sábado, 25 de setembro de 2010

[Fringe] 03x01 Olivia

por Alison do Vale


Como já era de se esperar, a terceira temporada de Fringe veio com tudo mostrando a repercussão da "troca de Olivias". Começou pra lá de empolgante e com muita velocidade. Não à toa o ambiente principal do capítulo é um Táxi em constante movimento.
Também agora temos uma personificação mais evidente do grande vilão da série: o "Walternate", como diz Peter. É dele que provém a ideia de que há uma guerra iminente e quem antes parecia apenas um homem desesperado por ter seu filho sequestrado de volta, a exemplo do final da temporada passada, se mostra extremamente consciente de seus atos e com aspirações ardilosas [como aprender como Olivia e os outros conseguiram se transportar para o "outro lado"].

O episódio todo [exceto a cena final] se passou no Universo Alternativo. Inclusive, a julgar pelas cores diferentes na abertura da série [vermelho] acredito que devemos ter uma alternância entre os universos exibidos em cada episódio.

Vemos a agente encarcerada pelo Secretário de Defesa. Mas a prisão em si é o menor dos problemas.
Dunham além de sozinha nesse universo desconhecido é submetida a uma série de injeções com a intenção nada mais, nada menos do que transferir as memórias da Olivia Alternativa para a prisioneira.

É nesse ponto que a história fica eletrizante com a fuga espetacular de Olivia que tenta, em vão, encontrar um caminho de volta pra casa enfrentando os agentes do lado inimigo enquanto luta contra a própria mente e a falsas memórias pululando em seu cérebro. Durante a perseguição somos também brindados, claro, com mais um vislumbre muito bacana da Terra Paralela. Os dirigíveis já característicos, bicicletas com design peculiar e alguns detalhes como um anúncio oferecendo "Vôos diários para a Lua" ilustram esse novo mundo e vão demonstrando as diferenças entre os 2 universos. Entre essas diferenças vale destacar a ausência da Massive Dynamics, reduzindo ainda mais as chances de Dunham retornar.

Quando o plano do Walternate parece ter falhado em convencer a agente do FBI de que ela não era de outro universo o acaso entra em ação e o inesperado acontece: a adrenalina liberada por ocasião da fuga, somada ao cenário criado [a tatuagem em sua nunca, por exemplo], bem como o encontro emocionante entre Olivia e sua mãe [morta na outra realidade] foram determinantes pra que as drogas se tornassem eficazes.

Parece que já desde o início o Lado Alternativo exibe alguma vantagem nessa "guerra", principalmente porque há novamente um infiltrado desse lado e dessa vez não é apenas um transmorfo mas Altivia; uma Olivia que em [quase] tudo se assemelha com a verdadeira. É cedo ainda, é verdade, mas até então ela não despertou nenhuma desconfiança entre o grupo e tendo a verdadeira Olivia fora-de-combate por enquanto Peter e os outros estão absolutamente vulneráveis.

E assim o que nos resta é confiar em Olivia, assim como aconteceu com o taxista, que mais do que nunca terá que encontrar forças pra combater um adversário que agora ela se esqueceu que tem.

Com um ótimo início de temporada focado bastante na mitologia da série, torço pra que os "freaks da semana" percam espaço e a história que é realmente importante e fascinante continuem dando o tom e conduzindo Fringe.

Imagens: reprodução

[Alison do Vale]
twitter: @menino_magro

2 comentários:

Michele do Carmo disse...

Essa definição da personalidade do "Walternativo" acaba com aquela sensação que ficou até o fim da segunda temporada de complacência com o personagem. Apesar de termos convivido mais com Walter do lado de cá, ficamos condescendentes com a dor do Walternativo.

Acho também que logo nesse episódio mostrou que o o universo alternativo tem vantagens tecnologias pra vencer a guerra (como você pontuou), mas deixou claro também que apesar disso, eles não possuem algo que o "nosso universo" possui: sentimentos e intenções mais nobres. É isso que divide um pouco tb os dois universos em "bem" e mal". Além de não terem Peter também.

Acho ainda que Olívia sentiu que a memórias da Olívia Alternativa estão se fundindo com as suas e que, como não conseguiu escapar daquela realidade, se rendeu também para se infiltrar na Fringe Division. Ela tá confusa, mas foi com Charlie meio que consciente de que não havia outra possibilidade de fuga.

E aquele taxista que ficou esperando ela sair com Charlie. Eu achei aquilo estranho, hein. Sei não...

Abraço!

[ Alison do Vale ] disse...

Então... é o que eu penso também. Com certeza eles quiseram grifar já de cara quem é vilão e quem é mocinho nessa história pra que os expectadores já possam escolher o lado pra que vão torcer sem dúvida nenhuma. Mas acho válido [até porque essa coisa de "ninguém é só bom e ninguém é só mal" já tá virando clichê].

Quanto a Olivia ter se "deixado levar" pra se infiltrar eu não sei. Não tinha pensado nessa possibilidade ainda hehe.


E é irônico o discurso do Walternativo dizendo que o pessoal do "outro mundo" não é humano quando na verdade eles é que não parecem demonstrar muito os sentimentos, como você falou.