quarta-feira, 26 de setembro de 2007

[Heroes] 2x01 - "Four Months Later..."

E finalmente a espera acabou. Após quatro meses, uma das séries mais cultuadas da atualidade retorna para sua segunda temporada com o título mais que direto “Four Months Later...”. Apesar da decepção da maioria dos fãs com o desfecho do primeiro volume da saga, Heroesconseguiu deixar alguns pontos em aberto para que a expectativa fosse grande.



Terminamos, então, a primeira temporada com Nathan e Peter explodindo no céu; Matt hospitalizado à beira da morte; o corpo de Sylar desaparecido; Hiro no meio do que parecia ser uma guerra no Japão do século XVII; informações que ligam o pai de Simone a Linderman, Angela e Mr. Nakamura; e a introdução de um novo super vilão através da garotinha Molly, que é capaz de encontrar qualquer pessoa com o pensamento, com exceção de um homem misterioso que a vê, caso ela tente localizá-lo. A série, ambiciosa como sempre, desenvolve no seu season premiere tudo isso e mais um pouco, acrescentando novos elementos, e alcançando níveis variados de satisfação. No geral, o saldo foi bastante positivo.


Não leio notícias de bastidores, de modo que eu não fazia idéia de quem seriam os novos atores e quem voltaria, do elenco original. Se por um lado, não foi surpresa o retorno de Peter, Matt e (infelizmente) Mohinder, eu não esperava a volta de Nathan, já que parecia ser impossível sobreviver à explosão provocada por seu irmão. A explicação não veio neste episódio, mas espero que não demore. O fato é que Nathan retornou com visual de Jack Shepard de final de 3ª temporada, arrasado pelo desaparecimento de Peter e alcoolista.


Separados no nascimento?


Já Mohinder surge logo no início do episódio introduzindo mais um elemento desta nova temporada: uma doença que afeta os superpoderosos. Descobrimos também que sua irmã foi vítima desta doença, mas o porquê de seu sangue ter curado Molly permanece um mistério. Achei um tanto patético o personagem dar palestras sobre isto, mas ao final vimos que tudo não passava de um plano, juntamente com Mr. Bennet, para se infiltrar na Companhia. E aí tivemos a aparição de um dos novos poderosos: o homem que transforma o que toca em ouro. Phoebe e Chandler adorariam esse cara!


Não é Goldmen. É gold man mesmo.


Outro ponto de destaque foi o desenvolvimento da trama que envolve Mr. Nakamura e Angela Petrelli. A ameaça de morte foi bem intrigante e agora sabemos que são nove pessoas que formam a geração anterior. Com os já falecidos Mr. Petrelli, Charles Devaux e Linderman, o grupo era de doze. O que não fica claro é se todos eles possuem poder, já que Angela e Nakamura não deram sinal disso. E este último certamente não dará mais... O que aconteceu com este grupo, quem são e qual a relação com o homem que habita os sonhos de Molly será o grande mistério para, pelo menos, metade dessa temporada.


Angela e Nakamura: apenas 24 horas para morrer.


Dois novos personagens vêm de Honduras: os irmãos Maya e Alejandro ganham bastante destaque no episódio e, a princípio, apenas Maya tem poderes. Embora não tenha ficado claro exatamente o que ela faz, tivemos uma pequena mostra de que, seja lá o que for, as pessoas que estão por perto ganham uma morte horrível. Maya ainda não controla seus poderes, mas parece que seu irmão consegue contê-la. Indo para os EUA a procura de Mohinder, a impressão é que não há uma relação direta entre eles e a trama principal, então esperemos pra ver no que isso vai dar.


Claire e Mr. Bennet agora são Claire e Mr. Buttler. É interessante a tensão que se pode criar com o fato de que, apesar de ser indestrutível, Claire precisa evitar ao máximo se expor. Uma pessoa que pode fazer o que quiser, mas na verdade não pode fazer nada. Ainda mais difícil considerando que trata-se de uma adolescente. Gostei de todas as suas cenas, mas seu interesse amoroso é vivido por um ator bem canastrão. E com superpoderes, vejam só, iguais ao de seu pai biológico. Freud explica.

