terça-feira, 30 de novembro de 2010

[Fringe] 3x05 6955 kHz

por Alison do Vale


Não via nada de mais nesse episódio no princípio. A questão da misteriosa frequência de rádio que transmitia uma sequência numérica em vários idiomas parecia ser apenas mais uma "ação terrorista" do outro lado. Mas não: o que esses números escondiam era grandioso. Quem acompanhava "LOST" deve ter ficado com a pulga atrás da orelha com a história de números misteriosos transmitidos via rádio, não?
O trabalho de Astrid ao decifrar o código numérico foi fabuloso. Eu, inclusive, aproveito pra dizer que gosto muito quando aproveitam melhor a moça. É um personagem que merece mais espaço e foi de modo bastante inteligente que ela desvendou o que estava por trás dessa transmissão.

A primeira questão levantada foi como aquela transmissão foi capaz de apagar a memória daquelas pessoas. Só que mais importante do que o "como" foi o "porquê". Ficou claro que havia algo naqueles números que alguém estava querendo esconder. Algo que aquelas pessoas estavam prestes a descobrir.

Ajudados pelo dono do sebo, que era um dos aficcionados pelas chamadas "Estações Numéricas", conseguem uma edição rara de um livro denominado "As Primeiras Pessoas" que conta uma história aparentemente absurda mas ao mesmo tempo fascinante de uma civilização anterior aos dinossauros dotadas de uma tecnologia avançadíssima. Foi aí que a história me pegou. Sempre fui interassado em civilizações antigas como as pré-colombianas, a egípcia, etc mas também as histórias envolvendo Atlântida e seu suposto desenvolvimento tecnológico alcançado através do domínio dos cristais que apesar de tê-los avançado tecnologicamente teria sido o responsável também pela sua extinção. Soou então mais forte ainda a referência quando em determinado ponto do livro o autor descreve a grande descoberta desse povo antigo: uma máquina poderosíssima a que chamaram de "O Vácuo". Essa máquina seria capaz de criar e destruir.

Enquanto os agentes avançavam cada vez mais na investigação e se aproximavam do criminoso responsável pelas transmissões Bolivia ia ficando aflita e apreensiva. O envolvimento dela era óbvio e estava se desenhando como parte de sua missão. O homem por trás da frequência de rádio era um metamorfo a serviço de Walternativo. Só que, ao contrário do que pensava o FBI, a intenção na transmissão não era apenas apagar a memória de algumas pessoas mas principalmente atrair a atenção de Peter e os outros para esses números que, como descobriu a agente Farnsworth, eram coordenadas - pontos espalhados por todo o globo de locais aparentemente comuns. Mas foi um ponto em particular que chamou a atenção: o lugar onde encontraram as primeiras partes da máquina do holocausto; a máquina que tanto atormenta Peter e que ele deveria terminar. Peças enterradas há milhões de anos de uma máquina capaz de destruir um dos dois universos.

Começa um novo momento em Fringe. O arco final parece estar se formando. Com Olivia do outro lado já sabendo quem é e as peças do aparelho bizarro de Walternativo já podendo ser encontradas a definição dessa guerra está cada vez mais próxima.
Apesar disso ainda há esperança. Seja pelas palavras de Nina Sharp tentando levantar o otimismo de Walter enquanto fumavam um "baseadinho" na universidade ou mesmo nas citações do livro de Seamus Wiles onde afirma que O Vácuo era uma máquina de destruição mas também de criação.
Peter demonstra que não vai desistir de encontrar uma solução pra preservar a vida não só dos inocentes desse lado mas também do outro universo e entender como funciona o dispositivo pré-histórico é primordial nesse momento. É ainda possível perceber uma fagulha de questionamento nas ações da falsa Olivia. Esse contato com o lado de cá e com o próprio Bishop pode estar fazendo com que ela perceba que escolher um lado pra lutar talvez não seja a melhor opção até por que se até mesmo os metamorfos são passíveis de sentimentos, o que dirá uma humana que não podemos esquecer está cumprindo ordens e acredita ser tudo por um bem maior.

Um último detalhe bastante curioso é o nome do autor do livro: Seamus Wiles é um anagrama para Samuel Weiss, o mesmo nome daquele cidadão esquisito, dono do boliche, que ajudou Olivia a superar o trauma-pós-travessia-entre-universos e que até hoje não sabemos como ele tinha tanto conhecimento sobre o outro lado e todas as outras coisas.

Será que ele vai voltar a aparecer? É bem provável que ouçamos novamente falar dele e quem sabe não seja a ajuda que faltava pra trazer a Dunham pro lado de cá.


Imagens: reprodução

[Alison do Vale]
twitter: @menino_magro


Um comentário:

Anônimo disse...

Numa quarta-feira de manhã, coloque dentro de 1 copo o número de grãos de arroz correspondente aos quilos que você deseja perder e acrescente água filtrada até a metade. Não coloque mais grãos além dos quilos que deseja perder, pois os quilos perdidos não serão recuperados. À noite, beba a água, deixando os grãos de arroz e coloque novamente água filtrada até a metade do copo. Repita esse mesmo ritual na quinta-feira. Na manhã da sexta-feira, em jejum, beba a água junto com o arroz. Você deve utilizar o mesmo copo durante os 3 dias e divulgar essa simpatia na mesma semana. O copo, depois de lavado, pode ser reutilizado.