terça-feira, 22 de dezembro de 2009

[FNL] 4x07 In The Bag

por e.fuzii
Agora que chegamos praticamente na metade da temporada, Friday Night Lights tem de urgentemente considerar pisar um pouco no freio ao lidar com tantas tramas ao mesmo tempo. Não me entendam mal, claro que não preciso daquela intensidade que vimos no episódio de Matt todas as semanas, mas que algumas cenas pudessem apenas "respirar" um pouco mais. No caso de Vince, por exemplo, desde o começo ele esteve envolvido por essa desconfiança de ser mandado em definitivo para o reformatório. Podemos deduzir a dificuldade que ele passa com sua mãe ou suas más influências na vizinhança pelo que é dito, mas nem por isso deixa de ser necessário completar as cenas com essas informações. Talvez seja um problema mesmo de edição, como por exemplo quando Coach Taylor decide visitar Vince em sua casa, sem ter grandes motivações para isso. Do jeito que foi mostrado, apesar da história ser concluída com os dois atingindo um nível maior de confiança um no outro, tudo parece reduzido a uma simples lição de moral.
Já Landry finalmente decidiu deixar para trás seu relacionamento com Tyra, após ficar esperando no meio da estrada por ela. Numa cena bastante simples, com base num monólogo de Landry ao celular, a situação acabou bem resolvida, ao menos levando em consideração a limitação da atriz não aparecer nessa temporada. Além de abrir possibilidade para o romance com Jess, Landry ainda foi escalado nesse episódio para servir de apoio para a história de Julie, que tenta ocupar seu tempo com o máximo de atividades extra-curriculares possíveis. Entendo que as pessoas, e principalmente adolescentes, tenham vontade de reprimir seus sentimentos antes de tudo vir a tona, mas já é a terceira semana seguida que isso se manifesta como clímax do episódio. Acho importante variar de vez em quando, mesmo que entenda toda a decepção de Julie em não ser mais prioridade de seu (ex-)namorado. Ainda assim, excelente trabalho de Teegarden que teve suporte no ombro de Connie Britton mais uma vez. E por falar nela, Tami Taylor também esteve envolvida numa trama bastante fraca durante o episódio, por mais divertida que tenha sido sua saída com os professores do colégio. Lembro que só por introduzirem esse seu assistente já temia uma situação dessas, e ainda levaram duas temporadas para retomar com isso, aparentemente sem nenhum propósito. Por outro lado, vejo com bons olhos essa ajuda prestada a Luke por um de seus colegas para consertar a cerca na fazenda do pai. Apesar de um pouco apressado, foi um momento interessante para valorizar esse espírito de equipe e convencer sua família do compromisso do garoto.

Mas em meio a tanta irregularidade, o que acabou se destacando mesmo foi o papel desempenhado por Tim Riggins no encontro entre Becky e seu ausente pai. Enfrentá-lo talvez não tenha sido a melhor ideia, mas vale por simbolizar que Tim pode não ser o amante que Becky procura, mas serve como uma boa figura paterna. Ele age com extrema responsabilidade contando para Becky sobre a outra família do pai e isso acaba se refletindo também naquele belo final em que Tim aparentemente visualiza seu futuro naquele campo a venda. Por mais duro que possa ser encarar a verdade, Tim sabe por experiência própria que não adiantar tentar se enganar para sempre. E se no episódio anterior a imaturidade de Becky irritavam a Tim e todos nós, resta esperar que ela cresça ao saber lidar com isso. Pelo menos é esse tipo de tratamento que estamos acostumados a ver Friday Night Lights dando a suas personagens.

Fotos: Reprodução.

e.fuzii
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