segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

[Filme] Atividade Paranormal

Por Danielle M


Taí um filme badalado. Ficou semanas no TT do Twitter. Vi vários trailers, alguns com reação da platéia, sempre em pânico. Enfim, considerado um dos mais assustadores.

Olha, nem era pra tanto. Sou uma grande fã do terror, mesmo. Sempre gosto dos filmes do gênero. Acho que eles valem o total divertimento, até porque são absolutamente despretensiosos. Não têm uma carcaça intelectual ou coisa parecida, bom, até a chegada de o AntiCristo :P

Mas acho que jogaram confete demais em Atividade Paranormal. Eu gostei sim e muito. Levei sustos até. Dei gritinhos, pulei da cadeira, agarrei o braço do meu namorado, todo aquele ritual de filme de terror. Mas não é nem de longe um dos filmes mais assustadores. Só pra vocês terem idéia, fui ao banheiro sozinha de madrugada sem maiores tormentos :P

Os efeitos são basicamente sonoros. E achei isso incrível, até porque quem nunca acordou no meio da noite com ruídos? Aliás, essa premissa do filme é interessante. Partir do princípio que a maioria dos fenômenos paranormais são "criados" com a nossa piração com barulhos, vultos, sombras inexplicáveis, essas histórias que muitos de nós temos para contar. O roteiro tem todo o mérito, porque os atores, mesmo amadores e amigos do diretor, conseguem segurar bem as cenas. Até pela noção de documentário. Ver cenas como "reais" é de arrepiar mesmo. A idéia é simples e poderosa. Não é o que estamos vendo, mas o que está por vir. O intangível.

Ao pesquisar sobre o filme, além do baixo orçamento, visível em cada frame, sem demérito algum, diga-se. Soube que Mr. Spielberg gostou, resolveu apadrinhar e com isso facilitar a distribuição nos cinemas, mas antes pediu algumas mudanças, como pequenas alterações na edição de imagens, alterando a ordem dos acontecimentos e, o principal, a mudança do final. O que assistimos no cinema não é o original. Coloco mais abaixo a versão do diretor. São finais que mudam a perspectiva do filme.

No original do diretor, o paranormal fica em segundo plano, assim a resolução passa a ter um caráter de surto da personagem Katie, uma assassina que têm delírios. Ok, tem uma pequena alusão quando podemos ver uma luz que acende e logo após se apaga no fim do corredor, antes da entrada da polícia. Há creditos, como um filme normal. Acredito que seria mais plausível e considero bacana, apesar de ser enooooorme.



Já no final spielberguiano, o paranormal é o grande foco, Katie realmente tinha uma conexão com o tal demônio, podendo, inclusive, a audiência especular sobre quando isso aconteceu de fato, ou seja, a mocinha já poderia estar possuída há muitos anos atrás, sendo a responsável, por obra do demo, pelo incêndio em sua casa. Na derradeira cena, após jogar o corpo de Micah - e aí é baita susto em geral no cinema - ela transfigura-se na câmera, numa fração de segundos vira a menina possuída e pesquisada na internet por Micah e na fração seguinte, o demônio propriamente dito. Neste final, não há créditos, apenas uma lacônica informação de que o paradeiro de Katie jamais fora encontrado, deixando margem, ai meu sais, para uma sequencia já ventilada pelo povo nos Twitters da vida. Final Spielberg abaixo:



Esperamos que não! Blair 2 taí pra provar que sequencias de filmes de terror não dão certo, salvo A Morte do Demônio e Hellraiser, cuja continuações foram melhores que os antecessores.

Conselho? Se for esperando o supra sumo do terror, melhor não ir. Mas se quiser diversão e alguns sustos, aí é garantia.


/@danna_

[90210] S02E10 - To Thine Own Self be True

por Rafael S


A imagem acima representa muito bem em torno do que girou o episódio. Bem emotivo, foi talvez o mais sereno da série até hoje, substituindo a euforia típica dos jovens por momentos mais intimistas. Despedidas, desculpas e confissões deram o tom do capítulo. A começar pela trama central, envolvendo Silver, Kelly e a mãe delas.

O fim do episódio passado foi um indicativo que a hora de Jackie havia chegado, tendo esse capítulo a missão de contar seus últimos momentos. E assim, sua jornada final começa, com Silver desesperada levando-a para o hospital. Logo depois, chega Kelly, para amparar a irmã, mas ainda sem dar o braço a torcer e conceder à mãe um último perdão. Em conversas bastante íntimas entre as duas irmãs, podemos finalmente ver a dimensão da mágoa de Kelly. Se Silver sofreu com o descaso, Kelly sofreu com a pressão. Jackie tentou interferir ao máximo em sua vida, querendo transformá-la em um projeto idealizado de filha. E some ao fato que Kelly esteja já perto dos 40 anos, e vejam quanta raiva reprimida ela tem, muito mais que a própria Silver.

É bom frisar que Jackie sempre passou longe de ser um exemplo de mãe, mas é difícil não compartilhar de seu sofrimento nesses últimos momentos, onde ela enfim aprendeu a valorizar cada pequeno ato de afeto. E faltava apenas o de Kelly. Como se ela estivesse esperando apenas por isso antes de partir. Vale destacar aqui duas magníficas cenas do episódio: a primeira, quando a casca de Kelly finalmente é quebrada, e ela desaba em choro, sozinha, no corredor do hospital. É o momento do estalo, onde ela percebeu que precisava passar aquele tempo com a mãe. E logo em seguida, temos a conversa entre as duas, a primeira amistosa e sem mágoas reprimidas em muitos anos. E então Jackie se foi, em uma linda cena que não precisou de nenhum diálogo nem de reações escandalosas. Apenas apertos fortes de mãos, e um choro abafado. Uma cena que me ganhou pela sutileza, em um ótimo tom escolhido pelo diretor do episódio e pela atuação do trio de atrizes.



Mas como a vida não para, muitas outras coisas aconteciam em outros núcleos da série. Infelizmente, minutos preciosos foram gastos em uma trama descartável sobre Jen e Ryan acampando. Muito pouco adicionou aos personagens, basicamente repetindo o que já sabíamos sobre eles (como Ryan não gosta dos eventos de luxo que é obrigado a ir, e a incapacidade de Jen de viver uma vida "simples"). Jen ainda esboçou um desabafo, sobre como estava falida e se aproveitando do dinheiro de Naomi, mas não salvou essa parte do episódio.

E falando em Naomi, esse capítulo serviu para reerguer a personagem, que andava muito apagada há algum tempo. E por dois bons motivos: o primeiro, é vê-la pedindo desculpas. Arrogante como é, quem diria que ela iria confessar para Richard seu plano para conseguir uma vaga na universidade, e se desculpando para o rapaz? Para um coadjuvante tão maltratado pela série até agora, esse foi um momento surpreendente para o jovem. E, em mais um surpreendente momento de maturidade, Naomi abriu o coração para Jamie, ao admitir que ainda era apaixonada por outra pessoa (Liam). Duas cenas que deram um novo gás e uma nova dimensão à garota. Que baita episódio para ela, espero que essa vibe madura continue por um bom tempo. Ah, e já estava esquecendo: ela ainda conseguiu descobrir o vício de Adrianna. De longe, a melhor surpresa do capítulo.

