvendo Becky e Vince foram os arcos dramáticos que valeram a visita a East Dillon nessa temporada. Já dizia Dr. Paul (de In Treatment) que inverter a ordem natural, quando um filho tem de cuidar de sua mãe, é de uma crueldade absurda e traz consequências psicológicas seríssimas. Assim, parece impossível não sentir a dor de Vince ao lado de sua mãe, totalmente rendido, procurando por alguma simples explicação para esse abandono. E mesmo que a oportunidade dada por Ray esteja dando certo, o que já aparece até no seu curioso interesse por Vince dentro de campo, sabemos que para aqueles que vivem em East Dillon ter apoio serve apenas como luxo perto da falta de recursos. Sem ter qualquer outra saída a curto prazo, Vince decide se entregar novamente ao mundo do crime e recebe uma arma de Calvin e seu capanga, já para mostrar a gravidade da sua decisão. Pelo envolvimento dos irmãos Riggins com os desmanches, fica até um certo receio de que essas duas tramas cruzem-se, agora que eles decidiram pular fora do negócio.
Enquanto isso, Becky continua enfrentando todos os dilemas possíveis ao redor de sua gravidez. Logo aparece mais um obstáculo, quando acompanhamos a família de Luke na Igreja no domingo pela manhã, ouvindo o quanto o jogador é um orgulho para a comunidade. Parecia questão de tempo para que ele contasse aos pais, mas não a tempo de convencer Becky a mudar de ideia. Com certeza lidar com esse pecado será o grande drama de Luke a partir de agora, vindo mais uma vez provar a competência dos roteiristas em aprofundar as escolhas desses personagens. Outro destaque foi a forma como usaram a dinâmica Becky e Tim Riggins -- ele como "veterano" na série -- para aproximá-la de Tami Taylor, que mais uma vez mostra-se perfeita ao explicar as opções que a garota teria. Se na semana passada escrevi sobre manter em suspense se Tim Riggins poderia ser o pai do filho de Becky, aqui a dúvida aparece logo de cara na casa dos Taylor até que Tami, com imensa surpresa, diz que eles parecem ser amigos. Restam ainda uma série de dúvidas do casal em relação ao futuro de Julie -- que traz ainda seu amiguinho para um incômodo jantar -- até ponderando sobre uma possível gravidez.
Mas nada se compara à triste indecisão de Becky, que amparada pela mãe acaba optando pelo aborto. É triste perceber que a delicada relação das duas funciona em duas vias, como se a mãe de Becky, agora com uma maior perspectiva, estivesse arrependida de não ter tomado decisão parecida quando ficou grávida, ou que não quisesse que a filha cometesse o mesmo "erro". Ao mesmo tempo que a mãe é a conselheira ideal para a situação, Becky experimenta a mais amarga rejeição. Roteiro bom é assim, quando explora todos seus paralelos e leva essas relações às últimas consequências. É por essas e outras que Friday Night Lights desponta-se diante de qualquer outra série que tente lidar predominantemente com adolescentes.

Fotos: Reprodução.

e.fuzii
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

[Bones] 5x12 The Proof in the Pudding.


por Anita Boeira

Esse vai ser um comentário rápido. Parece que Bones resolveu entrar mesmo nos moldes de Arquivo-X. Semana passada aliens, essa semana teorias de conspiração envolvendo o governo americano. O serviço secreto tranca a turma de Bones no laboratório e dá a eles um prazo e um caixão. Eles têm 12 horas para descobrir qual foi a causa da morte do esqueleto dentro do caixão.

Claro, alguns minutos depois, o pessoal já começa a desconfiar que os ossos no caixão são do John F. Kennedy. Mas as investigações deles acabam apontando para o fato de que a pessoa no caixão foi morta por tiros vindo de diferentes direções, ou seja, dois assassinos, o que mostraria que o governo americano teria encoberto a real história do assassinato de JFK.

E essa realidade deixou o Booth muito abalado. Afinal, ele confia 100% no governo. Mas nos últimos minutos do episódio, Brennan faz um teste que "prova" que o esqueleto não era do JFK, pois o osso do braço da vítima tinha uma doenca que o Kennedy não tinha. Depois de liberados do laboratório, o pessoal vai tomar café-da-manhã juntos, e eles comentam que todo o processo deve ter sido só um teste. No caso do governo realmente exumar o corpo do Kennedy, eles estariam preparados para lidar com a situação.

Mas ao sair do restaurante, Cam comenta com Brennan que o JFK teve uma febre que poderia ter levado a ter a doença que Brennan tinha acabado de provar que a vítima tinha e Kennedy nao. Claro que ela fez o teste para "provar" que não era o Kennedy só para o Booth ficar feliz.

Angela e Hodgins tem seus momentos nesse episódio... Angela descobre que está grávida, mas como Cam acha que o teste de gravidez é de sua filha adolescente, ela manda o teste de gravidez para mais testes e acaba descobrindo que o teste estava errado. E Angela não esta grávida. Mas antes dela saber que não esta grávida, Hodgins se declara e diz que ainda a ama, e que casaria com ela e tudo, mesmo o filho sendo do Wendell.

Acho que o Wendell vai acabar com o coração partido logo, logo.

Alguém ai com opiniões sobre essa temporada de Bones? Eu estou achando fraquinha... Não ando me empolgando muito para escrever sobre os episódios, quanto mais analisá-los. Continuarei firme e forte assistindo, ainda mais porque li no twitter do Eric Millegan (Zack Addy) que ele esteve em LA semana passada gravando Bones. Então, nada como mais um episódio com o Zack para me manter acompanhando cada episódio!


