segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

[CSI] Grissom: melhores momentos

Com a saída do personagem Gil Grissom, foram divulgados pela CBS vídeos com os melhores momentos do cientista.

O que você achou da saída dele? Quais foram os melhores momentos de Sara e Warrick, que já deixaram a série, na sua opinião?

1x01 Pilot


1x06 Who Are You?


4x05 Fur and Loathing


5x16 Big Middle


5x24,25 Grave Danger


6x07,08 A Bullet Runs Through It


6x15 Pirates of the Third Reich


7x01,02 Built to Kill


7x16 Monster in a Box


7x24 Living Doll


8x01 Dead Doll


8x04 Case of the Cross-Dressing Carp


8x07 Goodbye and Good Luck


8x07 Goodbye and Good Luck (vídeo 2)



Tatiane

sábado, 27 de dezembro de 2008

[EXTRA] Melhores episódios de 2008

2008 foi um ano desagradável para a maioria dos fãs de séries. Enquanto tivemos um primeiro semestre marcado pela greve dos roteiristas, do meio do ano para cá o enfoque dado à campanha presidencial americana foi enorme. Nem é preciso dizer como isso deixou suas marcas até hoje na televisão. Tivemos de tudo: a cerimônia do Globo de Ouro cancelada por falta de roteiristas, o Emmy multiplicando por cinco seu erro de colocar apresentadores de reality shows, séries interrompidas pela metade e muitas delas tendo dificuldades de voltar após a greve. Mas a grande crise dessa temporada ocorreu com as principais estréias sofrerem de qualidade duvidosa, sendo que nenhuma me agradou e nem acredito que tenham um futuro promissor. E a crise (sim, crise é o novo preto) ainda ficou pior quando Jay Leno assumiu uma hora diária do horário nobre da NBC, reduzindo a produção de pelo menos 6 séries do canal.

Mas chegamos ao final do ano, aquela época das já tradicionais listas de melhores e piores. Como já reclamei até demais no parágrafo acima, a seguir publico minha lista de melhores episódios do ano. Como sempre é opinião pessoal e limitado àquilo que assisti durante o ano, ou seja, quem estiver lendo está mais do que convidado a discordar.

12. The Office
"Goodbye, Toby"


A quarta temporada de 'The Office' é bastante irregular, mas esse episódio final consegue trazer de volta o tom certo entre o humor e a melancolia, deixando muitos cliffhangers para serem desenvolvidos na próxima temporada. Principalmente a entrada de Amy Ryan como a nova funcionária de recursos humanos, que tem estranhas semelhanças com Michael Scott. Foi ela, aliás, quem conseguiu segurar a temporada até que resolveram reestabelecer toda a estrutura antiga do escritório. Mas sem dúvida, a mais hilária relação já criada pela série foi de Holly e Kevin, quando Holly pensa ser útil e Kevin pensa que está arrasando. (youtube)


11. Chuck
"Chuck Versus Tom Sawyer"


Chuck é a série que, se assim podemos dizer, mais se beneficiou da greve dos roteiristas. Um dos principais elementos da série é como Chuck tem a "missão" de ser o Intersect e os agentes Casey e Sarah tem a missão de participar de todo esse mundo geek. Esse episódio é um dos melhores exemplares de como isso é explorado, quando a salvação da humanidade depende de bater o recorde de Missile Command, seguindo os padrões musicais (progressivos?) de Tom Sawyer do Rush. Além de desenvolver um personagem secundário durante a história, o destaque vai para o baixo orçamento da produção com mínimas cenas externas. Assim como todo episódio filler deveria ser. (youtube)


10. The Big Bang Theory
"The Bath Item Gift Hypothesis"


Leonard Nimoy, Anders (de Battlestar Galactica) e a reciprocidade de presentes natalinos, existe combinação melhor para uma série como essa? É diversão garantida mesmo para quem, assim como eu, não acompanha toda semana. O episódio é todo redondinho e tem uma excelente conclusão na cena da troca de presentes, onde Sheldon pode finalmente fazer seu próprio clone do Nimoy. (youtube)


9. Weeds
"The Three Coolers"


Talvez esse seja um dos melhores episódios da série e foi minha esperança para uma temporada promissora. Infelizmente, depois disso foi tudo ladeira abaixo. Mas o que não tira o brilho do episódio com os tantos dias de luto e a missão de Nancy no deserto, tendo de deixar Andy para os imigrantes. O cliffhanger final também não poderia ser melhor ao colocar todos os personagens principais juntos novamente. (youtube)


8. Skins
"Cassie"


A cena surreal do exame de Cassie já desculpa toda a sua "ausência" durante a temporada. Ela vive tudo à flor da pele quando tem de enfrentar problemas muito maiores do que pode suportar e parece inevitável constatar que todos estavam ferrados na mesa de jantar. Mesmo com o aparecimento da mãe de Chris como sua última esperança (talvez imaginada pela própria Cassie), já não adiantava mais chorar pelo leite derramado. Então, ela decide fugir e nesse caminho morde a maçã que enfim, faz largar para trás toda sua inocência. Ah, como é bom Skins usar e abusar dessas metáforas adoráveis. (youtube)


7. Chuck
"Chuck Versus The Ex"


A característica principal dessa segunda temporada de Chuck é os episódios estarem apoiados no passado das personagens. Dessa vez, é a ex-namorada de Chuck que reaparece e dá o pontapé inicial para o arco de histórias mais bacana até aqui. Além de despertar ciúmes de sua namorada-disfarce Sarah, esse episódio conta com a cena mais hilária do ano em que Chuck, sem enxergar nenhuma outra saída, tenta salvar Casey com um ingênuo beijo. (youtube)


6. Battlestar Galactica
"Revelations"


Não me sinto confortável de comentar sobre esse episódio aqui. Quem viu, sabe do que estou falando. Quem não viu, talvez devesse ver. Mas aquele plano final é um das coisas que mais me causarão pesadelos para o resto da vida. E uma grande interrogação surge com os créditos finais. E agora?


