[FILME] Harry Potter e a Ordem da Fênix

Como grande fã da série Harry Potter, ontem, dia 11, não podia deixar de ir ver a estréia de mais um filme da série. Ingresso comprado antecipadamente, cheguei algumas horas mais cedo para acompanhar a ansiedade dos fãs para ver o novo filme da saga de Harry Potter.

O cartaz promocional

Os fãs não perderam tempo e começaram a formar filas para as sessões. Ainda bem que cheguei cedo, fiquei logo no começo da fila, que crescia rapidamente. Não eram poucos os fãs vestidos como os personagens dos livros, e eu, que não tenho verba para fazer cosplay, usei meu moleton (imaginem usar um moleton no calor fortalezense. Pois é, só sendo muito fã mesmo!) e fiz dois cartazes. Assim que tiver as fotos, coloco aqui.

A tensão aumentando à medida que o horário da sessão se aproximava, para passar o tempo, puxei conversa com qualquer um que ficasse parado perto de mim por tempo suficiente. Até joguei baralho com algumas meninas! Mas, faltando pouco para o começo do filme, o jogo foi interrompido para entrarmos na sala.

Eu estou no canto, com a faixa azul na cabeça. E ganhei o jogo!

Na sala, os operadores brincaram desligando as luzes algumas vezes antes do filme começar, arrancando alguns gritos dos fãs, mas o cinema praticamente veio abaixo quando a tela escureceu, e logo depois dos trailers apareceu a abertura do filme, com o logo "Harry Potter e a Ordem da Fênix". Esse é um dos momentos mais legais dos filmes, mas me decepcionei com a abertura, não foi tão surpreendente quanto a dos dois filmes anteriores. Porém, foi uma das poucas decepções que tive no quinto filme.

Logo no começo fica claro que o clima de encantamento dos dois primeiros filmes é coisa do passado, o que é muito bom. Nunca gostei da visão otimista de Chris Columbus. Bem, voltando para Ordem da Fênix, o filme evidencia a sensação de isolamento de Harry (Daniel Radcliffe) pelo clima quente. A tempestade que vem em seguida lembra a todos que uma ameaça maior está se aproximando, e não é só de Voldemort (Ralph Fiennes) que estou falando.

Harry enfrenta dementadores, e para se defender, utiliza magia na frente de um trouxa, o que não é permitido pela lei bruxa. Harry terá que se explicar para o Ministério da Magia. Harry tem dificuldades para se defender, pois o Ministro não quer acreditar que Voldemort retornou. A descrença é tanta que o Ministério da Magia comanda uma campanha para desacreditar Harry, uma das tramas mais interessantes do filme (mais aprofundada no livro, claro), mostrando até que ponto um governo pode influenciar na opinião pública.

Dumbledore defende Harry na audiência

Cornelius Fudge (Robert Hardy), o Primeiro Ministro da Magia, é descrito como um ditador, que tenta interferir em Hogwarts com a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, Dolores Umbridge (Imelda Staunton). Uma das cenas mais cruéis do filme é a punição que ela dá para Harry. Frustrado, Harry começa uma reação contra a intervenção de Hogwarts, e cria um grupo secreto para estudar Defesa Contra as Artes das Trevas, a Armada e Dumbledore, que rende cenas divertidas, e ótimos efeitos especiais, como na cena em que os alunos praticam o feitiço Expecto Patronum.

A Armada de Dumbledore

Mas Harry não está sozinho nessa nova saga. Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) o acompanham em seu quinto ano, mas também há novos alunos, como a estranha Luna Lovegood (a estreante Evanna Lynch), o jovem Nigel (William Melling), e o apoio dos membros da Armada de Dumbledore, como Cho Chang (Katie Leung), o interesse amoroso de Harry no filme anterior, que parece corresponder aos sentimentos de Harry. O apoio principal de Harry, no entando, é seu padrinho, Sirius Black (Gary Oldman). As cenas entre Harry e Sirius são tocantes, mostrando que Sirius é a única família de Harry, e como o padrinho é importante para ele.

Harry e Sirius

Além de ter que enfrentar o Ministério da Magia, Harry está tendo sonhos estranhos com uma sala que o bruxo acaba descobrindo ser uma sala de um departamento no Ministério da Magia. É lá que se passa a ação final do filme, onde, infelizmente, uma morte acontece. E não é de um personagem novo como aconteceu no filme anterior. A morte é de um personagem realmente importante para Harry, e que deixará muitos fãs tristes, tanto os que já conhecem os livros como os que não conhecem.

No Ministério, Harry enfrenta os Comensais da Morte, entre eles, Lúcio Malfoy (Jason Isaacs) e Bellatrix Lestrange (Helena Bonham Carter), além do próprio Voldemort. As cenas da batalha final são muito bem feitas, e têm a mesma emoção do livro.

Ação no Ministério da Magia

Saí do cinema satisfeita. Tem várias passagem que gostaria de ter visto no filme, mas o que está nas telas torna a trama coerente e não vai deixar as pessoas que não leram os livros sem entender nada. As atuações estão melhores. Daniel Radcliffe melhorou muito, sendo convincente na cena que exigiu mais dele como ator. Michael Gambon acerta o tom como Dumbledore, e Emma Watson está menos irritante como Hermione. Mas quem toma a cena é Evana Lynch, a Luna perfeita, exatamente como imaginei, Imelda Staunton, terrivelmente odiosa, Helena Boham Carter, que equilibra muito bem a maldade e a loucura de Bellatrix, e Alan Rickman, sarcástico como Severo Snape.

Ordem da Fênix certamente é um dos melhores filmes da saga. Quem for assistir certamente irá se divertir. Exceto aos fãs que não suportam as adaptações de roteiro e de caracterizaçãoque fazem nos filmes.

Harry Potter e a Ordem da Fênix (Harry Potter and the Order of the Phoenix, 2007)
Direção: David Yates
Produtores: David Heyman e David Barron
Roteiro: Michael Goldenberg
Trilha Sonora: Nicholas Hooper
Edição: Mark Day