sexta-feira, 16 de maio de 2008

[LOST] 4x12 There's No Place Like Home, Parte 1

Em outro título inspirado no Mágico de Oz (o outro contava o passado de Ben em "The Man Behind the Curtain"), "There's No Place Like Home" apresentou uma forma bem sistemática de movimentar as peças para os acontecimentos que estão por vir. Poderia ser apenas mais um episódio de preparação, mas desconfio que o ponto em comum que ligará essas duas (ou três) partes finais seja os flashforwards dos Oceanic 6. Nesse caso, para ganhar tempo, o arco de desenvolvimento das personagens acaba sendo bastante resumido e tudo que resta é a ação que nos leva de um lado para o outro da Ilha.
Devo confessar que nunca havia assistido a tanta gente correndo de um lado para o outro em tão pouco tempo. Só Kate conseguiu praticamente completar uma maratona. Jack procurava pelo sinal do helicóptero, Sawyer tentava reunir-se ao pessoal da praia e os "movedores de Ilha" seguiam em direção à estação Orquídea. Enquanto isso, Dan Faraday trata de levar o casal coreano e alguns figurantes para o cargueiro. Então quer dizer que existem figurantes com tratamento diferenciado? Tá legal, então.
Sayid tenta avisar Jack que seu barco de resgate já está na praia, ao mesmo tempo que Lapidus também parece ser uma saída segura da Ilha. Mas movido por sua perseverança, Jack vai junto de Sawyer em direção também da estação Orquídea, na busca por Hurley. Minha aposta é que ali seja o ponto de encontro entre todos os grupos dentro da Ilha, inclusive Sayid e Kate capturados pelos Outros (acho que tive um déjà vu), mas a forma como Jack e Sawyer encontrarão a estação, sem a ajuda de Jacob ou outro mapa qualquer, passa a ser intrigante.
Já nos eventos do futuro, somos colocados como testemunhas do primeiro contato dos Oceanic 6 com seus familiares e imprensa. Eles passam a ser celebridades e eu gostaria que essa situação fosse abordada mais ainda daqui para a frente. Com uma história simples para encobrir a queda do avião utilizando ainda a localização dos destroços falsos do vôo 815, a porta-voz da Oceanic (interpretada pela sempre excelente Michelle Forbes) explica que os sobreviventes foram encontrados numa praia da Indonésia, após ficarem 108 (go figure!) dias perdidos numa de suas ilhas inabitadas. Na própria entrevista coletiva, Sun confessa que Jin não foi um dos 8 que teriam sobrevivido à queda do avião. Sua hesitação e o suspense criado, com a trilha sonora e tudo, faz crer que isso tenha algum significado, seja ele qual for. Minha suspeita de que Kate teria mesmo tomado o filho para si também foi confirmada. Afinal, se eles conseguem encobrir um acidente desse porte, essa graviidez não é nada.
A história de Hurley com certeza é a mais irritante para mim, passando uma sensação de auto-paródia. Que Hugo é muitas vezes o alívio cômico eu até concordo, mas imitar os sussurros da Ilha fora dela para criar algum tipo de suspense é querer ridicularizar a série dentro dela mesma. Os números também voltaram a aparecer, na forma mais randômica possível. Sayid finalmente teve seu esperado reencontro com Nadia, embora por sabermos seu futuro, teve praticamente cara de despedida.
Jack finalmente conseguiu fazer seu discurso para homenagear Christian Shephard. Pois é, impossível ele resistir a um discurso e fico até imaginando se sua passagem pelo velório do morto misterioso também não foi para incluir mais um em seu currículo. Porém, o mais interessante foi a visita da mãe de Claire, saída do coma. Não por terem praticamente revivido-a e sim por revelar o parentesco entre Jack e Claire, num dos momentos mais impressionantes de Jack na série. Se alguém disser que fiquei emocionado com essa cena, nego até a morte. Muito bem interpretado o desespero de Jack por ter deixado Claire na Ilha (creio eu) e Aaron acabar no colo de Kate. Afinal, ele deve ter sido o mentor da idéia de encobrir os fatos e sugerir que Kate criasse seu sobrinho. E ele teve de engolir tudo isso na frente da mãe de Claire. Confesso que essa revelação que já sabíamos foi muito melhor do que eu esperava.
Entretanto, a principal dúvida que o episódio nos deixa é o destino de Sun. Parece evidente agora que Sun ficou mesmo viúva, principalmente pelo tom que culpa seu pai pela desgraça que aconteceu com Jin. Ainda serve de gancho também o confronto em coreano entre Charlotte e Jin, que com certeza terá sua conclusão. Se ela conseguir sair do barco repleto de explosivos, e que devem ser acionados através do dispositivo no braço de Keamy, sobram Jin, que deve morrer, e Michael, que ainda não deveria morrer. Entre os dois fica Desmond, que torço para que sobreviva por tudo que ainda representa no futuro.
Com Benjamin sendo levado a nocaute na frente da estação Orquídea e a promessa de um plano, esperamos pelo desenrolar do Season Finale, que deve contar com muitas chantagens e ameaças. Gostaria que restasse alguma esperança para mais um sobrevivente além dos Oceanic 6, mas acredito que o desenvolvimento do futuro seja a única forma de aparecer alguma surpresa nesse final, sobrando pouca coisa para podermos apostar. Fora, é claro, o misterioso morto do caixão, que deve ser finalmente revelado. Façam suas apostas! NOOOOT!



e.fuzii

5 comentários:

Eduardo disse...

Boa! Mas um fato ficou no ar, onde andavam os OUTROS nesse tempo todo e por que reapareceram em bando agora, será por causa do helicoptero?

Rubens disse...

Os Outros apareceram provavelmente por causa da comunicacao com o espelhinho de Ben...

E as apostas sobre como mover a ilha? Eu aposto que vão liberar o vulcão da Ilha para entrar em erupção.

e.fuzii disse...

Primeiro, os Outros só voltaram porque Richard Alpert também voltou.
Mas também acho que foi Ben quem avisou algum tipo de plano através do espelho. Agora como eles encontraram Kate e Sayid pelo caminho, não sei.

Sobre mover a Ilha... é minha grande dúvida, até porque Ben detalhou todo o caminho até chegar lá, mas não fez menção alguma sobre o que Locke deveria fazer dentro da verdadeira estação Orquídea. Mas pode ser que Christian explicou na cabana também...

A única certeza que tenho é que a mudança se dará no tempo ou/e espaço e isso terá sérias conseqüências. Essa hipótese de ter relação com o vulcão é interessante... embora os produtores já tenham dito que o vulcão não seja muito importante.

Unknown disse...

O Jin não aparece no flashforward em que a Sun entra em trabalho de parto? Por mais que no fim do episódio fique claro que ela não sabe que o Jin está vivo, não parece que ele também escapou da ilha? É isso mesmo ou estou falando besteira?

e.fuzii disse...

Fran,
Sinto por ser a pessoa a te dizer isso, mas você foi enganada.
Para criar uma "surpresa" no espectador, os roteiristas resolveram colocar duas histórias (ou três, se contarmos os acontecimentos na Ilha) ocorrendo em épocas diferentes.
Enquanto Sun está dando à luz Ji Yeon após o resgate, Jin procura por um panda de pelúcia ANTES do acidente. Como sabemos disso? Além de Jin ainda estar subordinado a alguém, Jin diz à enfermeira, após entregar o panda de presente, que ele estava casado há apenas dois meses.
Se te interessar, o comentário desse episódio está aqui:
Lost - Ji Yeon