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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

[Melrose Place] S01E12 - San Vicente

por Rafael S


E chegou o grande momento. Todos os onze episódios anteriores levaram a esse aqui, construindo e desvendando a trama sobre o assassinato de Sydney pouco a pouco. E agora vemos talvez as últimas cenas da Laura Leighton na série. Embora Sydney já esteja morta desde antes do nome da série aparecer na tela no primeiro capítulo, muita coisa que aconteceu desde então foi derivado desse crime. E a atriz cumpriu muito bem seu papel, sempre trazendo algo de novo em cada um dos flashbacks onde aparecia. Aqui voltamos a vê-la contracenando com a Heather Locklear depois de muitos anos. Em um reveladora conversa ambientada em uma igreja, finalmente é revelado o objeto que Amanda está atrás: um quadro, no valor de 19 milhões de dólares. Já sabíamos que Sydney era responsável por uma galeria de arte, e agora ficamos sabendo que ela tinha negócios escusos com Amanda. Não esperava que elas também estivessem envolvidas em um esquema de roubo de quadros - então será que veio do relacionamento com a ruiva o gosto pelo crime que o David tinha? Além disso, vimos que, poucas horas antes de morrer, Sydney falou para Violet que a reconhecia como filha, e que gostaria de conhecê-la melhor. Uma atitude surpreendente, já que parecia que ela não acreditava na história da garota. Mas mal houve tempo para reconciliação, pois na mesma noite, a ruiva estaria morta. E eis que foi revelada identidade do assassino. Era...

...Vanessa, a mulher de Michael. Sem querer me gabar, mas já havia cantado essa bola desde o décimo episódio, é só conferir nos meus outros textos sobre a série. Era praticamente impossível que o assassino fosse alguém do elenco principal, e também não acreditava que iriam culpar algum dos personagens da série clássica, então sobrou a Vanessa, personagem bem discreta e até irrelevante no começo, mas que de três capítulos para cá, começou a ganhar cenas demais e despertou minha atenção. De qualquer jeito, embora previsível, as motivações pelo menos se encaixaram bem. Obviamente que ela descobriu que Sydney tinha um caso com Michael, e bastou isso para ela ir lá no condomínio tirar satisfações com a ruiva. Mas é quando ela vê o David deitado na cama, que vem a grande bomba do episódio: Sydney falou para ela que sabia que ela e o rapaz haviam tido um caso e que "coincidentemente" foi na época em que Noah nasceu - então David é pai de Noah? Que família bizarra essa dos Macini...bem, o que seguiu foi aquela via crucis que todos já esperávamos: luta, facadas, arma do crime plantada na mão do David, Sydney descendo as escadas agonizando e o último e fatal golpe desferido, fazendo da piscina seu túmulo.

Mas voltando ao presente, como tudo isso se resolveu? Em uma coincidência do destino, calhou de a única moradora do condomínio a estar lá era Violet - e quando ela deu de cara com Vanessa, que procurava por Noah, a verdade veio à tona. E nada como a justiça poética: a piscina serviu de túmulo também para a morena. Após um intenso agarra-agarra, a ruivinha conseguiu jogá-la na piscina e afogá-la com todo seu ódio reprimido por ter perdido a mãe logo após conhecê-la. Uma ótimo momento da Ashlee Simpson-Wentz na série, que foi da fúria ao estado de choque durante a cena. Pena que logo em seguida apareceu a Amanda, e mesmo vendo um corpo boiando na piscina, continuou com sua cara de paisagem. Tem horas que parece que o rosto da Heather Locklear ficou paralisado de tanta plástica. Pelo menos no final, depois de testemunhar a favor da garota para os policiais, ela indicou querer uma retribuição futuramente - e assim, Amanda cada vez mais tem os moradores na mão.



O restante do episódio teve Michael mostrando uma preocupação sincera pelo seu "filho" Noah, e a explicação que ele sabia de Vanessa e Sydney, mas não havia falado nada para não destruir a própria família. Bem trágico. E Lauren teve seu momento "Boa noite, Cinderela", o que praticamente escancarou sua vida dupla para David. Pena que o acerto (ou não) dos ponteiros do casal ficou para o próximo capítulo, será bem interessante ver como David lidará com isso.

Mas em outro núcleo totalmente alheio a todas essas tramas, aconteceu o tão esperado e aguardado fim do namoro/noivado de Riley e Jonah. A lenga-lenga que já se arrastava há muito episódios teve um desfecho. Até me assustou o começo, onde eles decidiram do nada irem para Las Vegas para casar(!). Mas toda essa movimentação foi o canto do cisne do casal, e vejam só, a iniciativa do fim partiu de Riley. Cada vez mais indecisa sobre seu futuro, e pensando nos conselhos que várias pessoas (Jo, Auggie) deram para ela desistir de tomar esse passo tão importante tão cedo, ela depois de muito enrolar abriu o jogo com Jonah. Claro que o rapaz ficou transtornado, pois sempre foi visível que era ele quem mais fazia esforço para o relacionamento dar surto. E em um posto de gasolina na saída de Los Angeles, o namoro teve um fim. Mas a história não acabou aí, pois de cabeça quente, quem Jonah foi procurar em seguida? Ella, é claro, e finalmente todos os desejos secretos da loura se realizaram. Não dá para não ficar feliz vendo os dois juntos, uma dupla que sempre esteve em sintonia na série, e que formam um belo par juntos. Sorte ao novo casal, e que dure bastante (e não desfaçam depois de poucos capítulos).