5. 30 Rock
"Believe in the Stars"


Esse ano foi a glória para Tina Fey, principalmente após receber o Emmy das mãos de Mary Tyler Moore. Mas se existe alguém menos indicada do que ela para fazer participação especial na televisão é Oprah. Afinal, quem estaria ligando para o que acontece além da Oprah? Mas como tudo isso não passou de alucinações de Liz Lemon, duas ótimas tramas tem espaço: uma disputa sex-racial entre Tracy e Jenna (com ambos usando o exemplo de Brody beijando Berry a seu favor) enquanto Jack desaponta o espírito olímpico de Kenneth. (youtube)


4. Mad Men
The Jet Set


Essa segunda temporada de Mad Men dedicou-se a retratar as mulheres da sociedade americana nos anos 60. Porém, no auge da crise dos mísseis cubanos, tivemos um episódio que tirou Don Draper de sua "zona de conforto" e ao mesmo tempo trouxe de volta suas sombras do passado. Ele acaba convidado para uma sociedade alternativa onde poderia viver como sempre quis, sem identidade e sem precisar prestar contas a ninguém. Mas quando Draper pondera sobre sua vida e lembra de sua família, sabe que a única forma de se salvar é tentando estabelecer novamente a ligação com seu passado. (youtube)


3. In Treatment
"Alex: Week 8"


Glynn Turman ganhou o Emmy por esse episódio. Então, dizer que essa é a melhor atuação que vi durante o ano é jogar no time que está vencendo. É claro que a própria série permite essa aproximação mais intimista do espectador, mas a sutileza do desespero contido do pai de Alex enquanto "imita" cada gesto de seu filho são únicos na televisão. Além de nos convencer que tratavam-se mesmo de pai e filho, todas as histórias de Alex nessas semanas de terapia revelam-se diante de nossos próprios olhos.




2. Lost
"The Constant"


Acho que não sobra muito o que dizer quando já elegi esse episódio como meu favorito da série, mesmo porque nenhum outro casal da televisão nos faz torcer tanto quanto Desmond e Penny. Como numa história clássica de "The Twilight Zone", Desmond busca pela sua constante flertando com todos os elementos que ficam entre a ciência e a superstição. O telefonema final... bom, as imagens falam melhor por si só: (youtube)


1. In Treatment
"Sophie: Week 9"


Pra mim, Mia Wasikowska foi a atriz revelação do ano. Além de Sophie ser a paciente mais fascinante, na minha opinião, esse era o segmento que o Dr. Paul demonstrava todo seu potencial como terapeuta. Ainda mais depois de solucionar a dúvida que a trouxe para a terapia, adicionando ainda mais complexidade à personagem. Sophie sofria todas as pressões da vida adulta enquanto todas as suas frustrações não permitiam que ela confiasse em alguém. Quando finalmente seu pai resolve aparecer e os três se encaram na mesma sala, fica claro o quanto a garota amadureceu e soube lidar com toda essa carga emocional. E em silêncio, com esse abraço espontâneo final, fica impossível não se emocionar com toda a trajetória dos dois. (youtube)


Menção honrosa:
Pretty/Handsome
"Unaired Pilot"


Como esse episódio nunca foi ao ar, fica de fora da "competição". Do mesmo criador de Nip/Tuck, essa seria uma das grandes surpresas da temporada, se a FX tivesse aprovado a série. Talvez tenha sido o excesso de cenas flagrantes e metáforas para moldar o/a personagem principal, mas que sempre traziam profundo significado. As atuações, roteiro e direção são excelentes e no caso de cortarem uma ou outra trama paralela, daria até para virar um longa-metragem. (youtube)



Assim, encerrando minha participação aqui nesse ano, gostaria de desejar aos comentaristas, parceiros e a todos que nos acompanharam uma excelente virada de ano e um 2009 cheio de realizações, saúde e sucesso. Grande abraço a todos.

e.fuzii

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

[FNL] 3x11 A Hard Rain's Gonna Fall

Para quem acreditava que J.D. ainda se rebelaria contra todas as exigências de seu pai, essa última partida antes do State mostrou exatamente o contrário: o pai ultrapassando o limite e atingindo o garoto em cheio com sua obsessão e egoísmo. Com as cenas de treinamento e com uma certa ajudinha de Coach Taylor durante a partida, chamando por mais uma jogada forçada para a vitória dos Panthers, pudemos ver que J.D. ainda mantém o foco no futebol, apesar de sua namoradinha estar sempre ali presente. Mas ainda mais do que a própria violência no lado de fora da lanchonete, o drama veio mesmo com a Sra. McCoy aos prantos sendo consolada por Tami, e J.D. completamente em choque tentanto ser acalmado pelo técnico. É uma situação que com certeza trará muita emoção ao jogo final.

