sábado, 31 de outubro de 2009

[Melrose Place] S01E06 - Shoreline

Por Rafael S


Esse é o olhar da obsessão. Cada vez mais ambiciosa e determinada, nesse episódio Violet fez sua jogada mais arriscada até o momento - e logo pra cima de quem? Do doutor Michael, ou seja, a ruiva resolveu jogar jogo de gente GRANDE.

Após revirar o quarto de Auggie (que não apareceu nesse episódio - cada vez mais apagado da série), Violet descobriu o nome daquele que atormentava a cabeça de sua (suposta) mãe: Michael. E ao longo de 40 minutos seu meticuloso plano para deixar o doutor comendo em sua mão - começou com uma "casual" consulta no hospital, algumas indiretas e um convite, que foi atendido no restaurante, regado a muita bebida, e consumado nos fundos do estabelecimento, dentro e um carro e devidamente filmado pela ruiva. e como golpe final, ela ainda se infiltrou na casa de Michael como babá, tendo a oportunidade de explicar para ele toda a vingança que planejou em nome de Sydney. Em sua melhor atuação na série até agora, Ashlee Simpson captou muito bem a obsessão de sua personagem, e definitivamente a transformou em uma pessoa muito perigosa, com seu olhar penetrante e suas palavras cheias de malícia. Já Michael, acostumado a estar no controle da situação, acabou o capítulo completamente perdido, sem saber o que fazer. Resta saber qual será o próximo passo de Violet: chantagem ou desmascarar o doutor na frente de todos? E qual será o objetivo dela, afinal?

Outra personagem que ganhou muito com esse episódio também foi Riley. Muitas vezes afastada das tramas centrais da série, aqui ela ganhou a oportunidade de se integrar em um núcleo de personagens. Ao trazê-la para o mundo da moda, os roteiristas parecem pretender acirrar ainda mais o "triângulo" entre ela, Jonah e Ella, que obviamente não ficou nada feliz em vê-la por perto, no seu ambiente de trabalho. Claro que antes disso, por boa parte do episódio houve aquele drama clássico da falta de dinheiro e da inicial recusa do convite para trabalhar como modelo. Mas como era óbvio, no fim ela acabou aceitando, o que na minha opinião será bom para a série. E de quebra, Caleb teve uma participação maior que o normal, é outro que pode ganhar destaque (e seus embates verbais com Ella são sempre bem afiados e divertidos).



E continuando a mergulhar cada vez mais no mundo da prostituição, Lauren recebeu como trabalho sua primeira ida a uma festinha particular. Iate, muito dinheiro, homens misteriosos e uma comitiva de acompanhantes para alegrar e apimentar o ambiente. Todas as possibilidades que poderiam sair daí com certeza assustaram Lauren, mas não mais que a presença de David na festa. Em pânico, ela teve que contar com a ajuda de outra acompanhante para não ser reconhecida e fugir rapidamente do local - para tristeza de Wendi, que não ficou nada satisfeita com o serviço abandonado. E a cafetina parece ser daquelas pessoas que controlam seus empreendimentos com pulso firme e sempre cumpre o que promete - e essa desfeita pode vir a custar caro para Lauren futuramente. Em prol desse desencontro com David, a estadia de Lauren na festa foi abortada, trama que poderia gerar desdobramentos interessantes, em como ela iria lidar com um trabalho dessa magnitude, por exemplo. Mas haverá outras oportunidades no futuro.

Mas mesmo sem se encontrar com Lauren, a festa foi bem inesquecível para David. Isso por causa da surra que ele tomou do negociante de obras de arte roubadas e seus capangas. Em mais uma tentativa dos roteiristas de amenizar a personalidade do rapaz, aqui ele mostrou uma certa "ética" ao recusar executar um roubo de uma peça muito valiosa, e acabou pagando com sangue e hematomas por isso. E para piorar, depois da surra ele foi levado para o hospital, onde teve que encarar a desconfiança de seu pai - e foi estabelecida uma interessante relação entre David, Lauren e Michael. O doutor quer que Lauren diga tudo que descobrir sobre seu filho. Em contrapartida a moça tem medo de arruinar o segredo sobre sua outra profissão ao fazer perguntas demais, e David, embora confie em Lauren, sabe que sua convivência com seu pai pode ser prejudicial para ele. Um intricado jogo de interesses foi formado.



Um episódio morno em alguns momentos, mas com uma participação arrasadora de Violet, além da volta de Michael, que com certeza não deixará barato todas as loucuras que a ruiva fez com ele. Ele é um personagem importantíssimo, pois além de ser um dos elos mais fortes com a série clássica, está relacionado com vários personagens da nova. E só falta adicionar Jane Andrews a essa equação para a série pegar fogo. Isso sem contar com uma CERTA personagem que voltará em breve...

Fotos: Reprodução



Rafael S
http://twitter.com/rafaelsaraiva

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

[Lie To Me] 2x02 - "Truth or Consequences"


por Mario Toshio

Foi só Lie To Me vir com um episódio focado um pouco mais em seus ótimos personagens que já me agradou. E olha que nem foi um episódio tão diferente assim, manteve a linha dos dois casos de sempre, mas dessa vez a diferença foi que em ambos tínhamos um dos "especialistas-sobre-mentira" envolvidos emocionalmente nos casos.

Foster e Loker assumem o caso da Receita Federal para investigar uma possível fraude de imposto de renda em uma "igreja".
O caso é bizarro: Um Igreja com cerca de 150 seguidores, vivem em uma espécie de vila, onde 30 casas são registradas como Igrejas Individuais e por isso ganham isenção do imposto de renda. E tem mais, existem apenas três homens adultos em toda a vila, o líder Jamie Cowley conta que os homens são enconrajados a explorar o Mundo quando completam 16 anos, as mulheres ficam...


Cowley tem 12 filhos biológicos em seu "harém" disfarçado de ingreja e Foster percebe algo de errado com uma das mulheres, Catehrine. Porém é seu filho que assume tudo, diz que a mulher não crê em nada do que é pregrado na igreja, mas tem medo de fugir e perder seus filhos para Cowley.
Foster ajuda Catherine a fugir e mente para a Receita Federal, Loker ajuda e mente também...


Dr. Cal Lightman assumiu o caso que sua ex (Zoe) lhe pediu, um garoto da faculdade é acusado de estupro pelo pai de uma menina de 16 anos, após os dois se relacionarem em uma festa de fraternidade. A garota, Susan Reed, frequenta a mesma escola que Emily, isso torna o caso muito mais curioso e preocupante para Cal, principalmente depois de encontrar identidades falsas e anticoncepcionais na gaveta de sua filha.


O promotor do caso, Jay Putt, chega pra avisar que além da acusação de estupro, Cabe também será acusado por distribuição de pornografia infnatil, já que apareceu um vídeo na internet do seu ato com Susan. Na mesma câmera que filmou Susan e Cabe, Lightman vê um vídeo de sua filha com duas garotas mais velhas e quando Cal vai conversar com as duas, fica claro a sua preocupação com a filha, ao mandar as duas ficarem longe de Emily.


As garotas explicam que tinham um pacto com Susan de "estar com um garoto da faculdade, antes de estar na faculdade..." e o vídeo foi a prova de Susan, óbvio que a garota se sentiu mal com tudo isso, contou ao pai, mentiu e por isso Cabe estava sendo acusado.
Enquanto retira as acusaçãos, o promotor ouve o pai da garota inconformado dizendo que sua filha é vítima e que "alguém tem que pagar..." , Cal percebe que o pai vai tentar fazer alguma besteira, ele imaginava que ele fosse atrás de Cabe, quando percebe que na verdade ele culpa o sistema por tudo. O promotor é morto, o pai da garota preso e Lightman percebe o quanto é difícil criar uma adolescente de 16 anos no Mundo de hoje.

