sexta-feira, 9 de março de 2007

[24] 6x12 - 5 P.M. - 6P.M.

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Opa! Agora as coisas estão melhorando! Este episódio foi um dos bons da temporada. Infelizmente esta temporada não está tão boa quanto a quinta, mas é o preço que se paga por um investimento tão pesado que aquela teve. Isso é inevitável, assim como há episódios um pouco melhores do que os outros, também há temporadas melhores que as outras. Mas, no que se refere à atual temporada, é possível destacar os bons episódios: a premiere como um todo, apesar de ainda inferior à da quinta, 7, 10 e 12. No caso da quinta, apenas o 7 que eu achei “mais ou menos” na primeira metade da temporada. Antes de mais nada, peço desculpas pela demora pelo comentário, eu ando pouco inspirado ultimamente.


Hoje falarei um pouco de alguns efeitos do sucesso da série. Na verdade, de um assunto apenas. São os blogueiros liberais e jornalistas malamados que procuram qualquer assunto para chamar atenção para suas idéias, quando as têm, ou simplesmente para encher lingüiça em seus artigos. 24 faz sucesso desde que existe, mas apenas recentemente ganhou prêmios, e por isso também mais atenção dos “críticos”. Um exemplo foi um jornalistinha que criticou a quarta temporada, falando entre outras coisas que o terrorista (Marwan) era “invencível demais” e que a invasão do consulado chinês fora um “exagero”. Isso é um indicativo de trabalho malfeito. Fracassado é o jornalista a quem dizem que precisa ler mais, mas aqui não há o que ler; e sim assistir da maneira certa: do início ao fim. 24 tem só aquele defeito que eu já discuti, que é a dificuldade de ser entendida se pega a partir da metade, já que não se compreende o contexto, ao contrário da maioria das outras séries, em que você pega logo o fio da meada. No caso, o jornalista certamente não assistia 24 desde o início, e ninguém que não o fizer entenderá nem se divertirá ao máximo. Agora, para a minha infelicidade, surge mais um João Bloguinho aproveitando o gancho para (tentar) ganhar notoriedade sobre um assunto que mexe com a cabeça das pessoas: a tortura e suas aplicações. Trata-se de um tal de Sérgio Dávila bem neste post do UOL Blog. Leiam!

Para começar, ele podia ter deixado um link para que lêssemos a tal matéria que ele cita. Depois, por que dar tanta importância ao fato de militares gostarem da série? Eu gosto da série, você que está lendo este comentário também deve gostar pois do contrário já deveria ter perdido a paciência, os espectadores brasileiros gostam (há rumores de que, na Globo, a audiência no horário do Programa do Jô é dobrada enquanto ele está de férias e a série está no ar) , os espectadores americanos mais ainda (não menos de 14 milhões de pessoas ligadas na FOX toda segunda às 9) e, por que não, os militares? O que é bom é para ser apreciado, não vejo nenhum mal nisso. Ah, os republicanos... deveriam gostar até a quarta temporada, pois na quinta você vê um reflexo do que pode acontecer nos bastidores de uma administração republicana. Nunca tinha visto os conservadores serem tão bem cutucados pela FOX! Agora, 24 incentiva a tortura, né? Sim, incentiva, quem disse que não? Mas e daí? Há muito mais barbaridade em Hollywood do que em 24. Agora, por que apenas 24 fica na mira de gente como a dona de casa que afirmou “É ótimo que não tenhamos mais esse tipo de cena, mas ao meu ver eles (os produtores da série) poderiam ter feito isso nas temporadas anteriores. É quase tarde demais"? Eles que vejam novelas mexicanas ao invés de 24. Por fim, afirmar que a série é a fonte de inspiração de militares durante interrogatórios... pera lá, de onde os roteiristas de 24 tiraram a inspiração? Demagogia é algo que dá pena e raiva.

Por isso que eu digo para meus amigos que apenas já ouviram falar da série mas ainda não a assistiram: que assistam desde o primeiro episódio da primeira temporada, evitando ler sobre a série para não esbarrar em spoilers, assim curtiriam ao máximo. Isso porque um desses que apenas ouve falar da série pode se tornar mais um blogueiro de fim de semana, algo que não é nada elegante.


