No episódio dessa semana, fomos apresentados a uma mulher assassina em série; a unsub era uma prostituta de alto luxo que estava a envenenar seus clientes.
Dado o perfil dos clientes e o poder de fogo de seus advogados, o Procurador Geral do Texas pede o auxílio de Hotchner, que vai pessoalmente a Dallas para se inteirar do caso e confirmar que se trata, de fato, de um serial killer.
A unsub da semana, trabalhando.
Gostei bastante da cena em que Hotch se encontra com a unsub no elevador. Ela foi muito viva e ele... nossa, que expressão é aquela... pra que e por que tão sério, sempre??
A equipe toda junta-se a ele e o primeiro passo significativo na investigação é dado com a ajuda de uma cafetina de luxo. Ela mostra a Reid e Prentiss que quando um homem paga dez mil dólares para uma noite com uma prostituta, o que ele procura mesmo é terapia, muito mais que o sexo em si. Eles se dão conta que o que faz com que a unsub mate determinados clientes não tem a ver com alguma prática sexual, mas sim com algo que eles dizem, confidenciam a ela.

Reid e Prentiss conversam com a Cafetina - Corretora de imóveis. Ele nunca gaguejou tanto!
(Muitas seqüências foram acima da média nesse episódio. As cenas da unsub matando mais um cliente enquanto Prentiss e Reid falavam com a cafetina foram muito bem feitas.)
Assim é que ela sabe dos segredos da maioria dos executivos poderosos do estado, e, por conseqüência, da empresas que eles dirigem. Ela é um arquivo vivo, e pode interferir com os interesses de muitos poderosos. Por isso mesmo, na hora de expor o perfil traçado, a equipe não chama a polícia ou a imprensa para ouvi-los, e sim os advogados dessas grandes empresas, que tem muito a perder.
Logo uma advogada dá uma boa pista que leva a BAU até a cobertura onde a unsub mora. Paralelamente, a unsub vai ao encontro de um novo cliente. Um homem de bom coração, fiel à mulher que morrera recentemente, e que, ingênuo, conta a ela, que o FBI já está próximo de descobrir a identidade da assassina e que está a caminho da casa dela.
A melhor cena do episódio, para mim, foi essa. Enquanto eles analisam a moradora, com base na casa, ela liga e fala com Hotchner ao telefone. A hora em que ela diz o nome dele, na secretária eletrônica, foi muito bacana. Imagino os pensamentos de cada um: “humm, Hotch conhece a prostituta? Humm, ele estava na cidade antes de nós... humm humm...”.
O fato é que havia pesquisado sobre ele na net, e ela simpatiza com ele. Ela vê nele um bom caráter, bem diferente dos homens com quem ela sai. E eu achei muito corajoso da parte dele ao responder tão prontamente, com tanta sinceridade, às perguntas que ela fez sobre seu filho, sua separação, etc.
Faço aqui um parênteses para dizer que eu nunca entendi essa separação dele. Antes eu achava que ela serviria a um outro propósito, quer dizer, a série precisava que o personagem estivesse disponível, por algum motivo. Algo a respeito da Haley, do filho, do passado dele, dela, algum novo envolvimento, sei lá. (não esse papo shipper com a Prentiss, porque já teria acontecido) O que eu quero dizer é que eles eram um casal feliz, eles sempre se mostraram apaixonados, envolvidos, felizes, com um filho pequeno, começando a formar uma família. Nenhum casal assim se separa apenas porque um dos dois está trabalhando demais. Muito menos assim, tão rapidamente, mandando um acordo para o outro assinar. Sei lá. Não me faz sentido algum, mas sempre esperei que o motivo aparecesse e até agora, nada. Demorou.
Aparece o ponto fraco da unsub: o pai, que tinha o mesmo perfil das suas vítimas. Ele tenta protegê-la e ‘abafar o caso’, mas ela faz questão de que todos os podres que ela sabe venham à tona (inclusive matou o cliente bonzinho a tiros para que não se pudesse disfarçar o crime em suicídio!) e não entrega a ele a sua lista de clientes.