Enquanto isso, chegou o momento de Annie apresentar Jasper aos seus pais. E como bom estraga-prazeres que é, Dixon fez logo o favor de repassar para eles o boato sobre Jasper ser traficante. Nem é preciso falar muito sobre o clima que tomou conta do jantar após isso. O curioso é que ainda assim, o jovem cineasta conseguiu se portar de modo bem consciente, realmente passando a impressão de ser uma pessoa injustiçada por comentários alheios. Mas eis que sua instabilidade mais uma vez dá às caras, e ele resolveu se vingar pessoalmente daquele que espalhou o boato: Navid. Com um empurrão digno de novela da Globo, o iraniano saiu rolando escada abaixo. Agora é esperar para ver se haverá alguma sequela do acidente. Mas o fato é que Jasper é um verdadeiro mistério: embora seu lado "mau" esteja escancarado, não consigo sentir raiva dele como sinto, por exemplo, de Jen. Ele tem um discurso forte, e com algum tom de verdade. Um prato cheio para os roteiristas trabalharem, vamos ver até onde ele vai.



Tirando as cenas desnecessárias de Jen e Ryan, um dos melhores episódios da série até agora, adotando um tom mais que apropriado para as circunstâncias envolvidas. Também senti falta de Teddy (que não apareceu em momento algum), mas talvez tenha sido melhor assim, para deixar o núcleo Silver-Jackie-Kelly o mais fechado possível para essa emocionante despedida. E assim, a vida segue.

Fotos: Reprodução



Rafael S
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domingo, 27 de dezembro de 2009

[Melrose Place] S01E09 - Ocean

por Rafael S


Com a grande incerteza sobre o futuro do relacionamento ainda presente, Riley e Jonah seguem sem saber o que fazer. A primeira cena dos dois já simboliza muito bem isso, com cada um dormindo virado para um lado da cama. O que os afeta não é um simples desgaste ou brigas, é um descompasso. É inegável que um gosta do outro, mas (infelizmente) isso não parece ser suficiente para garantir o sucesso de um relacionamento hoje. E assim, com suas vidas individuais consumindo-os, os dois tiveram que lidar mais uma vez com dúvidas e tentações. Riley com a cabeça repleta de pensamentos sobre as suspeitas que pairavam sobre Auggie (falarei disso mais abaixo), ficou no dilema se entrava ou não em contato com a polícia para dar pistas do paradeiro do rapaz. Uma amizade ou uma acusação, o que é mais forte? Já Jonah, tendo sido chamado para ajudar Ella em uma negociação de um contrato de publicidade com um famoso diretor de cinema, teve que fingir ser namorada dela para protegê-la das investidas do diretor. E finalmente, uma das maiores tensões sexuais da série foi escancarada. Em uma surpreendente cena, Ella abriu seu coração para o rapaz, praticamente implorando pelo seu amor. E a prova da força e do carisma da personagem é que, mesmo ela estando ciente que estaria arruinando o noivado de Jonah, nós conseguimos ver sinceridade nas suas palavras, e simpatizarmos com sua atitude. Um verdadeiro convite ao amor - mas infelizmente, é de Jonah que estamos falando. O bom moço da série. Era claro que ele iria negar, e isso iria acabar servindo para ele tomar uma atitude e reforçar seus laços com Riley. É assim que a vida anda, sempre em descompassos. Pobre Ella.

Já sua companheira de quarto, Lauren, continua consumida por sua vida de acompanhante de luxo, o começou a deixar isso interferir em seu trabalho no hospital. Mais que o cansaço físico (esperado pelo seu trabalho paralelo), ela está mentalmente extenuada. Ela está tendo que encarar uma série de consequências de sua vida dupla, desde sua nova rotina de horários ao enfraquecimento de sua amizade com Riley. Mas o que ela realmente não estava preparada era sobre como lidar com o beijo que ganhou de David. Em um conflito de desejo e responsabilidade, ela se viu obrigada a resistir às propostas do rapaz, tendo que negar toda a sintonia evidente que os dois vinham tenho juntos em prol do seu grande segredo. E cada vez mais, essa vida dupla vai custando caro para a jovem estudante de medicina. Até quando ela aguentará isso?



E falando em David, temos aqui a confirmação de toda a mobilização que já vinha ocorrendo na série para transformá-lo em um bom rapaz. O seu beijo com Lauren foi a cereja do bolo nesse episódio, mas não foi só isso. Aqui vimos David e seus momento de ternura e diversão junto com seu pequeno irmãozinho Noah. Toda sua aflição ao vê-lo machucado, e a dedicação de ficar ao seu lado o tempo todo. E mais que tudo isso, o reconhecimento de Michael dos esforços do filho. Quem iria imaginar que depois de tantas brigas e discussões, pai e filho teriam uma conversa franca e civilizada? O sempre áspero médico conseguiu elogiar o filho! Será que isso começará a mudar a relação entre os dois. Acho que há grandes chances disso ocorrer, não só pelo David, mas para amenizar a barra de Michael, que na série original era talvez o principal, e aqui estava tendo que se portar como um antagonista.

Mas embora possa estar mais sentimental, isso não deixou David mais mole e burro. Ao ser chantageado mais uma vez por Violet, ele conseguiu um belo revés na situação, e botou a ruiva sob suas garras agora. Nada como algumas amizades influentes e cobrança de favores para mudar o panorama do jogo, hein? Agora o envolvimento de Violet com a polícia foi trocado pela não-revelação do vídeo dela transando com o doutor. Um frágil acerto, que a qualquer momento pode ser quebrado, tendo em vista os dois fortes jogadores envolvidos.



E chegamos mais uma vez a Auggie. Ou não chegamos, já que o cozinheiro passou o episódio foragido, e só deu o ar de sua graça pela Internet, ao teclar com Riley. É evidente que o personagem está em total desacerto com o resto do elenco. Já não é o primeiro episódio que ele não aparece, e agora, com toda a suspeita policial girando em cima dele, dão um jeito de sumir com o rapaz de novo? Parece um grande complô para tirar o personagem da série, isso sim. Uma pena, e se for o caso, que façam isso o quanto antes, para encurtar esses momentos estranhos na série.

O episódio valeu por David e Ella abrindo seus corações para seus interesses amorosos. Ambos mal sucedidos, mas é difícil não simpatizar com atitudes tão legais de personagens que estão longe de ser um exemplo de mocinho e mocinha da série (sim, foi uma alfinetada em Jonah e Riley). Mas por favor, deem um destino ao Auggie o quanto antes! E no próximo episódio: Amanda!

Fotos: Reprodução



Rafael S
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sábado, 26 de dezembro de 2009

[90210] S02E09 - A Trip to the Moon

por Rafael S


O título desse episódio carrega alguns significados. Não apenas uma referência ao momento compartilhado por Silver e sua mãe, mas também uma homenagem ao clássico filme do Georges Méliès, Le voyage dans la lune, de 1902. Nada mais apropriado, já que Silver é uma grande cinéfila. E nesse capítulo ela teve a oportunidade de entrar num mundo fantástico, tal qual o do filme. Mas seu sonho não era o mesmo dos pensadores do curta-metragem francês. Nada de conquistas a Lua, ela apenas queria conquistar o amor de sua mãe, nem que por apenas um dia.