Além dessa trama, tudo no episódio pareceu mover-se de forma calculada, tentando colocar as personagens no ponto certo para o final da temporada/série. Tivemos a volta das péssimas atuações de Lyla, enquanto um Tim Riggins sóbrio tentava até mesmo levá-la ao encontro de Deus. Mas esse perigo de não ter dinheiro para pagar a universidade não chega a me preocupar, já que sempre há alguma opção de bolsa de estudos. Já o chá de Mindy correu dentro do esperado, mas ainda assim divertidíssimo com a presença de suas amigas (que não deveria também incluir Lyla?). Ainda que mais uma vez servisse para unir Tyra e Landry debaixo do mesmo teto, a relação deles continua interessante a ponto de me emocionar com o discurso de Landry para Tyra. Mas me diga, onde foi que a mãe de Tyra sofreu lavagem cerebral nessa última semana? Porque para alguém que há dois episódios atrás sugeriu à filha largar tudo e seguir o cowboy, fica meio difícil de acreditar que ela realmente queira ver a garota seguindo um caminho diferente agora.

Faltando dois episódios para o final da temporada, acho que foi desnecessário adicionar todo esse problema com a reativação do colégio do leste. Pode ser apenas um gancho para uma (quase im)possível nova temporada, mas pouco tem a acrescentar além de Coach Taylor dançar conforme a música e criar um conflito de interesses com Tami, algo parecido com o telão no começo do ano...

Play of the Week: Depois do acidente no carro, a primeira reação de Matt é culpar a mãe que continua servindo de saco de pancadas enquanto paga por todos os seus pecados. Mas na assustadora cena em qua a avó pede insistentemente pelo chinelo, Matt percebe que a condição dela está cada vez mais delicada e parece difícil manter o controle da situação. Não dá para evitar o inevitável e os três atores fazem um excelente trabalho nesse sentido, cada um fazendo sua parte nesse triângulo.

Agora teremos a pausa de final de ano e Friday Night Lights voltará somente no dia 7 de janeiro. Boas festas a todos!



e.fuzii

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

[CRIMINAL MINDS] 4x11 "Normal"




O episódio da semana fluiu bem, sem brilhantismos mas também sem desagradar. Para 'dinossauras' excers como eu (muito, muito fã de Arquivo X até hoje), teve a gratificante presença de Mitch Pillegi (o memorável Agente Walter Skinner) no papel do unsub.

Como diz o título, ele era um cara absolutamente normal: um homem de família, pai e marido dedicado, que sofreu uma tragédia pessoal. Sua filha caçula morreu atropelada enquanto estava sob seus cuidados.


Isso, somado às suas tendências pessoais - um homem que se sentia diminuído na sua masculinidade por uma mulher 'alfa' - e a um acontecimento pontual, em que foi humilhado por uma mulher no trânsito, fez com que ele entrasse num surto assassino. Tornou-se um serial killer impessoal, que mata a esmo, qualquer que seja a vítima que apareça (e que lembre sua mulher). O primeiro assassinato lhe traz euforia tamanha que ele continua a matar para sentir a mesma sensação novamente. Como o prazer nunca é igual, ele segue se aperfeiçoando, na crença de que terá a mesma euforia mais uma vez.

A mulher 'alfa', castradora.
(Achei bem interessante não só o perfil que traçaram como também a forma que o descreveram. As expressões do unsub, na sua espiral psicótica, são muito boas. )



O unsub 'normal'...

... e sua nova persona.

O surto assassino culmina com o homicídio de sua mulher e filhas. Numa interessante seqüência em que intercalam suas alucinações com a descoberta dos corpos por parte da equipe, ele acaba sendo pego. Só lamento que não tenha sido suficiente para realmente confundir o espectador mais atento. Tinha que ser alucinação; ele jamais enfrentaria a mulher e filhas falando daquela maneira. E juro que me deu pena dele nessa hora. Há quem tenha sentido pena dele antes, nas cenas em que ele era humilhado pela família. Eu senti muita pena dele ali, quando ele se dá conta de que as havia matado.

Foi isso. Bacana. Period.

Vimos a Todd entrando em crise, sem saber se dá conta do recado, sem se abalar emocionalmente (So what?). Rossi pareceu compreensivo e acolhedor, até demais talvez.


Decida-se, Todd.

JJ visitou a BAU com o bebê e todos ficaram encantados. Um bebê é sempre encantador. Mas será que ela volta logo?? rsrs Já disse e repito: nunca achei que fosse torcer tanto pelo breve retorno dela.

O bebê na BAU.

Episódio novo só no ano que vem. Eu comento no final de janeiro, porque estarei viajando.

Boas Festas a todos!
Season Greetings!

PS. Não vou entrar em detalhes porque farei uma postagem só sobre isso, mas foi um impacto muito forte assitir a esse episódio depois de acabar de rever a season 1 (estou recomeçando segunda!). A série mudou muito, independentemente de para melhor ou pior, e a gente só se dá conta quando pára para rever e repensar. As mudanças na equipe são muito significativas. E as novidades nas tramas de cada episódio são, definitivamente, cada vez menores. Mas falamos mais depois. Até.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

[EXTRA] Entre Alice e Capitu

Ainda que não tivesse continuado escrevendo sobre Alice da HBO, aguentei assistir a todos os episódios e esperava fazer uma avaliação final aqui no blog. Por coincidência, a nova microssérie de Luís Fernando Carvalho, Capitu, terminou exatamente no mesmo final de semana. Aproveitando também a discussão levantada por Cássio Starling Carlos no domingo em seu texto "O artista diluído" (infelizmente, nesse link exclusivo para assinantes da Folha), comemorando os 50 anos do caderno Ilustrada, resolvi fazer um texto conjunto para as duas séries seja pelas duas contarem com marcantes figuras femininas como por representarem formas alternativas aos folhetins da televisão brasileira.