A primeira metade da temporada de Melrose Place chegou ao fim, com a esperada revelação do assassino, fechando de vez essa trama, e encerrando a influência da Sydney na série (ou não?). Um fim que veio na hora certa, para dar novos ares à série a partir de agora. Agora com novos casais se formando (Jonah e Ella), Amanda se mudando para o condomínio e a notícia da saída de dois atores do elenco principal (Colin Egglesfield e Ashlee Simpson-Wentz - embora nada nesse episódio tenha se articulado em torno da despedida desses personagens, é bom dizer), essa segunda temporada tem tudo para ter vibrações diferentes. Muitas mudanças foram feitas devido ao feedback do público e dos baixos números de audiência, agora é torcer para que a série encontre seu ajuste antes de um prematuro cancelamento. Vamos torcer.

Fotos: Reprodução



Rafael S
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

[Dollhouse] 2x12 The Hollow Men Stills


por Anita Boeira

Mais uma vez vejo Dollhouse e fico com aquele sentimento de "WTF Dollhouse?" Mas dessa vez nao precisei esperar até o final do episódio. Dez minutos após o início esse sentimento já estava a toda.

Entao, o Boyd? Alem de maléfico é um baita dum maluco. Acho que se eu tentar explicar o vou acabar com dor de cabeça. Mas basicamente, Echo/Caroline e cia vão ao Arizona onde fica a sede da Rossum, dispostos a terminar com a empresa de uma vez por todas. E é lá que eles acabam descobrindo a maluquice do Boy. Ele considerava Dewitt, Topher e Echo parte da "família" e os escolheu para fazerem parte do plano de destruição do mundo. O fim dos tempos é inevitável, segundo ele, então de que lado você prefere estar: dos destruidos ou dos destruidores? O Paul e a Mellie/November ele disse que nao se importava muito, então resolveu matá-lo. Mas não deu muito certo, e a Mellie acabou sendo a única que perdeu a vida.

Boyd diz que só queria Echo/Caroline porque ela possui alguma característica fisiológica que impede que suas personalidades tomem conta dela. Os últimos dois anos foram só para testá-la, e agora o seu corpo é cobaia para retirarem células da coluna para fabricarem a tal vacina. Também Boyd usa o Topher para terminar de fabricar o "controle remoto" que pode apagar as memórias e colocar novas a distância.

No meio tempo, Victor/Tony e Sierra/Prya, que tinham escapado da Dollhouse antes dela ser atacada, voltam e encontram um post-it na cadeira pedindo que eles apertem o botao "Enter." Victor/Tony se sujeita a cadeira e volta como Topher (Aliás, o Victor é uma cópia perfeita do Topher! Sempre divertido assistir). Topher tem um câmera escondida no escritório, e com ela eles assistem Boyd jogando fora uma seringa no lixo que ele usou para drogar a Caroline , ela sabia que ele era o fundador da Rossum, e se ligaram na hora que ele era o vilão da história.

Então o Topher/Victor sugere para a Sierra/Prya que ele instale no Victor/Tony a sua personalidade original de volta mas com alguns extras que o transformam num super soldado. Eles partem para a sede da Rossum no Arizona também e acabam por salvar a Echo.

Echo/Caroline resolve que é hora de terminar o que ela começou dois anos antes quando tentou derrubar a Rossum. E Echo acaba usando o próprio Boyd (depois de devidamente ter sua memória apagada e virado uma Doll graças ao controle remoto do Topher) para isso. Ela o enche de explosivos e o manda esperar dentro do computador central da Rossum e puxar o pino de uma granada depois que a Echo for embora. Explodem o prédio.

Nisso Echo/Caroline vira para o Paul e pergunta "Salvamos o mundo agora?" E ele responde que sim.

Dez anos depois… As visões de pesadelo do Clyde são realidade. Agora é esperar o episódio final (Epitaph two) e ver o que acontece.

Enfim, eu comecei a escrever esse resumo do episódio ontem a noite após vê-lo, mas nao terminei. Fui dormir e acabei por ter dois pesadelos relacionados a ele. Em duas semanas sai o ultimo episódio, e de acordo com o site Dollverse, é um mini-filme e que definitivamente depois desse episódio nós não veremos os personagens de Dollhouse mais. Outra série do Wheedon, Firefly, foi cancelada antes de ter um final, e ele acabou fazendo um filme, Serenity, para encerrar a trama começada na série. Não será o caso de Dollhouse, infelizmente.


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Fotos: Eliza Dushku Central

[FNL] 4x09 The Lights of Carroll Park

por e.fuzii
Com o final da temporada se aproximando, resta manter as esperanças de que essas tramas tenham uma conclusão ao menos lógica e digna. Porque apesar de toda a irregularidade, dá para perceber que a história central, indo muito além da equipe dos Lions ao ressaltar a importância da chegada de Coach Taylor a esse lado leste da cidade, parece pelo menos bem orientada. Depois de presenciar um crime no subúrbio, resta a ele tentar se aproximar dessa comunidade tão ignorada por governo e autoridades. Para isso, ao lado de Buddy e Ray, ele contacta Elden, um dos membros dessa comunidade (o saudoso D'Angelo de The Wire), para saber o que pode ser feito para revitalizar esse parque. Óbvio que eles precisam de dinheiro. Mas fora o reestabelecimento da iluminação do local, o técnico promove uma divertida partida dos Lions com o time da comunidade, que lhe apresenta até um possível talento entre esses jogadores. Chega a ser até um alívio, principalmente por parecer que o entrever de Vince em frente à lanchonete de Ray fosse deixar os ânimos um pouco exaltados em campo. Mas a partida simplesmente serviu para mostrar esse compromisso de Coach Taylor, que inclusive fez uso de sua boa recomendação para conseguir o tal emprego para Vince.

