segunda-feira, 24 de novembro de 2008

[CRIMINAL MINDS] 4x08 "Masterpiece"




Demorei a comentar porque estava viajando e também porque − confesso − não sabia exatamente por onde começar.
Medo de me repetir, vontade de gostar mais do que de fato gostei...

O episódio foi muito peculiar. A propositura da trama foi muito interessante: um unsub que não era un, era um known subject que se apresentou a Rossi e Reid ao final de uma palestra. Revela a eles os crimes que cometera (e dos quais nunca se teve conhecimento) e desafia-os a evitar a morte de suas próximas cinco vítimas, que só teriam mais 10 horas de vida.



Palestra para recrutar interessados no FBI.


Rothschild aborda-os ao final

E lança o desafio.

Ele se mostra admirador do intelecto de Reid e menospreza o de Rossi. O antagonismo parece ser entre ele (“Professor Rothschild”) e nosso amigo Spencer. A equipe o leva à sede da BAU e lá ele é interrogado por Rossi (e não por Reid para não ‘jogar o jogo dele’) enquanto a equipe faz um trabalho inverso ao de costume. Traçam o perfil do criminoso para chegar às vítimas. Sim, as vítimas é que são unknown (unvics?!?!).

Reid não nos decepciona e logo decifra o que está por trás da auto-proclamada ‘obra-prima’ do criminoso: a seqüência de Fibonacci e a proporção áurea, na busca pela perfeição.

(Inesquecível o dia em que um amigo me explicou, em detalhes, essas duas idéias. Tks, Dan! E a quem não teve a sorte de ter um consultor como ele, sugiro uma consulta à wikipedia ao menos. São conceitos muito interessantes.)


Reid trabalhando.


Rossi continua a estranhar a explicação e não nos é mostrado que ele (que teve sua capacidade intelectual questionada) percebeu a armadilha para a equipe. Alertou a todos e fez com que o criminoso (não consigo chamá-lo de unsub!) acabasse confessando os crimes anteriores. Afinal, o antagonismo era, na verdade, com ele, e não com Reid.

Aí começou a caca. Que motivo mais mixo!! Tanta engenhosidade, tantos anos de dedicação porque Rossi capturara William Grace (um famoso serial killer), seu irmão. E porque com isso ele perdeu a noiva??? Como assim?? Noiva?? Aff, que papo datado!

Fora isso, o que muito me incomodou foi o ritmo do episódio. Para mim, poderia e deveria ter rendido um episódio duplo! Acabou numa correria para explicar tudo! E poderíamos ter visto mais cenas das cinco vítimas, mais momentos com a Prentiss causando tanta perturbação, uma cadência melhor na alteração do foco de Reid para Rossi, mais mind games entre o criminoso, Reid e Rossi. Sei lá, achei tudo uma grande correria.



Perturbado pela morena Prentiss.

Detalhe, achei pééésssima a caracterização do Jason Alexander. Horrorosa! Figurino ridículo: um terno claro daqueles, só mesmo no Dr Lecter, e não em alguém tão ‘arredondado’ e sem a mesma fleuma. Aquela cabeleira, só numa idosa senil, abandonada em algum asilo. Muito trash, muito filme B. (Lembro aqui do meu amigo Dan, de novo. Ele morre de vergonha alheia; e eu tive vergonha alheia pelo visual do criminoso)

Fico imaginando que impressão se quis causar com essa figura...

Mas, retomando o que eu disse antes, a propositura da trama foi muito boa. Quem sabe não é sinal de que estão começando a acertar a mão novamente....

4X09 está chegando. Andar com fé eu vou...

PS. Me recuso a falar do clima de implicância entre Todd e Morgan. Desnecessário. Não vejo a hora da JJ voltar (quem diria!).

7 comentários:

Anônimo disse...

Bom, a estória foi ótima!

Talvez, vc tenha razão Célia eles poderiam ter desenvolvido melhor essa estória levando ela a um 2º epis. Mas, enfim.....foi assim que fizeram não dá para mudar.

Até o próximo episódio! Boa semana!!!

Jackie (comunidade Criminal Minds Brasil)

Celia Kfouri disse...

Oi, Jackie!