Minhas expectativas eram as maiores possíveis quando soube que Alice seria dirigida por Karim Aïnouz ao lado de Sérgio Machado. Karim afirma que "a gente sabia, é claro, que se tratava de um filme de produtor no formato TV, com partes dirigidas por nós dois e por outros profissionais, mas no qual conseguimos imprimir uma personalidade". Mas fica claro que nada era aprovado sem passar pelas exigências feitas pelo canal e pela produtora responsável pelo projeto. Uma dessas exigências (creio eu) era que cada episódio tivesse uma cena de sexo explícito, fazendo com que toda a história virasse pretexto para que elas acontecessem. Esse formato condicionado à polêmica para atrair público talvez tenha sido minha maior decepção, principalmente levando em conta a tradição da HBO americana em dar sinal verde a tantas séries autorais, às vezes até de difícil aceitação a primeira vista.

Por outro lado, L.F. Carvalho comenta que "como no meu caso escrevo e dirijo meus projetos, ser autor é imprimir meu pensamento em todas as áreas e departamentos da produção". Apesar de toda a desconfiança que muita gente tem com a Rede Globo, nota-se que a estética do diretor está de fato presente em todas as cenas de Capitu, sofrendo pouca influência do mercado ou da própria audiência.



Depois do quarto episódio, pouca coisa mudou em Alice. Claro, a personagem sofreu uma senhora queda ao fundo do poço, após abusar de seu egoísmo e de todo tipo de "barato" encontrado em São Paulo. No entanto, os coadjuvantes continuaram tendo histórias fracas que muitas vezes vinham apenas para ser controversas ou servir de pano de fundo para cenas de sexo. Entre elas tivemos o ménage à trois mais do que previsível entre Dani, Theo e Marcella, o amor lésbico proibido da tia de Alice e sua chefe se envolvendo com seu motorista latino. Vários atores conhecidos também deram as caras, mas nenhum conseguiu se salvar, nem mesmo o quase onipresente João Miguel. A única participação que me surpreendeu muito foi a de Monique Evans, que mostrava segurança no papel de uma colunista famosa com sua loucura incontível.

Mas o grande problema de Alice é que essa história de País das Maravilhas sempre foi levada muito a sério. São tantas as vezes que as personagens fazem essa comparação que já ficava cansativa e deixava até de funcionar. Além disso, a cidade está longe de ter toda essa beleza retratada, como numa das cenas mais risíveis do ano, em que os assaltantes que levariam o carro de Nicholas acabam tendo pena e levando Alice, prestes a sofrer um aborto, ao hospital. Outra comparação a ser feita é com o filme "Se Nada Mais Der Certo" do Belmonte, que deve ser lançado em circuito no ano que vem, onde os mesmo locais badalados da rua Augusta são apresentados com um clima pesado e girando em torno da criminalidade. Claro que são dois extremos, mas que servem para situar melhor o contexto de São Paulo, uma cidade que vive desses extremos.

Uma das coisas que mais reclamei no começo da série era a forma rasa com que Alice era apresentada à cidade. Virando as costas para toda sua vida planejada desde o primeiro episódio, sentia falta de saber como era sua vida em Palmas. Isso aos poucos, com as visitas dos familiares -- que também, de certa forma foram engolidos por São Paulo -- foi sendo preenchido. Mas a grande revelação de Palmas veio no último episódio, um epílogo da vida de Alice depois desse um ano vivendo de sua cidade, onde mais do que entender os motivos para o suicídio de seu pai, também descobre a verdadeira morte de sua mãe. É um dos poucos momentos que dá para perceber um toque dos dois diretores e que na sua busca solitária pela ligação com seu passado volta a mostrar o talento de Andréia Horta, um dos poucos destaques do elenco (que conta com um dos piores atores que já vi na vida, retratando seu irmão).

Tenho de destacar também toda a equipe técnica, desde a fotografia até cenografia junto das próprias locações, mostrando toda a intensidade da cidade. Vale a pena também ir atrás da trilha sonora, grande parte dela disponível numa excelente matéria do site rraurl.



Luís Fernando Carvalho é um cara decidido. Essa foi a segunda investida de seu projeto Quadrante, em que revisita (literalmente falando também) grandes obras da literatura brasileira. Mas que coragem é adaptar a obra máxima de um dos grandes mestres da literatura, não? Como muita gente, "A Pedra do Reino" nunca conseguiu me atrair. Lembro de ter perdido uma parte logo no segundo episódio e nunca mais ter conseguido encontrar o fio da meada. Talvez se tivesse lido o livro tudo fizesse mais sentido. Ou não.

Pra falar a verdade, nem vem ao caso o livro de Machado de Assis. Quero focar na versão de Carvalho, que ao lado de Dom Casmurro apresenta a sua visão dessa história ao seu público. É um livro que permite essa flexibilidade até pela omissão de muitas passagens na narração do moribundo Casmurro. A começar pelo próprio título já acho que é uma escolha acertada, porque o grande desafio dessa adaptação para uma obra audiovisual é apresentar Capitu, imaginada por muitos e que teria de ser cativante por si só. É nesse ponto que a atriz estreante Letícia Persiles dá um show, introduzida tantas vezes pelo ritmo poético de "Elephant Gun". Muito do que se vê encenado é exatamente isso, as fragmentadas memórias servindo de base para as poesias visuais do autor. Com um excesso de rococó, é verdade.