Imagens: Reprodução

Bom, o episódio foi melhor, mas isso não muda o fato de que Lie To Me precisa evoluir muito pra conseguir me fazer assistir a temporada toda, não tenho nada contra séries sem mitologia ou sem grandes cliffhangers, mas infelizmente não consigo ficar acompanhando episódio por episódio...
Torço pra que as coisas melhorem, ainda tenho fé em
Shawn Ryan (ex-The Shield) que entrou pro time nessa temporada e em Tim Roth que é um excelente ator.

Quero pedir desculpas pela demora do post, na verdade já fazia algum tempo que ele estava "quase-pronto", mas me faltou tempo pra finalizar, tentarei fazer os dois próximos posts duplos, com o 2x03 e 2x04; 2x05 e 2x06...

Abraços!

Mario Toshio
twitter: @mario_toshio

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

[Dexter] 4.05 - Dirty Harry

Make my day **

Por Danielle M


Bem vindos ao melhor episódio de Dexter em quatro temporadas. Aterrador, violentíssimo, emblemático e muito bem interpretado por TODO elenco.

Quando a gente acha que entende, que sabe, que tem as respostas. Ah, lá vai a série mostrar que não é nada disso. Uma virada sensacional, comparável apenas a Ice Truck Killer na 1a temporada. Não apenas pelos minutos finais, mas todo o episódio nos conduziu para algo realmente dramático. Não houve um segundo de paz, nem mesmo nas deliciosas intervenções de Masouka. Foi tenso. Batimentos cardíacos elevados. E se não bastasse tudo isso, ainda foi o primeiro episódio de Dexter que me fez chorar.

Sinceramente, série alguma me levou a este nível de sensações. Olha, nem a minha amada Arquivo X. Foi uma experiência extraordinária que não sei, realmente, como organizar meus pensamentos. Vai desorganizado, caótico, furioso, embevecido e ultraadjetivado!

Os fatos são esses, como diria o narrador da finada e também muito amada Pushing Daisies. Debra não morreu, como metade da torcida do Flamengo já imaginava. Ela não era e nunca foi o alvo. O Agente Lundy morreu por chegar tão perto dos tortuosos planos non stop há 30 anos de Trinity, alma atormentada e cruel...ah, nem tão cruel. Nem tão frio... Como nos é caro rotular. Mas o que fazer? Para ele servir como vítima de Dexter, ele precisa ser cruel, ele precisa ser frio, ele precisa ser impiedoso, ele precisa que a nossa boa culpa cristã permita que mereça morrer. Mas não! Trinity é um homem atormentado. Mas é também a pior dualidade possível. Ele é o próprio Dexter, porque assim como o nosso expert em sangue, ele faz sangrar e tem uma família.

Just like me **


Como pude deixar passar isso? Juro a vocês, os elementos estavam todos lá, na fala de Lundy, aquele discurso clichê de lobo solitário. Claro que não. Desde o começo Dexter e Trinity são tão parecidos. Mas enfim, vejamos as motivações. Quem sabe elas nos absolva e possamos novamente pedir a pena de morte de Trinity?

Culpe o papai dirty **

Ainda surpresa com Trinity, que por sinal, teve um episódio muito bem estruturado e desenvolvido para que John Lithgow pudesse brilhar em todos os instantes, mostrar cada nuance, cada expressão milimetricamente marcada e carregada de significado. Hoje nós conhecemos muito mais dele. Fiquei perplexa com esta última morte. De todas, até pelo próprio ator, não sei explicar, foi de uma crueza absurda! Sem medo do clichê, mergulho nele toda feliz. Vi a porra da alma do cara. Me desculpem o momento Debra, mas não cabe outra coisa a não ser um palavrão muito bem colocado.

Cafeína me torna outra pessoa **

Debra! Tem todo o meu respeito. Sabe o que é nenhuma fala sem contexto? Nenhum sentimento que não tenha passado para nós? Gente, eu senti a angústia e o desespero dela, "estou...quebrada". Aliás, foi essa mocinha boca suja que me fez chorar quando estava no estacionamento em busca de sua própria absolvição. E todos os momentos que passou com Dex? As mãos unidas, os olhares, a cumplicidade entre irmãos. "Sem Debra eu estarei perdido" e "minha irmã não merece sentir essa dor". Para um cara como Dex, que pouca vezes entende os sentimentos, ele não precisou tentar racionalizar nada. Apenas sentiu. Verdadeiro e nada artificial.

Não me faça chorar assim, Deb **

Deixar Trinity? Ainda não! As suas melhor cenas do episódio, para mim, foram duas. Quando ele fala com a garçonete num quase descontrole e mostra do que poderia ser capaz, para num segundo seguinte suavizar a expressão e dizer polidamente: "obrigado, você é um doce, querida! A outra é quando conversa com o vigia, tranquilamente, como uma pessoa normal, para entrar no elevador e ter justamente aquela mudança espantosa de expressão. Novamente, mais uma pista de sua dualidade. Ah, o ritual. Dexter, como bem disse o Dirty Harry - ri muito com essa alusão direta ao nome do famoso detetive durão de Clint Eastwood - conhece a importância da execução bem feita de um ritual. Aliás, disso consiste o prazer, ou dever, de matar. O nome do episódio, acredito eu, também indica o que os dois papais - Dex e Trinity - podem ser.

Quanto a Lundy, não há como discordar de Dex. Era um grande adversário e merecia mais do que morrer num estacionamento. Mesmo que estivesse tão errado em sua avaliação. Mas para Dexter entrar de vez nesta história era preciso que o obstinado agente morresse. Dexter sempre trabalhou sozinho.

Sobre LaGuerta e Angel, hmmm, era de se esperar. E Masouka? Olha, essa semana não acho que tiveram momentos genuínos de sitcom, mas ele dizer "carma, que significado da porra" , foi sensacional! Rá! Sobre Rita? passo. Acho tudo que ela falou legítimo, mas não cabe agora. Mas destaco aquela observação "monólogo interior" de Dex quanto a ter segredos : "Exceto as luvas, seringas, serras escondidas na gaveta secreta..."

A Deb sempre soube! - Ela sabe, Masouka!**

Como estou completamente perturbada com este episódio. Não sei se teremos justiça poética, tal qual Dex falava. Um serial killer matar outro. Mas se Dex já matou o próprio irmão, um cara tão parecido não deveria ser impedimento. Mas vamos ver como esta fase de sua vida vai fazê-lo mudar, ou manter, esta ideia.

No mais, quero que Dex siga o bordão de Clint "Harry" : "Camon punk, go ahead, make my day".

** Fotos: Reprodução

/@danna_

[90210] S02E06 - Wild Alaskan Salmon

Por Rafael S


Um salmão silvestre do Alasca. O que começou como uma simples conversa para escolher um prato para o jantar resultou no ponto final do relacionamento entre Navid e Adrianna. Relação que já vinha ruindo já a alguns episódios, e que não esperou nem a música de abertura desse para implodir de vez.

Por mais bobo que pareça o título, todo o diálogo entre eles, envolvendo camarões e o tal salmão é uma boa analogia para o fim do namoro. Navid é uma pessoa estável. Do tipo que faz planos a longo prazo, e tem sempre comportamentos previsíveis (não estou trazendo isso como um defeito, é bom deixar claro). Já Adrianna era tudo menos assim. Quem viu a primeira temporada sabe da montanha russa que era sua vida. E desde que engataram uma relação, Adrianna visivelmente botou o pé no freio. O namoro sempre foi o conto de fadas que Navid sempre sonhou, e Adrianna teve que se adaptar a essa realidade. Eu realmente acho que ela goste de Navid, mas ela estava pressionada esse tempo todo. E bastou um elemento do passado, Teddy, voltar para sua vida, para ela não resistir e sacrificar seu namoro. Era o salmão silvestre do Alasca que se apresentava, todo delicioso e misterioso, contra aquele camarão de todas as noites do clube da praia.