Ainda parece cedo pra dizer, mas não me convence essa oportunidade de trabalho até saber exatamente em que nível fica essa relação de Vince com Jess e seu pai -- que parecia ser grave há até algumas semanas atrás. Mas do jeito que está, sinto por sacrificarem Jess até aqui, ficando limitada à alegria e à tristeza enquanto divide-se entre Vince e Landry. Também sinto pelo isolamento de Julie que, ocupando seu tempo em obras assistenciais, decide seguir em frente nessa relação sem compromissos com um novo garoto. Não estou preocupado com sua superação, mas por forçarem Tami Taylor a reconhecer essa "química" instantaneamente para criar algum assunto. Por outro lado, alguns episódios mais tarde resolveram retomar o assunto da noite de karaoke com o atrapalhado beijo de Glen, apenas pelo prazer de acompanhar uma discussão do casal Taylor. Além disso, serviu também como paralelo para a separação de Joe McCoy, que agora já consegue reconhecer o mal que fez na criação de seu filho e por levar a própria família à ruína.
O que sobra, então? Lógico que o inesperado anúncio da gravidez de Becky. Não sei se era intenção deixar em dúvida se o filho poderia ser de Tim, mas nem por um momento achei que ele teria sido capaz. Ou na verdade, que os roteiristas seriam capazes disso. Mas enfim, apesar de não me agradar muito que uma série force em si mesma um desafio, vou dar um voto de confiança. Até por já termos visto situação parecida com a gravidez não planejada do filho de Streets -- com uma premissa bem parecida, aliás --, tudo leva a crer que o desejo de Becky vai prevalecer. Fico curioso em saber como a série conseguirá lidar com esse assunto delicado, tentando levantar questões ao mesmo tempo que mantém-se elegante o suficiente para evitar polêmicas.

Fotos: Reprodução.

e.fuzii
twitter.com/efuzii

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

[90210] S02E12 - Winter Wonderland

por Rafael S


Quem acompanha minhas resenhas sobre 90210 deve ter tido um déjà-vu ao ver a imagem acima. E não é por menos: se vocês forem conferir a foto que abre minha postagem sobre o segundo episódio da segunda temporada, verá uma situação muito parecida: Annie, Naomi, um banheiro. Mas o que a imagem não mostra é a grande diferença: aqui Naomi não está acusando Annie, e sim implorando por perdão. E o que havia começado por Dixon no capítulo anterior, aqui se espalha por quase todos os personagens: uma verdadeira romaria para se desculpar com Annie. A garota vinha sofrendo injustamente as consequências das mentiras de Jen desde o season finale da primeira temporada, e agora com a queda da megera, está enfim recebendo o devido reconhecimento. Se formos parar para pensar o tanto de acontecimentos que se desencadearam daquele fatídico baile: o atropelamento do tio de Jasper; o afastamento de suas melhores amigas e de seu irmão; o seu relacionamento com Jasper. E agora que está tudo desfeito, é hora desses itens serem todos repensados. E a ironia do destino fez com que tudo isso acontece em um novo baile: o baile de Inverno, que é o ambiente onde grande parte do episódio se passa.

Aliás, se fosse resumir esse capítulo em uma palavra, seria arrependimento. Já falei sobre o de todos com Annie, mas houve outros também. O arrependimento de Liam ao ver Naomi abalada com a descoberta das mentiras de sua irmã. Arrependimento esse que escondia todo o sentimento que ele ainda tinha por ela. O que deixa tudo mais triste é que ele enfim havia encontrado alguém como ele: Ivy. Um casal que tinha tudo para dar certo, não fosse esse amor nunca esquecido. E o esperado reencontro aconteceu, e Naomi e Liam voltaram. De quebra, foi revelado o misterioso objeto sob a lona que o rapaz trabalhava. E para grande surpresa, não era nenhum instrumento de vingança: era simplesmente um barco de madeira, no qual trabalhava para descarregar sua raiva. Uma revelação meio broxante devido ao mistério que cercava o objeto, mas casou perfeitamente com o clima romântico entre ele e Naomi. Mas e Ivy nisso tudo? Infelizmente, restou à jovem surfista o choro solitário dentro do carro, para que ninguém a visse. O triste desfecho para essa grande personagem que só fez acrescentar desde que entrou na série. E estou triste por ela. Não me importa que Liam e Naomi sejam um daqueles casais planejados para ficar juntos, Ivy merecia um destino melhor. Agora fica a dúvida do destino dela: será que inventarão um novo personagem para se envolver com ela, ou ela ainda curtirá sua dor por um bom tempo?



Arrependimento também foi o que Teddy sentiu ao ver que Silver a rejeitava pela sua fama de galinha. O típico garoto que só queria curtir o momento (Adrianna que o diga) enfim se apaixonou. Um envolvimento nascido da doença da mãe dela, no início apenas um apoio mútuo, mas que cresceu com força. E em pleno baile, foi o momento de Silver se arrepender de cortar todas as investidas do rapaz. Mas quando ela finalmente tomou a atitude e resolveu se acertar com ele, os roteiristas resolveram implantar um daqueles mal-entendidos clássicos do cinema/série, perfeitos para separar casais. Uma bela e jovem loura, com um estonteante vestido vermelho ao lado de Teddy? Claro que Silver tirou suas conclusões precipitadas, mas ela era apenas Savannah (Julianna Guill, mais uma do elenco do remake de Sexta-Feira 13 a entrar na série), irmã recém-chegada do rapaz. Ok, um mal-entendido que poderia ser facilmente contornado na mesma hora, se não fosse Dixon.