Com certeza, essa cena da foto ficará marcada pra mim como uma das mais belas do ano. Parece, é claro, uma referência ao videoclipe de Matthew Cullen para 'Chasing Pavements' da Adele, mas a delicadeza de todo esse chão desenhado com giz enquanto Bentinho desconfia pela primeira vez que conquistou o coração de Capitu, é incrível. Vale lembrar ainda a tensão na cena em que Bentinho vive o dilema de matar Ezequiel e também o afogamento de Escobar. Fica claro que o diretor imprime toda sua estética em primeira lugar e isso também traz seus problemas: às vezes tudo parece muito "seguro de si", exagerado na sua teatralidade, beirando até o circense. Só a apresentação de Escobar, ao som de "Iron Man" ao piano, já daria um ato inteiro de um espetáculo do Cirque du Soleil.

Por outro lado o enredo é muito bom, sabendo dosar os momentos líricos, melancólicos e todas as incertezas de Dom Casmurro, até levar a sua grande dúvida. Mas o ponto mais interessante foi manter a estrutura fiel ao livro, dando prioridade ao jovem Bentinho, descobrindo (ou José Dias revelando) sua paixão por Capitu, que é o ponto básico para mais tarde Dom Casmurro tentar ligar as pontas. O que não me agradou nenhum pouco foi essa divisão em subcapítulos, com tantas cartelas e a narração rídicula em voz alta. Acho que com o talento de Melamed não precisava de nada disso, já que ele em cena ou como "espectador" sempre garantiu a fluidez da história. Esse talvez tenha sido o problema quando finalmente entrou em cena Maria Fernanda Cândido com seu véu. Por já termos passado três episódio ao lado de Melamed, ela pareceu completamente ofuscada e algumas vezes óbvia demais (apesar de achar que ela não é nada mais que um rostinho bonito). Outro aspecto bem explorado foi a ironia de seu final, que nunca temina no trágico (como Othello) pela própria incapacidade de seu protagonista e seu desejo egoísta de manter suas aparências.

Por isso, confesso que não entendi essa tentativa de ligar o antigo ao moderno, principalmente na última cena ao sobrevoar a cidade. Não sei se era um paralelo com o ligar as duas pontas de Dom Casmurro ou o quê. Pode ter sido também apenas o asco de ouvir Marcelo D2 numa produção dessas. Mas no conjunto da obra, acho que L.F. Carvalho teve muito mais acertos do que erros em sua adaptação e chega a ser um alívio acompanhar uma série como essa na televisão aberta. Quem sabe ainda podemos esperar até por alguma salvação.



e.fuzii

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

LF Carvalho quis ser maior do que é...

A minha expectativa para com Capitu era a melhor possível. Não ouso questionar o talento e a maestria de LF Carvalho. Ele é um homem profundo, convicções sólidas e, indubitavelmente, é dono de uma estética própria.


Mas eu já temia a possibilidade dele querer ser maior que Machado de Assis. Ele quis. A presunção já começara em "A Pedra do Reino", daí meu temor. Mas achei que depois daquele tropeço, daquele elitismo absurdo e patético, ele iria "cair na real" e dirigir algo com a inteligência, o respeito e a competência que sempre teve. Ser autoral não significa ser maior que o autor. :)

Lembro-me especialmente de "os Maias", texto difícil, mas com um elenco soberbo e com a humildade de jamais se tornar maior que a obra, ele conseguiu realizar um dos maiores momentos da TV brasileira.

Também há de se lembrar "Hoje é Dia de Maria", nunca me esquecerei da cena na qual Maria torna-se mulher. Ali aquela "teatralidade" já estava na nossa cara, mas parecia tão coerente, tão fresca...tão acessível.

Mas não funcionou em "Capitu". Já questiono o título, afinal, se é fiel (apesar de mutilado, claro) ao livro, se é Bentinho o narrador. Se é sob os seus olhos que "enxergamos" a história. Porque diabos colocou o nome da moça no título?

Mas esse é o menor dos problemas da microssérie. O que pegou mesmo foi a arrogância de LF Carvalho. Detesto concordar com o Diogo Mainardi, mas ele tem razão. Capitu foi circense e isso não cabe em Machado de Assis. Toda aquela caricatura, todo aquele teatro. Não, não em "Dom Casmurro". Nuances foram perdidas, atores ficaram sem função. O texto foi absurdamente fragmentado. Cinco dias de série? Sendo que três na infância? Que risco! Que má escolha. Que decisão boba.

Destaco Michel Melamed como Dom Casmurro em alguns momentos, sobretudo os mais tocantes, quando ele se dissipava da roupagem cartunesca que Carvalho o aprisionou. E o seu Bento claramente seguiu a doçura do jovem ator, César Cardadeiro. Letícia Persiles me encantou. E, pasmem, ao contrário do que eu pensava, foi ela a responsável pelo caráter dúbio de "cigana oblíqua" e "olhos de ressaca" de Capitu. Maria Fernanda foi engolida por Melamed. Pena. Lindíssima, mas perdeu texto e espaços muito importantes. O que um diretor egocêntrico não faz...prefere que a estética sobreponha o trabalho essencial de seus atores.

Ahh Luis Fernando, quanta vaidade! Os melhores momentos da série não lhes pertence. Exagerei. Pertencem sim. A trilha sonora divina e emocionante. Beirut com Elephant Gun pontuando o romance, acho que poucas pessoas não se emocionaram. A escolha do elenco. Mas infelizmente não deixou que seus atores defendessem os papéis com o que Machado colocou no seu texto.