E a realidade também é que Ade, desde que começou a ficar com Navid, se tornou uma personagem mais apagada. No auge dos seus problemas na primeira temporada, as tramas giravam em torno dela. Sua participação, que inicialmente seria de poucos episódios foi estendida até ela virar parte do elenco fixo da série. Quem sabe esse novo momento de fraquezas e dúvidas não devolve interesse a ela? E um dos momentos mais bem sacados foi quando Navid revelou que soube da traição pelo próprio Teddy! Legal os roteiristas subverterem as expectativas, já que haviam inserido uma cena de Silver flagrando Teddy e Adrianna se beijando, e arranjando outro caminho para revelar o envolvimento dos dois.

E falando em Silver, a personagem entrou em uma trama muito delicada, desde o gancho final do capítulo passado. O câncer de sua mãe trouxe uma oportunidade de trazer Kelly de volta à série. E como foram duras as palavras da loura quando, mesmo vendo a mãe com os dias contados, negou ajuda e apoio a ela? Uma cena bem forte, cuja reação agressiva da Kelly me surpreendeu pelas circunstâncias do fato. Já Silver deu o braço a torcer e resolveu ficar do lado da mãe nesses últimos momentos - e quão de cortar o coração não foi a cena que Jackie, já com poucos cabelos devido a terapia, veste rapidamente uma peruca para recepcionar a filha? Uma boa e difícil atuação nesse episódio da atriz Ann Gillespie, misturando a decepção da inevitabilidade da morte com uma última alegria em ver uma das filhas ao seu lado. Não prestava muito atenção quando ela participava de Barrados no Baile, talvez seja hora de rever alguns episódios.



Annie continua com sua trama desconexa do resto da série. E olha só, arranjaram até um esboço de triângulo amoroso para ela nesse episódio. Mais uma vez, utilizaram Mark para se envolver com ela. O garoto virou uma espécie de personagem quebra-galho da série, apareceu em quase todos os capítulos dessa temporada, mas sempre com uma ou duas cenas apenas. Aqui ele teve seu maior destaque, embora em um papel meio ingrato, apenas para no fim aproximar mais Annie e Jasper - que por sinal, começou a revelar seu lado mais sombrio, ao depredar o carro de Mark no final, além dos boatos dele já ter esfaqueado alguém. Mais mistério para os próximos capítulos.

Mas o destaque pra mim foi a volta do Harry aos holofotes. O personagem, que estava apagadíssimo nessa segunda temporada, só nesse episódio deve ter aparecido mais do que em todos os outros cinco juntos. O mais surreal é que suas cenas parecem ter sido escritas especialmente para o Rob Estes - digo, o fio condutor foi a aproximação tensa em Harry e Kelly, mas todo os seus monólogos do bar foram um exercício cômico dos bons para o Rob. O ator tem um timing cômico muito bom, acabou roubando a cena e ofuscando o Ryan, que deveria ser o centro das atenções (afinal, tinha todo o draminha dele estar envolvido com a Jen, mas afim de procurar outras garotas). E a troca de nomes no final deu esperanças que Rob Estes vai continuar arrasando no próximo episódio.



No mais, tivemos uma Naomi apagada e mais uma vez sendo enganada por Jen (até quando?), e Liam e Dixon aparecendo muito, mas muito pouco. E no fim das contas, sabia que nem senti falta deles? Sintomático isso, acho as personagens femininas muito mais interessantes que os homens da série. Nenhum até hoje chegou perto da importância e carisma que o Brandon (ou até mesmo o Steve) tinha na série original. E não vejo perspectivas disso mudar num futuro próximo.

Fotos: Reprodução



Rafael S
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[Glee] 1x08 - Mash-Up

por Má B


Seria apenas mais uma cena clássica de darwinismo onde o mais forte se impõe ao mais fraco numa tentativa ínfima de sobressair frente aos demais, não fosse a magia como que ela é feita.Gosto quando os seriados sabem brincar com um bom clichê. É uma escola, afinal de contas.

Um garoto qualquer, que se não me falha a memória ainda não havia aparecido em Glee, joga uma raspadinha no rosto de Finn, e como se não bastasse, joga um grande problema na cara do casal Quinn e Finn (argh), talvez maior do que a gravidez de uma cheerleader na adolescência: ELES PERDERAM A MORAL.

Não vou questionar aqui se perder a moral trata exatamente de estar grávida ou de cantar no clube da Luluzinha. Já faz um tempinho, ok, que eu sai da escola, mas QUE PORRA É ESSA DE GANGUE DO SUQUINHO?

AMEAÇAR COM CANIVETE PRA QUE , NÉ
SE EU POSSO JUNTAR UM MONTE DE MANO
E JOGAR SUQUINHO NA SUA CARA

Eu não sei de vocês, mas no meu tempo as ameaças eram um pouquinho mais pesadas, tipo levar na escola o canivete suiço do papai ou meu-irmão-sabe-todas-as-lutas-do-street-fighter -de-cor-e-vai-matar-você. Caro roteirista, não sei a escola bichinha que você estudou mas SUQUINHO NÃO É ASSUSTADOR, fica a dica.

A única explicação viável para isso tudo é um boicote às indústrias armamentícias.

Bom, voltemos.

A cena que se segue tem como protagonistas talvez o casal mais sem sal da face da Terra: Ken e Emma, o casal anti-herói, o casal que nada combina, o casal que faz você aí na sua casa se orgulhar de namorar/casar com aquele imbecil porque “pelo menos não somos como Ken e Emma”.

- Emma e eu de fato vamos casar
- Sim, e Ken me convenceu que é preciso estar pelo menos no mesmo espaço
- O que eu posso dizer? Sou tradicional.

Então, quando eles procuram Will para que ele crie um mash-up, a vontade que eu tenho é de bater na Emma. Ele já vai ter o PIOR CASAMENTO EVER e nem a porra da música o cara pode escolher? Ainda que Thong Song seja a pior escolha possível (e é), a gente fica no aguardo da mistura. Sounds like fun.

Saldo final: a não-relação atinge o seu ápice nesse episódio e ouso dizer que eles conseguiram FINALMENTE roubar a cena com um repleto diálogo divertido e bem estruturado.

Como sempre Will dá um show de coreografia, mas o áudio está cada vez mais deixando a desejar. Eu até tento não ficar irritada, como em 'Poison', mas está cada vez mais pior. Dançar e cantar não é exatamente fácil, mas SEJA MENOS DISNEY POR FAVOR.

Aliás, se você não gosta dessa coisa forçada, desligue a TV, amiguinhos. Glee exige TODO O LADO criança-feliz que estiver dentro de você. Aquela cena clássica de contos-de-fadas em que a mocinha sorri para um pássaro idiota e em dois minutos a mãe natureza toda está dançando e cantando com ela, bem, isso você verá em Glee. A maneira como alguns passos são ''improvisados'' soa perfeito demais, irritante demais, se você não souber apreciar. Bom, eu sei. E é por isso que eu gosto tanto da série.

E falando em gostar da série, a nossa vilã é simplesmente demais.Adoro as cenas de Sue falando no jornal, subjugando as pessoas, com um Q de Boris (Google diz: Whatever Works, de Woody Allen), gerando excelentes quotes. "Não tem mulher?” “Ela se afogou (...) E agora eu tenho o quarto só pra mim". PORRA. UM DOS DIÁLOGOS MAIS ENGRAÇADOS do episódio todo, um cara tão narcisista e arrogante quanto SUE, que faria um par excelente, e no mesmo episódio os roteiristas conseguem FERRAR com isso tudo. Só espero realmente que esse cara continue na série porque eu gostei muito dele.

Mas o destaque mesmo se dá a Emma nesse episódio. E eu digo isso porque eu não gosto muito dela, não. E vou explicar o porquê. Ela é ruiva, tem mania de limpeza EM EXCESSO e é uma mulher extremamente decente. Onde foi que eu vi isso mesmo?