Mas vamos começar por outras tramas da série. A cena final do episódio passado deixou um dos melhores ganchos até agora, a volta de Adrianna às drogas. Devastada pelo fim de seu namoro com Navid e logo depois perder Teddy, sua recaída parecia apenas uma questão de tempo. E logo em sua primeira aparição do capítulo, conseguimos perceber que Ade está diferente. Com uma pseudo-tranquilidade artificial demais para alguém que até alguns dias antes mal saia da cama de tanto chorar. E assim prosseguiu, em seus encontros com Silver e Naomi. As mentiras voltaram a aparecer, uma tática para erguer uma máscara de confiança e esconder seu interior cada vez mais devastado. E mais uma vez a salvação dela parece residir nas mãos de Navid. O jovem descobriu que Jasper era o fornecedor da garota, e tratou de começar um trabalho investigativo ao lado de Gia para arranjar provas contra o rapaz. E tentou sem sucesso uma aproximação com Ade para alertá-la do perigo que corria. Mais que um simples caso de dependência, dessa vez a coisa é mais séria, pois envolve outro membro da série, Jasper. E qualquer incidente pode desestruturar muito a relação entre os garotos, principalmente no que diz respeito a Annie.

Já Annie está cada vez mais apaixonada por Jasper. Desde o primeiro episódio da temporada, ela se tornou uma espécie de pária do elenco, afastada de todos, até mesmo de sua família. Se agarrava no que podia para sobreviver aos ataques dos colegas e encontrou em Jasper o porto seguro que precisava: alguém atencioso, carinhoso, que acreditava nela, e que apostava em seus sonhos. E assim, finalmente nesse capítulo ela perdeu sua virgindade (esclarecendo a dúvida que pairava desde o primeiro episódio da segunda temporada se Annie tinha feito sexo com Mark enquanto estava bêbada). E conforme ela mergulhava de cabeça nesse relacionamento, o perfil sombrio de Jasper começou a ser traçado: agressões, drogas, desenhos suspeitos...qual será o mistério do rapaz? Sua instabilidade está cada vez mais evidente, imaginem só quando ele souber que Annie foi a responsável pelo atropelamento do seu tio.



E enquanto Annie está totalmente envolvida com Jasper, Dixon continua baixo-astral pela notícia do "aborto espontâneo" da Sasha. O que parecia uma trama encerrada, me surpreendeu ao render grandes consequências nesse episódio. Debbie e Harry abriram o jogo com o filho, e contaram a verdade sobre a falsa gravidez da garota. Muito magoado com os pais, o garoto se fechou ainda mais. E assim, a família Wilson recebe mais outro duro golpe. No fim do episódio, houve o que parecia ser uma cena de conciliação entre Dixon e Annie, tive a esperança de ver ali ecos dos bons diálogos que Brandon e Brenda tinham na série original. Mas a conversa rumou para a discórdia, e os irmãos ficaram mais brigados que nunca. Até quando veremos essa situação chata na família?

E Liam está cada vez mais melhorando na série. E esse episódio foi especialmente significativo, pois ele fez algo que já deveria ter feito há muito tempo: desabafar sobre alguém sobre as manipulações de Jen, inclusive sobre a fatídica noite do baile. Ver a loura jogar Ryan contra ele (no capítulo anterior) foi a gota d'água, e após muita pressão de Ivy, ele finalmente abriu o coração para ela Dixon e Teddy. É sempre bom ver esses laços de cumplicidade entre amigos, e essa cena reforçou e afirmou totalmente a relação entre os quatro amigos, que estão mais fortes que nunca. E mais que isso, é um prenúncio que a queda de Jen se aproxima. Que chacoalhada que a entrada de Ivy na série deu nesse núcleo, um das melhores surpresas dessa temporada.



E é a hora de comentar a cena que abriu esse texto. Além de curtir essa grande amizade, Teddy está sendo essencial em outra trama: o sofrimento de Silver com o câncer da mãe. A dor da doença aproximou muito os dois, e ele foi o responsável por unir mãe e filha em momentos que as duas nunca tinham compartilhado juntas antes. Todo aquele percurso pelas festas de aniversário que Silver nunca teve, as decorações, as conversas atrasadas, é como se aquele dia representasse toda uma vida que elas não tiveram juntas. Sem brigas e mágoas, elas se fecharam naquele microcosmo, num universo de fantasia. Uma das melhores cenas da série até agora. Mas como toda fantasia tem um fim, a manhã do dia seguinte trouxe a dura realidade de volta, um prenúncio de que o próximo episódio, infelizmente, será de despedidas emocionadas.

Esse capítulo encaminhou muitas tramas que irão povoar esse final da primeira metade da temporada. Ade nas drogas, Jasper e seus planos misteriosos, a vingança contra Jen, o destino incerto do relacionamento entre Silver e Teddy. Um dos melhores dessa temporada. A série vem se desenvolvendo muito bem, parece que encontrou seu rumo.

Fotos: Reprodução



Rafael S
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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

[FNL] 4x07 In The Bag

por e.fuzii
Agora que chegamos praticamente na metade da temporada, Friday Night Lights tem de urgentemente considerar pisar um pouco no freio ao lidar com tantas tramas ao mesmo tempo. Não me entendam mal, claro que não preciso daquela intensidade que vimos no episódio de Matt todas as semanas, mas que algumas cenas pudessem apenas "respirar" um pouco mais. No caso de Vince, por exemplo, desde o começo ele esteve envolvido por essa desconfiança de ser mandado em definitivo para o reformatório. Podemos deduzir a dificuldade que ele passa com sua mãe ou suas más influências na vizinhança pelo que é dito, mas nem por isso deixa de ser necessário completar as cenas com essas informações. Talvez seja um problema mesmo de edição, como por exemplo quando Coach Taylor decide visitar Vince em sua casa, sem ter grandes motivações para isso. Do jeito que foi mostrado, apesar da história ser concluída com os dois atingindo um nível maior de confiança um no outro, tudo parece reduzido a uma simples lição de moral.
Já Landry finalmente decidiu deixar para trás seu relacionamento com Tyra, após ficar esperando no meio da estrada por ela. Numa cena bastante simples, com base num monólogo de Landry ao celular, a situação acabou bem resolvida, ao menos levando em consideração a limitação da atriz não aparecer nessa temporada. Além de abrir possibilidade para o romance com Jess, Landry ainda foi escalado nesse episódio para servir de apoio para a história de Julie, que tenta ocupar seu tempo com o máximo de atividades extra-curriculares possíveis. Entendo que as pessoas, e principalmente adolescentes, tenham vontade de reprimir seus sentimentos antes de tudo vir a tona, mas já é a terceira semana seguida que isso se manifesta como clímax do episódio. Acho importante variar de vez em quando, mesmo que entenda toda a decepção de Julie em não ser mais prioridade de seu (ex-)namorado. Ainda assim, excelente trabalho de Teegarden que teve suporte no ombro de Connie Britton mais uma vez. E por falar nela, Tami Taylor também esteve envolvida numa trama bastante fraca durante o episódio, por mais divertida que tenha sido sua saída com os professores do colégio. Lembro que só por introduzirem esse seu assistente já temia uma situação dessas, e ainda levaram duas temporadas para retomar com isso, aparentemente sem nenhum propósito. Por outro lado, vejo com bons olhos essa ajuda prestada a Luke por um de seus colegas para consertar a cerca na fazenda do pai. Apesar de um pouco apressado, foi um momento interessante para valorizar esse espírito de equipe e convencer sua família do compromisso do garoto.