E definitivamente não sei o que os roteiristas querem fazer com Dixon. Boa parte de sua subtrama nessa primeira metade da temporada foi sobre seu relacionamento fracassado com Sasha. Ele parecia realmente ter esquecido Silver. Mas eis que na primeira oportunidade, ele não só fala mal de Teddy para a garota, como omite de não contar que Savannah era sua irmã e finaliza com uma investida para cima de Silver! Esse é o novo Dixon, parecendo um vilãozinho saído de Malhação. Mas a conversa do garoto com a mãe poderia ajudar a redimir sua participação no episódio. Todo aquele papo sobre as dificuldades que ele sofria por ser adotado foi realmente bem legal, uma bela conversa franca entre mãe e filho. Mas eis que Dixon resolve trazer à tona de novo o papo de conhecer sua mãe adotiva! Os roteiristas parecem estar com crise de criatividade, afinal essa é uma trama reciclada da primeira temporada (onde pelo menos teve um desfecho digno, em uma bela cena onde Annie foi falar com a mãe adotiva dele, e Dixon não conseguiu sair do carro). Já era fato que ele não estava longe de ser um personagem popular entre os fãs da série, e depois dos acontecimentos desse episódio, pode apostar que virou um dos mais odiados.



Essa nova fase da vida de Annie já começou movimentada. Toda a reaproximação dos amigos trouxe de volta a saudade que ela ainda guardava deles, e dos momentos que passavam juntos. Uma balançada que foi essencial para o momento em que todos eles, juntos, falaram para ela sobre Jasper ser um traficante e ter empurrado Navid das escadas. E Annie só acreditou depois da confissão de Adrianna (mais outra personagem em processo de arrependimento, não só com Annie, mas com Silver, Naomi e Navid), que confirmou ter comprado drogas na mão dele. E então veio a hora da verdade para o casal. E quem diria, Jasper admitiu de cara limpa ter feito tudo aquilo. É definitivamente um tipo diferente de vilão de série adolescente. Mas o jogo mudou de lado no incrível gancho final do episódio, onde ele revelou saber que Annie havia atropelado e matado seu tio. Uma revelação que pode mudar muita coisa, deixa ideal para muitas chantagens nos capítulos por vir.

E esse episódio fechou a primeira metade dessa temporada de 90210. A série conseguiu achar o tom certo, ganhou muito com os novos personagens, e tem perspectivas bem animadoras para a continuação. A volta está marcada para o dia 9 de março. Nos vemos lá!

Fotos: Reprodução



Rafael S
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

[Bones] 5x11 The X in the File


por Anita Boeira

Bones desde a primeira temporada tenta se estabelecer na Fox como o novo Arquivo-X. As referências são muitas e hilárias. No primeiro episódio, Booth disse que ele e Brennan eram Mulder e Scully - aliás, Supernatural também usou deste artíficio no seu primeiro episódio e foi muito mais convincente - Na segunda temporada David Duchovny dirigiu um episódio (bem mais ou menos).

No de hoje, Dean Haglund (Langly, dos Pistoleiros Solitários) faz uma participação especial como dono de um bar em Roswell, Novo Mexico. Nos primeiros 10 minutos eu já estava rindo alto com as referencias a Arquivo-X. Finalmente uma homenagem decente a um dos seriados mais incríveis já exibidos na televisão.

Em Roswell, um ufólogo procura por sinais de vida extraterrestre nos desertos de Roswell e acaba encontrando um corpo embrulhado numa jaqueta prateada que se parece bastante com um alienígena. Booth e Brennan sao chamados a Roswell, e Brennan já avisa assim que vê o corpo de que não se trata de um alienígena, e sim de uma mulher. Enquanto as piadinhas de alien rolam, o tema de arquivo-x começa a tocar (e eu rindo alto) Era só o celular da vítima tocando…

O xerife de Roswell proíbe que Brennan leve o corpo de volta para Washington, diz que nao vai lidar com a imprensa o acusando de mandar o corpo de um alien para Washington cobrir evidencias de novo. E os tipinhos esquisitos começam a desfilar pela tela da tv, e todos são suspeitos.


A vítima era mais uma esquisita obcecada por vida extraterrestre, morando num trailer em Roswell e tentando juntar evidências de que aliens existem. E aparentemente ela conseguiu um vídeo de um OVNI pousando no México. Mas depois que Angela usa os super-poderes de tecnologia dela, descobre que na real era de uma empresa depositando toxinas no outro lado da fronteira. Entao, resumindo, ela procurava por aliens mas acabou foi achando algo que se exposto na mídia seria um baita golpe na tal empresa. Ela ofereceu vender o vídeo para uma funcionária da tal companhia, mas o bartender (Haglund) acaba ouvindo a conversa e convencendo a vítima de que ela poderia conseguir mais dinheiro pela prova e que ele queria uma parte. Mas aparentemente ela nao concordou com o plano dele e acabou morta.

E voces, Arquivo-X fanáticos? Gostaram do episódio?


site: anitaboeira.net
twitter: twitter.com/anitaefrango

Fotos: http://bones-daily.com/

Globo de Ouro - Michael C Hall por Dexter

Ele mereceu *



Não vou comentar as premiações, não vejo todas as séries premiadas, no sentido de acompanhá-las, já que pelo menos vi uma coisa outra a ponto de saber se gosto ou não. Tenho as minhas implicâncias e, principalmente, estou muito longe de fazer uma resenha com conhecimento de causa. Deixo isso para quem sabe.