Ela não me convence, também. Não é questão de ser crítica (tá, é), mas alguém que tem completo pavor de encostar nos outros, como pode protagonizar aquela cena de dança ao som de I Could Have Danced All Night com Will? Oi eu tenho TOC mas quando você me TOCa eu esqueço todas as minhas doenças por você (meu filho se você não parou de ler aqui por causa do trocadilho ruim, você não vai parar mais, desiste)?

E a cena de Will dançando The Song é simplesmente DEMAIS. Quase garante o episódio inteiro, não fosse algumas coisas que a gente ainda não engoliu. Como o fato de Glee acelerar as coisas demais. Puk em um episódio está querendo assumir o filho com a Quinn e dois minutos depois ele quer algo com a Rachel? Ok, a gente sabe que adolescentes mudam de opinião rapidamente, mas a gente precisa acompanhar essas mudanças, senão o seriado periga de virar apenas um show de musicais com personagens que poderiam ser melhores aproveitados não fossem as cenas bizarras com que eles são colocados. Histórias e tramas que poderiam ser facilmente desenroladas em 3 ou 4 episódios (se fosse Lost, em 15 temporadas) se resolvem em 5 minutos.

Por isso encerro aqui pedindo por favor aos queridos roteiristas que não nos decepcionem mais. Dê-nos boas tramas que estes personagens merecem, eles são bons, sim. E eu continuo achando que vocês sofrem de ejaculação precoce.

PS: prazer, eu sou a Má B e através de uma raspadinha de 1,99 dei um golpe de estado no efuzii, e agora quem comenta Glee sou eu. Espero que gostem.


Má B.
www.twitter.com/ma_b

[Criminal Minds] 5x05 "Cradle to Grave."

Por Celia Kfouri

Não foi apenas o desânimo com o episódio que causou a demora nesse comentário.Tenho andado mesmo enrolada, com coisas demais para fazer. Mas é bom que semana que vem nao teremos episódio inédito (só dia 04.11), assim será perfeito para acertar o passo novamente.

O episódio da semana trouxe um casal como unsub. Uma trama meio sem pé nem cabeça, mas nem tanto pelos crimes em si, e muito mais pelos fracos personagens. Eles sequestravam e mantinham moças prisioneiras para que engravidassem, e acabavam por matá-las após darem à luz. Queriam bebês meninos porque ela (a mulher), vítima de câncer de mama, perdera um bebê e não se recuperou do trauma. Ele (o marido) tem histórico de crimes sexuais, então juntaram a fome com a vontade de comer (sim, expressão ordinária para descrever unsubs ordinários!): ele estupra as moças, que engravidam e dão a ela os bebês que ela quer. Ah, tá... Pff!

Como é que querem mostrar uma relação que seria tão complexa, sem qualquer construção mais elaborada dos personagens? Quem são eles? Que ligação é essa? Não convence nem uma criança. E aquela caracterização da mulher vitimada pelo câncer e pela quimioterapia foi tosca. Coisa de filme B.



Ninguém merece essa unsub com cara de 'volcana'.


O processo de investigação ocorreu sem grandes novidades: apenas o trabalho bem feito da BAU, como de costume. Fora a JJ, todos tiveram sua parcela de contribuição, tudo bem 'direitinho'. Dou destaque aos perfis geográficos que o Reid traça. Que coisa mais doida. E parece sempre fazer sentido e ajudar muito na captura dos unsubs.

Episódio fraco, fraco, que apenas se aproveitou de casos reais de 'moças em calabouços' como dos austríacos Josef Fritzl e sua filha, e também de Natascha Kampusch; e mais recentemente Jaycee Lee, nos EUA. Mas faltou muita dramaticidade para sequer fazer lembrar um desses casos escabrosos.




O calabouço em Criminal Minds.



Página virada. Tramas melhores com unsubs mais aterrorizantes virão. Foyet virá!! (no 5x09, ao que consta)

O que esse episódio teve de muito relevante foi a saída de Hotch da liderança e chefia da equipe, e Morgan assumindo o cargo. Chief Strauss mostra insatisfações (mais do que justificadas) com a conduta de Hotch e, para evitar que ela coloque alguém de fora na liderança, ele encontra essa opção. Nem vou especular sobre o que isso significará. Só digo uma coisa: acho que isso foi feito para que Hotch esteja mais livre para, daqui a alguns episódios, empreender uma caçada a Foyet, com um enfoque mais pessoal, mais polarizado. E eu quero muito assistir a esse momento. Muito!




Transmissão de cargo. Estou doida para ver a reação de todos no 5x06.


Pra terminar, Garcia já nao se controla mais, e até fantasia um bebê com Morgan. Mas Tamara Barnes voltará no 5x06!!

Até lá então.





terça-feira, 27 de outubro de 2009

[Melrose Place] S01E05 - Canon

Por Rafael S


Ella Sims. Publicitária. Poderosa. Influente. Glamourosa. Mas nem sempre as coisas foram assim em sua vida. Esse quinto episódio de Melrose Place explora o passado da loura, e como seu envolvimento com Sydney Andrews foi crucial para sua escalada na carreira.

E logo no primeiro flashback do capítulo, um choque: nem sempre Ella foi do jeito que ela é hoje. A vemos vestindo roupas simples e com seu carro popular sendo rebocado. Mas sua esperteza está toda lá, e foi por isso que chamou a atenção de Sydney. Tratando-a como uma protegida, a ruiva deu um futuro para Ella, construindo sua carreira de publicitária em troca de divulgação para sua galeria de arte. E assim, nessa relação movida a ambições, a loura conseguiu ganhar todo o prestígio que tem hoje. Mas por trás do sorriso que sempre exibe ao mundo, ela está se sentindo com muito medo devido às denúncias que Jane fez à polícia no final do episódio passado. E conforme vamos mergulhando nas memórias de Ella, vemos que ela não foi a melhor das amigas de Sydney: após conseguir tudo que queria, começou a ignorar a ruiva, como a tivesse usado apenas como um degrau em sua carreira. Após uma série de troca de ameaças, ela contratou um investigador para invadir a casa de Sydney em busca de documentos a seu respeito que poderiam ser comprometedores...e justamente nessa noite Sydney foi assassinada.

À medida que os episódios vão avançando, estamos conseguindo montar o cenário daquela fatídica noite: Sydney, descontrolada e cheia de raiva, recebeu a visita de David, Auggie e um detetive contratado por Ella. Sem contar que a própria Ella pode ter estado lá (vide os vídeos do horário em que ela esteve no restaurante naquela noite) e Violet, cuja chegada no condomínio estava diretamente relacionada com Sydney. Os únicos que parecem inocentes - pelo menos por enquanto - são o casal Riley e Jonah, e Lauren. Embora esteja sendo levada em banho-maria, essa trama do assassinato está ficando bem intrincada, com um bom uso de flashbacks para entendermos e montarmos aos poucos o momento da morte. Ainda deve levar alguns capítulos para a revelação do assassino acontecer, mas mesmo correndo em segundo plano, está uma trama interessante.

Enquanto isso, Lauren começou uma nova fase na sua vida de acompanhante. Agora sob a proteção de Wendi, ela teve seus primeiros encontros agendados por sua cafetina. Uma nova dinâmica para ela - troca-se o trabalho itinerante, de caçar clientes em bares e estar exposta a complicações desagradáveis, por um ambiente mais seguro e organizado, mas extremamente exigente e rígido em suas regras. E essa nova escala de trabalhos já começou a prejudicar a vida pessoal de Lauren, que viu sua amizade com Riley começar a enfraquecer, por causa das muitas mentiras que teve que inventar para justificar seus sumiços. Ainda sem coragem para abrir o jogo com a amiga, ela inevitavelmente deverá pagar caro por isso um dia, ainda mais no mundinho pequeno de festas e badalações dos seriados.