Já Mr. Bennet, que teria maior facilidade para o disfarce, não consegue se conter. A seqüência foi um tanto estúpida: “Trabalho como e quando eu quiser”. Bravo, Mr. Bennet! Assim ninguém vai desconfiar de você.


Do lado negativo, temos as aventuras de Hiro. É impressionante como o personagem que mais agradou ao público acaba ganhando os piores plots. Apesar do símbolo visto já em 1671, e o eclipse que é a marca de Heroes (embora ninguém ainda saiba porquê), a trama envolvendo o tal Takezo Kensei não parece ter relevância nenhuma com os eventos presentes. Parece que estamos diante de mais uma jornada de descoberta do personagem, para que ele se torne um verdadeiro herói. Pra mim, isso tudo é desculpa pela dificuldade que é manter um personagem capaz de manipular o tempo. É só lembrar do longo período que Hiro ficou sem seus poderes, sem explicação nenhuma... De todo modo, gostei de ver Mr. Sark como o guerreiro lendário Kensei, e a idéia das lendas que são construídas, quando na verdade a história é outra. Imagino que Hiro acabará se tornando o grande herói de sua própria infância. Mas isso nem de longe é tão interessante como o restante da saga.


David Anders é Takezo Kensei. "Nome legal, hein?"

Por último, a aparição de Peter na Irlanda, sem memória e carregando no pescoço o famigerado símbolo é bem intrigante. Pensar no haitiano como responsável pela amnésia de Peter é pensar em Angela como a responsável pela prisão de seu filho e, conseqüentemente, a grande vilã da trama. Mas e a ameaça de morte que ela recebeu? As coisas não parecem tão simples e, como é de praxe nesta série, teremos respostas em breve. Satisfatórias ou não, mas teremos.


Peter Petrelli. Emo nunca mais.


Season Premiere eficiente, desenvolvendo todas as subtramas deixadas no final da primeira temporada, nos fazendo crer que o que está por vir vale a pena esperar. Nota 8,0.


No próximo episódio: Hiro mostra para Kensei o que pode fazer; o segredo de Claire ameaçado; e a volta de Niki e Sylar...




Hélio

7 comentários:

Anônimo disse...

Uma das perguntas que não querem calar: qual a relação entre Kaito Nakamura e Claire Bennet?

Já esperava por um episódio assim: sem respostas. O diretor do episódio já havia comentado em seu blog que seria assim.

Perguntas, perguntas, perguntas...

Lembram que o porquê de Hiro ter voltado ao passado para dar a mensagem a Peter Petrelli só foi explicado "com todas as cenas" no 1x20? (Ok, ao longo da história isso ficou meio óbvio, mas nada como uma "resposta de verdade".)

Achei que tinha ficado "nada a ver" Hiro e Kensei conversando em inglês em pleno Japão feudal, quando li o spoiler. Mas, é... Dá pra encarar.

[Warning: Spoiler Ahead!!!]



Quero só ver a confusão quando a garota que deveria se apaixonar por Kensei se apaixona por Hiro...


Agora é esperar. ;)

Dia 15 de outubro:
*novo* fórum Heroes Brasil
www.heroesbrasil.net

e.fuzii disse...

Quatro meses, né? Talvez apareça uma HQ para explicar esses quatro meses de teleport do Hiro.

É bom ter Heroes de volta porque me faz valorizar ainda mais os bons diálogos, e até os médios que assisto em outras séries... Destaque negativo para a conversa entre Ando e o pai de Hiro. Que horror.
A única coisa que ainda presta em Heroes é a família Bennet... e Matt Parkman, que precisou de uma bela manobra de roteiro para separar-se e "adotar" Molly. Essa, aliás, que até teve uma boa atuação (fora a cena dos maus modos à mesa) e, aparentemente, encontrou Sauron em Mordor sem precisar de Anel algum.