Mas não poderia deixar de comemorar a vitória do querido Michael C Hall, como fã de Dexter, acredito que ele mereceu a indicação e o prêmio. Pode-se questionar a série, apontar seus pontos fracos. Mas o talento de Hall é inquestionável. Ele é a razão maior de sempre defender Dexter. Feliz também por John Lithgow, que fez um trabalho soberbo como Trinity, mostrou que um serial killer pode ser mais do que os clichês de sempre. Quantas nuances! Foi o melhor nêmesis de Dexter em quatro temporadas. Gosto muito de Michael Emerson, o seu Ben Linus é sempre um prazer de se ver. Mas esse era o ano de Lithgow.



Mas há coisas que me pertubaram, premiação é sempre injusta para com a sua série favorita, hahaha, não tem como :P No entanto, a coisa mais idiota da noite ocorreu em terras brasileiras mesmo. Rubens E Filho deveria se limitar ao cinema, pela reputação, não por concordar com suas análises. Mas se meter em séries, coisa que ele não entende absolutamente nada, deveria passar longe. Não tem preparo para isso. E foi no mínimo irresponsável dizer que Michael C Hall levou por conta de sua doença. O ator só admitiu o câncer e seu tratamento após o término das votações do Globo de Ouro. Provavelmente o fez porque saíria em público e, como vimos, com sinais claro (vide a sua touquinha) que passou por um tratamento. Deveria ter se preparado mais, Mr. Rubens, ou então calar a boca da próxima vez.



* Foto: Reprodução via Google Images.

/@danna_

domingo, 17 de janeiro de 2010

[Melrose Place] S01E11 - June

por Rafael S


São tempos difíceis para Michael. Vive em uma paz armada com Violet, onde cada um tem provas para acabar com a vida do outro, e agora descobriu que David roubou o colar de Sydney que estava escondido em seu carro. Como uma prova de um crime foi parar lá? No mínimo suspeito isso, e David viu nisso a oportunidade perfeita de livrar a cara de Auggie de vez, e se vingar do seu pai. Mas, como sempre, Michael tinha uma carta na manga, e botou o emprego de Lauren em risco como forma de barganha com David. O resultado dessa guerra particular eu vou falar mais abaixo, mas antes, para complicar ainda mais sua vida, ele deu de cara com Amanda Woodward. A loura, que no episódio passado apenas interagiu com Ella, aqui tem a oportunidade de estrear "oficialmente" na série. Seu diálogo com David foi meu momento preferido do capítulo. Dois grandes tubarões se enfrentando apenas com palavras. Cada frase veio carregada de indiretas e ironias, além de várias referências à série clássica (citações ao Peter, as mortes forjadas de Sydney e Amanda), um belo presente aos fãs das antigas.

Mas como nem tudo são flores, o episódio mais uma vez não trouxe Auggie. Sim, um dos personagens mais importantes da trama do assassinato outra vez fica de fora. Senti um padrão episódio-sim, episódio-não em suas aparições. E assim, os roteiristas tem que se desdobrar para continuar citando o personagem, mesmo sem ele aparecer. Então houve a discussão entre Violet e Riley sobre a última ter falado para a polícia que Auggie estava se escondendo no México (no décimo episódio). Como já é sabido que Violet vê Riley como uma ameaça ao seu relacionamento com o cozinheiro, esse bate-boca não foi nenhuma novidade para nós, mas de repente surge um novo nome na história: Levi, o irmão adotivo da ruiva. Com seu tom ameaçador, ele já apareceu alucinado - um dependente químico com uma obsessão pela sua irmã, com quem teve um envolvimento no passado e agora quer retomá-lo. Muita informação? Sim, essa trama bruscamente foi empurrada goela abaixo nesse capítulo, e pela sua relevância, é de se esperar que vá render algumas tragédias no futuro. E sobrou para Riley, que ao tentar defender Violet do viciado, quase foi agredida e acabou vendo a câmera de Jonah sendo destruída no processo. E agora vale um pequeno comentário: ao explicar para o namorado o que aconteceu, ela apenas falou que "ficou no meio de uma briga entre Violet e seu irmão/namorado". Ora, não era mais claro (e fácil) falar logo: "um doido invadiu nosso apartamento, me ameaçou e quebrou sua câmera"? Ao assumir essa postura defensiva, ela mais uma vez brigou com Jonah, desesperado ao ver seu material de trabalho em pedaços no chão da sala. E mais uma vez, o casal se desentendeu.



E falando em Jonah, sua maré de azar continua firme e forte. Não bastassem as brigas com Riley e a destruição de sua câmera, ele teve que começar a procurar desde que sua namorada foi demitida no episódio passado. E vejam só, justamente Ella conseguiu um trabalho para ele, na WPK. Estaria tudo certo, se Ella, como faz todo capítulo, não precisasse de sua ajuda num favorzinho e o botasse em maus lençóis. Ser contratado e despedido no mesmo episódio, é um feito deveras impressionante. O que nos faz questionar porque essa trama dispensável foi inserida no episódio. Como consequência tivemos Jonah decepcionado com Ella depois de descobrir que ela não o apoiou na discussão sobre os créditos do videoclipe que ele dirigiu, e a loura mais uma vez levou um daquelas humilhações de Amanda, que só não a demitiu ainda porque tem algum interesse secreto que a envolve. Aonde isso vai dar?