E com Riley preocupada com os sumiços de Lauren, Jonah ficou livre para ter uma faceta nova explorada nesse episódio: seu relacionamento com David. O que aparentemente era uma boa relação, escondia por trás o grande interesse que David pelo trabalho de Jonah: filmar o interior de casas para desenvolver passeios virtuais. A oportunidade perfeita para o jovem ladrãozinho executar seus crimes com mais facilidade. Mas depois de uma série de mal-entendidos que resultaram no Jonah tendo que prestar depoimento para a polícia pelo sumiço de um colar muito valioso, David parece ter se arrependido e devolvido a jóia - pelo segundo capítulo seguido, ele tem sua personalidade um pouco suavizada, depois de um começo repleto de crimes, drogas e mulheres.

Mas de todos os personagens, quem tem um plano de vida mais bem definido é Violet. Revendo a série do começo, é difíil não perceber como as etapas de seu plano vem sendo executadas: chegou como nova moradora no condomínio e logo se declarou filha de Sydney. Depois, com a morte da ruiva, apresentou seu drama para os outros e ganhou a confiança dos moradores, além de aparentemente ter se livrado das suspeitas da polícia. Convenceu Auggie a lhe arranjar um emprego no restaurante, e nesse episódio praticamente garantiu uma promoção, após incriminar a bartender do local e provocar sua demissão. É certo que ela tem um objetivo de vida bem claro desde que chegou em Los Angeles. Mas qual é esse objetivo? Em muitos momentos parece que Sydney não era o objetivo para ela, e sim um meio para conseguir o que queria. Mas como explicar seus momentos sombrios boiando na piscina e invadindo o apartamento da sua suposta mãe para roubar seus vestidos? Muito mistério ainda está guardado aí.



Infelizmente o episódio não trouxe nem Jane nem Michael, o que deu uma freada em uma trama muito esperada por mim, mas valeu por ver Ella enfim em uma posição desconfortável, tendo que ser esperta para livrar-se das acusações, além de mostrar o início de um novo capítulo na vida de acompanhante de Lauren. Muita coisa parece estar vindo por aí (e espero que utilizem melhor Auggie, que está relegado a pouquíssimas cenas nesses últimos episódios).

E pra finalizar, deixo uma recomendação musical: Until we Bleed, do produtor Kleerup com participação da cantora Lykke Li, música que tocou nas últimas cenas desse capítulo. Mais uma vez a trilha de Melrose Place batendo muito bem com meu gosto musical, é sempre bom reconhecer músicas que você gosta em suas séries.

Fotos: Reprodução



Rafael S
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

[Dollhouse] 2x04 Belonging

por Anita Boeira

Assisti o último episódio de Dollhouse agora. E ainda estou um pouco sem fôlego e surpresa com o magnífico episódio que acabei de assistir. Para quem gostou de Epitaph One, esse é muito interessante para entender ainda mais as ramificações de tudo que vai acontecer no final.

Para começar, nem foi sobre a Echo. Ela mal apareceu, e o Paul também não estava (férias?). A personagem principal nesse foi Sierra, que vimos um ano atrás quando ela começou a "trabalhar" para a Dollhouse. Antes da Dollhouse ela se chamava Pryia, uma australiana vivendo e trabalhando ilegalmente nos Estados Unidos, por qual um dos neuro-cientistas, ou qualquer coisa do gênero do grupo Rossum se apaixonou.

Mas conquistar uma mulher de verdade é bem mais complicado (e caro) do que uma Doll, então Nolan (o neuro cientista bizarro) gasta uma considerável soma comprando quadros da Pryia e aconvida para fazer uma exposição em seu apartamento, onde ele convidaria outras pessoas para vê-la. Enfim, ele chama é um bando de Dolls para parecerem interessadas no trabalho dela e os quais nao faltam palavras para descrever o quão incrível Nolan é. Mas Pryia acaba é curtindo o curador falso (Victor) e tenta ir embora da festa com ele, mas Nolan perde a cabeça.

Acaba drogando-a e internando-a no hospício em que ele trabalha, e convencem o "ingênuo" Topher de que Pryia é maluca, e que estará em boas mãos se fizer parte da Dollhouse. Nesse meio tempo Nolan, "aluga" Sierra várias vezes onde ela tem memórias de que o ama.



Mas a Sierra sem memórias da Dollhouse ainda gosta de pintar, mas todos seus desenhos têm manchas pretas, no qual diz a Echo que trata-se de homem do qual ela tem medo. Echo leva o desenho para Topher, e ele começa a investigar. Ai descobre que Pryia nunca foi maluca de verdade... Ela foi drogada para parecer psicótica. Ele conta isso para Adelle e Boyd, e Adelle chama Nolan e diz que vai "encerrar a conta" dele na Dollhouse.

Obviamente ele não aceita isso e ameaça Adelle. No fim ela fica sem escolha a não ser mandar Sierra com uma memória permanente para ir viver com Nolan para sempre. Topher se recusa, e Adelle diz que todos na Dollhouse já passaram por momentos de dilemas morais. Com exceção de Topher, que foi contratado exatamente por nao ter moral nenhuma. Basicamente, ele nao tem escolha também...

Mas é claro que ele tem. Ele devolve as memórias originais de Pryia e explica para ela tudo o que aconteceu. Manda a moça de volta pra casa do Nolan, e ao invés de ser uma dócil Doll, Pryia tem a oportunidade de se vingar do Nolan. E acaba o matando. Pryia liga para Topher, que vai resgata-la, mas Boyd, sendo o chefe de segurança da Dollhouse, ouve o telefonema e vai atrás dos dois. Ele vem armado de serrotes e ácido para dar um sumiço no corpo do Nolan (aprendendo direitinho com Bones, neh Boyd!). Topher quemfaz o serviço sujo. "I was just trying to help her..." choraminga ele, coberto de sangue.

Nolan então desaparecido, Pryia volta a Dollhouse. Antes de ter suas memórias apagadas novamente, Pryia conversa com Topher e pede a ele que se ele tiver que acord´z-la de novo, que não devolva as memórias daquele dia para ela. Prefere nunca mais ter que viver com aquilo. Esse dilema de "esquecer vs. nao esquecer" me lembra do filme "Eternal Sunshine of the Spotless Mind" com o Jim Carrey e a Kate Winslet.

Outra coisa importante, Pryia ao acordar em seu ano como Doll, sabe que está apaixonada. Não por quem, ou como o conheceu, ou onde. Mas sabe o que sente. E antes de voltar a ser Sierra na Dollhouse ela vê Victor se sente que é ele. Na última cena, vemos Echo lendo um livro enquanto Sierra e Victor dormem abraçados em um dos pods.


site: anitaboeira.net
twitter: twitter.com/anitaefrango


Fotos: http://pix.elizamedia.org/

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

[Californication] 3x04 "Zoso"

Por Celia Kfouri

Quer saber? Estou adorando essa terceira temporada. Acho que 'Califa' tem que ser assistida assim: curtindo os diálogos deliciosos e inteligentes que recheiam cada episódio. Cito só para ilustrar os exemplos dele de combinações perfeitas (após o 'hard and wet'): 'cookies and cream', e 'Lennon and McCartney'!

Mas as citações que podem passar despercebidas aos mais desatentos são inúmeras e todas muito engraçadas e inteligentes (ex. Becca e 'Esperando Godot' e Hank, impagável, ao apanhar dos clientes da Jackie, diz que 'queria evitar que ela fosse estuprada por uma gangue, em cima de uma máquina de fliperama. Nao seria estupro como no caso da personagem de Jodie Foster, mas valeu a piada!).

Marcy e Runkle são um casal perfeito. A cena em que os dois se 'entendem' é muito bonitinha, mesmo depois da sequência de imagens e termos escatológicos. Adoro os dois.



Eles merecem uma chance!