Eu esperava mais. E a partir de agora espero menos, cada vez menos, do senhor.


Danielle M

[FNL] 3x10 The Giving Tree

Apenas três partidas separam os Panthers do State, mas isso não parece causar muita preocupação nas personagens. Claro que Coach Taylor é o mais afetado com a pressão e até perde o controle durante a partida, quando o outro time joga sujo e a arbitragem parece não estar a favor dos Panthers. Essa sua reação não me pareceu conseqüência direta do técnico ter pego sua filha em flagrante, até porque não tivemos um close em Matt que, ao lado de Tami, seria o único a saber disso. Talvez a razão levantada por R.A. Porter no seu review para o site Dreamloon fizesse mais sentido, de que Coach Taylor teria sido expulso de propósito, sabendo que a arbitragem teria algo pessoal contra ele. Mas ainda acho que ele simplesmente se descontrolou (o que seria mais do que justificável naquele momento) e o que estranhamente deixou todos os louros da vitória para o interino Wade. Estranhamente porque apesar da vitória ter vindo no último minuto (outra vez), é óbvio numa equipe de futebol americano que ninguém consegue "inventar" uma jogada sem treinamento.

O outro lado da moeda é que JD ganha cada vez mais credibilidade, mas o inevitável acontece: ele finalmente se apaixona por uma garota. Era previsível que seu pai fizesse de tudo para mantê-lo "focado" nos treinamentos, mas não que sua mãe estivesse disposta a ficar do seu lado. Riggins também desempenha um papel importante, colocando na cabeça do garoto o que ele precisa fazer para se tornar um verdadeiro líder.

Aliás, Riggins transformou-se no maior ídolo de Dillon, sendo decisivo em quase todas as situações da temporada. Quem diria que o bad boy estaria até defendendo a namorada do descontrole de seu sogro. Buddy mais uma vez mostra porque merece não ter amigos ao seu lado, colocando seus trambiques comerciais a frente do futuro da filha. Num dos poucos momentos inspirados de Minka Kelly, Lyla tem de relembrar ao pai quem destruiu a sua família e apagou as suas poucas perspectivas de futuro. Outro que resolve falar mais alto também é Landry, cansado de ser usado e pouco valorizado por Tyra. Apesar de tudo caminhar para que os dois terminem juntos, acho que seria frustrante demais envolver tanta gente nesse relacionamento para ter um final tão fácil assim.

Play of the Week: Acho que nem poderia escolher outro arco da história, seja pelo silêncio de Coach Taylor após pegar Matt e Julie em flagrante (e seu ar desolado sentado na cama) até a esperada conversa franca de Tami com sua filha, numa reedição mais madura de I Think We Should Have Sex. Mas o grande destaque mesmo foi Matt sendo obrigado a enfrentar o sogro no quintal dos Taylor. Apesar do discurso sério tentando convencer Saracen a respeitar sua filha, era óbvio o incômodo de Coach Taylor enquanto descontava toda sua raiva na "pobre" churrasqueira.



e.fuzii

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

[CRIMINAL MINDS] 4x10 "Brothers in Arms"


O episódio da semana foi apenas mais um, mais um que não trouxe nada de novo. Mais um unsub que, por algum motivo, teve suas psicoses despertadas e reforçadas e saiu matando. Na trama em questão, as vítimas eram policias, pois o unsub visava àqueles que representassem poder, controle, autoridade, força. Ele próprio tinha problemas nesse sentido, e começou matando membros de gangue (também poderosos, à sua maneira), seguranças briguentos (ele foi membro de um ‘clube de luta’), antes de alvejar policiais e, por fim, tentar abater o chefe da equipe do FBI (mais autoridade ainda) que estava no seu encalço (nosso querido Hotch). Claro que a equipe foi mais rápida e previu que ele seria seu próximo alvo e preparou uma armadilha.


O unsub da semana.

Foi dado certo destaque ao Morgan (ex-policial, filho de policial), que ficou pessoalmente tocado pelo drama dos policiais que estavam perdendo seus companheiros, e das famílias deles. Nada mais do que o esperado.



Morgan solidário.

Tudo certo, tudo dentro do esperado, tudo muito bonitinho. Nada além.

Nem vejo muito mais a comentar sobre o episódio que apenas serviu para reforçar minha opinião de que essa fórmula está se desgastando. Estou reassistindo à primeira temporada e é impressionante a diferença de qualidade. Ainda não vou dar uma opinião mais detalhada, mas, por enquanto, a minha impressão é que o fascínio que aquelas maluquices diferentes, que a cada episódio eram introduzidas, vai diminuindo, porque não há mais novidade. O que temos visto é sempre mais um unsub, que pode ser mais um assassino, incendiário, estuprador em série, que faz como vítima certo tipo de pessoas. Os motivos pessoais variam, mas o cerne é sempre o mesmo. Já nos mostraram os que matam à distância, os que preferem veneno, os terroristas, os ‘anjos da morte’, os canibais e os pedófilos e seus motivos. Agora, estão nos mostrando outros tantos, apenas com questões pessoais diferentes.



Que falta Gideon faz a essa equipe... (ou Gideon ou os episódios com Gideon??)

Estou aborrecida com essa season four e estou adorando rever a season one.
Depois eu volto e conto mais da minha opinião sobre essas reprises.