Reserva-a para Hotch, na última cena. Ela morre de mãos dadas com ele, não sem antes perguntar como a mulher dele pode abandoná-lo, e de pedir para que ele fique com ela. Mais uma vez, ele prontamente atende ao pedido dela. E fica.

Eu adorei essa cena! Muito diferente de tudo que costumamos ver. Torço para que ela esteja sinalizando algo novo em relação ao Hotch. É um baita personagem, que merece toda nossa atenção.
É para se pensar. O episódio começa com Hotch assistindo a um vídeo do filho (que ele não visita o tanto quanto gostaria) no computador, e termina assim. Quero crer que seja a deixa para alguma mudança na vida desse personagem encantador. (como é que se pode ser tão encantador sem sorrir??) Eu gostaria que ele e Haley reatassem, mas não sei se isso acontecerá. Só acho que com um gancho desses, algo tem que estar por acontecer. Insh’ Allah!
Até o 4x17.
Acompanhar a vida e a morte de Jeremy Bentham, a já conhecida identidade de Locke fora da Ilha, poderia ser uma perda de tempo depois do episódio da semana passada. Analisando friamente, com certeza é. Na verdade, esse episódio estaria programada para ir ao ar antes do "316", mas dá para entender perfeitamente por que foi feita essa mudança: não haveria mistério algum durante o voo 316, até pela apresentação dos dois novos personagens Caesar e Ilana. Entretanto, o problema é como a jornada de Jeremy Bentham parece um passo atrás diante de tudo o que vinhamos acompanhando até agora. Enquanto todos os Oceanic Six pouco a pouco aceitavam a ideia de que tinham de voltar e na semana passada atingiram uma brusca conclusão, as tentativas frustradas de Bentham em convencê-los parecem estar fora do ponto, quase atrasados. Principalmente quando vemos Jack confrontando aquela predestinação que ainda viria a abraçar. Talvez o problema continue nessa estrutura focando um dos personagens, deixando a história "engessada" com flashbacks praticamente contínuos durante dois episódios seguidos.
Por outro lado, não dá para criticar um episódio em que presenciamos o renascimento de John Locke na Ilha, interpretado com tanto vigor por Terry O'Quinn e que, acima de tudo, faz um paralelo interessante com o retorno de Jack na semana passada. Seu reencontro com a saudosa Ilha, num longo plano mostrando primeiro os sapatos de Christian para depois envolver Locke é fascinante. Dessa forma entendemos a transformação que ele passa sob a identidade de Bentham, numa espécie de figura de transição, temporariamente numa cadeira de rodas, sem aquele fanatismo que demonstrava nas primeiras temporadas, mas ainda longe de acreditar que é um ser especial. Ainda mais por estar no meio da disputa entre Benjamin e Widmore, sua confusão não permite que Bentham convença os Oceanic Six a voltar. Mas seu retorno acontece exatamente como planejado e esse renascimento é determinante para fortalecar sua fé. Pela primeira vez veremos Locke e Ben realmente como oponentes, porque apesar de todas essas relações bíblicas (que estão mais do que claras), duvido que Locke perdoaria seu "Judas". O pouso forçado do 316 aparentemente num tempo diferente e na pequena ilha onde está situada a Hydra, parece que será outro mistério sem explicação convincente, mas ainda espero alguma razão para só Jack, Kate e Hurley serem vítimas do clarão.
Falando neles, as visitas de Bentham guiado por Abaddon (que finalmente mostrou-se como aliado de Widmore) foram no mínimo bastante irregulares. Além de toda uma fragmentação na história, muitas delas pouco tiveram a acrescentar. Sayid ainda continuava de luto por Nadia e avisa do perigo de ficar entre Widmore e Benjamin. Walt entra em cena assim como sai, só para manter aquela frustração do personagem que foi esquecido no passado da série. Hurley, temendo muito mais um Locke vivo do que uma alucinação, lembra como a vida dos Oceanic Six seguem seu curso fora da Ilha. Até me senti ofendido com Kate (quem diria!) dizendo que Locke nunca amou, mas forçaram a barra para que isso fizesse-o relembrar Helen, antes da triste visita ao seu túmulo. Mesmo desmotivado o suficiente, é o encontro com Jack que conduz Bentham ao seu inevitável destino, quando só resta mesmo a figura do velho solitário e sem importância alguma.