A trilha sonora da série é uma preciosidade em si, e enriquece ainda mais o prazer de acompanhar 'califa' que, nesse episódio, acabou de me conquistar de vez, por nenhum motivo especial; apenas por ser uma delícia de assistir.

Como nem tudo pode ser perfeito, temos que lidar com Kathleen Turner, que pode até estar muito bem no papel, mas me avilta a cada cena. Sua figura judiada e deformada, transformada de modos que não consigo conceber, deveria ser analisada por algum documentário do Discovery. Só assim para que eu entenda como foi que até sua voz se transformou. Parece uma cachaceira fumante de cigarro sem filtro, alguma 'Tia Olga' em fim de carreira;
E se algum leitor mais jovem não entender do que estou falando, por favor, vejam alguma cena dela em Peggy Sue e, principalmente, em Corpos Ardentes e então aprenderão o que é envelhecimento precoce e sem qualquer dignidade.

Hank está enroscado com essas três mulheres: duas professoras e uma aluna reunidas na sua sala de aula. As três estão estão lá por ele e ele, na falta de idéia melhor, começa a aula escrevendo a tal 'F word' na lousa. Isso aí ainda vai render!



As três da vez!



Ao final, a cena de Hank e Karen no Skype foi lindinha. Realmente, 'go soulsearching' com quem se ama, amante ou amigo, é das melhores coisas da vida.






Não dá para entender esses dois estarem separados.




Fotos: reprodução

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

[Fringe] 02x05 Dream Logic

por Alison do Vale

Uma coisa que me chateia em Fringe é uma certa inconsistência. Como já acontecera na temporada de estreia, o ritmo novamente é quebrado de forma muito brusca. Na temporada passada ao menos podíamos justificar com os hiatos que interrompiam a sequência. Dessa vez não há desculpa: o episódio foi mesmo fraco.

Serviu mais como homenagem póstuma ao agente Francis do que qualquer outra coisa.
Olivia se sente absolutamente resignada e inclusive seu coque torto denota seu abatimento. Também pesa o fato de ter sido ela a dar cabo da vida do amigo. Tá, não era ele... mas visualmente era, o que torna a coisa ainda mais confusa pra loira. É inegável que a proximidade entre os 2 era grande, fazendo com que eu pensasse que eles viveriam até, quem sabe, um affair ou algo que valha, já que Peter parecia mais interessado na irmã da agente.
Diante de todo esse turbilhão de novas situações em sua vida vale mais uma sessãozinha terápica com o Yoda do Boliche, Sam Weiss. Vale dizer que achei bem esdrúxula a forma de dizer a Dunham que ela irá ficar bem com o lance dos cartões de gente vestida de vermelho.

Acontece que tudo se torna mais desinteressante quando o grande enredo fica de lado. Antes a intenção por trás das investigações dos casos bizarros era mostrar a possível ligação entre os casos e uma conspiração maior encabeçada pela Massive Dynamics. O que acontece agora é uma confusão entre quem está do lado de quem. Aí as histórias isoladas como a do cientista viciado em sonhos acrescenta pouco ou nada pra trama principal. Que há casos que se encaixam no Padrão mas que não pertencem a nenhuma Organização do Mal nós já sabemos - vimos isso com o pai do menino-escorpião. É hora de se aprofundar na história que realmente importa. Tem uma guerra vindo aí, oras.

Pra não dizer que foi absolutamente dispensável, a cena final reascendeu as esperanças mostrando uma situação que abriu meus olhos para algo que não tinha me atinado ainda: assim como há 2 Williams Bell, há também 2 Walters. E quando digo que isso passou despercebido por mim, digo que não tinha me tocado que o Walter da outra dimensão perdeu seu filho já que ele agora está na nossa dimensão. O pesadelo de Peter pareceu ser exatamente o momento do "sequestro". Seria absurdo pensar que o Eu-paralelo do Dr. Bishop poderia tentar alguma manobra pra reaver o filho perdido tal qual sua versão desse lado?

Apesar de me incomodar bastante, não me preocupa o fato de não ter gostado desse capítulo. Tenho fé no futuro que a série tomará, pois mesmo com esse episódio sendo ruim, a estrutura de Fringe é sustentada pelos vários episódios acima da média e é por eles que me baseio e espero que sejam eles a povoar os comentários aqui.

No final das contas we're gonna be fine.

Imagens: reprodução

[Alison do Vale]
twitter: @menino_magro

[EXTRA] Entrevista com Gustavo Miller

Por Danielle M.
(com colaboração de Eric Fuzii)

Gustavo Miller é um cara bacana! Jornalista do Estadão desde 2006, é gente como a gente. Baixa séries, opina, corre para blogs e fóruns para comentar e paga de fã. E nós aqui do blog, que gostamos de gente que gosta de séries, começamos um especial com "o povo das séries". Gustavo foi a primeira vítima, atencioso, ele respondeu várias perguntas, nos explicou sua matéria sobre "A Geração Lost" e ainda nos trouxe muita informação nova. Ah, ele também é motivo de invejinha, porque viaja pelo mundo entrevistando atores de nossos programas favoritos. Só curtir:
BlogCeS: E aí? Quando você começou a escrever sobre televisão?

Gustavo Miller: Comecei como estagiário do Link no Estadão em 2006, caderno de tecnologia. Desde a metade do ano passado, faço parte do TV&Lazer e também escrevia para o Estadinho, que é o caderno infantil.

Por ser meio nerd e passar o dia conectado, comecei a cobrir a área de televisão e novas mídias. Tenho há mais de 2 anos uma coluna chamada "TV sem TV", onde faço uma seleção dos melhores vídeos da internet. Não é apenas pegar os mais vistos, mas dar uma peneirada, e ir atrás de curtas e de novas produtoras do audiovisual.

Entrei nessa de escrever sobre séries porque gosto de ir atrás das boas histórias. Hoje leio mais quadrinhos e HQs do que livros, por exemplo. Da mesma forma que assisto mais seriados do que filmes. Por quê? Porque a qualidade da televisão americana de hoje é um absurdo depois do chamado "Efeito Sopranos".

Acho que assisto mais de 20 séries, não passa de 30. Claro que eu baixo, por que não o faria? Hoje não tenho mais paciência para aguentar a televisão controlando a minha vida, dizendo que tenho que estar em casa às 21h30 para ver Two and a Half Men. Baixo e assisto quando quero. Isso inclusive, com redes de tv nacionais. Tenho senha na globo.com e vejo programas da mtv no youtube ou no site da emissora. Brinco que sou o único jornalista que cobre TV sem ver TV (risos).


BlogCeS: Mas afinal, quais são suas séries preferidas?

Gustavo: Lost (claro!), Mad Men, The Office, 30 Rock, Dexter, Two and a Half Men, Breaking Bad, Californication, Flashfoward , Entourage, The Big Bang Theory, Chuck, Fringe, Nurse Jackie, Hung... bom, não consigo lembrar de tudo (risos).


BlogCeS: E no jornal fazer download é tranquilo? Não tem nenhum tipo de patrulha não?

Gustavo: Aqui no jornal a gente não pode fazer downloads. Eles colocam um filtro que impede o acesso ao rapidshare e megaupload, por exemplo, mas a gente dá um jeito. Mas eu pergunto: como trabalhar com cultura pop hoje e não baixar? Um crítico musical vai esperar um mês p ara um CD chegar aqui, enquanto na Inglaterra todo mundo fala dele desde AGORA? Não, ele tem de baixar, senão ele não vai estar atualizado.

O mesmo aplica-se às séries. A jornalista que cobre aqui para o caderno TV&Lazer, não tinha o costume de baixar. Ela via pela televisão e se perdia algo, pedia para as assessorias mandarem o dvd do episódio. Aos poucos fui trazendo a inclusão digital para o povo aqui (risos). Agora, quase todo mundo já baixa e estou viciando as meninas em Glee. Ensinei o que é RMVB, como pôr a legenda SRT. Jornalista tem de saber o que está acontcendo, até para poder transformar isso em pauta. Isso é uma cultura que está mudando toda a indústria do entretenimento seja filmes, televisão, música ou até livros.

