domingo, 16 de novembro de 2008

[FNL] 3x07 Keeping Up Appearances

Infelizmente, nem sempre é possível manter o alto nível de uma série durante toda a temporada e nessa semana foi a vez de Friday Night Lights ter um belo deslize. Para começar, já é no mínimo frustrante não ter sequer uma cena entre Saracen e Julie depois de finalmente reatarem no episódio anterior. Por outro lado, tivemos uma boa participação de Landry ao lado de Devin, a nova baixista de sua banda. Quando tudo parecia caminhar para um final feliz, com seu desajeitado beijo no carro e a afobação para contar logo a Tyra, a garota revela que é lésbica. Todas as cenas de Landry já são impágaveis, mas vê-lo reclamando para Tami que ele afasta todas as mulheres enquanto lê "Alta Fidelidade" foi perfeito. O único problema é que a atriz que interpreta Devin é limitada demais, e se já é difícil ela se comunicar bem com palavras, quando ela se esforça para usar apenas expressões faciais, piora ainda mais. Parece óbvio que a escolha foi feita pelo seu talento musical, então se em todos os episódios que Devin aparecer ela nos animar com um número musical como "She Don't Use Jelly" (dos Flaming Lips) no piano, sugiro que transformem logo essa trama num grande musical a la "Moulin Rouge". Já posso ouvir "Pink Triangle", e quem sabe até "A Postcard to Nina", em algum episódio futuro...

Esse curto arco para o adeus final de Jason Streets sofre principalmente pela falta de desenvolvimento na segunda temporada. Aquela era a hora certa para começar a arrumar suas malas. Agora com essa urgência de conseguir dinheiro, Jason vem mostrando habilidades de negociação e voltando a ter interesse pelo futebol de uma forma forçada. Isso tudo soa como simples desculpa para construir seu futuro e nos convencer que ele tem capacidade de se tornar o tal empresário de jogadores. Não que eu duvide disso, mas preferia que não ficasse tão conveniente. Mas confesso que a fita de Riggins me emocionou e a própria conversa com Lyla, só de lembrar tudo que já passaram juntos, são caminhos muito mais sinceros para se explorar.

As outras duas tramas do episódio sofreram por serem aceleradas demais. Tivemos a primeira aparição do novato Jamarcus, que joga pelos Panthers sem nunca ter pedido autorização para seus pais. Até entendo que o personagem conseguiu trazer uma certa tensão para o casal Taylor e ainda pode vir a ser um dos possíveis jogadores a continuar para a próxima temporda. Porém, a forma como lidaram com a situações de seus pais foi um absurdo. Por mais que seus pais estivessem ocupados com tantos filhos para criar, como eles podem não saber da rotina e dos jogos (às vezes em outras cidades) do garoto? E por mais que eles não tivessem acesso às notícias do futebol, como o culto de Dillon pelos jogadores de futebol não chegou até eles? Impressionante, e ainda pior por tudo ter sido remediado com eles apenas assistindo a uma partida de futebol.

Da mesma maneira, as coisas se resolveram com os filhos de Buddy Garrity. Claro que Lyla foi essencial para "amaciar" os irmãos, mas soou ridículo que mais uma vez o futebol salvou o dia. Fora isso, apesar de tentarem dar mais tempo para Brad Leland brilhar, a trama foi bastante chata.

Play of the Week: Apesar de ainda não saber até quando J.D. aguentará toda a pressão de seu pai, achei interessante que ele ainda o respeite e sinta até gratidão. A cena em que a mãe de J.D. vai recebê-lo após o jogo, e que sugere um clima de tensão entre pai e filho, parece ser simples, mas atinge uma profundidade enorme só de ter os irmãos Riggins sentados ao fundo. Só de imaginar o que passa em suas cabeças vendo a família riquinha e perfeita tendo seus problemas já apaga qualquer deslize do episódio.



e.fuzii

3 comentários:

Anônimo disse...

E aí Eric!

Acabo de assistir a esse episódio e concordo com tudo desta vez. Acho que só faltou acrescentar que mesmo um episódio MENOR de FNL ainda é muito MAIOR e MELHOR do que a maioria das coisas que se vê por aí.

As cenas finais de Street, aquela fita do Tim e, principalmente, a cena entre o ex-QB1 e Lyla valeram o episódio.

E as cenas do Landry não me encomodaram, porque gosto muito de música. Saco foi ver a traminha "sessão da tarde" do Buddy...

abraço!

e.fuzii disse...

Então, você concorda comigo: que as cenas de Landry e Devin sejam tratadas a parte, com os dois relacionando-se através da música.

Leco Leite disse...

Olá, "rapaz de azul"...

Fala, Fuzzi, blz?

Sei que não tem relação com o post, mas estou aqui fazendo um convite!

Criei uma lista com os "10 episódios essenciais" de LOST e estou convidando vc para fazer sua própria lista aqui no Comentários em Série mesmo...

É bem simples, apenas o episódio e o motivo de ser essencial/especial...

Convidei outros blogs também!

http://www.teoriaslost.com/2008/11/os-10-episdios-essenciais-de-lost.html

Espero que goste da idéia!!

Abraço e namastê!