sexta-feira, 27 de março de 2009

[CRIMINAL MINDS] 4x19 "House on fire"




Depois de um episódio tão bacana quanto o 4x18, e considerando-se o ritmo dessa temporada, eu não podia, realmente, esperar muito desse 4x19. Episódio mediano, sem altos e baixos, sem nada a destacar como 'muito bom' ou 'muito ruim'.





Um incendiário em um surto criminoso, numa pequena cidade, já fez 31 vítima e precisa ser detido. Para tanto, a principal tática é analisar a vida das vítimas para, por meio de algum 'esqueleto no ármario', chegar a quem pode motivo para vingança.


Para essa missão, ninguém melhor do que Garcia. Ela que é capaz de esmiuçar todas as informações constantes de qualquer arquivo, qualquer rede. Dito e feito: ela logo chega ao nome de um rapaz que havia sido escorraçado da cidade (não sem antes ter sido espancado) sob a suspeita da prática com sua irmã. A orfandade na primeira infância os unira de tal maneira, que seu 'mapa do amor' (palavras do Reid) fora afetado em definitivo. Quer dizer: a irmã era tudo que lhe sobrara, seu único objeto de amor. Só tendo ela a amar, direcionou à irmã toda forma de amor, não apenas a fraternal. E precisava se vingar da cidade que os afastou e do homem que ele enxergava como rival.

O sorisso do unsub para sua irmã.


(Só para constar, eu sempre sou mais condescendente com os unsubs que são movidos pelo amor, por mais doente que seja a forma de amar. Não consigo achá-los tão desprezíveis quanto pedófilos, torturadores e sádicos de todos os gêneros. Eles se desvirtuaram em algum ponto do caminho; talvez pudessem ter sido salvos com algum tipo de terapia, de apoio, de tratamento, sei lá. Mas eu sei que sou condescendenete demais, às vezes.)




Ele foi pego, ela foi salva. A equipe teve participações equilibradas na condução da investigação, tudo certo. Nada a ressaltar.



Mas Garcia merece, sim, uns parágrafos a mais. Ela se incomodou muito com a missão de que Hotch lhe incumbiu. Investigar a vida pessoal de pessoas em busca de seus podres, e ainda tentar prever suas ações, não é com ela! E ela deixa bem claro que não é uma profiler, que sua intuição funciona bem com informações, não com pessoas! Ela se sente mal no papel da inquisidora em busca dos pecados do mundo e quer ter o direito de continuar a buscar apenas os que as pessoas tem de melhor. Mais do que louvável!

Hotch, a caminho da cena que valeu o episódio.


E isso nos rendeu a cena mais significativa do episódio, na minha opinião. Ao final, Hotch e ela conversam, ela expõe como se sentiu e ele, genial, a acolhe da maneira mais encantadora. Sem precisar de sorrisos ou de palavras doces, que não são seu estilo, ele deixa a 'Garcia' de lado, e a chama de 'Penélope'. Quando, qual outro membro da equipe foi merecedor de tamanho carinho do Hotch?? (Emily? Spencer? Derek? Jennifer??) E ela é a única que sempre o chama de 'sir'!



Penelope, boquiaberta diante da ternura de Hotch.

Até o 4x20.


Célia Kfouri.


P.S. Um episódio inspiradíssimo quanto às citações. Ambas merecem destaque.

1. "We all live in a house on fire, no fire department to call; no way out." (Tennessee Williams)

2. "I have loved to the point of madness. That which is called madness, that which to me is the only sensible way to love." (Françoise Sagan)

8 comentários:

Anônimo disse...

Verdade, foi um epis. mediano nem mto bom e nem mto ruim. Aceitável!!!

Tb gostei da conversa final entre Garcia e Hotch, ele foi mto amável com ela. É deu uma atenção especial a ela que não deu aos outros, talvez pq soubesse que de todos ela é a mais sensível a essas coisas.

Concordo, crimes por amor ainda são toleravéis, mas pedófilos e estupradores são abomináveis. Detesto!!!!

Até mais e nos vemos no próximo episódio! Jackie.

Celia Kfouri disse...

Pois é, Jackie. Depois desse episódio morno, acho que podemos esperar por um próximo mais eletrizante, ainda mais porque só será dia 08.04. Quando há uma pausa assim, eu me encho de expectativas por um episódio especial!

Até lá!

Lee disse...

Bravo, Celia...mais uma vez, na mosca.Mas quanto uma possível condescendência para com um ou outro unsub, para mim, acho muito difícil.
Do meu parâmetro, exceção para foi talvez, o Norman.Mas, essa questão de psicopatas a solta no mundo...se eu fose religioso, eu me perguntaria o porque de Deus permitir mais esse horror no mundo.Loucos matando, torturando essas pobres pessoas.Se eles não existissem, o mundo já seria, seguramente, horrível o suficiênte.

Celia Kfouri disse...

Olá, Lee.

É sempre bom ver seus comentários por aqui. Quando tiver chance, deixe sua opinião sobre o 4x18. Eu achei que foi um episódio bem acima da média em relação aos últimos.

E quanto à condescendência, você tem razão, é claro.

Lee disse...

Célia, me desculpe os erros grosseiros de português do meu comentário acima.É que além de ter escrito com pressa, ainda tenho 2 dedos a menos na mão direita; adicionado ao fato de que até agora não dei a menor bola para a tal reforma ortográfica.Quanto ao comentário do 4x18, eu escrevi aqui, mas acho que eu fiz alguma coisa errada e nao foi.

Celia Kfouri disse...

Lee,

Nem fale nessa tal reforma. Também estou ignorando... ainda.

Traga sempre suas opiniões, elas são o que importa. Erros de português? Bobagem! Nem vi!

Lee disse...

Célia...por favor, apague depois de ler.É que estou achando falta do seu comentário sobre o último CM.Já me acostumei com eles.Feliz da comu que tem uma comentarista de episódios do teu nível.

Celia Kfouri disse...

Olá, Lee! O feriado da semana passada tumultuou tudo. Não consegui assistir o episódio no tempo certo, não fiz os comentários, e também fiquei com muito trabalho acumulado.
Mas daqui a pouco posto o comentário. Sorte que não tem episódio essa semana, assim temos assunto.
E aguardo seus comentários também!