Cada pessoa aqui da equipe agora tem twitter e tem de saber lidar com essas novas ferramentas. Acho que jornalista hoje tem de ser um hub, sabe? Se vou para Los Angeles entrevistar o elenco de True Blood, por exemplo -- algo que eu mesmo fiz recentemente --, tenho de publicar no twitter, soltar informações no blog, subir fotos para o flickr, gravar vídeos para o youtube e depois escrever a matéria para o jornal.


BlogCeS: Mas essa parece ser sua visão particular, porque não vejo esse movimento todo entre os jornalistas. Parece até que eles ainda tem medo.

Gustavo: Claro que não é todo mundo que pode fazer isso. Acho que o jornalista que sair assim da faculdade (ou não, já que hoje não precisa de diploma), sai com um diferencial enorme. Os blogueiros de séries não são assim hoje? Por que jornalista não pode ser também?

Eu sei que não, mas toda equipe precisa ter alguém assim hoje. A relação do jornal/leitor, do telespectador/tv, é outra. A mídia tem de estar atenta a este novo consumidor. Tenho certeza que vou atrair alguns leitores fazendo a cobertura do VMB pelo twitter, por exemplo. A pessoa vai ler alguns comentários pessoais ali, que não estariam no jornal, e vão se sentir atraídos. As pessoas gostam deste tipo de relação mais próxima e é por isso que todo produto televisivo hoje tem ARG, podcast, blog. Ou até mesmo pede para que o público participe de sua criação, como esta nova série Norma, da Globo.


BlogCeS: Você acha que o jornalismo mais conservador teme vocês? Jovens dessa geração super incluída em tudo?

Gustavo: Não sei se teme, mas eu realmente acho que tem espaço para todo mundo. Continua sendo muito necessário no jornalismo aquele repórter especial, que fica numa pauta durante um mês e solta aqueles calhamaços de 10 páginas, mas também é necessário ter um jornalista que saiba ser multimídia e trabalhar com essas plataformas, sabe? Todo jornal, revista, emissora está com projetos neste sentido. Outro dia me peguei assistindo ao programa do Otávio Mesquita, só porque eu o sigo no twitter e vejo que a relação que ele constrói com seus seguidores é ótima.
BlogCeS: Então, fale de seu blog também!

Gustavo: Sim, tenho desde 2003 -- daquiprala.blogspot.com. No começo era um espaço para eu escrever crônicas, tinha aquele ideal do blogueiro moleque, que joga com dois pontas avançados, de ser a minha visão do mundo. Hoje é mais um espaço para publicar o que estou lendo, o que estou linkando, o que estou ouvindo e escrevendo por aí. É mais uma forma de conectar tudo o que eu faço hoje na rede. Meus amigos do facebook sabem toda minha vida 2.0, ele tem tudo integrado por lá.


BlogCeS: Gostei dessa parte que você fala sobre o contato próximo que o twitter constrói. Dá para fazer uma relação com a Geração Lost, quer dizer, todo mundo hoje quer falar, não apenas ler teorias, quer fazer parte e ser ouvido e essas novas mídias favorecem essa participação. É o que você falou no Dharma Day, o povo vê Lost e já quer comentar com alguém, corre para a internet. A televisão começa a caminhar nessa direção, principalmente a americana, mas no Brasil dá passos de bebê ainda, não?

Gustavo: Sim, o caso da Geração Lost não se restringe à tv, sabe? Pega o caso da Xuxa: para mim é uma ótima metáfora de tudo isso. Durante toda a nossa vida, aquela mulher esteve na tv nos ensinando. Hoje são os baixinh os que ensinam ela -- a escrever, no caso (risos). Geração Lost é um termo que criei para poder falar dessa nova relaçao. O Alexandre Matias, que é editor do Link, falou que queria fazer uma matéria sobre essa tal convergência de mídias na televisão, do impacto da internet dentro dela. Daí, como jornalista tem sempre de achar um gancho para esquentar uma matéria, lembrei que fazia 5 anos que Friends tinha acabado. Eu era um grande fã da série. Junto de Seinfeld, foi o grande motivo que me fez realmente curtir seriados. Lembrei como foi esperar por aquele último capítulo. Via Friends toda semana e morria de ódio da Sony, e depois da Warner, quando rolava alguma reprise.


BlogCeS: Como era sua relação com a televisão naquela época?

Gustavo: Era todo condicionado à televisão, quase um escravo dela. Foram 10 anos assim, daí quando acabou lá nos EUA, tive de me blindar por meses para saber qual era o final. Hoje isso seria impossível!

Sei que Lost não é pioneiro. Sempre teve aquele fã de Arquivo X que tinha algum contato nos EUA e recebia o VHS de um episódio antes de passar aqui. A internet só massificou e potencializou esse troca-troca, da mesma forma com a música. Pra mim, passar para um amigo um link de um cd no rapidshare é o mesmo que gravar uma fita cassete, sabe?

Fiquei um bom tempo depois disso sem ver séries. Via uma ali, outra acolá, mas não tinha uma que me prendia, sabe? Comecei a ver Lost observando os fãs. Quando soube que a história continuava na internet, que o pessoal via um episódio e depois ia comentá-lo no orkut ou em blogs, que pessoas legendavam um negócio de madrugada -- e de graça -- só para que outros espectadores pudessem assistí-lo, eu falei "uou".


BlogCeS: Foi aí que você percebeu que a relação com o público mudou?

Gustavo: Pois é, as séries hoje têm isso, criam essa relação. São os cliffhangers que fazem você roer as unhas. Quando faz aquele "poun" com o símbolo de Lost no final de um episódio, já é automático você abrir seu notebook, entrar num Teorias Lost da vida e ler os comentários do blogueiro ou ler os comentários das pessoas no orkut. Melhor é que você não lê apenas. Você se sente estimulado a mostrar sua visão também, esse é o barato. Na internet, o lance de compartilhar é muito forte. É o que faço no blog, twitter, flickr. Você sente que precisa dividir sua informação com o mundo.

Pelo menos para mim, Lost foi o que deu start em tudo isso. Não vejo How I Met Your Mother e corro para a internet, por exemplo. Mas baixo um dia depois de passar nos EUA e vejo uns dois dias depois. Daí vou num blog de séries para ler um review. O processo é o mesmo, Lost só é mais frenético. Hoje faço isso com TUDO o que assisto. Vídeo no youtube, matéria de site... isso para mim é a tal geração lost e todo canal de televisão que se preze quer ter um público assim.

Estive na Comic-Con, né. Lá para mim foi o grande momento dessa visão. Vi que o cinema, a indústria de games, todos querem ter esse tipo de público fiel, que assiste uma série pela internet, na televisão, no DVD, que compra merchandising e etc.
BlogCeS: Queria saber qual sua opinião sobre product placement, como terá agora em Chuck, com o Subway.

Gustavo: Comecei a ver Chuck depois de toda ação que rolou na internet para que tivesse uma terceira temporada. O lance deles conseguirem um patrocinador foi incrível. Vejo que a tv aberta americana percebeu que as grandes séries hoje, aquelas que ganham prêmios e atingem um nicho, estão na tv a cabo, como é o caso do Showtime, HBO e AMC.

Por isso que a NBC só põe talk show à noite. Estive nos EUA recentemente e de segunda a sexta-feira são três na sequência! Por quê? Porque dá mais audiência! Além de ser mais barato produzir. A Tina Fey fez até piada disso no último Emmy. Não vejo nenhum problema em ver o Chuck dando uma mordida num sanduíche da Subway e, do nada, aparecer um zoom lá, entendeu? Isso não me agride.