A tal de Maya até parece ser interessante, mas também fizeram um malabarismo para que Alejandro encontra-se ela no final, não? O cara exige que ela vá na frente, cede, e depois de alguns quilômetros resolve parar, pedir a mesma coisa e só então larga Alejandro ali? Tudo isso para ele não estar presente quando Maya matasse geral? Wow.

Seria interessante também saber o que aconteceu com Nathan e a eleição. Afinal, agora ele já estaria bem exposto para a população. Será que ele tentaria se candidatar de novo? Bom, com aquela barba por fazer, ele certamente seria um candidato forte para governar nosso país...

Anônimo disse...

[Fuzii, não fala mal da minha série preferida, senão dou "piti".
Rsrs... Just kidding.]

Acho que é exatamente por não responder nada - pelo contrário, esse episódio trouxe mais perguntas - que a história avançou quatro meses no tempo.

Particularmente, já estou acostumada com "months/years ago/gone".

Quanto ao que o Hélio mencionou sobre Hiro ir para no Japão feudal sem quê nem porquê, Greeg Beeman (produtor/diretor) disse que no episódio 2x02 - provavelmente - o diretor do episódio (não lembro o nome agora) irá trabalhar mais com um outra abordagem no que diz respeito à "parte operacional" (câmeras, luzes, etc.) para dar um outro tom a esse storyline.

danielle disse...

Acho que começou bem, nada espetacular, mas foi uma boa season premiére e ninguém pode acusar Heroes de enrolar!

Peter ter cortado o cabelo emo já foi um alívio (adorei a foto,Hélio).

Mas a parte do Japão me aborreceu um pouco. Dou meu voto de confiança em Heroes. Acho que é uma série que tem um grande poder de regenerar-se (infame!)

danielle disse...

Tati, sua série favorita é CSI, pelamordedeus. Rá.

Anônimo disse...

Nope!
Agora é Heroes.
Não preciso nem dizer que "o culpado" é certo ator...
(Yatta!!!)
Hahahaha.

Anônimo disse...

Legal, eu nao tinha reparado que o carro onde os 2 irmaos cucarachas fogem é o mesmo carro roubado de Claire (os produtores bem que poderiam ter ajudado e colocado algum adesivo ou desenho no carro, pra gente reconhecer o carro, porque senão fica sendo só mais um carro qualquer).

E nao sabia que a atriz que está fazendo Reaper é a mesma que fazia a Candice em Heroes...

De resto, talvez porque eu nao seja muito fã de historias em quadrinhos que se limitam a super-herois trocando porrada com super-vilões (odeio essa parte), eu tenho achado Heroes bem mais interessante que a maioria dos "críticos" de blogs... Se por um lado a sub-trama de Hiro está meio chatinha, e a volta da chaterrima familia de Nikki Sanders desanima (deveriam ter aproveitado e matado o Micah), eu acho bastante interessante acompanhar o que está acontecendo com Claire, o policial Matt, Peter, Mr. Bennet, Sylar... Prefiro isso que porradaria de super-heroi contra "super-vilao que quer dominar o mundo"...

Nem o roubo do carro-forte eu achei ruim, seria sim uma bleosta se ja comecasse com algo grandioso no estilo de "roubar o Fort Knox porque eu sou super". Detesto essas babaquices.

Enfim, só para dizer que gostos sao diferentes... Em Homem-Aranha 1, eu adorei o filme, ate o exato momento que aparece aquele palhaço fantasiado voando sobre uma prancha ou sei-lá-o-que. A partir dali, o filme vira uma tremenda babaquice para mim. Legal era acompanhar Peter Parker descobrindo seus poderes de Aranha, e nao assisti-lo lutando contra um Bozo bobalhão.

[ ] Rubens