Vou rever aquele episódio da 2a temp (Lessons Learned), em que Gideon interroga o terrorista em Guantánamo. Assim como Rossi fez com Rothschild, ele engana o criminoso durante o interrogatório, fazendo com que ele ache que está no controle...
Li alguém comentando que a semelhança entre os episódios é muito grande (dando preferência à atuação do Gideon) e eu nem me lembro mais desse episódio.
Vc se lembra? O que acha?

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Silvinha disse...

Concordo que poderia ter sido dividido em 2 partes...por quê só o Reid ganha episódios duplos? Seria interessante mesmo ter deixado a Prentiss mais um pouco na sala de interrogatório, o Rothschild só faltou abrir um buraco no chão! Como explicar que o unsub já estava trabalhando na vingança mesmo com o Rossi aposentado? Como ele sabia que o Rossi iria voltar? Ok, deixa pra lá! rsrs

Não achei exagerado o visual do Rothschild porque vários professores universitários são excêntricos mesmo, o que dirá de um professor universitário que é um unsub!! Rothschild tinha uma verdadeira criminal mind! Àqueles que assistiam Seinfield (não é o meu caso) podem ter morrido de rir, mas eu achei o cara doentio e esquisito desde o visual!


Célia...um homem apaixonado e que teve o coração partido pode fazer loucuras! Pode ter sido um motivo comum demais, mas quase todos os seriais killers têm razões ordinárias pra saírem barbarizando, vide o próprio Ted Bundy que só começou a matar mulheres depois de levar um fora da noiva.

E a JJ faz falta! Quem diria mesmo!kkkkk

Celia Kfouri disse...

Oi, Silvinha.
Já tinha lido esse seu comentário em relação aos cinco anos de planejamento dos crimes e ao tempo de aposentadoria do Rossi. Vc tem toda a razão!

Achei péssimo o visual do unsub não só peloa excentricidade, mas porque achei meio fake, meio over, parecia fantasia pra Haloween, sei lá. Mas é verdade que eu assisti a toodos os anos de Seinfeld, e devo ter uma visão um tento contaminada pelo 'George Constanza'.

O motivo também podia ter sido mais elaborado. Concordo que serial killers são movidos, por vezes, por razões ordinárias, mas estamos falando de CM, que já nos mostrou motivações muito mais 'dramáticas'.

Ainda nao revi o 'Lessons Learned', mas pelo que me lembro a tática do Rossi foi a mesma do Gideon naquele episódio. Vc se lembra? Concorda?

Um abraço!!

Silvinha disse...

Sobre o "Lessons Learned": segundo informações, haveria um ataque de Antrax em 48hs, prazo que terminaria ao pôr-do-sol. Então, no interrogatório, Gideon mudou os horários das orações do árabe, sem usar um relógio, pra que ele pensasse que o pôr-do-sol estava chegando. Depois pediu pra que Garcia montasse um vídeo de uma confusão qualquer pra que o cara pensasse que o ataque planejado por ele tinha dado certo. Como as imagens do vídeo eram noturnas, o cara pensou que o pôr-do-sol já tinha passado, e então o Gideon começou a confrontá-lo sobre a morte de inocentes e foi aí que o árabe disse que "as pessoas iriam pensar 2 vezes antes de irem a um shopping" e assim a equipe descobriu que o ataque que eles deveriam evitar seria em um shopping no dia da inauguração. Foi semelhante com o que aconteceu com o Rossi, porque assim como o Rotschild, foi o árabe quem induziu o FBI a interrogá-lo porque queria ver se tinha sido bem sucedido. Esses Unsubs têm muita cara de pau! hehe

Celia Kfouri disse...

Silvinha,

Reassisti ao episódio anteontem. Muito bom!
As semelhanças nas táticas das duas partes, nos dois episódios são realmente grandes, mas gostei mais do Lessons Learned. Primeiro porque era o Gideon (que ainda acho insuperável, mas talvez porque os episódios foram insuperáveis, sei lá...). Segundo, porque o tema tinha mais peso, era mais relevante. Foi um episódio premiado naquele ano (Excellence in Television Awards) pela maneira como tratou o tema tortura.
Enfim, valeu pelo seu comentário! Tks!