Mas em meio a tanta irregularidade, o que acabou se destacando mesmo foi o papel desempenhado por Tim Riggins no encontro entre Becky e seu ausente pai. Enfrentá-lo talvez não tenha sido a melhor ideia, mas vale por simbolizar que Tim pode não ser o amante que Becky procura, mas serve como uma boa figura paterna. Ele age com extrema responsabilidade contando para Becky sobre a outra família do pai e isso acaba se refletindo também naquele belo final em que Tim aparentemente visualiza seu futuro naquele campo a venda. Por mais duro que possa ser encarar a verdade, Tim sabe por experiência própria que não adiantar tentar se enganar para sempre. E se no episódio anterior a imaturidade de Becky irritavam a Tim e todos nós, resta esperar que ela cresça ao saber lidar com isso. Pelo menos é esse tipo de tratamento que estamos acostumados a ver Friday Night Lights dando a suas personagens.

Fotos: Reprodução.

e.fuzii
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

[Bones] 5x10 The Girl in the Goop


por Anita Boeira

Palmas para Bones por mais um excelente episódio de Natal. Cada temporada eles trazem uma história melhor que a outra.

Esse ano "papai noel" assalta um banco coberto de explosivos. Ao tentar fugir, a bomba explode. Não antes de ele dizer a enigmática frase "Eu só respondi o chamado!"

O chamado? Bomba? Só pode ser um terrorista fanático, não é mesmo? Mas durante as investigações, soubemos que a bomba foi ativada remotamente via rádio, e que o "terrorista" era somente um exterminador anti-social que morava com a mãe e não tinha nenhum amigo...


Enquanto isso, Brennan se vê as voltas com o pai que quer que ela passe o Natal com ele. E propõe entrar em contato com uma prima da Brennan para eles não passarem o Natal sozinhos. Quem é a prima da Brennan? Zoey Deschanel, que na vida real é irmã de Emily Deschanel, a atriz que interpreta Brennan. Então claro que isso gera mil piadinhas no script de que as duas parece irmãs.... Duh.


Enfim, a prima não é um sucesso com a Brennan. Aliás, eu adoro a Zoey, mas a participação dela foi fraquinha mesmo. Interpretando uma esquisitinha, como sempre. Mas essa esquisita é fascinada pelo Benjamin Franklin, e fica toda hora citando frases famosas dele.

Enquanto o pessoal planeja o que fazer no Natal, o caso continua sendo resolvido como plano de fundo. Angela descobre que a frequência de rádio que detonou a bomba era muito proxima da frequência de rádio do taxista que estava parado na frente do banco na hora da explosão. Aliás, no fim, era ele mesmo que ia detonar a bomba... Mas não detonou porque uma rádio pirata de frequência parecida acabou provocando a explosão.

No fim do episódio, todo mundo vai passar o Natal com a Brennan. Foi bonitinho. :)



site: anitaboeira.net
twitter: twitter.com/anitaefrango

Fotos: http://bones-daily.com/

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

[Extra] Indicados - Golden Globe e SAG Awards

Por Hélio Flores

Lista completa de indicados: Globo de Ouro - SAG Awards.

A temporada de prêmios no cinema já começou e as duas principais entidades deste período de final de ano anunciaram seus indicados aos prêmios máximos que também prestigiam as melhores séries americanas: a Imprensa estrangeira em Hollywood (no Globo de Ouro) e o Sindicato dos Atores (no SAG Awards).
O Globo de Ouro não dá um reconhecimento às produções da TV de forma tão vasta quanto o Emmy, mas tem o mesmo prestígio e importância, ancorado há anos na fama construída de que se trata de um "termômetro para o Oscar", o que lhe dá bastante visibilidade. Como todo grupo de votantes, tem suas peculiaridades e esquisitices e, claro, deixa meio mundo de gente irritado com indicações e esquecimentos dignos (ou até piores) do Emmy.

Mas algo curioso no Globo de Ouro é que, ao contrário do Emmy que não se cansa de premiar as mesmas pessoas e séries ano após ano, a imprensa estrangeira parece levar mais a sério o argumento "já ganhou ano passado, então basta". Prova disso é que nesta década, enquanto o Emmy premiou West Wing 4 vezes seguidas como Melhor Série (e Sopranos e Mad Men duas vezes cada), o Globo de Ouro deu seu prêmio máximo a séries como The Shield, A Sete Palmos, Nip/Tuck e Grey´s Anatomy.
Apenas Mad Men ganhou duas vezes nesta década (falando apenas de séries dramáticas, já que entre as comédias Sex and the City ganhou três vezes e Desperate Housewives duas vezes - 30 Rock apenas uma vez, perdendo para a britânica Extras, um dos muitos motivos para ao menos apreciar a heterogeneidade dos votantes) e se ganhar pela terceira vez, será a primeira série a conseguir este feito desde que a categoria de Melhor Série Drama foi criada no início dos anos 70 (Arquivo X ganhou três vezes nos anos 90, mas não em anos consecutivos).

A estatística, portanto, é o único obstáculo para a série de Matt Weiner não vencer, já que sua terceira temporada é tão digna e imbatível nos prêmios quanto as duas anteriores. Do contrário, apenas Dexter poderia se beneficiar com sua elogiada quarta temporada, já que House e True Blood (injustamente) concorrem por temporadas inferiores e Big Love (que não vejo) seria o azarão, sendo a única série que difere da lista de indicados do ano passado, ocupando a vaga que fora de In Treatment. De minha parte, Breaking Bad, Lost, Friday Night Lights e a própria In Treatment seriam opções bem melhores, enquanto outras pérolas como Battlestar Galactica e Sons of Anarchy já se esperava serem ignoradas.
Entre os prêmios de atuação da categoria Drama, não há surpresas. Por mais que sejam espantosas, e eu diria até criminosas, as ausências de Bryan Cranston e o vencedor do ano passado Gabriel Byrne, o fato é que todos os indicados a Melhor Ator eram esperados (um pouco menos Simon Baker, verdade, mas após o Emmy já se podia imaginar). O difícil, como sempre na categoria mais disputada, é apostar em um vencedor. Fico com Michael C. Hall, indicado por todas as quatro temporadas de Dexter e ainda não levou o seu (além de nunca ter sido lembrado por A Sete Palmos, outro crime). Seguindo a lógica de sempre premiar alguém diferente, Jon Hamm e Hugh Laurie já ganharam anteriormente, embora seja impossível ignorar o estupendo trabalho de Hamm com January Jones nesta temporada (e a indicação de Jones a Melhor Atriz é prova que eles não ignoraram) ou ainda o momento "papa prêmios" do Dr. House no season premiere "Broken". Pesa contra Laurie o fato de ser o único ator a ganhar duas vezes nesta década, além do que, ao contrário do Emmy que vota em episódios específicos, o Globo de Ouro elege pelo que viram de modo geral.

Entre as atrizes, Glenn Close é uma entidade difícil de ser desbancada, embora no Globo de Ouro não pareça haver aquele complexo de inferioridade que o Emmy demonstra em relação ao Oscar, podendo premiar quem bem entender. Considerando que Paquin e Sedgwick já tem os seus, e a indicação para January Jones já é um prêmio por si só, a única opção seria Julianna Margulies, a eterna indicada por E.R. e que nunca ganhou. The Good Wife é a única nova série dramática que é querida, o que pode contar a seu favor.

