sexta-feira, 21 de março de 2008

[LOST] 4x08 Meet Kevin Johnson

Bem senhoras e senhores, para todos aqueles que preferem as coisas explicadas minuciosamente como num documentário da History Channel, Ben finalmente revelou que Michael é seu espião dentro do cargueiro. Só faltou mesmo ele soletrar, para os mais lentos. Mas Michael deixou de ser aquele que conhecíamos. Claro, é difícil de esquecer suas atrocidades do passado, mas o fato dele ficar um episódio inteiro sem gritar pelo nome do Walt já foi bastante convincente para mim.
Então conhecemos Kevin Johnson, o Michael atormentado por matar duas pessoas e rejeitado por seu filho pelo mesmo motivo. Questionado por Sayid sobre como ele veio parar no cargueiro, Kevin conta sua história num flashback ininterrupto mostrando sua tentativa de matar-se por duas vezes e seu encontro com Tom, já em Manhattan. A justificativa para que ele não consiga colocar fim na sua vida é a mesma que fez Jack e sua barba desistirem de pular no final da temporada passada: a Ilha não os deixaria morrer por não terem completado ainda seu ciclo. Portanto, mesmo que Jack pulasse, ele milagrosamente seria salvo, assim como é o caso de todos os sobreviventes da queda do Oceanic 815. E talvez seja o caso de todos os Oceanic Six no futuro também.
E falando do avião mais procurado do mundo, assim como previa no episódio passado, nem Widmore e nem Benjamin assumiriam o ato bárbaro de forjar a queda do avião falso. Dessa vez é Tom quem convence Michael de que Widmore está por trás desse plano, mostrando fotos e documentos (obviamente, que podem ser falsos ou pertencerem ao próprio Benjamin) para comprovar, e assim fazê-lo embarcar como ajudante do cargueiro. Essa linha do tempo também indica que a expedição só partiu mesmo após a implosão da escotilha Cisne, podendo assim localizar as coordenadas da Ilha.
Mesmo que pareça impossível conciliar todos os acontecimentos mostrados em cerca de um mês, Michael chega ao cargueiro para exterminar seus tripulantes e terminar com sua própria vida através de uma bomba. Cena dispensável é verdade, mas a última faísca para Michael perder-se de vez. Ben volta a explicar calmamente pelo comunicador (o que derruba minha suposição de que seria através dessa comunicação que Minkowski e Regina surtaram) que ele é o lado bom, e que nunca deixaria pessoas inocentes morrerem. E é assim que todos os outros fatos vão ocorrendo, com Michael sabotando cada um dos mecanismo do cargueiro para não deixá-lo aproximar-se da Ilha.
Entretanto, Sayid nem espera a história terminar para levar Kevin Johnson pelo colarinho ao encontro do capitão Gault. Pelo seu destino no futuro, tornando-se capanga de Ben, essa foi sua decisão crucial a influenciar toda a história do resgate aos Losties. Dependendo do que for decidido pelo capitão, também parece ficar claro que, se mantido vivo, é mesmo Michael quem está no misterioso caixão.
No lado da equipe de resistência, Ben entrega para Alex um mapa com a indicação do Templo, citado como refúgio dos Outros no final da temporada passada. Mas no meio do caminho, o grupo composto por Alex, Karl e Rousseau acaba emboscado e aparentemente só sobra a "filha" de Ben para contar a história. Seria tudo uma armação do pai super-protetor, bom e que só mata as pessoas que merecem? Não sei, mas não dá para acreditar que depois de 20 anos, Rousseau consiga morrer de uma forma tão ridícula como essa. Portanto, só espero que a Ilha também poupe sua vida, considerando que pelo menos alguma história ela tenha para contar.

P.S.: Nada da Zoë Bell... tsc-tsc.

Esse é o último episódio gravado antes da greve dos roteiristas e Lost só volta daqui a um mês, no dia 24 de abril. Até lá!



e.fuzii

13 comentários:

blackstar disse...

Deu para entender porque os produtores queriam que o último episódio a ser exibido fosse o 4.07, e não o 4.08. Acabei de ver o episódio, e ficou a sensação de história interrompida, o que sempre acontece, mas um mês para a continuação é muito tempo!

