sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

[FNL] 3x13 Tomorrow Blues

Quando sentei para assistir ao episódio hoje já estava preparado para dar adeus à série. Não que já tivesse perdido as esperanças da renovação, mas não via nenhuma forma de salvar essa dinâmica de tantas temporadas com as principais personagens planejando seguir suas vidas fora de Dillon. Até porque depois de viver uma situação muito delicada no final da segunda temporada só tenho a agradecer esse acordo entre DirecTV e NBC em dar uma sobrevida à série. Afinal nessa temporada muita coisa voltou aos eixos: deixaram pra trás a história trágica do casal Landry e Tyra, colocaram Matt e Julie de volta na mesma página (esquecendo o comportamento irritante da garota) e desataram o nó naquele triângulo que envolvia Riggins, Lyla-cristã e Streets. Vale lembrar também as merecidas despedidas de Smash e Streets, que foram os pontos altos da temporada. Já entre os Taylor a grande mudança foi a promoção de Tami a diretora do colégio, que além de adicionar um conflito de interesses com seu marido, funcionou para conduzir as personagens a faculdade e como cúmplice das decisões do conselho. Ela repassava informações que até então vinham da boca de Buddy Garrity, que nem preciso dizer o quanto eram duvidosas. E foi numa dessas decisões do conselho que a série conseguiu, na minha opinião, merecer novamente uma renovação.

Já sabia que o episódio começaria com esse avanço no tempo porque tinha lido na coluna do Sepinwall, mas confesso que nada me preparava para ver Coach Taylor sendo colocado para escanteio e obrigado a recomeçar do zero no East Dillon Lions. Se tivermos uma nova temporada, é o cenário perfeito para o duelo entre Taylor e McCoy, como uma forma de reconstruir a série também, com novos jogadores e enfrentando todas as dificuldades para chegar ao topo. Claro que McCoy seria tratado ainda mais como vilão, mas nem é de se esperar também que os roteiristas não consigam trabalhar isso como sempre fizeram. No entanto, se esse for mesmo o último adeus a Dillon, o resto do episódio tratou de pelo menos dar um final justo para a maioria dos personagens. A trama envolvendo um casamento e uma porção de finais felizes lembrou até uma novela, mas as semelhanças terminam aí. Os personagens de Friday Night Lights conseguem desviar de todos os clichês que envolvem a separação de casais usando, por exemplo, um simples "não quero ser aquele...".

O único final que me decepcionou foi Matt Saracen escolhendo ficar com sua avó. Era com certeza a situação mais difícil, e dá até para entender a decisão olhando pelo seu lado, de que a avó foi a única a nunca lhe abandonar. O coração dele já parecia balançar na cena em que deixa Lorraine no quarto pela primeira vez e daí foi uma simples lembrança no casamento para resolver continuar em Dillon. Como uma âncora segurando ele de seguir seu futuro, senti que Matt foi "abandonado" pelos roteiristas, no sentido de ninguém mais próximo desafiar sua decisão, como vimos nas outras tramas. Senti falta de sua mãe e principalmente Landry, que como seu melhor amigo poderia adicionar um pouco de profundidade ou mais uma dose de drama. E falando em Landry, seu relacionamento com Tyra foi coroado com a entrada dela para a universidade, por mais improvável que isso pudesse parecer. Quando ela finalmente recebe a carta e sai gritando por Landry, não tem como segurar as emoções. Abri um sorriso enorme, só esperando pela boa notícia. E ela veio, fazendo a jornada da garota chegar ao fim. Uma das coisas que mais aprendi enquanto assistia Friday Night Lights é que ser previsível nem sempre é ruim. Não quando você investe nas personagens, cria vínculos e coloca o elenco para trabalhar essas emoções. Nem quando metade das cenas te arrepiam, como Landry dizendo que não se importasse com o que os outros pensavam dela, enquanto ele estivesse ao seu lado.
Mas esse episódio pertenceu à família Riggins. Com certeza foi a melhor química que os dois irmão tiveram durante toda a série, com Tim indeciso entre continuar na cidade ou partir para ganhar seu futuro. A cena do leilão foi hilária, principalmente com a ideia de colocar um boi para atrair clientes para a mecânica. E no final, embora um pouco dramático -- não acho que precisasse ter interrompido o casamento daquele jeito --, Billy faz um discurso para fechar com chave de ouro. Como todos os habitantes de Dillon, era seu sonho deixar a cidade, mas ele conseguiu ferrar com tudo. Mesmo assim, Billy nunca esqueceu do futuro de Tim e sempre lutou para mudar a herança que a família (não) lhe deixou. Aquele abraço com os dois rolando no meio da estrada fica para a eternidade. Os irmãos Riggins tinham a relação mais subestimada da série.

Não quero dizer adeus. Quero dizer obrigado, por cada momento acompanhando o Dillon Panthers. Por cada vez que meu coração apertou, por cada vez que torci por esses personagens. Se as luzes se apagarem mesmo, ficarão as saudades dos Taylor, que com certeza foram e serão o melhor casal já retratado nas séries de televisão. Mas se salvarem a série, estaremos aqui ansiosos pela reconstrução deste grande elenco.

Texas, Forever!



e.fuzii

4 comentários:

Denis Torres disse...

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Anônimo disse...

li esse teu texto emocionada, tenho visto FNL em seguida, acompanhava pela sony, ai parei de ver, baixei todos os episodios e recomecei, e em nenhum momento me arrependi de correr atras dessa serie. Ver o Coach taylor no fim pra mim foi marcante, e gosto muito dos caminhos que os roteiristas escolhem pros personagens, sempre passando a mensagem pro publico que nada é para sempre e que se deve trabalhar duro pra ter o que se quer.
Clear eyes, full hearts, can't lose!!!

Anônimo disse...

Eric, me emocionei muito com o final de FNL e mais ainda com o teu texto...

Parabéns!

Anônimo disse...

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