Celia.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

[FNL] 3x09 Game of the Week

Serei breve porque além de estar sem tempo, acho que esse foi o pior episódio da temporada até aqui. Não que tenha sido ruim, mas as expectativas criadas não foram atendidas. O rosto de Tyra na foto simboliza bem o que é chegar até as últimas conseqüências num relacionamento cercado de dúvidas desde o começo. Talvez seja aquele instinto de querer proteção, de querer fugir com seu príncipe encantado e até descobrir a fama em torno do tal Cash, mas todo mundo sabia que isso seria um desastre no final. Foi até interessante ver Tyra largada sozinha no bar (ainda mais lembrando o que ela já passou com aquele estuprador que queremos esquecer), mas o problema foi que a transformação de Cash foi rápida demais. Pareceu claro que isso foi um atalho para chegar logo aos finalmente e estragar os planos do aniversário de Tamy, mas numa temporada curta como essa não há razão nem para tentar desenvolver uma trama tão periférica assim.

Já no caso dos Panthers, a introdução do episódio é excelente ao mostrar Coach Taylor tentando manter o foco dos jogadores, enquanto Buddy Garrity chega para estragar tudo dando a notícia que o jogo seria televisionado. Mas a tensão terminou aí. Fora a hilária performance de Landry na entrevista dos jogadores, ninguém pareceu sentir-se mais pressionado ou mesmo tentar chamar a atenção para si. Além da partida ter sido chata -- nem mesmo as orientações de Taylor foram motivantes no intervalo (sério, o que aconteceu com o "Clear Eyes, Full Heart"?) -- mais uma vez fiquei incomodado com o futebol salvar o dia no final, tanto Riggins ganhando sua chance na Universidade quanto por unir a mãe e avó de Saracen. Essa aliás é a trama mais interessante para mim por lidar com a situação delicada da Vovó Saracen e tentar garantir o futuro de Matt numa Universidade. Espero que não apelem para nenhuma saída mirabolante para resolver esse dilema.

P.S.: Nunca alguém chamaria por uma quarta descida naquele momento do jogo. NUNCA! Ainda mais dependendo de Matt Saracen. Num jogo de videogame essa jogada nem disponível estaria...

Play of the Week: Buddy Garrity sabe que não tem amigos! Sensacional! Mas o grande destaque foi o impagável Tim Riggins utilizando de todos os seus métodos para reatar o relacionamento com Lyla. Ainda mais por querer se embebedar no bafo de ressaca dela...



e.fuzii

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

[CSI] 1º vídeo de Lawrence Fishburne em CSI

Quem acreditava que CSI não sobreviveria sem todos os integrantes do elenco original se enganou. A entrada de Lauren Lee Smith como Riley Adams é uma prova disso. E se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre o personagem de Laurence Fishburne, os vídeos a seguir indicam que Raymond Langston será outra adição sob medida ao time.




Além disso, o personagem de William Petersen anda tão apagado desde a temporada anterior, não chega nem à sombra do cientista que cativou os fãs no começo da série. Por isso: vai tardeeeeeeeeeeeeeeeee!!!

Tatiane

domingo, 30 de novembro de 2008

[Fast News] Snif, cancelaram Pushing Daisies


Pois é, o que é bom dura pouco. Bom mesmo é enrolar a audiência e não dar respostas. Série com clima retrô, PD não agradou a exigente, perspicaz, sábia e culta audiência americana. Foi limada pela emissora, ABC. Terminará sua vida com 13 episódios não tão dignos.

RIP Pushing Daisies.


Danielle M

sábado, 29 de novembro de 2008

[CRIMINAL MINDS] 4x09 "52 Pickup"




Episódio bacana. Um unsub bem perturbado devido a humilhações sofridas na infância (somadas a suas tendências inatas) e atuações balanceadas de todos os membros da equipe.

Nada de Morgan dando uma de Rambo; Prentiss convincente e segura ao lidar com Viper; Hotch perfeito na sua ‘bronca’ em Todd (eu preferia que tivessem esperado mais um ou dois episódios para que as coisas se normalizassem entre eles... não acho que ela já tenha compensado a burrada inicial, mas...); Garcia e Rossi sem grande destaque, mas eficientes como sempre; e Reid... Reid, encantador!!


A equipe. Faltou a Garcia (Todd ainda não é titular...)

O unsub da semana matava mulheres de forma tão lenta e calculada que elas eram obrigadas a limpar o sangue derramado do ferimento que as levaria a morte. Ele tinha problemas com limpeza... E conforme foi ganhando confiança (após algumas vítimas e um curso bizarro sobre como atrair e conquistar mulheres) vitimou aquela que havia sido o primeiro grande fator de humilhação em sua vida. Era a menina rica filha dos donos da casa onde sua mãe fazia limpeza e, por vezes, o levava junto. A curiosidade e a aproximação sexual entre ele e a menina (que eram crianças de idade aproximada) foi violentamente reprimida pela mãe dela, que em seguida despediu a mãe do unsub.


O unsub da semana.

Ele remoeu isso por anos. Depois de se ‘aperfeiçoar’ no crime e, mais perturbado pela doença de sua mãe, ele se aproximou da menina novamente, iludiu-a num bar e a vitimou.


O unsub e a vítima, quando crianças.