Porém, episódio muito bom! Deu um nó na cabeça sobre quem é o verdadeiro responsável por forjar o achado dos restos do 815, e eu não sei em quem acreditar, pois tanto Ben quanto Charles Widmore tem motivos para fazer isso, e ambos tirariam proveito do falso 815.

Sobre os acontecimentos no barco, acho que o Gault deve saber que o Kevin é o Michael. Agora, me decepcionei com Lapidus. Como pode um obcecado não reconhecer algo relacionado com sua obsessão? Ou ele está fingindo, para Michael se sentir culpado, ou é mesmo um dos inocentes mencionados por Ben.

Falando em Ben, que personagem tão dúbio! Nunca temos certeza se ele é realmente um dos "good guys", pois num momento ele diz que não mata inocentes, e no outro, Karl e Rousseau são atingidos por tiros (e nesse ponto, estou com o fuzii, Rousseau ainda tem história para contar), no que pode ser uma emboscada, ou talvez sejam os nativos se protegendo, e Ben, sabendo que eles agiriam assim, mandou o grupo para aquele ponto, o que não deixa de ser uma armadilha.

Hélio Flores disse...

O padrao Lost de qualidade continua em relaçao a desenvolvimento de personagens. Muito bem explorado o drama de Michael. Mas o episodio nao impressiona em nada, e so pra variar deixa duvidas, que infelizmente a gente nunca fica sabendo se é falha dos roteiristas ou tem algo mais por tras.

Por exemplo: Lapidus TINHA que saber sobre Michael; e por que o detonador foi uma brincadeirinha do Ben? Se ele nao estiver falando a verdade (nao quer matar pessoas inocentes), nao consigo imaginar outro motivo para manter o pessoal do barco vivo, por conta do imenso perigo que era localizar a ilha.

Tambem nao gosto dessa historia da Ilha nao permitir que o Michael se mate. O sobrenatural da serie ja contaminou a trama de forma que qualquer coisa pode acontecer, basta ser conveniente para os roteiristas. Vejam o caso da Danielle. Ora, ela pode estar morta como tantos outros que ja morreram na ilha (Tom, inclusive) ou sobreviver como Mikhail, ou ainda viver por mais algumas horas como a Naomi. Tudo, as vezes, parece muito arbitrario.

Sayid entregando o Michael ao capitao sem pensar duas vezes foi de uma estupidez que nao condiz com o personagem. Se fosse o Jack, seria perdoavel. Mas a expressao do Gault foi realmente curiosa, nao aparentando surpresa. Talvez ele e Lapidus ja sabiam e ha algo mais por tras.

A proposito, me parece que foi a primeira vez na serie que um flashback é narrado do ponto de vista do proprio protagonista contando sua historia para alguem. Correto?

E que final tosco, hein? Sem nenhum elemento surpresa, nem expectativa.

No mais, pensei no inicio que se tratava de um FF com Michael cometendo o suicidio e esclarecendo logo de vez a duvida sobre quem era a pessoa no caixao. No maximo, aumentou as chances de ser ele o futuro defunto, embora acho dificil nem a mae dele comparecer ao funeral. Talvez ate la ja esteja morta... Mas nao vamos desconsiderar o Sayid, que ate la tera um nome novo dado pelo Ben.

Rubens disse...

Uai, Fuzii, desta vez voce nao comentou a explicação fajuta do porque Walt se revolta contra o proprio pai? (eita "forçação" de barra...). Ou no que a homossexualidade de Tom vai contribuir na trama?

Quanto a Rousseau, obvio que ela está viva. Só morreu o inutil do Karl mesmo. Nesse seriado só morre gente desimportante...

Hélio Flores disse...

Bom, ha um preview para o proximo episodio que confirma que Aaron é mesmo um dos Oceanic 6.

O que significa que todos sabem que ele é o filho da Claire. O que nao faz nenhum sentido ele ter sido adotado pela Kate (legalmente falando).

O que nao quer dizer que Michael nao tenha conseguido voltar para os EUA e cometido suicidio.