The Office trabalha brilhantemente com product placement. Eles fazem da publicidade um assunto, conseguem inserir o produto dentro do roteiro. É o caso daquele resort Sandals, por exemplo. Já 30 Rock usa o produto para a piada. Lembro de uma vez que a Liz lemon (Tina Fey) até vira para a câmera e diz: "ok, cadê a nossa grana agora?".


BlogCeS: Quando você acha que as emissoras vão parar de tomar somente os números de audiência como "termômetro" para cancelar séries?

Gustavo: Gosto muito dessa campanha que alguns fãs americanos estão fazendo, de estimular a audiência da tv online, de fazer com que o espectador assista Chuck pela internet, sabe? A internet é a melhor maneira de você saber realmente o que é um buzz ou não. Audiência de TV é uma piada: são algumas casas selecionadas que, em prática, falam por um país. The Office dá mais dinheiro no iTunes e a NBC percebeu isso.


BlogCeS: Mas até quando os fãs terão de fazer toda essa mobilização pela internet, ou seja, sem chamar atenção as séries acabarem canceladas apenas pelos números de audiência.

Gustavo: Hum, difícil essa hein? A minha televisão imaginária seria global, como as pessoas fazem no live streaming ou nos justin.tv da vida, onde a distribuição cultural não tem toda essa burocracia. Sempre falo: se um fã de Lost faz uma legenda de um episódio quatro horas depois de ir ao ar nos EUA e com uma qualidade até melhor daquela que sai na TV a cabo, por que isso não pode virar "oficial"?

Começar com o episódio de uma série passando nos EUA e dois dias depois no Brasil. Eu esperaria, na boa. Os fãs vão continuar a se mobilizar enquanto a distribuição por aqui continuar d esta forma. Uma ideia ótima seria assim: a ABC passa Lost, por exemplo, e no dia seguinte, o site da AXN exibiria esse conteúdo. Nem precisaria ter legenda, mas você assistiria de forma oficial. Se quisesse ver com legenda na televisão, esperaria um dia ou dois. É claro que aí estamos entrando no mercado de tv a cabo, que está sendo destruído pela internet.

Resumindo: isso vai continuar acontecendo enquanto os produtores e os responsáveis pelo marketing, não perceberem que um produto de tv não pode se restringir a um só meio, mas deve explorar vários, criando um universo em torno de si. Uma série hoje pode ser sustentada apenas por publicidade e pela audiência da internet. O que falta aí é o mercado televisivo e publicitário se tocar disso. No Reino Unido, a internet já fatura mais dinheiro com a publicidade do que a tv.


BlogCeS: Muito obrigada mesmo! Tem muita informação legal e que nem a metade dos nossos leitores sabe, aliás, nem nós. Obrigada mesmo!!!

Gustavo: Fico feliz de ter ajudado vocês, então. Ficam aí meus contatos:
daquiprala.blogspot.com
twitter.com/gustavomiller

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

[Dexter] 4.04 - Dex Takes a Holiday

Não quero perdê-los**


Por Danielle M


O que dizer de um episódio espetacular? Nada menos que isso. Dexter em toda sua forma. Letal, frio, controlador, cool e metódico. Dex em estado puro, minha gente!

E para chegar neste momento de clareza e de retorno aos bons velhos tempos da 1a temporada, tudo que ele precisava era de um descanso longe da família.

Não sei por onde começar, tudo foi relevante , até Angel e LaGuerta, responsáveis pelas hilárias cenas sitcom da semana. O detetive marrento Quinn também teve sua cena bacaninha. Salvou todo mundo! Continuo enxergando - e destacando - o clima 1a temporada desta season.

No começo do episódio, Dex completa frases com suas deliciosas observações em pensamento. Coisa que fazia muito nas temporadas anteriores (sobretudo 1a e 2a) e ajudava a gente a entender o quanto ele procurava a conexão com as pessoas e compreender situações do dia a dia. Um dos melhores exemplos é a impagável cena da caneca pintada pelas crianças e a cara de Dex não sabendo muito bem o que fazer com ela.

Também volto a bater na tecla da evolução do personagem, antes um cara solitário, ensaiando uma aproximação artificial com as pessoas. Agora ele é um pai de família que luta para manter-se próximo e presente para Rita, as crianças e Debra. E ainda com este lado camarada, LaGuerta e Angel pegam o pai do ano para conselheiro amoroso. Rá! Angel sempre gostou de Dex, seu "sócio" e adorava conversar com ele , para seu desespero. Olha como as coisas são, antes o máximo de conexão que Dexter conseguia era uma caixa de donuts para o povo da delegacia.

Takes a Holiday traz um dos casos mais interessantes de toda a série até então. A própria escolha de Dex é intrigante - sempre preferiu párias da sociedade, gente que matava muito, com requintes de crueldade - Mas Zoey é diferente, "um monstro" com distintivo, alguém que deveria proteger e acaba matando sua família, incluindo sua filhinha. Seria Zoey o seu espelho às avessas? Como a policial é cruel, mata por um motivo egoísta ("não conseguia respirar") a gente retorna aquela sensação estranha, bizarra e muito agradável de torcer para que Dex dê logo um jeito na moça.

Essa justificativa de Zoey, de querer ser livre é algo que não aceito. Se tem uma coisa que assassinos não tem é liberdade. São presos a métodos, motivos, rituais e a um constante sentimento de inadequação. E isso é ser livre? Dexter procura entender suas vítimas, mas em relação à policial foi de uma complexidade e com detalhes engenhosos. A discussão entre eles sobre o tipo de pai e pessoa que ele é rendeu uma cena maravilhosa. Quando Dex percebe quem é agora e o que sua família representa, replica à Zoey num tom emocionado e de arrepiar : "Não quero perdê-los". Este é o novo Dexter, este é o tipo de pai que ele é - assassino, com um código, o código Harry - este sempre foi o seu diferencial.

Que tipo de pai você é? Do tipo que não mata a família **


Ainda sobre a suposta liberdade de matar, introduzo aqui o grande Trinity, mais uma nuance de sua personalidade é revelada. O solitário assassino é um homem atormentado e preso aos seus rituais, a sua memória, a sua história que, ao que parece, é trágica. Todo confronto com suas vítimas ele fala sobre culpa. Invariavelmente é culpa deles. Porque ele precisa que se estabeleça isso? Este é um homem que precisa matar. Não vejo prisão maior.

O encontro entre Trinity e Lundy era até previsível, mas segurei o ar. Foi assustador. Além de uma aula sobre serial killers. O encontro entre dois homens que se respeitam e entendem a importância deste momento, uma clara alusão que caça e caçador podem mudar de posição e também do matador que deseja ser pego, ser descoberto de alguma forma.

This is my way**

Mas Lundy não o pega e este episódio termina com um gancho inacreditável ; a morte do agente aposentado. Apesar de Debra também ser atingida, ela não era o alvo, acredito que sobreviverá. Isto antecipa muita coisa, é óbvio que Dexter entra definitivamente na procura por Trinity. Cabe a Dex procurar o que há por trás dos delírios e tormentos deste assassino.

Agora é com você, Dexter!

Cenas sitcom da semana em Dexter :)

-Angel e Dex, numa conversa íntima - 1-> Angel :Canecas pintadas? Dexter: É uma metáfora. Angel: Metáfora do que? 2-> Angel: Te manterei informado, sócio.
-Dex e LaGuerta: LG: Você está ficando bom nesta coisa de relacionamentos.
-A cara de satisfação pessoal de Trinity ao ver a foto de Lundy no jornal.
-Rita e Dex sobre a caneca pintada quebrada: As crianças vão ficar felizes em lhe fazer uma nova. E Dex sorri.
- Dex com Zoey, em sua casa, quando ela pega um brinquedo: A primeira cosia que farei é cortar aquela mão.
- Dex e Zoey no derradeiro momento: O que você tem com estupro? Ninguém aqui vai estuprá-la

**Fotos: Reprodução.


/@danna_