Mas vou deixar de falar das coisas ruins para voltar a focar nos bons momentos do episódio, que é a trama do assassinato que cada vez mais se aproxima do clímax. Como falei no primeiro parágrafo, Michael botou o emprego de Lauren em risco para chantagear o filho. Mas é claro que o rapaz não iria cruzar os braços com essas ameaças. Ele executou um plano que ao mesmo tempo livrou a cara da estudante de medicina e armou uma prisão em flagrante do pai no momento em que ele tentava reaver o colar ensanguentado de Sydney. Definitivamente, esse não foi um bom capítulo para Michael, e conhecendo o médico, é de esperarmos uma vingança no mesmo nível. Mas como toda suspeita muito escancarada, duvido muito que Michael seja o assassino, assim como também não deverá ser nem David nem Auggie. Se fosse para apostar minhas fichas, iria em Vanessa, personagem coadjuvante que ganhou uma relativa participação nesse reta final da primeira metade da temporada.



E o episódio terminou com a grande novidade: Amanda vai voltar a morar no condomínio! Para uma ricaça como ela voltar a morar em um local como aquele, é porque ela tem grandes planos para alguns ali. A atenção dada a Ella, o tal presente misterioso deixado por Sydney...ela definitivamente tem sua própria agenda. Mau para os jovens moradores, só nesse capítulo, Ella, David e Jonah sentiram o poder da língua afiada da loura. Enfim, um episódio cheio de altos e baixos, como vem sendo padrão na série. E agora restam as expectativas para o próximo, que deve encerrar algumas tramas (assim espero), para que a segunda metade da temporada tome novos rumos. É esperar para ver.

Fotos: Reprodução



Rafael S
http://twitter.com/rafaelsaraiva

sábado, 16 de janeiro de 2010

[Criminal Minds] 5x12 "The Uncanny Valley"

(por Celia Kfouri)


Agora sim! A espera foi longa desde o 5x09, mas compensou.

O 5x12 trouxe um episódio muito interessante. Original na trama e cerebral na resolução; menção a Gideon e altíssimas doses de Reid; Hotch novamente liderando o grupo; ou seja, ingredientes perfeitos.

Uma unsub com graves perturbações mentais, que foi abusada sexualmente pelo pai, na infância, precisa repor sua coleção de bonecas (que o pai lhe deu, após os abusos, e agora lhe tirou, para dar a uma nova vítima). Na falta de bonecas, opta por mulheres que, por meio de drogas, mantem paralisadas mas conscientes, para participarem de seu chá de bonecas.


O chá de bonecas, com chá 'de mentirinha'.

As cenas são fascinantes: a atriz que faz a unsub está ótima, e a caracterização das vítimas, também. Dá para sentir o horror no olhar daquelas mulheres, e eu gelei só de imaginar o que lhes passava pelo pensamento.


O terror nos olhos da vítima.

E a unsub, no fundo, não era ruim(?). Era doida mesmo (apesar de saber exatamente que o que fazia era errado!).

Reid, que 'humilha' o colega nas estratégias de xadrez, relembra Gideon de forma muito carinhosa. E com isso me encheu de saudades das gloriosas temporadas iniciais.



Ele é desconcertante!

E foi ele que vislumbrou tudo o que estava por trás daquele médico PhD, em psiquiatria e em perversidade. Decifrou o siginificado dos brinquedos, deduziu a violência contra a filha, tudo de forma tão precisa que o médico desabou. não resistiu á argumentação e 'se entregou'.

Se não bastasse a resolução do caso, ele ainda foi profundamente acolhedor e solidário com a unsub. Respeito! (Tá, eu sei que o unsub era completamente diferente, mas o agente também, e é por isso mesmo que o Reid tratou a moça assim, e a Prentiss fez a ceninha que fez no episódio anterior).


Reid devolve a coleção de bonecas da unsub.


Claro que nem tudo é perfeito, e os roteiristas tinham que fazer mais uma (!!) 'homenagem' a 'O Silêncio dos Inocentes'. A cena da vítima que entra na parte traseira da van, ao ajudar a unsub a carregar a cadeira é idêntica, é cópia da cena em que Buffalo Bill atrai a filha da Senadora para dentro de seu carro. Péssimo. Odeio ese tipo de coisa!

Mas tudo bem, a série está de volta. Hotch liderando, grupo unido, Reid brilhante. E eu torcendo para que o ritmo continue.

Até o 5x13.
(obs. Semana que vem estarei viajando, então levarei uns dias a mais para postar o comentário.)


Celia.
www.twitter.com/celiakfouri



Fotos: reprodução.

[Criminal Minds] 5x10 "The Slave of Duty" e 5x11 "Retaliation"

(por Celia Kfouri)

A quem possa interessar, desculpem-me pelo 'sumiço'. O fim de ano somado ao desânimo diante desses dois episódios fez com que eu esperasse pela chegada do 5x12. O atraso nos comentários é tamanho que nem mais se justificaria fazê-los, mas achei que poderia fazer uma breve introdução ao 5x12.
Vamos lá.

Como seria de se esperar, o 5x10 mostra o funeral da Haley. Uma criança órfã é sempre muito comovente; Jack ao menos parece que terá um pai muito dedicado. Acredito em Hotch, nas suas atitudes e nas suas palavras.
(que conveniente essa tia tão solícita, possibilitando que Hotch retome suas funções, não?!?)



Última homenagem à mãe.


O unsub da semana não poderia ser mais clichê: homem abandonado que resolve se vingar em mulheres que se parecem com a que o desprezou. Bah! Gostei apenas da questão do GPS, que sempre achei que é o maior de todos os Big Brothers. Literalmente vigiando todos os 'passos'.