As maiores surpresas ficaram mesmo para as categorias de comédia. Pois, se Glee era uma quase certeza entre as indicadas a Melhor Série, as indicações de Matthew Morrison e Lea Michele deixaram todo mundo boquiaberto, comprovando que a paixão dos votantes é enorme o suficiente para vermos, quem sabe, a raridade de uma série musical ganhar na categoria Comédia/Musical. Arrisco dizer que sua principal concorrente nem seria 30 Rock (que, ao contrário do Emmy, só ganhou uma vez aqui), mas outra novata, Modern Family. O Globo de Ouro já provou que gosta de premiar novidades (Sex and the City, Desperate Housewives, Ugly Betty) ou séries de vida curta (The Office UK, Extras), então não seria problema.
Surpreende a ausência das campeãs de audiência de Chuck Lorre, The Big Bang Theory e Two and a Half Men, e seus respectivos protagonistas, Jim Parsons e Charlie Sheen, que perderam espaço até mesmo para Thomas Jane, cuja série Hung ainda emplacou uma indicação de coadjuvante para Jane Adams. E como surpresa nunca é demais, a presença de Courtney Cox na categoria de Melhor Atriz por Cougar Town é uma dessas anomalias que só a imprensa estrangeira é capaz, embora eu sinceramente nem ache tão ofensivo assim quanto a presença de Lea Michele na mesma categoria. Entre os atores, espero que dê um dos já vencedores Baldwin, Duchovny ou Carell, enquanto entre as atrizes me parece absurda qualquer decisão que não seja premiar Edie Falco, que já venceu duas vezes antes na categoria drama (Sopranos) e que agora concorre por Nurse Jackie, série novata que merecia bem mais do que teve.

Nas categorias de coadjuvantes, o Globo de Ouro injustamente resume em apenas cinco indicados todos os candidatos de drama, comédia, musical, minissérie e telefilme. Na categoria masculina, não houve espaço para coadjuvantes de minisséries ou telefilmes, com Jeremy Piven marcando a presença de sempre e os favoritos de todo mundo Neil Patrick Harris e Michael Emmerson concorrendo por trabalhos tão díspares e impossíveis de se comparar. Nesta disputa ilógica, pode sobrar para John Lithgow, principalmente se Hall e Dexter perderem em suas categorias. Correndo por fora, William Hurt, cujo nome tem peso suficiente para levá-lo a uma vitória inesperada. Na categoria feminina, é todo mundo torcendo pra Jane Lynch, né?
Já o SAG Awards é dado pelo Sindicato dos Atores e se resume a premiar o Melhor Elenco (equivalente ao prêmio de Melhor Série), o Melhor Ator e a Melhor Atriz, sem categoria para coadjuvantes que, se não atenderem pelo nome de Jeremy Piven, normalmente ficam de fora de qualquer disputa. O Sindicato ousa menos, mas difere pouco do Globo de Ouro, com The Good Wife e The Closer no lugar de House e Big Love para Melhor Elenco Drama, e Curb Your Enthusiasm no lugar de Entourage na categoria de Comédia.

Entre as atuações de Drama, Bryan Cranston (que é muito querido entre os colegas) recebeu a merecida indicação que não recebeu nos Globos, no lugar de Bill Paxton (e Simon Baker ganhou mais uma!), enquanto entre as atrizes, foi exatamente mais do mesmo: Arquette, Hargita, Hunter, Sedgwick, Close, e o acréscimo de Margulies, sendo a única categoria (tanto do SAG quanto dos Globos) com 6 indicados, algo que deveria ter se repetido em tantas outras situações.

Os indicados a Ator e Atriz de Comédia também foram as mais convencionais possíveis, com indicações para Charlie Sheen, Larry David e Tony Shalhoub (última vez por Monk!), além de Baldwin e Carell, obviamente. E Toni Collete e Edie Falco como únicas novidades disputando com as mais que óbvias Tina Fey, Applegate e Louis-Dreyfus. O Sindicato dá tão pouca importância à TV, que nem vale a pena esperar muito por seus prêmios.



/helioflores

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

[FNL] 4x06 Stay

por e.fuzii
Talvez fosse pretensão demais esperar que esse episódio fizesse frente à grande comoção sentida pela morte do pai de Matt Saracen na semana passada. Nem acho que essa tenha sido a intenção, embora já dissesse que parecia o momento ideal para Saracen dizer adeus à cidade de Dillon. No seu melhor estilo, aliás, sem muitas palavras mas com uma impressionante determinação. Já confesso de antemão que esse episódio demorou para me convencer, principalmente pela estrutura irregular. "Stay" começa com reencontros: a surpreendente volta de Lyla -- pré-créditos hein, danados -- batendo à porta de Tim Riggins logo pela manhã, e uma certa sintonia do casal Matt e Julie planejando uma viagem juntos. Enquanto isso, temos os Lions em campo numa partida bastante supervalorizada, tanto pela imprensa como pela comissão técnica, em que mais uma derrota serviu de lição para os jogadores e mostrou que esse revezamento de Vince e Luke no comando tem chances de dar certo. E somente na conclusão do episódio decide-se separar aquilo que funcionava tão bem junto. Durante todo esse tempo, Tami Taylor sofria por antecipação, já esperando a própria partida de Julie quando entrasse na faculdade. E Coach Taylor apenas prontificava-se a concordar 100% com qualquer decisão de sua esposa.

Julie já ameaçou diversas vezes desobedecer as ordens de seus pais, sem nunca tomar essa decisão de fato. Mas dessa vez ela passa por uma situação delicada, temendo perder o namorado desde que presenciou sua catarse na mesa de jantar no episódio anterior. Ela sente que Matt está mais distante, então propor essa viagem pra Austin serve de último esforço para tentar acalmar seu desejo de escapar. O casal ainda aproveita de momentos adoráveis enquanto dançam no quarto do hotel e estão à beira da estrada, mas até que fica impossível evitar discutir o grande problema. A separação não anunciada dentro do carro serve para Julie perceber que não adianta mais lutar contra isso. É interessante também como isso fica representado em dois níveis na família Taylor: quando Julie chega em casa, Tami já passou por toda sua crise de carência pela filha. Matt então, ao som de Bob Dylan -- algo que lhe definia desde a primeira temporada --, decide partir sem se despedir e, diferente de todos até aqui, deixa seu futuro em aberto provavelmente voltando em breve para concluir sua relação com Julie. Porém, não posso deixar de constatar também que a tal trama com o artista de sucata no começo da temporada mostrou-se ainda mais inútil agora, além de dar equivocadas razões para Matt permanecer em Dillon.
Já Tim e Lyla tiveram um reencontro um pouco mais intenso, claro, como se ainda precisasse algum esforço extra além de colocá-los juntos na mesma cena. O que mais gostei, no entanto, foi como cada um deles sentiu esse tempo de separação: Tim Riggins fazendo promessas para ficar com Lyla quando antes dizia não querer ser aquele a pedir que ela ficasse, e Lyla Garrity dizendo não saber os motivos para ainda sentir saudades de Dillon, mesmo que sempre desejasse deixar a cidade. Em nenhum momento senti que ela ficaria, mas que talvez Tim pudesse enfim seguí-la. No final, assistimos a mais uma despedida dos dois, com Tim voltando para seu trailer com o coração partido, sendo obrigado a pedir para Becky calar-se. Fica assim definido a diferença entre o elenco experiente e os novatos, principalmente na maneira de construir as relações. De certa forma, crescemos juntos desses personagens e só resta torcer para que a equipe de roteiristas consiga tornar atrativos esses novos casais, principalmente esse triângulo envolvendo Landry, Jess e Vince.