Bentham decide se matar quando volta ao hotel, por não ter nenhuma outra saída além do sacrifício. Mas quem aparece justamente para impedí-lo é Benjamin, que como ninguém ainda motiva e manipula Bentham até conseguir o que quer. E após saber dos procedimentos para o retorno dos Six, dá conta ele mesmo de terminar o serviço envolvido pelos acordes cortantes da trilha de Michael Giacchino. Enquanto vemos Ben limpando todas as pistas do quarto, a sombra da figura de Bentham pendurado está registrado nas paredes. Com toda a certeza, será difícil esquecer uma cena como essa e posso dizer até que já virou marca da série, principalmente pela direção precisa de Jack Bender e a dinâmica excelente entre seus dois principais atores. Pois é, é disso que Lost ainda é capaz.



Como esse episódio saiu antes do Carnaval e a essa altura já parece quase há um ano atrás, este texto será bem breve. Até porque a série ainda não me empolgou. Claro que Echo teve um apelo bem maior por ter de satisfazer as "fantasias" de um homem, mas perdeu o fôlego justamente quando tudo virou um bizarro jogo de gato e rato. Por outro lado, a história que envolve Echo na empresa deu passos largos com o flashback explicando sua origem e a missão de Boyd.




"Stop thinking how ridiculous it is..." — Ms. Hawking
Ainda assim, detalhes dessa trama ainda chegaram a irritar, principalmente o modo passivo com que Jack aceitou a condição de nunca mais perguntar sobre Aaron. Espero que ele lembre que o garoto é seu sobrinho e ainda um dos Oceanic Six. Ou ele deixou de ser importante assim de repente? Além disso, o bilhete deixado por Locke deveria ser a prioridade número um de Jack antes de tomar qualquer decisão. Ou não passou pela sua cabeça que Locke pudesse passar qualquer outra instrução? Acho também que o bilhete acabou sendo mais irônico do que dramático no final.
Depois de todas essas tramas frustrantes dos Oceanic Six nos últimos episódios, chega a ser engraçado que tudo pareça muito mais interessante agora que todos os outros personagens estão cercados de mistérios. Kate realmente deixou Aaron com a verdadeira avó? Sun despediu-se de Ji Yeon antes de partir? Aquele violão que Hurley carrega pertenceu ao Charlie? Essa prisão de Sayid é alguma armação? Só espero que as revelações sejam dignas dessas expectativas. Mas a maior dúvida gira em torno da figura de Ben todo ensanguentado naquela doca. Tomara que ele não tenha cumprido sua palavra e matado Penny, porque tudo o que ele não precisa é ser transformado em vilão. Ainda mais por estar cada vez mais afiado em suas dissimulações, como ao afirmar que foi ensinado a ler por sua mãe, que todos sabemos morreu após o parto (ou isso teria sido durante as suas aparições na Ilha? hehe).
A viagem de avião foi mais uma vez tensa, apesar da aparente despreocupação com os outros passageiros, principalmente de Lapidus que como piloto poderia dar até meia-volta. Acredito que assim que entraram no "campo" da Ilha, as personagens importantes do avião foram tragados pelo flash e levados para a mesma época que os outros sobreviventes estavam presos. O que deve ser um alívio para os outros passageiros, que após toda aquela turbulência continuariam sua viagem normalmente -- ou nem tanto assim, já que o piloto também pode ter sido "abduzido". O encontro com Jin parece indicar que nesse momento eles já devem estar completamente infiltrados na Iniciativa Dharma. Já li especulações dizendo que assim que Locke usou a roda novamente, os outros sobreviventes deixaram de viajar no tempo e ficaram presos na época em que estavam. Para reforçar isso podemos lembrar da visita de Faraday às escavações da Orquídea, no início dessa temporada.