A conversa entre Rossi e Morgan foi muito boa, e mostrou que Morgan sempre soube qual era seu lugar. Ótimo.
Já a tão comentada cena da Prentiss com o unsub foi, para mim, rídicula. Ridícula! Além de muito forçada, só mostrou descontrole e abuso. Um agente tão preparado de um grupo de elite não reage assim (ou não deveria!).


Abaixe essa arma, agent Prentiss. E contenha-se.


O 5x11 começa com uma citação muito especial ( em tradução livre "As pessoas são mais dispostas a retribuir uma ofensa do que uma ajuda, porque a gratidão é um ônus e a vingança, um prazer"). Sempre pensei muito sobre o equivalente nosso, simplificado "por que me odeias se nunca te ajudei?". Um baita 'food for thought'.

Nao sei dizer se gostei ainda menos desse episódio, mas o fato é que tenho muito pouco a dizer sobre ele.

Um unsub sob custódia da prentiss e de um policial escapa com a ajuda de um comparsa. Descobre-se que ele, ladrão de bancos, quer recuperar o dinheiro que tem escondido em algum lugar, e obriga esse unsub a ajudá-lo, por manter sua família cativa.

Nada de especial a comentar, até porque não quero ficar falando mal, mas não dá pra deixar passar a tal entrevista cognitiva que Morgan faz com Prentiss. Que absurdo! Aquilo ali convence quem? Que teatrinho mais fake! Péssimo, inverossímil.

Nesse episódio, a Prentiss se superou: o unsub que ela escoltava fugiu; ela atirou nele quando só ele sabia onde a família cativa estava, e ainda protagonizou aquela entrevista forçadíssima. (não me levem a mal, não é nada pessoal, é fato; ela pode até não ter tido culpa, mas não estava num bom dia!)

Mais uma vez, por envolver crianças, o reencontro da família que estava em cativeiro foi comovente.





Família reunida novamente. Missão cumprida.


E ao final, Morgan devolve a liderança a Hotch. O seu a seu dono!




Morgan despede-se da sala de Hotch.


Agora vamos ao 5x12, que tirou a série dessa pasmaceira.



Celia.
www.twitter.com/celiakfouri

Fotos: reprodução.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Filme - Sherlock Holmes

Não uso casacos e tenho horror a armas de fogo



Por Danielle M


Se tem um cara que eu acho chato é o Guy Ritchie - aka - ex marido da Madonna. Ele é um exagerado. Cheio de maneirismos irritantes, seus filmes têm diálogos demais, porradas demais, efeitos demais, enfim, over! Acho que para vê-lo você tem que ter muita testosterona. Não é o meu caso :) E sem contar que acho seus filmes beeem misóginos.

Fui desconfiada assistir Sherlock Holmes, mas pensei, ah, tem o Jude Law e, principalmente, tem o Robert Downey Jr. Ainda bem que fui. Exatamente por estes dois, e pelo elenco de apoio maravilhoso, saí do cinema com aquela sensação boa de não perder tempo, de rir horrores, comer pipoca e me divertir muito.

Guy Ritchie amadureceu. Percebeu que uma hora tinha que crescer e que porrada e canos fumegantes, cansam. Um momento ou outro a gente percebe o estilo dele, aí é que está, o cara curou os maneirismos e construiu um estilo MESMO em Holmes. Aquela metralhadora giratória de porrada, ação e verborragia, encontrou uma razão de existir, um contexto e, ora vejam só, um equilíbrio.

Trio com porrada, humor e sem canos fumegantes!

Robert Downey Jr faz um Holmes que pouco tem a ver com os dos livros e com as outras versões cinematográficas, pelo menos fisicamente falando, se não fosse pelo seu delicioso método dedutivo, poderia ser qualquer outro personagem :) Mas olha, isso não é defeito, achei uma boa sacada do diretor e do escritor. Modernizou Holmes, rejuvenesceu e garantiu uma franquia. Evidente que terá sequencia, não apenas pelo final com o enigmático Professor Moriaty, mas também pela grana toda que o filme está faturando, né minha gente? Mas tem como errar com Jude Law e Robert Downey Jr? Tem não! E ele também não foi o primeiro a fazer um detetive mais doidinho. O cinema brasileiro fez antes, com "O Xangô de Baker Street".

Produto nacional :) Holmes é nosso, aha, uhu!


Sherlock Holmes fuma cachimbo, não usa aquele casacão - eheheh, ele fica mais sem camisa do que tudo - e bate bem e muito. Charmoso, cheio de piadinhas, meio loser, nada engomadinho e tímido, mas com aquele mesmo método super racional de descobrir tudo. Jude Law é Watson, não há referência ao "caro", ele continua inteligente e, pasmem, rápido, nada daquele cara molenga meio gordinho, além de um vício por lutas (olha o estilo Ritchiano aí ó :P ). A perfeita conexão entre os dois, um é complemento do outro, continua lá.
O filme por incrível que pareça não é misógino! Mais uma evolução do diretor. Êêê, a mocinha é bacana, Rachel McAdams é ardilosa, dá porrada (olha o estilo aí de novo :P ) e não precisa ser salva a cada momento. A trama é ótima, sobrenatural num primeiro momento, para depois colocar tudo em perspectiva racional.

Filme de Guy Ritchie, nem tudo é perfeito. Ele deve ter sofrido por fazer um Holmes que não gosta de armas de fogo. Mas foi divertido! JURO!

Fotos: Reprodução

/@danna