domingo, 15 de abril de 2007

[Séries que já se foram] SEX AND THE CITY

Tudo bem, para que voltar ao passado, se atualmente temos séries super descoladas e legais? Medium, Lost, CSI, Grey´s Anathomy, House, Heroes, Dexter, 24 Horas, Bones,Desperate Housewives, Veronica Mars, Supernatural e muito mais. Essas são apenas amostras do universo das séries americanas, talvez vivendo seu melhor momento.

Mas algumas dessas séries fizeram história e também influenciaram, de uma forma ou de outra, as citadas acima. Elas foram precursoras de uma nova forma de fazer e ver TV. Lost deve muito a Arquivo X em sua narrativa de construção de uma mitologia. Assim como CSI só foi possível, depois da ousadia estética de Millenium, que mostrava tripas e corações da mesma forma que hoje CSI o faz.

A partir de hoje, vamos relembrar um pouco de alguns programas que deixaram saudade.

As séries "femininas" não seriam nada se não tivesse existido Sex And The city. Desperate Housewives tem muito que agradecer a Carrie Bradshaw. E é com ela que vamos começar a sessão nostalgia de hoje.


Girls just wanna have a fun

Baseado no livro homônimo de Candace Bushnell, Sex And The City é do mesmo co-criador de Barrados no Baile, Darren Starr. Durou seis maravilhosas e irretocáveis temporadas. E alçou a sua protagonista, Sarah Jessica Parker (Carrie Bradshaw) a categoria de ícone fashion. Alias, sem o figurino de Patricia Field, a série poderia não ter caído no gosto de tantas mulheres (e também gays, já que eles fazem parte do público alvo). Os figurinos são personagens. Os sapatos Manolo blaniks tornaram-se objetos de desejo graças a Sex.

Difícil imaginar alguma mulher que não tenha visto sequer um episódio de Sex. Difícil também não se identificar com uma das garotas:

Miranda Hobbes (Cynthia Nixon): uma advogada irônica e bem turrona, a mais realista das meninas. Seu figurino é sofisticado, mas sempre aquela coisa de mulher executiva e fechada. Ela é a única das personagens que tem um filho(acontece na 5a temporada), logo ela, a que menos desejava isso.


Charlotte York (Kristin Davis): Uma marchant sonhadora, romântica ao extremo, Charlotte é a careta do grupo. Suas roupas são uma referência aos anos 50 e todo aquele ideal de mulher feita para casar. É a mais doce e delicada também. Apesar de todo esse romantismo, ela se casa duas vezes. Na primeira com o típico príncipe encantado, Trey. Depois, com um advogado judeu (ela acaba se convertendo) feio e sem modos.


Samantha (Kim Catrall): Ahhh, a Samantha, ela é alvo de inveja.Livre sexualmente, cheia de casos e amantes. Experimentou tudo, nada a choca e ela ainda arranja tempo para trabalhar de Relações Públicas :P. Seu figurino é sexy, sem ser vulgar. Alias, essa personagem poderia ter descambado facilmente para a vulgaridade, mas graças a sua atriz, que soube superar a tênue linha de uma mulher liberada sexualmente para uma puta. Samantha só perde em popularidade para Carrie.
Ela experimentou de tudo e tem um orgulho danado disso, foi até lésbica por um tempo, com uma artista brasileira, Maria, representada por Sônia Braga.



Carrie Bradshall (Sarah Jessica Parker): Alter ego de Candence. Carrie é uma jornalista que escreve a tal coluna Sex And The City, analisando os relacionamentos. Sabe-se lá quanto ela ganha, deve ser um emprego super bem remunerado. Já que Carrie desfila com modelos Dolce&Gabbana, Gucci, Prada, Oscar de LaRenta e, é claro, os indefectíveis Manolos Blaniks. Louca por sapatos e caras. Carrie é apaixonada por Mr. Big, um FDP, que só sacaneia, mas tem um charme de cafajeste que nós amamos. E que amor, Carrie deixou, por causa de Big, um cara tão bacana e gato, o Aidan.
O legal de Carrie e de toda a estrutura da série, é a construção da história encima dos relacionamentos das meninas e dos seus amigos. Carrie se apresenta como um antropóloga sexual, de fato, isso que ela faz. Analisa os seus relacionamentos, assim como de seus amigos, gays, heteros, fetichistas e por aí vai...


Sex ousou desde o primeiro episódio. Não existiu assunto tabu. Homossexualismo, sexo oral e anal, fetiches, impotência,traição, puritanismo, Aids...tudo rolou. E de forma aberta e nada panfletária. Sex jamais fez discursos, jamais defendeu causas. Nunca foi politicamente correto (Carrie fumava e aparecia fumando em cenas sofisticadas).

O Brasil foi reverenciado em vários episódios, desde a nossa depilação (hohohoh), aos nossos estilistas, música, comida e turismo.

Sarah Jessica Parker tornou-se produtora executiva da série, chegou a ganhar, num ano, 90 milhões de dolares. No entanto, parece que Carrie não a larga, depois do fim da série, em 2004, nada mais conseguiu emplacar. Ela também rivalizou bastante com Kim Catrall, a Samatha, ambas eram as mais populares. Por causa dessa rivalidade, o tal esperado filme da série anda engavetado.

Sex deixou saudade, talvez não se faça mais uma série tão ousada e aberta quanto a sexualidade nas suas mais diversas formas, até porque era exibida na TV a cabo americana, a HBO.

Carrie e Aidan.

Mr Big.
Seu maior amor: Manolo Blanik

5 comentários:

Anônimo disse...

Ah, que saudade de Sex and the City! Também sempre me perguntei de onde Carrie tirava tanto dinheiro para roupas e sapatos de grife, mas tem um episódio em que ela enfrenta sérios problemas financeiros e Mr. Big, como um típico macho alfa, a ajuda.
Abraço!
Vocês são uns doces, valeu pelo link!

Um Mero Espectador disse...

Uma idéia fooooufa!
Sem dúvida

Gostei!

Hélio Flores disse...

Ótima lembrança. Desperate Housewives NUNCA chegara ao nivel de Sex and the City, pq no fundo é bem moralista, travestindo-se de novidade que "critica" o american way of life.

Eu era fã da serie, que so assisti depois do lançamento em dvd. Vi todas as temporadas assim, esperando pacientemente pelo proximo box. A 1ª temporada é inegavelmente a melhor. Humor fino e inteligente, da melhor qualidade.

Lembro que la pela 3ª e 4ª temporadas, as coisas nao iam muito bem, eu achava que perdiam o foco, abusando do status de "serie que tem a liberdade de falar sobre tudo no sexo" e muitas vezes apelavam para a vulgaridade. Mas terminou muito bem. Eu era apaixonado pela Carrie Bradshaw e Sarah Jessica Parker constava na minha lista de 5 celebridades com que eu posso ir pra cama.

Anônimo disse...

Faltou um comentário: se Samantha (Kim Catrall) soube usar roupas sexy sem ficar com cara de puta, o mesmo nao acontecia com Carrie Bradshall (Sarah Jessica Parker). Ô roupinhas horrorosas de vagabunda que volta e meia a personagem dela usava...

Quem melhor se vestia ali era a Charlotte York (Kristin Davis). Depois, talvez, a Miranda Hobbes (Cynthia Nixon). Mas as roupas da Carrie eram de doer, eram aquelas roupas feitas para chocar e chamar a atencao (e burburinhos) em desfile de modas, mas que nao se usa realmente nas ruas...

[ ] Rubens

danielle disse...

/\
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Blasfêmia!