Fotos: Reprodução.

e.fuzii
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

[Dexter] 4.12 The Getaway - Season Finale


***


Por Danielle M



Eu não esperava ser surpreendida nesta season. Mas não por baixa expectativa, apenas porque Dexter não é Lost, não é uma série que se prende a viradas mirabolantes, suspense indecifrável ou gancho persistente. Começa e termina com seus conflitos sem maiores delongas. O que é mais caro são os personagens, suas motivações, seus diálogos internos, suas verborragias, enfim, o mote são as pessoas, como elas reagem frente aos fatos que se apresentam. E por isso a considero absolutamente humana, imprevisível e coerente. Imprevisível porque quase nunca sei como eles reagirão. Os acontecimentos, os crimes, ficam para segundo plano. Sempre.

Essa temporada não foi unânime. Muitos consideraram inferior. Olha, sempre vejo Dexter com a certeza de presenciar algo em constante evolução. Ora, nenhuma season é semelhante a outra. Seja no defecho, no desenvolvimento e, principalmente, nas ações - e reações, de Dex.


Posso ser você ***


Mas esta season, ahh, esta season levou Dexter ao mais alto patamar de série dramática.
O fim de Arthur foi previsto tranquilamente por mim e por vários. Jogou a toalha mesmo. Mas quando a gente acha que acabou, que já foi coisa suficiente, vem aquele desfecho que me me fez ficar bamba. JURO! Fiquei trêmula. Não acreditava que Rita, e com ela o conceito de família para Dex, terminasse daquele jeito. Mesmo que a cena final seja um pouco óbvia e em demasia didática, ver Harrison na mesma posição que o pai, banhado - ungido - no sangue, mostra claramente que as projeções de Dex, que dez minutos antes eu sonhara ter acabado, não tem como cessar. Ser o que é. Tem peso maior? Há anos associo Dex aos preceitos existencialistas. Não poderia ser melhor, quando ele decide ser diferente, lá vem a vida, ou quiçá, a essência, empurrando de volta ao seu mundo.

Dez minutos antes do derradeiro acontecimento, Dex no mais maravilhoso monólogo interior até então, discursava sobre sua importância para Debra, Rita, e as crianças. Falava também, pela primeira vez na série, sobre a vontade de mudar. Ser diferente. Não permitir mais acesso ao "passageiro negro". Ele não queria mais se adaptar, mas se transformar, de fato. Já achava que só isso era mote suficiente para a próxima season.

Mas não! A série ganhou outro rumo. E na quinta e última temporada, não sei o que esperar de Dexter, a não ser, é claro, continuar a melhor série dramática da atualidade. Aliás, teve sua melhor audiência na noite de domingo passado. Showtime nunca conheceu tantos números!

A brilhante cena inicial, confrontando os dois inimigos tão parecidos, que já sentiram como podem ser vulneráveis, foi de arrepiar. Trinity pronunciando Dexter Morgan. Se tivesse falado "passageiro negro", rá, eu surtava. Mas aí termina a similaridade entre os dois. Arthur só compreende quem é seu algoz no final, apesar de tê-lo causado um dano irreparável. Como se, pela última vez, Trinity emergisse em Arthur para mostrar ao seu aprendiz o que os demônios internos podem fazer. Fica a pergunta. Vingança pura e simples? Mas seguindo o mesmo ritual? Ou Trinity/Arthur tinha algo a mais para ensinar a Dex? Não sei. Família é mais que pessoal, para Arthur era missão divina, mesmo que a gente tenha o senso comum de saber que todo maluco psicopata tem em sua megalomania a certeza que fala por Deus. Mas enfim, o título do completo de Dexter em português, o livro, também aborda isso: "A mão esquerda de Deus". "Cada um faz seu próprio destino", mas Dex não conseguiu apagar mesmo o que era e o que fez. Talvez se tivesse deixado esse caso pra lá.

Saída pelo caixão, Freud explica ***

A família de Arthur saiu humilhada, eles sabiam que o marido e pai era um monstro, mas não conheciam a extensão do que ele era capaz. Agora serão sempre a família do monstro. Escancarado. Essa era uma das piores projeções para Dex.

Mas a idéia de conhecer intimamente um monstro e isso torna-se público, não é nada se comparada ao que Arthur fez a Dex.

E ele perdeu muito nesta temporada. Perdeu Debra, na forçosa cena de contar o que sabia, por mais que eu entenda que era o contexto necessário, achei apressada. Taí uma revelação que merecia um episódio inteiro. E claro, perdeu Rita. Se começasse a mudança naquele exato momento em que Debra conversa com ele. Tudo poderia ser diferente.No score dos serial killers, Trinity venceu.

Bom, foi isso. O melhor desfecho de Dexter desde a primeira temporada. Feliz Natal e um ótimo 2010! Estarei por aqui ano que vem! Mal posso esperar. MESMO!




Cenas pra gente não esquecer:

-
Senhoras e senhores, Jeniffer Carpenter merece a indicação ao Emmy por este ano. A desbocada Debra foi responsável por grandes momentos nesta temporada. A moça segurou muito bem! A sua cena final com o irmão, mesmo que apressada, foi absolutamente maravilhosa: "você foi a única constante boa da minha vida".
-
John Lithgow foi um escolha inspirada. Ele conseguiu colocar nuances impressionante para seu Arthur. Pavoroso e gentil. Bela criação de um serial killer. Aliás, considero o melhor de Dexter até então.
- LaGuerta e Angel conseguiram salvar um romance que poderia ser tedioso para nós. Mas o bom humor e química da dupla espantou isso.
-Masouka teve bons momentos, um dos grandes coadjuvantes da série.
-A opção por modificar como Harry aparece, não mais em Flashbacks, agora como a consciência do filho, foi arriscada e parecia que não iria deslanchar. Mas no final, mostrou-se acertada e deu frescor ao código Harry.
-Dex perder a cabeça em tantos níveis.
-O desfecho mais incrível de todas as seasons.



*** Fotos: Reprodução

/danna_

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

[Dollhouse] 2x05 e 2x06


por Anita Boeira

Com Dollhouse definitivamente cancelada, a Fox começa a passar os episódios da série em parzinhos.... Para acelerar a chegada ao final de temporada (Epitath Two).

Maldade da Fox. Dollhouse estava ficando bacana, a segunda temporada quentíssima.... Mas (na Fox) tudo que é bom dura pouco.

Semana passada foram ao ar os episódios 2x05 The Public Eye, e 2x06 The Left Hand.

Esses dois episódios contam a história do senador Daniel Perrin com mais detalhes, já que ele está decidido a acabar com a Dollhouse. E agora ele conta com a ajuda de Mellie (ex-November), que vai testemunhar contra a Dollhouse.

Para cuidar do assunto, mandam Paul e Echo atrás de Daniel e November. A November está com a mulher do Perrin, que eles acham que é uma doll, então o Topher inventa um controle remoto para desativar dolls, assim o Paul pode desligar a mulher do Perrin antes que ela ataque. Enquanto isso, Echo é uma garota de programa que droga o Perrin e filma os dois fazendo sexo (presumidamente, já que a cena começa com o senador acordando ao lado da Echo com uma filmadora na mão). Ele insiste que ela é uma doll e que precisa testemunhar também, então ele a arrasta para onde a mulher dele e November estão escondidas.

O Paul chega por lá um pouco antes deles, e qual a supresa dele ao usar o controle remoto e a mulher do Perrin não cair no chão dura e desmemoriada?! Quem na real sofre uma pane é o próprio senador! Oooooooooohhhhhhh. Pois é, essa eu também não esperava.

Mas foi o Paul que se deu mal; os seguranças da moça correram e o prenderam.