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Neste episódio vemos em ação exatamente o tipo de gente que foi citada pelo nosso blogueiro da vez: conservadores patriotas com posições firmes a respeito do que acham que é certo e o que é errado. No conflito atual, eles determinaram que seria certo eliminar o presidente para poder seguir em frente com um pacote de medidas grotesco, que mais aterroriza a população do que ajuda, anunciando precipitadamente o corte de certas liberdades civis. Para quem ainda não percebeu, isso é mais uma sátira polida contra o posicionamento de Bush e dos republicanos sobre a manutenção de prisões para “prisioneiros de guerra” encarcerados sem julgamento. E se a intenção é fazer propaganda dessa ideologia, por que não colocá-los como personagens do bem? Sim, ainda há distinção entre personagens do bem e do mal. Nesse aspecto, vemos semelhanças com a segunda temporada, em que havia uma bomba em Los Angeles programada para detonar dentro 24 horas, e, enquanto Jack a procurava incansavelmente, conflitos se desenrolavam em torno do presidente Palmer. Os conservadores da vez, Roger Stanton e seu Comando Cobra Coral, carregavam um plano para desmoralizá-lo e pôr em prática uma agenda de defesa muito mais ferrenha do que a empregada até então por David Palmer. E esse plano incluía ajudar na entrada da bomba no país, coisa que, a minha opinião, não é nada certo. Portanto, a teoria de que 24 é uma série propagandística do conservadorismo é falha.

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Então Logan foi ao consulado russo aplicar o que aprendera no mundo da bandidagem na tentativa de fazer bem ao seu país... mas, como eu já suspeitava, não iria ser fácil, o Denethor de Senhor dos Anéis é macabro demais. Pelo menos Logan sacou a mentira, e aí começa a complicação. O conflito da temporada está se estabelecendo. Jack se propôs a mais uma vez invadir território alheio, Bill dará suporte ilegal com operações especiais, o vice-presidente Daniels não sabe ao certo como se portar nessa sinuca de bico com a pressão do presidente russo Suvarov e Fayed ainda está a solta, na iminência de usar os aerial drones que o Gredenko providenciou para atirar bombas do ar. Além disso, há o estado delicado do presidente Palmer, a própria posição arriscada que Lennox assumiu, a mentira abafada dentro do bunker e Karen voltando para bater de frente com Daniels e esquentar ainda mais o clima de discordância dentro do poder. Quanta coisa pode brotar disso hein! Sem contar com Phillip que desapareceu sorrateiramente. Resta saber se ele ainda está caçando Gredenko por conta própria.


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A série tem dado bastante enfoque para o que acontece na Casa Branca, talvez mais do que em temporadas passadas. E desta vez está acontecendo algo que eu nunca vi antes: um vice-presidente assumir não-oficialmente, sem ter feito o juramento, e tão logo que chega já faz o pronunciamento televisionado anunciando o início do terror doméstico: o endurecimento das atitudes antiterror e o corte de liberdades civis. Tudo isso aproveitando que o presidente, que jamais permitiria tais medidas, está numa cama de hospital inconsciente, mas sem que tenham invocado a 25ª emenda. Isso poderá provocar mais caos ainda nas ruas na forma de protestos, sem contar que, para apimentar, Fayed pode mandar mais um homem-bomba no meio do alvoroço para celebrar, assim como o fez nos episódios 1, 2 e nas onze semanas anteriores à temporada.

No ambiente da CTU, dá para especular pouca coisa, mas felizmente para os adoradores da Chloe ela foi mais útil do que nos episódios anteriores, salvo o 8, em que ela ajudou o Jack a desarmar a bomba. Como eu havia dito, ela tem sido muito pouco aproveitada, e isso é grave pois ela é dos personagens queridos que restaram do arrastão da temporada passada. Ela também pode estar em perigo, talvez alguém além do Bill faça uma “análise de logs” na CTU e descubra que ela desativou o DWP Server do consulado russo, deixando tudo feio para ela. Milo ta desaparecido, e Morris ainda pode soltar farpas em Nadia. O que brotará daí? Não sei, espero que seja algo que nos entretenha, assim como as “intrigas” que a CTU tinha na segunda temporada.

Este ainda não foi um episódio crítico, mas sinto que uma reviravolta está por perto! Até semana que vem galerinha!

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