Como ele se aproxima de moças que saem para dançar em clubes noturnos, é nesse ambiente que vemos alguns dos momentos mais interessantes do episódio. Prentiss e Todd ‘na balada’, averiguando o bizarro Viper (instrutor do unsub, de como ‘pegar’ mulheres) renderam boas cenas. Muito, mas muito superiores, porém, foram as cenas de Morgan e Reid. Aqui, Morgan é quem ensina Reid a se aproximar das mulheres: o professor foi muito eficiente, mas o aluno foi brilhante! Adorei as cenas entre Reid e a bartender. Adorei! Como é bacana ver alguém, cheio de pontos fracos, saber valorizar e realçar os fortes. Não haveria nada que alguém do estilo Morgan (ou Viper!) pudesse fazer ali que superasse Reid. Estilo é tudo! Rsrs



E a coisa rendeu, e agora teremos mais um affair na série: Reid e a bartender. Eu, que normalmente odeio esses romances paralelos nas séries que assisto, adorei esse! Primeiro porque Reid merece tudo e mais um pouco; além disso, a forma como introduziram a questão foi muito bacana, delicada e convincente. Não foi um detetive cajun esquisito para contornar o problema de uma atriz grávida, como JJ e Will. Agora, o clima de romance cabia, fazia sentido, era quase necessário depois de tantas questões a respeito de Reid. Torço muito para que ele tenha tranqüilidade e seja feliz (ainda que por um ou dois episódios) com a moça.

Li comentários sobre um movimento shipper Hotch / Prentiss. Nem sei o que dizer. Se inventarem uma ‘pataquada’ dessas, vai me dar vontade de largar a série. Hotch é um cara austero, contido, profissional, recém-separado e sofrido por isso. Não se deixaria envolver por alguém que já conhecesse, que nunca representou nada além de sua subordinada. Ou ele volta com a ex, ou aparece alguém (tipo a britânica que morreu no piloto) que tenha história com ele, ou alguém que faça sentido de alguma outra maneira, ou, de preferência, ninguém! Anyway, pior que os dois, só Gideon voltar casado com a Elle.

Até o 4x10.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

[CRIMINAL MINDS] 4x08 "Masterpiece"




Demorei a comentar porque estava viajando e também porque − confesso − não sabia exatamente por onde começar.
Medo de me repetir, vontade de gostar mais do que de fato gostei...

O episódio foi muito peculiar. A propositura da trama foi muito interessante: um unsub que não era un, era um known subject que se apresentou a Rossi e Reid ao final de uma palestra. Revela a eles os crimes que cometera (e dos quais nunca se teve conhecimento) e desafia-os a evitar a morte de suas próximas cinco vítimas, que só teriam mais 10 horas de vida.



Palestra para recrutar interessados no FBI.


Rothschild aborda-os ao final

E lança o desafio.

Ele se mostra admirador do intelecto de Reid e menospreza o de Rossi. O antagonismo parece ser entre ele (“Professor Rothschild”) e nosso amigo Spencer. A equipe o leva à sede da BAU e lá ele é interrogado por Rossi (e não por Reid para não ‘jogar o jogo dele’) enquanto a equipe faz um trabalho inverso ao de costume. Traçam o perfil do criminoso para chegar às vítimas. Sim, as vítimas é que são unknown (unvics?!?!).

Reid não nos decepciona e logo decifra o que está por trás da auto-proclamada ‘obra-prima’ do criminoso: a seqüência de Fibonacci e a proporção áurea, na busca pela perfeição.

(Inesquecível o dia em que um amigo me explicou, em detalhes, essas duas idéias. Tks, Dan! E a quem não teve a sorte de ter um consultor como ele, sugiro uma consulta à wikipedia ao menos. São conceitos muito interessantes.)


Reid trabalhando.


Rossi continua a estranhar a explicação e não nos é mostrado que ele (que teve sua capacidade intelectual questionada) percebeu a armadilha para a equipe. Alertou a todos e fez com que o criminoso (não consigo chamá-lo de unsub!) acabasse confessando os crimes anteriores. Afinal, o antagonismo era, na verdade, com ele, e não com Reid.

Aí começou a caca. Que motivo mais mixo!! Tanta engenhosidade, tantos anos de dedicação porque Rossi capturara William Grace (um famoso serial killer), seu irmão. E porque com isso ele perdeu a noiva??? Como assim?? Noiva?? Aff, que papo datado!

Fora isso, o que muito me incomodou foi o ritmo do episódio. Para mim, poderia e deveria ter rendido um episódio duplo! Acabou numa correria para explicar tudo! E poderíamos ter visto mais cenas das cinco vítimas, mais momentos com a Prentiss causando tanta perturbação, uma cadência melhor na alteração do foco de Reid para Rossi, mais mind games entre o criminoso, Reid e Rossi. Sei lá, achei tudo uma grande correria.



Perturbado pela morena Prentiss.

Detalhe, achei pééésssima a caracterização do Jason Alexander. Horrorosa! Figurino ridículo: um terno claro daqueles, só mesmo no Dr Lecter, e não em alguém tão ‘arredondado’ e sem a mesma fleuma. Aquela cabeleira, só numa idosa senil, abandonada em algum asilo. Muito trash, muito filme B. (Lembro aqui do meu amigo Dan, de novo. Ele morre de vergonha alheia; e eu tive vergonha alheia pelo visual do criminoso)

Fico imaginando que impressão se quis causar com essa figura...

Mas, retomando o que eu disse antes, a propositura da trama foi muito boa. Quem sabe não é sinal de que estão começando a acertar a mão novamente....

4X09 está chegando. Andar com fé eu vou...

PS. Me recuso a falar do clima de implicância entre Todd e Morgan. Desnecessário. Não vejo a hora da JJ voltar (quem diria!).