E num vai-e-vem chato de brigas entre a Echo, o senador e a mulher dele, os dois dolls acabam sendo desligados e mandados para a Dollhouse de Washington. Então Dewitt e Topher têm que fazer as malas e ir atrás da Echo... Mas claro que antes de viajar, Topher deixa uma "cópia" sua na Dollhouse de Los Angeles: Victor.

Na Dollhouse de Washington as coisas são diferentes... para começar, a "Topher" deles (Summer Glau) é bem desajustada e séria... Mas bonitinha. O Topher fica caidinho por ela mas, mesmo assim, sabota a moça criando uma conexão entre as duas Dollhouses para que o Victor/Topher possa roubar o mapeamento cerebral do senador.


Mas a Summer Glau (esqueci o nome do personagem dela na Dollhouse!) tem outros planos, e libera a Echo e o senador pelo mundo... Eles arrancam o GPS do pescoço e vão atrás de liberdade! Em termos. A mulher do senador e os seguranças os encontram. Echo foge, mas o senador vai para o senado e desmente tudo sobre a Dollhouse, em uma das cenas mais fracas da história da série (e levando em consideração a primeira temporada, isso diz muito sobre a cena...). Mellie/November fica desapontadíssima.

Enquanto isso Paul desapareceu (ele fugiu dos seguranças e ainda teve tempo de conversar com a Mellie, que o fez mudar de idéia sobre sua missão no mundo antes de desaparecer, é claro) . Echo está a solta em Washington, semi-desmemoriada.

E o countdown para o final da temporada já começou...

Bom momento:
- Victor como Topher. Incrível o que esse ator consegue fazer. Dollhouse é uma boa série para atores mostrarem sua versitilidade.. Alguns aproveitam (como o Victor) e outros continuam medíocres, não importa quantas personalidades diferentes sejam colocadas neles (como a Echo...)

Pior momento:
- A personagem de Summer e Echo têm um passado.... Mas qual o passado ainda não sabemos... E esse passado tem é cara de ser tão chato quanto o personagem de Glau....


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Fotos: Eliza Dushku Central

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

[FNL] 4x05 The Son

por e.fuzii
Depois de prometer tanto drama com a morte do pai de Matt servindo de cliffhanger, chegou a me surpreender que o episódio começasse com mais uma partida dos Lions. Ou mais uma derrota, se preferir. De certa forma, essa temporada ainda está devendo aquelas grandes emoções dentro de campo, embora não seja exatamente triunfal ressaltar o espírito de luta da equipe durante uma derrota. Apesar de ter sido novamente desafiado por Vince, Coach Taylor pode perceber conosco que já há certa evolução, quando aqueles que nem sabiam direito seus posicionamento começam a chamar jogadas vencedoras. Parece uma questão de tempo para a merecida primeira vitória, mas só espero que não estejam guardando essa comemoração para o final da temporada. Algumas tentativas de desenvolver melhor os novos personagens também funcionaram bem dessa vez. Becky mostra que seu interesse por Riggins pode ser tratado como uma carência da figura masculina, por tanto ser abandonada pelo pai. Fora que se a perda de Saracen não conseguisse suportar-se sozinha, esse já seria um bom paralelo nessa história. Mas buscando expandir a personagem para além dos domínios de Riggins, há um bem-vindo encontro entre ela e Luke no caixa de um mercado, depois que ele finalmente dispensa JD e seus "amigos". Apesar de ser um daqueles momentos que já parecem antecipar onde querem chegar, esse tipo de relação não deixa de ser necessária e foi a melhor forma para não atrapalhar o andamento da trama principal. Que é claro, dedicou-se em seguir a difícil busca de Matt Saracen para aceitar a morte de seu pai, numa participação memorável de Zach Gilford.
Quando escrevi no episódio passado que não sabia qual reação esperar de Matt com essa perda, era por duas razões principais: primeiro pela já conhecida relação atribulada entre os dois; e segundo porque séries adolescentes tem sempre certo receio em tocar nesse assunto. A morte apesar de ser inevitável, é temida por deixar marcas e até transformar personagens. Foi assim que Buffy teve um imenso arco para assimilar a morte de sua mãe após "The Body". Não caberia aqui comparar -- até porque ela era protagonista e a presença de sua mãe era forte demais durante 5 temporadas --, mas perceber o quanto esse episódio atingiu emocionalmente para retratar o luto de Matt Saracen. Seja cada uma de suas tentativas em lembrar-se do pai, ou todas as vezes em que parecia segurar o choro, tudo porque era contraditório demais pensar na falta que seu pai fez por toda sua vida e ainda fará a partir de agora. Adolescentes em geral constantemente culpam seus pais por não serem compreendidos, por sujeitarem-se a tantas condutas dentro de casa, mas abandonado pelo próprio pai, Matt enfrenta uma questão exatamente oposta. Mesmo assim ele não deixa de culpar seu pai pela situação medíocre que vive em Dillon e lamentar por tantas oportunidades perdidos. Sua fixação em ver o que restou do corpo do pai leva finalmente a cair sua ficha, e perceber que ele nunca mais poderá enfrentá-lo, nunca mais poderá dizer as verdades que continuavam presas em sua garganta.
Para chegar ao momento definitivo de explosão, Saracen e os roteiristas fazem uso daquele que é o porto seguro da série: a família Taylor. Diante do jantar guardado com tanto carinho, Saracen começa a listar uma a uma as coisas que lhe irritam em seu prato. Claro que Tami Taylor, providencial a ponto de preocupar-se com a preparação do funeral, não poderia esquecer de repente aquilo que ele não estava acostumado a comer. Saracen é um sujeito tímido que definitivamente engoliria qualquer vontade de ser rude, mas não estando fragilizado daquele jeito e sem ter mais aquele que segundo ele era o alvo de todo seu ódio. Então, ele desaba em prantos e volta para casa apoiado pela presença de Coach Taylor, que sabe muito bem que nessas horas somente o tempo pode curá-lo. Já no funeral, Matt é chamado para dedicar algumas palavras ao pai e decide se apegar na carreira militar. De certo, esse episódio é tão essencial porque na minha opinião, define quando Matt atinge sua maturidade, constatando que nem sempre as pessoas precisam externizar aquilo que sentem. Ou ainda entendendo que seu pai tentava da melhor maneira garantir também o futuro do filho, servindo à sua pátria. Não cabe julgar, os motivos para se alistar ou da guerra em si, mas entender o que leva cada um a tomar seu próprio caminho. Pensando bem, talvez não seja sua avó ou mesmo Julie quem prendiam Matt de voos mais altos, mas esse sentimento impotente diante das decisões do pai, na espera de um dia confrontá-lo. Assim, não seria de se estranhar que ele teria motivos suficiente agora para tomar seu próprio rumo na vida, dando finalmente adeus a Dillon.

P.S.: Apesar de denunciada nos créditos iniciais, interessante a presença de Minka Kelly no funeral, dando um sentido maior de importância. Fora a misteriosa troca de olhares entre ela e Riggins.

Fotos: Reprodução.

e.fuzii
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dexter - Maratona pré season finale 4.8-9-10 e 11


Por Danielle M



Atrasada como estava com Dexter, escrever episódio por episódio soaria até bobo. Afinal, pra quem acompanha por aqui, se já viram os outros , as minhas deduções seriam ridículas. Preferi fazer assim, até porque as revelações foram a conta gotas. O que gostei foi da psiquê da relação entre Dex e Arthur. Nem tão iguais, mas com motivações semelhantes e rituais complexos. As diferenças primordiais, acredito, um é reservado e tranquilo, o outro falastrão e boa praça. E daí? Daí que estimado professor e bom pai, ao contrário de Dex, não levantou suspeitas em sua vida até então.

