domingo, 16 de maio de 2010

[Melrose Place] S01E14 - Stoner Canyon

por Rafael S


Com a saída de Violet e Auggie da série, o condomínio ficou um pouco mais vazio. Mas essa calma não durou muito tempo, já que esse episódio marcou a chegada do novo morador, Drew Pragin (Nick Zano, de Premonição 4), que ocupou o antigo apartamento do cozinheiro. Portando sua guitarra e amplificador, já chegou chamando atenção no 4616, em especial a de Lauren, irritada com todo aquele barulho. mas é claro que esse não seria um fato isolado, e em um desses grandes acasos da ficção, ele calhou de ser também o mais novo interno transferido para o hospital onde trabalham ela e o doutor Mancini. E é claro que o fato dele interagir tanto com Lauren, no condomínio e no ambiente de trabalho não será por acaso: contagem regressiva para a implicância entre os dois se transformar em uma tensão sexual. Drew é daqueles bem humorados, sem com uma piadinha na ponta da língua, mas resta saber se ele manterá o estilo palhaço quando se envolver nos mil e um rolos pesados da turma do condomínio.

A começar pela própria Lauren, que viveu muitas emoções para um episódio só. Além do seu contato com Drew, ela descobriu que toda a dívida da faculdade foi paga por um doador misterioso. O que lança um novo mistério na série: terá David voltado ao crime para conseguir dinheiro para pagar a dívida dela? Ou quem sabe Amanda, que pode ter interesses secretos com a jovem interna? Mas definitivamente não deve ser o Michael, pelo próprio desenrolar do capítulo, onde ele acabou descobrindo a profissão secundária de Lauren ao solicitar os serviços de uma prostituta para Wendi. E é claro ele usaria um segredo desse a seu favor, e começou a traçar sua vingança contra David, chantageando a jovem a sabotar seu relacionamento. Era muito óbvio desde o início que era uma questão de tempo até o segredo de Lauren ser descoberto por alguém, mas ao ser Michael Mancini essa pessoa adicionou um grau de periculosidade muito maior às consequências que podem vir daí, principalmente por estar com todo o ódio do mundo de David.

Esse ódio veio da confirmação daquela suspeita que já havia sido plantada alguns episódios atrás: David é o pai de Noah. E tendo se envolvido com a polícia e perdido sua mulher (Vanessa) em tão pouco tempo, descobrir que Noah não era seu filho, e sim seu neto, foi a gota d'água para o médico. E agora, com Lauren em suas mãos, ele tem toda a munição para fazer da vida do filho um inferno. Eita família complicada - não satisfeitos em dividir a finada Sydney, pai e filho tinham que se envolver com Vanessa! Com tanta mulher disponível no mundo...



Enquanto isso, em subtramas muito menos interessantes, Amanda Woodward descobriu que estava falida. Sim, toda a exuberância da WPK era apenas uma faixada agora. E para piorar, ela visivelmente não está lidando bem com seu namorado Ben. Depois do flertar com Ella no capítulo anterior, agora ele resolveu arrastar sua asa para cima de Riley, financiando seu projeto e fazendo alguns convites de viagens levemente indiscretos. E esse fracasso profissional e amoroso desestabilizou Amanda, que começou a demonstrar uma certa síndrome do pânico. O problema é que a Heather Locklear não ajuda, não conseguindo imprimir todo o medo da personagem. Parece que ela se acostumou a representar a Amanda do jeito arrogante de sempre e esqueceu de investir em seu lado frágil.

E um fato que seria destaque nos episódios anterior, acabou infelizmente não tendo muito impacto aqui: Jonah enfim conseguiu vender o roteiro de seu filme, Living in Reverse. Comemoração no bar, alegria, divulgação na mídia (até na Variety? E no Hollywood Reporter? Ella tem contatos importantes) e a busca por um elenco. Tudo bem promissor...se o fantasma Riley ainda não assombrasse o rapaz. O personagem parece estar destinado a carregar esse fardo para sempre, pois parece que esse cordão umbilical dos dois nunca vai ser cortado. Desta vez, o ator dos sonhos de seu roteiro, Owen Anderson, decidiu fazer um estudo de campo e conhecer mais da outra metade do casal que inspirou o roteiro, ou seja, Riley. E daí para os sentimentos falarem mais alto e o barraco ser armado na frente do ator foi apenas uma questão de tempo. Riley discutindo com Jonah, Riley discutindo com Ella, tudo isso regado à toda aquela dor de corno esperada. Mas pelo menos o roteiro não deu para trás, e tudo isso serviu para o jovem cineasta sair mais decidido a ficar com Ella, esquecer a professora, e por tabela, reescrever o final de seu roteiro semibiográfico. Espero que essa mudança na ficção tenha sido o gatilho para ele tomar um novo rumo na vida real.



A grande responsável por puxar esse capítulo para cima foi Lauren. Todas as tramas que a envolvem funcionaram dessa vez, e seus envolvimentos com Michael, David e Drew renderam bons momentos, além de deixarem bons ganchos para os próximos episódios. Por outro lado, Amanda esteve muito deslocada, o que é ainda mais grave por ela estar morando no condomínio e ainda assim interagir muito pouco com os outros personagens principais. Ainda assim, como bom otimista, gostei de Drew em apenas um capítulo render mais do que Auggie vinha rendendo, e novas adições desse nível são sempre bem-vindas.

Fotos: Reprodução



Rafael S
http://twitter.com/rafaelsaraiva

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