quinta-feira, 8 de novembro de 2007

[CRIMINAL MINDS] 3x07 "Identity"



Gostei do episódio.
Não só porque o caso apresentado foi interessante (se bem que longe de um top 10 ou 20...) mas também porque alguns confrontos pessoais interessantes estão surgindo na equipe.

Eram dois os unsubs. Dois serial killers sádicos que operavam em dupla.

O primeiro se mata logo no início, para não ser capturado. O segundo, que era o membro fraco, dominado e dependente, tão controlado pelo primeiro que perde seu senso de identidade, decide transformar-se no outro quando da sua morte. Sua individualidade fora destruída pelo unsub1; ele só tinha consciência de si através do outro e, quando este se vai, a única coisa a fazer é assumir sua seqüência de crimes, sua aparência, seu 'eu'.

Quando foi mencionada a homossexualidade do unsub2, senti um cheiro de Ripley com perversões multiplicadas. Aí lembrei de uma citação da primeira temporada, que eu gosto muito. Algo como "Não esqueça de eu não consigo ver a mim mesmo. Meu papel limita-se ao daquele que olha no espelho" (Jacques Rigaut). Dizem os psicólogos de plantão que é nos outros que conseguimos nos ver.
Esse unsub2 levou isso muito a fundo.


Unsub 1.

Unsub 2 em plena tranformação


Quanto ao confronto dentro da equipe que eu mencionei, isso sim promete ser interessante. E foi aí que eu comecei a ver algo de positivo na personalidade do Rossi e na contriibuição que ele pode trazer para o grupo. Apesar de sentir muita falta da sintonia afinadíssima da equipe até a segunda temporada, talvez esse incômodo entre Morgan e Rossi possa ser bem interessante.

Logo no começo vemos o Morgan intrigado com a presença do Rossi na Unidade e com suas razões. Ele vai, seguido por Reid e Prentiss, à sala que era do Gideon e que agora é do Rossi. Começam a remexer os objetos dele, a teorizar a respeito de tudo, quase que como se tratasse de um unsub que estivessem traçando o perfil. São pegos no flagra pelo Rossi que ouvira tudo e que dá uma volta em alto estilo nos três.

Daí pra frente o clima entre Morgan e Rossi fica um tanto tenso o que nos proporciona alguns dos momenos mais interessantes do episódio.

Escolher o Morgan para ir ao bar abordar o líder da milícia, apontar seus motivos e prever a reação desse líder diante da presença de um agente negro foi genial da parte do Rossi. Mais interessante ainda foi quando o miliciano questiona Rossi a esse respeito. Ótimo diálogo! Parece que ele também daria um bom profiler!

Ao final, é a vez do Morgan encarar Rossi e dizer que não descansará enquanto não descobrir o porquê do seu retorno.

Morgan X Rossi - um conflito que promete ser interessante.

Para constar:
Sim, eu continuo sentindo a falta do Gideon. Sim, eu continuo achando o Rossi muito arrogante. Sim, eu reconheço que nesse episódio ele teve um colaboração bem mais rica (ele quem narrou a citação da abertura!).
Que venha o 3X08.
Celia.

Um comentário:

Um Mero Espectador disse...

Dificil contribuir com algo mais a este post, porém duas coisas específicas me chamaram a atenção...

1- A percepção do Besouro, e posterior análise do possível tempo das covas (isso me lembrou muito de CSI Las Vegas e o Grisson)

2- A escolha da frase do episódio, frase de Martin Luther King, eu nem curti tanto a frase em si, mas sim a utilização dada a ela dentro do próprio episódio, o que, salvo engano, nunca tinha sido feito antes... Além do possível ineditismo do ato, achei bem bacana a nova roupagem que deram àquela máxima de que "até o diabo pode citar a Biblia a seu favor"...

Gostei do episódio, gosto muito do "Pai da Joan" (Rossi) e estou curtindo os comentários...

Alias, dona Célia, essa sua eficiência (comentou o episódio no dia que passou) me envergonha hauhauhauhauahuhauahuhauhahaa maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas os leitores(as) agradecem!!!!!!!!