Anônimo disse...

Melhorou...
Gostas da Zoë Bell? eu também, ela está otima em "A Prova de Morte" (Tarantino) do duplo "Grindhouse" deita e rola no capô...

danielle disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
danielle disse...

Michael, o imortal
Antes de mais nada, quero muito rir de uma coisa que os meninos já tinham falado, Tom é GAY!! Pronto, todas as etnias e grupos estão representados em Lost :)

Mas então...Rousseau morre sem FB? Ai que desânimo, não matem personagem tão interessante, que que isso, Carlton e Damon, assim não dá.

Num primeiro momento achei que era um FF, depois vi o Tom e achei que estava delirando, e Michael ainda na ilha, aparição lostzilla, depois, claro, percebi que era o nosso fofo FB, com direito a árvore de natal e me situei, devia ser começo de dezembro, fim de novembro. Intrigante Michael não conseguir se matar. Que ilha é essa? E não me venham com conversa de eletromagnetismo pq isso não explica ser um Highlander. O místico e o sobrenatural estão na pauta da vez em Lost.

Parapsicologia \0/, e os efeitos da ilha perduram até fora dela...

Temos várias questões, mas a primordial é: E aí? Quem é o bad guy? Widmore (nas palavras de sua trupe) culpa Ben Linus. E os Outros (na sua face mais conhecida por nós, do simpático urso, Tom) culpam Widmore. Só sei de uma coisa, haja recursos para esta conspiração, depois as pessoas me falam que o avião cair propositalmente era um pouco demais, ahh tá, mas financiar um fake 815 e 300 e tantos corpos com a não possibilidade de identificação não é um pouco demais? Para mim é, beira Arquivo X.

A musiquinha do episódio, novamente Cass Eliot e seus versos fofos ..."Better every day". Não há como não é , Michael? Culpa cristã as véspera da Páscoa, episódio sobre culpa é sempre pesado em Lost. Walt na janela, ainda menino, imagem projetada/inserida de outro episódio, imagino.

O nome do cargueiro estava parcialmente apagado, não sei se há alguma relevância.

Sayid e suas perguntas certeiras, acho que a atitude dele é a mais plausível devido as circunstâncias. Mas não deixa de ser irônico, pois sabemos que logo ele, irá trabalhar com Ben no futuro. Ficando claro, pelo menos para mim, e por enquanto, que Widmore é o vilão da coisa.

A cena que eu ansiava, desde a season finale corrida, Danielle e Alexandra num momento pungente, digno de mãe e filha. E só Alex sobrou, Ben é realmente um manipulador fdp! Armou toda esta situação...

Taí, a explicação para Michael e sua presença no cargueiro foi legal, claro que não vou dizer que é "simples assim", pq a sua "imortalidade me mata" (infame). Mas a motivação da culpa me comove.

A cena entre Ben e Michael, via embratel :P foi ótima, retomou algumas coisas sem parecer didático, a culpa (sim, ela é constante e gosto de falar dela ), as motivações, as analogias de Ben, a questão de ser ou não um assassino, aliás, Linus gosta de lidar com assassinos, parece se entender melhor com eles, vide o exemplo de Locke.

Daqui a um mês, quando Lost retornar, imagino que Locke, Miles e Sawyer irão fazer uma excursão em busca dos "recursos ilimitados".

Gostei muito do gancho , mas lamento a morte de Rousseau. Foi um episódio Shakespeariano. Boas citações.

A linha do tempo precisa ser refeita sim, por isso imaginei num primeiro momento que era uma aparição estilo Lostzilla, o que me intriga é o Tom sair depois que o submarino foi explodido por Locke, realmente, há outra maneira de sair da ilha pelos Outros.

Aqui está um screen da aparição de Walt na janela, para mim, uma montagem utilizando cenas antigas do autor (que sequer foi creditado):

http://bp0.blogger.com/_n3eH1jI8AZ8/R-Ml8zysSGI/AAAAAAAAC44/TDspzRGhOhM/s1600-h/walt408.gif

tb acho que é Michael mesmo no caixão, o J de Kevin Johnson, filho adolescente e o bairro negro (hohohohoh /piada interna]. E ele não precisa ser um six, já que saiu da ilha e adotou agora a nova identidade dada por Ben.