Pronto, por mais que a pré-destinação dê o tom da série a partir de agora, novamente Cuse e Lindelof conseguiram me convencer das ótimas oportunidades de tramas paralelas para explorar seus personagens. Só espero que toda a equipe saiba aproveitar isso muito bem.



Dollhouse marca a volta de Joss Whedon à televisão após o relativo sucesso de sua divertida minissérie online Dr. Horrible. Como já disse milhares de vezes, Buffy é minha série preferida de todos os tempos na televisão americana. Por isso, depois de tanta ansiedade, não posso negar que senti uma baita frustração com esse piloto da série. Não é que seja ruim, mas o confuso tema em que pessoas se habilitam a ter sua memórias apagadas para ganhar novas personalidade a cada missão, merecia uma explicação e uma motivação maior. Ou alguma diferença mais clara de Alias talvez, a qual nunca fui fã.
Quem mais aposta que está todo mundo morto?
As outras viagens temporais pouco empolgaram. Até a tão esperada história que envolvia o grupo da francesa foi ofuscada pelo misterioso templo que Jin não fez questão de entrar. Depois de Locke e seu grupo finalmente conseguirem chegar à Orquídea, enfrentando uma confusa sequência de flashes, ele acaba preso sozinho na sala da roda de burro. Isso até encontrar Christian Shephard, mais uma vez falando em nome de Jacob, dizendo que ele fez tudo errado ao deixar Ben girar a roda em seu lugar. Ainda acredito que é essa a razão desse desarranjo temporal, até pela forma como a roda parece emperrada.
Para completar, a conclusão do episódio trouxe a revelação de que a mãe de Faraday, que vinha sendo procurada por Desmond, era ninguém mais do que a própria Ms. Hawking. Jornal de ontem, notícia de anteontem, né? Às vezes não consigo entender como os roteiristas e produtores ainda não se deram conta de quantas especulações por minuto os fãs de Lost são capazes de fazer. São tantas as tentativas de criar mistério que a revelação acaba sendo frustrante, até por parecer cada vez mais mastigada. Haja paciência.
Antes de começar esse texto, preciso confessar que infelizmente esse formato de Lost não está funcionando pra mim. Suspeitava que seria difícil que deixassem coesa a história entre os Oceanic Six tentando voltar à Ilha e os outros sobreviventes indo e vindo no tempo. A maior prova disso é como nesse episódio tentaram manter a ligação do triângulo mais frustrante da televisão. As cenas de Kate ao lado de Jack sempre foram o ponto mais fraco de Lost na minha opinião, uma tentativa de envolver dois protagonistas que não tem química alguma, mas inserir Sawyer para rever a cena do parto de Claire ultrapassou todos os limites do desnecessário. Nem com essa diferença de três anos dão uma folga para nossa paciência.
Na Ilha, Charlotte se recupera rapidamente de seu desmaio e justifica toda minha decepção com o final do episódio anterior. Mas abre espaço também para que Miles e depois até Juliet começassem a apresentar os mesmos sangramentos pelo nariz. A indagação de Faraday parece fazer as especulações de que Miles seria filho de Pierre Chang ganhar força, até pela sequência que os sobreviventes tem sido afetados -- começando por quem teria passado mais tempo na Ilha. O outro salto do tempo leva todos a encontrar seu abrigo desabitado na praia. Quando decidem pegar um dos barcos que pertencem a algum grupo ligado à
Ou não. Até porque ainda não me conformo que Jin pudesse sobreviver à explosão do cargueiro e ser arremessado perto o suficiente para embarcar nas viagens temporais. Quando um personagem "revive" dessa maneira só posso colocar a culpa nos produtores, que ou não tiveram coragem de matar um personagem querido ou usaram de um truque para provocar o público. O corpo de Jin é resgatado no meio do mar por uma equipe de franceses (o que exige do coreano aprender outra língua), que só poderia incluir... a saudosa Danielle Rousseau. Pela estrutura dessa temporada o retorno da louca francesa já era mais do que esperada, mas nem por isso foi menos impactante, até pela chance de sabermos o que realmente aconteceu com sua equipe. Bom, isso até pelo menos o próximo flash.