A espreita de se mostrar quem realmente é, Arthur nos assusta em muitos momentos. Perde a razão, nas palavras de Dex, um "colapso de sua máscara", ou, "rachaduras de uma família feliz". Uma hora desaba. Trinity não consegue por algum tempo viver com o que fez, mesmo argumentando sobre como se livrar do remorso, a tentativa de suícidio foi uma libertação ou um apaziguamento de tudo ? Kyle salvá-lo era a resposta divina de recompensas de sua lógica de fazer o bem para receber de volta? Não há veredito melhor numa mente assim, tão doente: Inocente!

Inocência? Nos leva a Debra, espertíssima, conseguiu entrar no caso e derrubar a tese simples e nada mirabolante de que Trinity atirou nela e Lundy. Preferiram a explicação novelesca. Fazer o que? Aceito este deslize com ressalvas. Fiquei surpresa, mas não grata. Deu uma importância a essa repórter além de suas tetas.

Família, esta prisão. Arthur e sua gente , submetidos a essa representação sagrada. Quase voluntária. Que toda família têm seus problemas e segredos, todos sabemos. Fico mais aliviada, no final das contas, Trinity é uma aberração. Para mim era mais freak quando representava aquele papel de super pai. Minha intuição de que gente pacífica demais me assusta está intacta. Com as coisas na sua devida ordem de caos. Monstro agindo como monstro e sem culpa cristã, mas usando o santo nome D´ Ele em vão. Também agradeço Cody, por existir Dexter.

I Do! **

Harry retorna como a consciência persistente. Melhor. Dex não precisa de mais mentores. E de ser um herói? Harry lembra bem, seu filho sempre teve um sentimento maior por crianças. O episódio piloto começa assim. Mas foi estranho ver Dex tão envolvido num salvamento. Todas as pessoas que , direta, ou indiretamente, salvou, não teve essa aproximação heróica. Foi a projeção pura e simples. Ele pensou em Cody, em Astor, em sua família. E não é isso que Trinity também faz?

O casamento entre LaGuerta e Angel foi engraçado de tão básico, essa trama paralela ameaçou me aborrecer, mas foi bem desenvolvida! Romance e humor na medida certa.

E no derradeiro episódio antes da season finale, destaco dois momentos incríveis. Debra absoluta na falta de controle ao lidar com Christine. Nada, nem mesmo redenção. Não adianta, não é? Não dá para mudar o que já foi feito. E é claro, o encontro entre Dex e Arthur, sem disfarces, Dex já ficou vulnerável outras vezes, mas nessa, nós sabemos o quanto pode custar. O arco Trinity durou bem e como Lundy errou feio, nem tríade se tratava.O Agente precisava mesmo se aposentar.
Brilha muito em Dexter **

O que esperar da season finale? Nada de grandes surpresas, mas o embate de dois bons assassinos. Acredito que Trinity, por vontade própria, vá jogar a toalha. Mas olha, estou pra dizer, nessa temporada quem brilhou, além de Trinity, claro, foi Debra Morgan!



Cenas legais e sitcom da(s) semana(s) em Dexter:

- Dex segurando a identidade no casamento de Laguerta e Angel.
-Dex tentando decifrar a expressão de Rita após meter a mão no vizinho. Ah, emoções humanas!
-Cody agradecendo no Dia de Ação de Graças por Dexter. também agradeço, Cody.
-Debra segurando como pode na frente de Christine. Mas destruída com Dexter: Não me trouxe nada!"
- Masouka todo feliz da vida em ser convidado para depois perceber a porcaria de feriado que foi.
-Trinity olhando espantando, junto à sua família, pela reação inesperada de Kyle. Gente maluca ruleia.
- Filha de Arthur sabida nas coisas da vida, han? Segurando a rosa, muito "Beleza Americana".
- Harry: "Blood tech, husband, father, serial killer and now, Kyle Butler extortionist? Which one are you?" Dex: "All of them."
-O Alison, nosso comentarista, destacou uma coisa que eu fiquei cismada , mas não consegui saber quem era. |Aque deja vu básico. O "Trinity" Stan Beaudry é o Alvar Hanso de Lost. Rá!














**fotos: reprodução

/@danna

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

[Bones] 5x09 The Gamer In The Grease


por Anita Boeira

Antes de comentar o episódio dessa semana, deixa eu dizer que ADORO quando Bones tem corpos melequentos e nojentos. Um episódio que começa com um desses, normalmente é certeza de um bom entretenimento pelos próximos 44 minutos.

Agora que já dei a minha opinião, vamos concordar que "corpo nojento = bom episódio" não foi o caso essa semana. Pelo contrário... Bones foi descaradamente invadida pelo marketing do novo filme do James Cameron, Avatar. Se a preview oferecida por Bones for sinal do que devemos esperar do filme. Posso dizer que sem dúvida alguma Avatar é o filme mais imbecil do mundo. Então para manter esse post com o minimo de palavrões e ofensas, me recusarei a comentar sobre a historinha paralela desse episódio que era as voltas da estréia desse filme tosco, no qual Fischer conseguiu ingressos e levou Dr. Sweets e Hodgins para assistir. Não dá para aproveitar nada daquela trama, anyway.

Mas voltemos ao corpo melequento. A vítima da vez era um carteiro que no seu tempo livre jogava video games e que tinha acabado de bater o recorde mundial num determinado jogo. Os suspeitos de praxe: o cara com o segundo melhor score, a mocinha que diz que consegue bater o recorde da vítima, o cara que pagou 12 mil dolares para a vítima exclusivamente jogar na loja dele, e o pai de um guri autista que tambem joga o maldito joguinho.


Veredito? O pai do guri autista. Essa foi fácil de descobrir, hein turma de Bones? Tava na cara que tinha a ver com o gurizinho autista, não sei porque perdemos tempo com os outros suspeitos.O gurizinho autista que era o verdadeiro recordista mundial, e a vítima tinha filmado o guri jogando e mandado o vídeo como se fosse de própria autoria. O pai ficou p. da vida e matou o cara. Pois é, avisei que o corpo melequento da vez não foi garantia de bom episódio. Quem sabe na próxima?

Pontos altos :

- Brennan e Booth discutindo o que pode ser considerado como esporte. Segundo ele só é esporte se existe uma chance de você se machucar enquanto pratica. Essa discussão me lembra uma frase do Andrew McMahon (que não tem nada a ver com seriado, a não ser que tu conte ter escrito uma música que foi trilha sonora de One Tree Hill... but I digress) que disse: "If you can hold a beer while doing it, it's not a sport." Hehe.
- Hodgins, sem camisa, exibindo o físico musculoso que você não esperaria encontrar num geek como ele, mostrando a tatuagem "Angie Forever" que tem no braço. Angela aparece nesse momento oportuno e vê a tattoo e se indigna! "Como assim você tem uma tatuagem com a minha cara no teu braço, Hodgins??" Em uma temporada anterior, o pai de Angela obriga Hodgins a fazer essa tatuagem. E ele se recusa a remover a tatuagem com laser, mesmo os dois não estando mais juntos.

site: anitaboeira.net
twitter: twitter.com/anitaefrango

Fotos: http://bones-daily.com/