Resolveram bem o lance de Walt, está fora da ilha e fim de papo.

Samantha disse...

Tirou as palavras da minha boca quando disse que faltava só o Ben desenhar que o Michael era o epião dele no cargueiro. Dar...
As "mortes" de Rousseau e Karl não entendi nadinha...16 anos sobrevivendo numa ilha daquela pra morrer assim....

Se puder passa lá:
http://tudosobreserie.blogspot.com

Rubens disse...

Interessante muitas pessoas estarem imaginando agora que as explicacoes para a Ilha envolvem o sobrenatural... Pra mim a explicacao deve ir para a área da Ficcao Cientifica.

Algo como uma sala de controle do Tunel do Tempo, com pessoas monitorando e controlando "de longe" o que se passa com determinados seres humanos... Isso explicaria, por exemplo, aqueles "susurros" que as vezes ouvimos, sao as pessoas conversando na sala de controle, e parte do som escapa para quem está sendo monitorado...

e.fuzii disse...

Responderei numerado para ficar melhor:
1. Concordo contigo, Marcelle. Seria decepcionante terem terminado uma temporada com esse episódio número 8 (pior até que o da primeira, com a abertura da escotilha), mas acho que esse um mês não fará tão mal assim. O grande problema é terminar com um gancho utilizando as personagens coadjuvantes (o destino de Rousseau e Alex, além de Michael).

2. Não me decepcionei com o Lapidus porque não vejo razão para ele procurar saber sobre os passageiros que iria transportar. Como sempre digo, acho que cada um daqueles da expedição tem motivos particulares para chegar à Ilha e nem se importam exatamente com as pessoas que poderiam encontrar lá (com excessão de Naomi, talvez?).

3. Rubens, por conta do feriado fiz um comentário breve e deixei algumas coisas de lado. Não me incomodou Walt não aparecer pelo ator estar maior, ou coisa que o valha, e fiquei convencido com o drama do Michael. Também não vejo problema nesse "detalhe" do Tom (achei tão irrelevante que nem valeu comentar) e não deixa de ser interessante entender o porquê da Kate não fazer seu tipo...

4. Ainda acho que Kate fez o mundo acreditar que o filho é dela... :S

5. Antônimo, é verdade, Zoë Bell está incrível em "À Prova de Morte". Quando for lançado no Brasil a versão estendida, que passou aqui em SP na Mostra, devo fazer um post especial no blog.

No mais, na segunda vez que vi o episódio gostei ainda mais das cenas do Michael. A trilha acidental, com o acerto da pergunta na televisão na mesma hora que ele tenta suicidar-se é genial.
E claro, Ben colocando a bandeirinha na bomba e depois ligando dizendo ser o Walt foi uma de suas atitudes mais maquiavélicas.

Hélio Flores disse...

Fuzii, para que o mundo acreditasse que Aaron é o filho da Kate, eles teriam que ser resgatados pelo menos uns 9 meses depois do acidente (contando que Kate poderia fingir que ja estava gravida quando embarcou de uns 2 meses, mais os 2 meses de vida que o Aaron ja tem).

Ou seja, aquela teoria do tempo passar diferente na ilha tem que ser verdadeira. O problema é que o calendario que o Desmond viu no barco parece provar o contrario.

e.fuzii disse...

Entendo Hélio, mas não duvido que dêem uma acochambrada para fazer da Kate a mãe natural de Aaron.
Como se ela tivesse embarcado sem saber que estava grávida de 7(?) meses. Embora muito difícil (coisa que não existe em Lost), pode acontecer. E já que ela estava foragido havia algum tempo, nem precisaria convencer ninguém muito próximo.

Rubens disse...

Gente, o tempo na ilha nao passa de uma forma diferente... A TRAVESSIA DAQUELA PASSAGEM entre a ilha e o mundo exterior é que causa diferenças de tempo. Se voce nao atravessar aquela regiao, nao ha diferenca alguma.

[ ] Rubens