sexta-feira, 16 de outubro de 2009

[Glee] 1x07 Throwdown

por e.fuzii
Mais uma semana e Glee chega mostrando muita inconsistência outra uma vez. Até os números musicais, que sempre pelo menos atraem a atenção, foram usados tanto que acabaram me cansando. Tivemos um terrível dueto entre Finn e Rachel cantando "No Air" onde o que era menos improvável encontrar era algum resquício da voz dos dois em meio a tanta reverberação. Ainda que tenha sido legal ver Quinn com ar de desconfiança ao fundo enquanto os dois dançavam, tudo passa a ficar desastroso quando eles saem cantando pelos corredores do colégio. Por outro lado, pela primeira vez os membros do Glee Club apresentaram uma jam session com produção mínima, em que todos emprestavam um pouco de suas vozes pra garantir mais empolgação e, obviamente, honestidade. Mas isso aqui está parecendo mais uma resenha da semana de American Idol -- só falta mesmo eu sair distribuindo notas --, vamos passar para a história em si.

Como todo mundo já previa, quem roubou a cena foi mesmo Sue Sylvester, destilando todo seu veneno ao som de Carmina Burana. Ser antagonista de Will -- até nos voice-overs -- era simples, o problema era ter de lidar com uma situação completamente fora de seu controle onde só restava a decepção. Além da rejeição das minorias do Glee Club, Sue ver sua principal cheerleader perdendo todas as competições dali em diante, é a gota d'água para abandoná-la. Como disse Will e de certa forma Rachel, Quinn só resta contar com o apoio deles. Bastante interessante a forma como desenvolveram Quinn nesse episódio, apesar da péssima escolha musical (Supremes, sério?). Porém, a trama da gravidez falsa de Terri tem de terminar. Sei o quanto Ryan Murphy gosta de testar nossos limites de tolerância, mas isso já deixou de parecer estranho pra virar totalmente absurdo. Principalmente porque sabemos que Will não pode ser imbecil o suficiente pra não desconfiar por tanto tempo e ainda cair numa representação tosca de ultrassom. Talvez se fosse Finn, a gente até entenderia depois de sugerir chamar sua filha de "Drizzle". Por isso admiro a Quinn, porque é preciso muita paciência pra não revelar um segredo desses.
Mas não posso deixar de destacar a cena na sala da diretoria. O que foi exatamente tudo aquilo? Só por essa atuação, acho que Jane Lynch já está na disputa pelo Emmy, e com grandes chances. Impagável o momento em que Sue abre os braços e exige por uma decisão do diretor do colégio. Ou quando ela avisa que não quer ser tocada e ameaça processar Will logo depois. Ou sua explosão após ver sua chantagem indo por água abaixo. O detalhe é que esse é um dos breves momentos em que essa câmera ágil não chega a incomodar. Enfim, sei que ainda tentam encontrar o tom certo de Glee nessa primeira fase, mas não deixa de valer a pena acompanhar até pelo menos ter certos ajustes com o retorno do público e da crítica. Difícil mesmo é conseguir agradar a todo tipo de espectador como pretendem, afinal uma série tratando de minorias nunca poderia atingir a grande maioria. Or at least, that's how Sue Cs it!

Fotos: reprodução/FOX

e.fuzii
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